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AO JUÍZO DA 8º VARA CÍVEL DO RIO DE JANEIRO/RJ Processo nº 11111111111 MARCOS, já devidamente qualificado nos autos do processo em epigrafe, vem por meio de seu advogado constituído, com procuração anexa, endereço profissional situado à XXXX, Nº XX, Bairro XXX, XXX/XX, onde receberá intimações e/ou notificações referentes ao processo, propor: CONTESTAÇÃO com fulcro nos artigos 335, artigo 336, bem como o artigo 343 do Código de Processo Civil (CPC), apresentar, pelos fatos e fundamentos opostos por JÚLIA, também já qualificada nos autos do presente processo. I - PRELIMINARMENTE 1.1 - DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA A parte autora apresenta o valor de R$1.000,00 (Um mil reais) como valor da causa. Conforme preceitua o artigo 337, III do CPC, comprova-se que esse valor não respeita o que determina o artigo 292, V do CPC: “Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: [...] V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido.” O montante discutido pela parte autora é o de R$40.000,00 (quarenta mil reais), valor este que alega que foi utilizado no reparo do veículo. Sendo assim, o valor da causa indicado pela parte autora deveria ser o de R$40.000,00 (quarenta mil reais), devendo o juiz decidir a respeito. II - DOS FATOS Julia dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, quando sofreu uma batida, na qual também se envolveu o veículo de Marcos. O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel. Marcos, por sua vez, também teve parte de seu carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto. Diante do ocorrido, Julia pagou as custas pertinentes e ajuizou ação condenatória em face de Marcos. Deu-se à causa o valor de R$1.000,00 e informou não desejar audiência de conciliação, por ter tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero. III - DO DIREITO Diante de toda celeuma, fica evidente que o réu em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que chegasse a gerar danos a parte autora levando ao dever indenizatório, podendo ser fundamentado com o determinado aos artigos 186 Código Civil. “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Com os fatos narrados e vislumbrados no Boletim de Ocorrência anexado, toda responsabilidade cabe à parte autora que estava completamente embriagada no momento do acidente, desrespeitando e avançando sinais vermelhos. Caso assim não se entenda, é necessário considerar a responsabilidade concorrente entre as partes, sendo estabelecido, ainda, que, segundo o Art. 945 do CC/2002: “Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.” Pelos motivos aduzidos, requer a improcedência dos pleitos autorais. IV - DA RECONVENÇÃO Nos termos do artigo 343 do CPC, ao réu é licito propor RECONVENÇÃO: “Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.” Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, ora RECONVINTE, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), montante utilizado para o conserto do veículo danificado pelo acidente. Atribui-se ao valor da causa, portanto, em R$30.000,00 (trinta mil reais). V - DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) O acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à complementar as custas; b) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais; c) Requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente. d) Quanto à RECONVENÇÃO, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação da autora-reconvinda ao pagamento da indenização do valor de R$30.000,00. e) Requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios. Dá-se à causa o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), para os efeitos fiscais. Itabaiana, 20 de Novembro de 2020 ADVOGADO OAB XX
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