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Aula 1 - Organização dos serviços de saúde no Brasil

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POLÍTICAS DE 
ATENÇÃO À 
SAÚDE DO 
ADULTO
Professora Doutora 
Jaqueline Santos
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 
DE SAÚDE NO BRASIL
Assuntos:
1. Constituição Federal de 1988 - Artigos 196 a 200
2. Sistema Único de Saúde (SUS)
3. Leis Orgânicas da Saúde
4. Diretrizes e gestão do SUS
Assistência 
à Saúde no 
Brasil
Antes da Criação 
do Sistema Único 
de Saúde (SUS)
Sistema público de saúde 
assistia somente aos 
trabalhadores vinculados 
à Previdência Social.
O atendimento aos 
demais cidadãos era 
prestado pelas entidades 
filantrópicas.
Constituição da 
República 
Federativa do 
Brasil
“Saúde é DIREITO de todos 
e DEVER do Estado”.
CONSTITUIÇÃO 1988
SAÚDE
PREVIDÊNCIA 
SOCIAL
TRIPÉ DA 
SEGURIDADE 
SOCIAL NO 
BRASIL
ASSISTÊNCIA 
SOCIAL
CONSTITUIÇÃO 1988
Prover o 
atendimento 
das 
necessidades 
humanas 
básicas
(proteção à 
família, à 
maternidade, 
à infância, à 
adolescência, 
à velhice e à 
pessoa com 
deficiência).
Assistência 
Social
Reconhecer e 
conceder 
direitos aos 
seus segurados.
Previdência 
Social
SAÚDE
Seção II
Art. 196.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Constituição da República Federativa 
do Brasil (1988)
Criado o 
Sistema 
Único de 
Saúde
(SUS)
1988
Um dos maiores 
sistemas públicos de 
saúde do mundo.
Leis Orgânicas da Saúde
(LOS)
Fortaleceram e regulamentaram o SUS.
“LEIS DO SUS”
Leis Orgânicas da Saúde
(LOS)
LOS número 8.080,
de 19 de setembro de 1990.
LOS número 8.142,
de 28 de dezembro de 1990
Sistema PÚBLICO de Saúde
SUS
FEDERAL
MUNICIPALESTADUAL
• Regulação
• Fiscalização
• Controle
• Execução
Princípios 
Doutrinários
Universalidade
Equidade
Integralidade
Diretrizes 
Organizativas
Descentralização
Regionalização
Hierarquização
Controle Social
Resolutividade/Racionalização
PRINCÍPIOS 
DOUTRINÁRIOS 
UNIVERSALIDADE
ATENÇÃO À SAÚDE PARA 
TODOS!
• É a garantia de atenção à
saúde por parte do sistema,
a todo e qualquer cidadão.
• O indivíduo passa a ter
direito de acesso a todos os
serviços públicos de saúde,
assim como àqueles
contratados pelo poder
público.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Cabe ao Estado assegurar este direito.
O acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras 
características sociais ou pessoais.
UNIVERSALIDADE
https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus
EQUIDADE
Atender às 
necessidades 
de todos, 
respeitando 
suas 
diferenças.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Objetivo: REDUZIR AS DESIGUALDADES
“Os serviços de saúde devem considerar que 
em cada população existem grupos que 
vivem de forma diferente, cada grupo ou 
classe social ou região tem seus problemas 
específicos, tem diferenças no modo de viver, 
de adoecer e de ter oportunidades de 
satisfazer suas necessidades de vida”.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Articulação 
das ações/
diferentes 
sistemas
Visão 
holística
INTEGRALIDADE
INTEGRALIDADE
HOLISMO
Considera as 
pessoas como um 
TODO, atendendo 
a todas às suas 
necessidades.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
ESPITIRUAL
SOCIAL
FÍSICO
SUBJETIVO
Integração de ações:
• Promoção da saúde
• Prevenção de 
doenças
• Tratamento
• Reabilitação
INTEGRALIDADE
Articulação da saúde com outras políticas públicas, 
assegurando uma atuação intersetorial entre as diferentes 
áreas que tenham repercussão na saúde e na qualidade de 
vida dos indivíduos.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
Fonte: http://repocursos.unasus.ufma.br/idoso_cap_20151/modulo_10/und1/3.html
http://repocursos.unasus.ufma.br/idoso_cap_20151/modulo_10/und1/3.html
DIRETRIZES 
ORGANIZATIVAS
DESCENTRALIZAÇÃO
Redistribuição das responsabilidades quanto às
ações e aos serviços de saúde entre os vários
níveis de governo, considerando que quanto
mais próxima do problema a decisão for
tomada, maior a chance de resolvê-lo.
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
DESCENTRALIZAÇÃO
ESTADO
MUNICÍPIO
UNIÃO
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
REGIONALIZAÇÃO e 
HIERARQUIZAÇÃO 
Os serviços devem ser organizados 
em níveis de complexidade 
tecnológica crescente (primário, 
secundário e terciário), dispostos em 
uma área geográfica delimitada e 
com a definição da população a 
ser atendida.
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
HIERARQUIZAÇÃO
Níveis de 
complexidade
TERCIÁRIA
SECUNDÁRIA
PRIMÁRIA REGIONALIZAÇÃO
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
CONTROLE SOCIAL
A sociedade deve participar no dia-a-dia do
sistema, por meio dos Conselhos e das
Conferências de Saúde, que visam formular
estratégias, controlar e avaliar a execução da
política de saúde.
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
CONTROLE 
SOCIAL
Garantia constitucional de 
que a população, por meio 
de suas entidades 
representativas, participará 
do processo de formulação 
das políticas de saúde e do 
controle da sua execução, 
em todos os níveis, desde o 
federal até o local.
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
RESOLUTIVIDADE/
RACIONALIZAÇÃO
É a exigência de que, quando um indivíduo
busca o atendimento ou quando surge um
problema de impacto coletivo na saúde, o
serviço correspondente esteja capacitado
para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua
complexidade.
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS
Modelo da Pirâmide: hierarquização, regionalização e 
resolutividade do SUS
Fonte: Sanino e col. 2019
LEIS 
ORGÂNICAS DE 
SAÚDE
LOS 8.080
LOS 8.142
Leis
SUS
Leis Orgânicas de Saúde
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/
Dispõe sobre as 
condições para 
a promoção, a 
proteção e a 
recuperação da 
saúde; a 
organização e o 
funcionamento 
dos serviços e 
estabelece os 
papéis das três 
esferas de 
governo.
LOS 
nº. 
8.080
Dispõe sobre a 
participação da 
comunidade na 
gestão do SUS e 
sobre as 
transferências 
intergovername
ntais de recursos 
financeiros na 
área da saúde.
LOS 
nº. 
8.142
1
9
9
0
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/
LOS nº 8.080, de 19 de 
setembro de 1990
Art. 2º
A saúde é um direito fundamental do ser humano, 
devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício.
Art. 4º
O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados 
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais 
e municipais, da Administração direta e indireta e 
das fundações mantidas pelo Poder Público, 
constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
Leis Orgânicas de Saúde
LOS número 8.080, de 19 de 
setembro de 1990
Art. 5º - Objetivos do SUS
Identificação e 
divulgação dos 
fatores 
condicionantes e 
determinantes da 
saúde
Formulação de 
política de saúde 
destinada a 
promover à saúde, 
nos campos 
econômico e social
Assistência às 
pessoas por 
intermédio de ações 
de promoção, 
proteção e 
recuperação da 
saúde, com a 
realização integrada 
das ações 
assistenciais e das 
atividades 
preventivas
“O ACESSO UNIVERSAL,
IGUALITÁRIO E ORDENADO
ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE
SE INICIA PELAS PORTAS
DE ENTRADA DO SUS E
SE COMPLETA NA REDE
REGIONALIZADA E HIERARQUIZADA”.
Decreto nº 7.508, de 28 de 
julho de 2011
Regulamenta a Lei 8.080
LOS número 8.142, de 28 de 
dezembro de 1990
• Conferência de Saúde
• Conselho de Saúde
Leis Orgânicas de Saúde
Conferências de 
Saúde
Representação dos vários 
segmentos sociais, para avaliar 
a situação de saúde e propor 
as diretrizes para a formulação 
da política de saúde nos níveis 
correspondentes, convocada 
pelo Poder Executivo ou, 
extraordinariamente, por esta 
ou pelo Conselho de Saúde.
A cada 4 anos
Leis Orgânicas de Saúde
Conselho de 
Saúde
Órgão colegiado de caráter
permanente e deliberativo.
Composto por
representantes do governo,
prestadores de serviço,profissionais de saúde e
usuários.
Atua na formulação de
estratégias e no controle da
execução da política de
saúde na instância
correspondente.
Leis Orgânicas de Saúde
Composição
dos Conselhos
de Saúde
Fonte: Sanino e col. 2019
CONSELHOS DE SAÚDE
Conselho NACIONAL de Secretários de Saúde 
(CONASS)
Conselho dos Secretários Municipais e 
Estaduais de Saúde (COSEMS)
Conselho Nacional de Secretários MUNICIPAIS de 
Saúde (CONASEMS)
Deliberar
❖ critérios para a definição de padrões e
parâmetros assistenciais
❖ formulação de estratégia e controle da
execução da política de saúde nos âmbitos
federal, estadual e municipal.
CONSELHOS DE SAÚDE
ATRIBUIÇÕES
Normas 
Operacionais 
do SUS
Operacionalização
é definida por
diferentes portarias
do Ministério da
Saúde.
NOB (NORMA OPERACIONAL 
BÁSICA)
NOAS (NORMA OPERACIONAL 
DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE)
NOB
• Normas 
financiamento do SUS
• Início do processo de 
descentralização
1991
• Inclui consenso entre 
diferentes instâncias 
participativas do SUS
1992
•Gerenciamento da 
descentralização.
• Cria a figura do 
município como 
gestor.
1993
NOB
• Modelo epidemiológico 
na gestão do SUS.
1996
• Estabelecem o 
processo de 
regionalização.
• Ampliam as 
responsabilidades dos 
municípios na atenção 
básica.
2001 e 2002
NOAS
❖ Os municípios precisam ter a capacidade gerencial e
política de cuidar da saúde de sua população, com
os serviços possíveis existentes em seu território e
comprando fora o não existente.
❖ Ministério da Saúde definirá os valores de recursos
destinados ao custeio da assistência de alta
complexidade para cada estado.
❖ A crítica ao sistema de pagamento por produção está
sendo substituída pelo pagamento de um fixo por
metas estabelecidas.
EXERCÍCIOS 
DE REVISÃO
RESPONDA ÀS QUESTÕES 
QUE SEGUEM.
EXERCÍCIO 1
Uma mãe chega a uma Unidade Básica de Saúde com seu
filho de 9 meses, apresentando febre e chorando muito. A
recepcionista solicita os documentos da criança e da mãe
e sua carteira de trabalho. A mãe refere que esqueceu a
carteira de trabalho em casa, a recepcionista informa que a
criança não será atendida. Nesse caso, qual o princípio do
SUS não foi atendido?
a) Universalidade.
b) Equidade.
c) Hierarquização.
d) Controle social.
e) Descentralização.
UNIVERSALIDADE
EXERCÍCIO 1
Resposta correta: letra A
EXERCÍCIO 2
A política de saúde no Brasil, representada pelo SUS tem 
como princípios doutrinários:
a) Universalidade, regionalização e integralidade.
b) Universalidade, equidade e integralidade.
c) Universalização, igualdade e integração.
d) Hierarquização, regionalização e controle social.
e) Participação comunitária, hierarquização e 
integração.
Resposta correta: letra B.
EXERCÍCIO 2
Universalidade, equidade e integralidade.
REFERÊNCIAS
 BRASIL. Lei Orgânica da Saúde. Lei nº 8.080, de 19/09/1990. Dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras 
providências. Disponível em http://conselho.saude.gov.br/legislacao/.
 BRASIL. Lei Orgânica da Saúde. Lei nº 8.142, de 28/12/1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de 
Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros na área da saúde e dá outras providências. Disponível em 
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/.
 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
 BRASIL. Conselho Nacional dos Secretários de Saúde. A Gestão do SUS. Brasília: 
CONASS, 2015. Disponível no site Unip Disciplinas Online.
 PUCCIA, MIR e col. Política de Atenção à Saúde do Adulto. São Paulo: Editora 
Sol, 2017. Disponível na plataforma UNIP.
 SANINO, GEC. Aula Políticas de Atenção à Saúde do Adulto. Disponível no site 
Unip Disciplinas Online.
 SANINO, GEC. Prática Gerencial em Saúde Coletiva. São Paulo: Editora Sol, 
2019. Disponível na plataforma UNIP.
http://conselho.saude.gov.br/web_confmundial/docs/l8080.pdf
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/
http://conselho.saude.gov.br/web_confmundial/docs/l8142.pdf
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Leituras Sugeridas
http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-574.pdf
https://www.conass.org.br/bibliotecav
3/pdfs/sus20anosfinal.pdf

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