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Resumo largatos e serpentes

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ORDEM SQUAMATA 
LAGARTOS E SERPENTES 
 Os lagartos surgiram no registro fóssil 
durante o período Jurássico, mas não se 
diversificaram até o período Cretáceo da 
Era Mesozoica, quando os dinossauros 
chegaram ao clímax de sua diversidade; 
 As serpentes surgiram durante o período 
Jurássico superior, provavelmente a partir 
de um grupo de lagartos cujos 
descendentes incluem o monstro-de-gila 
e os lagartos-monitores; 
 As serpentes são caracterizadas por duas 
especializações em particular 
o Extremo alongamento do corpo, 
acompanhado pelo 
deslocamento e reorganização 
dos órgãos internos; 
o Especializações do crânio 
voltadas para engolir presas 
grandes. 
 Os crânios dos escamados são 
modificados em relação à condição 
ancestral dos diápsidos em virtude da 
perda de um osso dérmico posicionado 
ventral e posteriormente à abertura 
temporal inferior; 
 Para a maioria dos lagartos e das 
serpentes, essa modificação 
permitiu a evolução de um crânio 
com articulações móveis 
denominado crânio cinético; 
 O crânio das serpentes é ainda 
mais cinético do que o dos 
lagartos. Essa excepcional 
mobilidade craniana é 
considerada um dos fatores 
principais que resultaram na 
diversificação de lagartos e 
serpentes. 
SUBORDEM SAURIA 
LAGARTOS 
 A maioria dos lagartos tem quatro 
membros e o corpo relativamente curto, 
mas muitos podem exibir reduções de 
membros, havendo casos extremos de 
espécies totalmente desprovidas de 
patas, como os lagartos-de-vidro; 
 Suas mãos e pés zigodáctilos (Grego, zygo 
= unido, dactyl = dígito) agarram-se 
firmemente aos galhos e a cauda preênsil 
proporciona uma segurança adicional; 
 A maioria dos lagartos tem pálpebras 
móveis, enquanto os olhos das serpentes 
são recobertos por uma membrana 
transparente; 
 A maior parte dos lagartos possui um 
ouvido externo, que está ausente nas 
serpentes; 
 A orelha interna dos lagartos tem 
estrutura variável, mas, assim 
como em outros répteis não aves, 
a audição não tem papel de 
destaque em suas vidas. 
 Muitos lagartos habitam regiões áridas e 
de clima quente do planeta com o auxílio 
de adaptações que permitem a vida nos 
desertos; 
 Sua pele contém lipídios que 
minimizam a perda de água; 
 Perde-se também pouca água na 
urina, uma vez que esses animais 
excretam principalmente ácido 
úrico. 
 Os lagartos, como quase todos os répteis 
não aves, são ectotérmicos, ajustando 
sua temperatura corporal deslocando-se 
através de locais com fontes de calor a 
temperaturas distintas; 
 Uma vez que climas frios oferecem 
oportunidades limitadas para que 
animais ectotérmicos elevem suas 
temperaturas corporais; 
 Os organismos ectotérmicos 
utilizam consideravelmente menos 
energia que os endotérmicos; 
portanto, os répteis não aves são 
bem-sucedidos em ecossistemas 
de baixa produtividade e climas 
quentes, como desertos tropicais, 
áreas abertas e secas; 
 Assim, a ectotermia não é uma 
característica “inferior” dos répteis, 
mas é uma estratégia bem-
sucedida para enfrentar desafios 
ambientais específicos. 
 As anfisbenas, ou cobras-de-duas-
cabeças, são lagartos altamente 
especializados à vida fossorial; 
 O termo Amphisbaenia significa 
“andar duplo”, em referência à 
habilidade peculiar desses 
animais em mover-se para trás 
com a mesma eficiência com que 
se deslocam para a frente; 
 Possuem corpos alongados e 
cilíndricos, com diâmetro 
aproximadamente uniforme; a 
maioria das espécies é totalmente 
desprovida de membros; 
 Os olhos estão frequentemente 
ocultos sob a pele, e não há 
aberturas externas dos ouvidos; 
 Seu crânio é compacto e 
reforçado, com formato de cone 
ou de pá, o que auxilia na 
escavação de galerias; 
 A pele é formada por numerosos 
anéis que se movem 
independentemente uns dos 
outros e ancoram-se no solo, 
produzindo um movimento não 
muito diferente do movimento das 
minhocas. 
SUBORDEM SERPENTES 
SERPENTES 
 As serpentes não apresentam nenhum 
rudimento de membros anteriores nem de 
cintura escapular, sendo também 
frequentemente desprovidas de cintura 
pélvica; 
 As numerosas vértebras das serpentes, 
mais curtas e mais largas que as dos 
demais tetrápodes, permitem rápida 
ondulação lateral através da vegetação 
e sobre o solo áspero ou irregular; 
 As costelas aumentam a rigidez da coluna 
vertebral, fornecendo maior resistência às 
pressões laterais; 
 Os espinhos neurais alongados fornecem 
mais sustentação aos músculos; 
 O crânio das serpentes é mais cinético 
que o dos lagartos, permitindo que as 
serpentes engulam presas muito maiores; 
 Como a serpente precisa manter a 
respiração durante o lento 
processo de deglutição, sua 
abertura traqueal (glote) é 
impulsionada para frente entre os 
dois ramos da mandíbula. 
 A quimiorrecepção é um meio 
importantede detecção de presas; 
 As serpentes têm a língua bífida, 
com as extremidades amplamente 
separadas, que podem mover-se 
independentemente. Quando a 
língua é projetada, as 
extremidades são onduladas no ar 
ou encostadas no chão; 
 Em seguida, a língua é retraída e 
estímulos químicos são transferidos 
para o órgão vomeronasal par; 
 A forma bifurcada da língua das 
serpentes pode permitir que elas 
consigam detectar gradientes de 
estímulos químicos e localizar 
objetos. 
 A córnea das serpentes, que não têm 
pálpebras móveis, encontra-se 
permanentemente protegida por uma 
escama modificada transparente, que 
também, devido à mobilidade limitada 
do globo ocular, confere às serpentes o 
olhar fixo 
 A maioria das serpentes tem uma 
visão pouco acurada, mas 
serpentes arborícolas têm uma 
excelente visão binocular que as 
auxilia a localizar a presa entre os 
ramos da vegetação, onde os 
rastros olfatórios são mais difíceis 
de serem seguidos. 
o As serpentes são desprovidas de ouvido 
externo ou membranas timpânicas 
 Essa condição, juntamente com a 
ausência de reações evidentes ao 
som propagado no ar, levou à 
disseminação da ideia de que as 
serpentes seriam completamente 
surdas; 
 Não obstante, as serpentes têm 
uma orelha interna, e estudos 
recentes têm demonstrado 
claramente que, dentro de uma 
amplitude de baixas frequências 
(100 a 700 Hz), a capacidade 
auditiva das serpentes é superior à 
da maioria dos lagartos. 
 As serpentes são também 
bastante sensíveis a vibrações 
transmitidas pelo solo. 
o Além das áreas olfatórias das narinas, que 
não são bem desenvolvidas, as cobras 
têm um par de reentrâncias dos órgãos 
de Jacobson (órgãos vomeronasais) no 
assoalho da boca; 
 Essas reentrâncias, densamente 
inervadas, são revestidas por 
epitélio quimiossensor; 
 A língua bífida é projetada no ar, 
captando partículas odoríferas e 
conduzindo-as para o interior da 
boca; 
 A língua é então posta em 
contato com os órgãos de 
Jacobson. 
 Em seguida, a informação é 
transmitida ao cérebro, onde os 
odores são identificados. 
o Fosseta loreal = na cabeça, geralmente 
localizadas entre os olhos e as narinas; 
 Essas terminações nervosas 
respondem à energia radiante e 
são especialmente sensíveis ao 
calor emitido pelo corpo de aves 
e mamíferos que compõem os 
itens mais frequentes de sua dieta; 
 São utilizadas para rastrear presas 
de sangue quente e para 
direcionar seus botes, que são tão 
efetivos no escuro quanto em 
plena luz do dia. 
 Tradicionalmente, as peçonhas das 
serpentes são divididas em dois tipos: 
o O tipo neurotóxico age 
principalmente no sistema nervoso, 
afetando os nervos ópticos 
(causando cegueira) ou o nervo 
frênico do diafragma (causando 
paralisia respiratória); 
o O tipo hemorrágico destrói as 
células vermelhas do sangue, 
provocando hemorragias extensas 
nos tecidos. 
DENTIÇÃO 
o Opistóglifas: possuem um ou mais dentes 
aumentados, próximo à porção caudal 
do maxilar, com dentes menores na 
frente;o Proteróglifas: presas inoculadoras 
canaliculadas estão localizadas na 
porção cranial do maxilar e, muitas vezes, 
há vários dentes pequenos e maciços 
atrás das presas. Estas são 
permanentemente eretas e relativamente 
curtas; 
o Solenóglifas: as presas inoculadoras 
canaliculadas são os únicos dentes do 
maxilar, que são articulados de modo a 
dobrarem-se contra o teto da boca 
quando as maxilas são fechadas. Esse 
mecanismo de dobramento permite que 
as serpentes solenóglifas possuam dentes 
inoculadores longos, que injetam o 
veneno profundamente nos tecidos da 
presa. 
MOVIMENTOS 
o Ondulação lateral: o mais típico, segue 
uma trajetória em forma de “S”, em que a 
serpente é propelida por forças laterais 
exercidas contra as irregularidades da 
superfície. Uma serpente parece “flutuar”, 
porque as voltas do corpo parecem 
estacionárias em relação ao solo. O 
movimento ondulatório lateral é rápido e 
eficiente na maioria das circunstâncias, 
mas não em todas. 
o Concertina: permite que uma serpente se 
movimente em uma passagem estreita, 
como quando escala uma árvore 
utilizando as ranhuras irregulares da 
casca. A serpente estende-se para frente 
enquanto escora as voltas do corpo 
contra as laterais das ranhuras. 
o Retilíneo: para progredir em linha reta, 
como quando se aproximam 
sorrateiramente de suas presas, dois ou 
três segmentos do corpo permanecem 
apoiados sobre o solo, sustentando o peso 
do animal; os segmentos situados entre 
eles se elevam erguidos do solo e são 
então puxados para a frente pelos 
músculos que se originam nas costelas e 
se inserem na pele do ventre. O 
movimento retilíneo é lento, mas é uma 
forma eficiente de se deslocar de forma 
discreta na direção das presas, mesmo 
quando não existem irregularidades na 
superfície. 
o Por alças laterais: permite que as víboras 
do deserto se desloquem com 
surpreendente velocidade sobre 
substratos friáveis e arenosos com mínimo 
contato possível. Essas serpentes se 
movem projetando o corpo para frente 
em alças, formando um ângulo de 60° em 
relação à direção do movimento.

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