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RADIOTERAPIA PROF. ANDRÉIA GUEDES RADIOTERAPIA É um tratamento no qual se utilizam radiações ionizante para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. A radioterapia pode ser usada de forma isolada ou em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores. Enquanto a quimioterapia atua no organismo como um todo, a radioterapia visa combater uma região específica, tornando possível a interrupção da reprodução das células, e por sua vez, proporcionando a cura do paciente. OBJETIVO Liberar uma dose correta de radiação a um volume tumoral, com o menor dano possível aos tecidos sadios vizinhos, resultando na erradicação do tumor, em ótima qualidade de vida, no aumento da sobrevida, a um custo razoável. BENEFICIO Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações, e é cada vez maior o número de pessoas que ficam curadas com este tratamento. Para muitos pacientes, é um meio bastante eficaz, fazendo com que o tumor desapareça e a doença fique controlada, ou até mesmo curada. Quando não é possível obter a cura, a radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Isso porque as aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes. EQUIPE Médico Radioterapeuta (Radio-Oncologista). Físico Médico Enfermeiro e Multidisciplinar (Nutricionista, Psicólogo, Dentista). Técnico ou Tecnólogo em Radioterapia. Técnico da Sala de Moldes (Terceirizado). Pessoal do Apoio Técnico. Pessoal do Apoio Administrativo. TIPOS DE RADIOTERAPIA Teleterapia Teleterapia é a radioterapia realizada com a administração de radiação vinda de uma fonte colocada longe do paciente. As distâncias mais usadas hoje são de 80 cm para os antigos aceleradores lineares e os equipamentos de cobaltoterapia ou de 100 cm para todos os aceleradores lineares mais novos. TIPOS DE RADIOTERAPIA TIPOS DE RADIOTERAPIA Braquiterapia É o tratamento onde a fonte de radiação é colocada dentro do paciente ou muito próxima da pele do paciente. A taxa de dose com que se administra o tratamento define o tipo de braquiterapia: por baixa taxa (LDR), média taxa (MDR) ou alta taxa de dose (HDR). Hoje são usados poucos radioisótopos para esse fim. O mais usado é o irídio-192, seguido pelo iodo-125, césio-137 e cobalto-60. 8 TIPOS DE RADIOTERAPIA TIPOS DE RADIOTERAPIA Braquiterapia A colocação do material radioativo no paciente pode ser direta ou pelo uso de aplicadores próprios para esse fim. Quando o material radioativo é implantado diretamente no tecido, o implante é permanente e esse material não é mais retirado do paciente. Para evitar contaminação radioativa, o radioisótopo é colocado dentro de uma cápsula de metal ou revestido. Os implantes temporários são feitos com o auxílio de um aplicador que permite que o material radioativo seja retirado com facilidade do paciente. Se o aplicador é colocado no paciente já com o material radioativo em seu interior, a técnica de inserção chama-se pré-carregamento. Quando o aplicador é colocado vazio e em seguida o material radioativo é inserido, a técnica recebe o nome de pós-carregamento ou afterloading. TIPOS DE RADIOTERAPIA TIPOS DE RADIOTERAPIA TIPOS DE RADIOTERAPIA TIPOS DE RADIOTERAPIA TIPOS DE RADIOTERAPIA Braquiterapia /PLANEJAMENTO O planejamento da braquiterapia se baseia em imagens do paciente com o aplicador já colocado. Dessa forma, é possível saber em que posições será possível colocar a fonte radioativa para distribuir a dose de forma adequada. A braquiterapia baseada em radiografias é conhecida como braquiterapia 2D. Em geral, tomam-se duas imagens ortogonais como as figuras abaixo. TIPOS DE RADIOTERAPIA ETAPAS DO TRATAMENTO 1º Consulta Médica (oncologista). 2º Simulação do tratamento (dosimetrista). 3º Planejamento da dose (físico médico). 4º Tratamento (téc. Radiologia). ETAPAS DO TRATAMENTO 1º Consulta Médica (oncologista): O médico radioterapeuta irá examinar o paciente, fará uma série de perguntas para saber tudo o que tem ocorrido com ele e pedirá alguns exames, se necessário. Quando os exames estiverem prontos, serão definidos o tipo e o tempo do tratamento. ETAPAS DO TRATAMENTO 2º Simulação do tratamento (dosimetrista): Para programar o tratamento, é utilizado um aparelho chamado simulador ou tomógrafo, que ajuda o médico a delimitar a área a ser tratada, marcando a pele com uma tinta própria. Essas marcações não devem ser retiradas antes do término do tratamento, por isso evite banhos prolongados e proteja as marcações. 19 ETAPAS DO TRATAMENTO ETAPAS DO TRATAMENTO 3º Planejamento da dose (físico médico): A ficha da programação é encaminhada para a sala do físico médico, onde são feitos os cálculos para assegurar que a dose aplicada será igual à prescrita. E os físicos são responsáveis pelo controle de qualidade dos equipamentos. ETAPAS DO TRATAMENTO ETAPAS DO TRATAMENTO ETAPAS DO TRATAMENTO 4º Tratamento (téc. Radiologia): O paciente receberá um cartão contendo o local e o nome do aparelho no qual será tratado, o nome do seu médico, o dia e a hora da aplicação. Nos dias e horários marcados, ele entregará este cartão para o técnico de radioterapia e aguardará ser chamado para a sala do aparelho Durante a aplicação, ele ficará sozinho na sala, posicionado na mesa de tratamento. O técnico responsável estará na sala de controle, ao lado, observando tudo por um monitor de TV. ETAPAS DO TRATAMENTO 4º Tratamento (téc. Radiologia): O paciente será posicionado pelo técnico de radioterapia na maca do aparelho deverá ficar imóvel, para que a radiação não ultrapasse os limites da área marcada para o tratamento. A máscara ou molde do seu tratamento será guardada na sala do aparelho, para ser usada sempre que vier receber a aplicação. As aplicações com radiação ionizante acontecem de segunda a sexta-feira e são marcadas no cartão do paciente. É importante que o paciente não falte nenhum dia, para não prejudicar o seu tratamento. ETAPAS DO TRATAMENTO ACESSÓRIOS Os acessórios de imobilização, tem a função de imobilizar o paciente em uma posição que seja importante para seu tratamento, que seja confortável para o paciente e que possua reprodutibilidade durante os vários dias de seu tratamento. Atualmente, existem diversos tipos de acessórios de imobilização no mercado, tais como: máscaras termoplásticas, suportes de joelho e tornozelo, rampa de mama, colchões do tipo vack-lock, tracionador de ombros entre outros. 27 ACESSÓRIOS Máscara termoplástica de cabeça: ACESSÓRIOS Máscara termoplástica de cabeça e pescoço: ACESSÓRIOS Tracionador de ombros: ACESSÓRIOS Suporte para os pé: ACESSÓRIOS Rampa de mama: ACESSÓRIOS Rampa de mama: ACESSÓRIOS Rampa de mama: ACESSÓRIOS Suporte de cabeça: ACESSÓRIOS Suporte pra joelhos: ACESSÓRIOS Suporte pra joelhos: ACESSÓRIOS Colchão Vack Lock: COMO É FEITA A RADIOTERAPIA Os aparelhos ficam afastados do paciente. É chamada Teleterapia ou Radioterapia Externa. Os aparelhos ficam em contato com o organismo do paciente. É chamada Braquiterapiaou Radioterapia de Contato. Esse tipo trata tumores da cabeça, do pescoço, das mamas, do útero, da tiróidee da próstata. As aplicações podem ser feitas em ambulatório, mas no caso de tumores ginecológicos, há necessidade de hospitalização de pelo menos três dias. Pode ser necessário receber primeiro a Radioterapia Externa e depois a Braquiterapia. COBALTOTERAPAIA Na telecobaltoterapia a fonte utilizada é o cobalto-60, emite raios gama, que fica dentro de um cilindro metálico duplamente encapsulado, é apontado o feixe de radiação bem no centro do tumor, essa técnica possibilita o bombardeio do tumor por diferentes ângulos,dependendo do planejamento terapêutico. COBALTOTERAPAIA ACELERADOR LINEAR Emitem energia a partir da aceleração de elétrons, e emitem raio x ao interagir com o tungstênio, esse sistema é parecido com o de raio-x convencional, mas os aceleradores lineares aceleram ainda mais o feixe de elétrons. Tem uma grande vantagem também comparada com o cobalto-60, que por gerar o feixe de fótons a partir da eletricidade não precisa ser trocada a sua fonte, já a telecobaltoterapia por usar um material radioisótopo, conforme o tempo tem se uma necessidade de ser trocada. MODALIDADES DE TRATAMENTO Equipado com avançado colimador multi-lâminas de última geração, como também acessórios de posicionamento e localização do volume-alvo por ultra-som e raios infra-vermelho, permite a realização de modernas técnicas terapêuticas, como a radioterapia com modulação da intensidade do feixe (IMRT), radioterapia guiada por imagens (IGRT), radiocirurgia ou radioterapia estereotáxica fracionada (intra e extra-craniana) com modulação da intensidade do feixe (IMRS), entre outras. PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR O acelerador linear é utilizado para tratar todos os órgãos do corpo. Oferece alta energia raios-x à região do tumor do paciente. Estes tratamentos de raio-x podem ser projetados de tal forma que destroem as células cancerosas, poupando o tecido normal circundante. PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR O acelerador linear usa tecnologia de microondas (semelhante ao utilizado por radar) para acelerar os elétrons em uma parte do acelerador chamado o "guia de onda", então permite que esses elétrons colidir com um alvo de metal pesado para produzir raios-x de alta energia. Estes raios-x de alta energia são moldados como eles saem da máquina para se adaptar a forma do tumor do paciente e o feixe é personalizado de acordo com o tumor do paciente. PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR A maioria dos aceleradores lineares tem um gantry, que é a cabeça do equipamento. Esse gantry tem um dispositivo denominado colimador, que dá forma ao feixe de radiação, de modo que ele se adapte à forma do tumor a partir de um determinado ângulo. Durante o tratamento, o gantry se moverá em torno do paciente para liberar a dose de radiação prescrita no volume alvo PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR Colimador é um dispositivo, construído a partir de um material que absorve radiação, usado para direcionar e suavizar feixes de radiação. No caso dos aparelhos de radioterapia, tem a finalidade de proporcionar uma dosagem radioativa de acordo com as especificações da terapia indicada. Os colimadores são dispositivos que limitam o tamanho do campo de incidência dos raios X através da absorção de parte da radiação, direcionando e suavizando o feixe. PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR PRODUÇÃO DE RAIOS X NO ACELERADOR LINEAR RADIOBIOLOGIA A radiobiologia é considerada a farmacologia da radioterapia, ou seja é a área da radioterapia que estuda todos os efeitos causados pela radiação ionizante sobre as células do tecido vivo no organismo. RADIOBIOLOGIA Ao interagir com o tecido, a radiação ionizante desencadeia uma série de processos físicos, químicos e biológicos que podem determinar diferentes tipos de efeitos dependendo da dose administrada, do fracionamento da dose, do tempo de tratamento e da área irradiada. RADIOBIOLOGIA Quando a célula é atingida pela radiação ionizante podem acontecer três coisas: Morte Celular - pode acontecer tanto na célula normal quanto na tumoral, embora a tumoral, na maioria das vezes, seja a mais sensível. Dano Subletal - onde o efeito não é suficiente para levar à morte da célula, existe a possibilidade de recuperação deste dano e também acontece tanto com as células normais quanto com as tumorais. Nenhum Dano - a radiação passa pela célula sem produzir qualquer efeito (dano). RADIOBIOLOGIA Quais as células mais sensíveis a radiação: As células formadoras do sangue são as mais sensíveis devido a sua (reprodução rápida), os órgãos formadores do sangue são os mais sensíveis à radiação. As células musculares e nervosas são relativamente mais resistentes à radiação devido a sua (reprodução lenta), portanto, os músculos e o cérebro são menos afetados. RADIOBIOLOGIA Os 4 Rs da Radiobiologia: Todos estes processos da radiobiologia (Reparo, Reoxigenação, Redistribuição, Repopulação), ocorrem de maneira simultânea, pode-se afirmar que: o fracionamento contribui para o reparo das células normais que sofreram o dano subletal (não causa morte) e para aumentar a sensibilidade do tumor à radiação. FRACIONAMENTO Ao fracionar o tratamento com doses diárias menores, as células normais que sofreram dano subletal conseguem se recuperar entre uma fração e outra de tratamento. Esta capacidade de recuperação do dano é maior nas células normais. Desta maneira, quando for realizada a segunda fração, a célula normal que sofreu o dano estará recuperada e o mesmo não acontecerá com a célula tumoral. Para esta célula tumoral, a segunda fração de radioterapia irá contribuir para o acúmulo de danos até levá-la a morte. EFEITOR COLATERAIS Os efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente relacionados com a área do corpo tratada, a dose administrada e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano. Pode ocorrer cansaço, reações na pele (pele ressecada, escurecida e/ou avermelhada), perda de pelos no local do tratamento, coceira na área tratada, perda de apetite e náuseas. EFEITOR COLATERAIS EFEITOR COLATERAIS EFEITOR COLATERAIS EFEITOR COLATERAIS EFEITOR COLATERAIS EFEITOR COLATERAIS EFEITOR COLATERAIS Os efeitos colaterais geralmente aparecem na 3ª semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento, podendo durar mais tempo. Alguns cuidados devem ser tomados para diminuir os efeitos colaterais: repouso, nutrição, pele e boca. FIM
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