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Treinamento_Linha_Residencial_Pos_Vendas

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Midea Carrier 
 
2015 
Treinamento 
Linha Residencial 
Pós Vendas 
Sergio Soares 
 
Programa de Capacitação Profissional Midea Carrier 
Linha Residencial Página 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa de Capacitação Profissional Midea Carrier 
Linha Residencial Página 3 
 
Sumário 
 
1. Linha de Produtos com Velocidade Fixa ........................................................................ 7 
1.1. Linha WRAC .......................................................................................................... 7 
1.2. Linha SPLIT ........................................................................................................... 8 
1.2.1. Split HI WALL ................................................................................................ 8 
1.2.2. Split PISO-TETO ........................................................................................... 11 
1.2.3. Split BUILT IN ............................................................................................. 13 
1.2.4. Split CASSETE .............................................................................................. 14 
2. Linha de Produtos com Tecnologia Inverter ................................................................ 14 
2.1. Linha SPLIT Hi Wall Inverter ................................................................................ 15 
3. Eficiência Energética .................................................................................................. 16 
4. Estudo de Carga Térmica ............................................................................................ 18 
4.1. Software de Carga Térmica ................................................................................. 19 
5. Seleção do Equipamento ............................................................................................ 23 
6. Procedimentos de Instalação...................................................................................... 23 
6.1. Cuidados Antes da Instalação ............................................................................. 23 
6.2. Postura, Aparência e Segurança .......................................................................... 23 
6.3. Posicionamento da Unidade Condensadora ........................................................ 24 
6.4. Posicionamento da Unidade Evaporadora........................................................... 25 
6.5. Tubulação de Interligação ................................................................................... 27 
6.5.1. Layout da Tubulação ................................................................................... 27 
6.5.2. Verificação dos Limites da Tubulação .......................................................... 29 
6.5.3. Cálculo do Comprimento Máximo Equivalente (CME).................................. 29 
6.5.4. Determinação dos Diâmetros das Linhas ..................................................... 30 
6.5.5. Linhas Longas .............................................................................................. 31 
6.5.6. Tubulação de Alumínio................................................................................ 32 
6.6. Processo de Brasagem ........................................................................................ 33 
6.7. Montagem do Dispositivo de Expansão............................................................... 34 
6.8. Isolamento Térmico da Tubulação ...................................................................... 35 
6.9. Processo de Vácuo .............................................................................................. 36 
6.10. Teste de Estanqueidade ...................................................................................... 39 
6.11. Carga de Refrigerante ......................................................................................... 39 
6.12. Determinação do Superaquecimento.................................................................. 44 
6.13. Alimentação e Interligação Elétrica ..................................................................... 46 
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Linha Residencial Página 4 
 
6.14. Adaptações e Configurações ............................................................................... 47 
6.14.1. Configurações das Placas ........................................................................... 47 
6.14.2. Kit Controle Remoto................................................................................... 48 
6.14.3. Kit Degelo .................................................................................................. 49 
6.15. Testes de Funcionamento ................................................................................... 50 
6.16. Entrega Técnica .................................................................................................. 51 
6.17. Sistema de Filtragem .......................................................................................... 52 
6.18. Controles Remotos ............................................................................................ 54 
6.19. Kit Wi-Fi ............................................................................................................. 55 
7. Funcionamento de Sistemas ....................................................................................... 59 
7.1. Condições Básicas de Funcionamento .................................................................. 59 
7.1.1. Temperatura do Ar Externo .......................................................................... 60 
7.1.2. Tensão de Alimentação ................................................................................ 60 
7.1.3. Desequilíbrio de Tensão entre Fases ............................................................ 61 
7.2. Sistema Mecânico ................................................................................................ 62 
7.2.1. Ciclo Normal (FR) ......................................................................................... 62 
7.2.2. Ciclo Reverso (CR) ........................................................................................ 66 
7.2.3. Pressão de Sucção ........................................................................................ 66 
7.2.4. Pressão de Descarga .................................................................................... 67 
7.2.5. Superaquecimento ....................................................................................... 68 
7.2.6. Rendimento ................................................................................................. 68 
8. Sistemas de Controle .................................................................................................. 69 
8.1. Sistema de Controle Wrac DUO ........................................................................... 70 
8.2. Sistema de Controle para Split´s com Velocidade Fixa .......................................... 73 
8.2.1. Lógicas de Proteção ..................................................................................... 75 
8.2.2. Funções Básicas ........................................................................................... 79 
8.2.3. Função Autodiagnóstico ............................................................................... 82 
8.3. Sistema de Controle para Split com Tecnologia Inverter ..................................... 84 
8.3.1. Lógicas de Funcionamento .......................................................................... 86 
8.3.2. Lógicas de Proteção ..................................................................................... 87 
8.3.3. Funções Básicas ........................................................................................... 88 
8.3.4. Autodiagnóstico........................................................................................... 89 
8.3.5. Segurança e Manuseio ................................................................................. 89 
9. Diagnóstico de Falhas ................................................................................................. 90 
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Linha Residencial Página 5 
 
9.1. Falha no Funcionamento do Controle Remoto ................................................... 90 
9.2. Falha de Comunicação entre o Receiver e a Placa Principal ................................ 90 
9.3. Falha de alimentação de Tensão na Placa Eletrônica .......................................... 91 
9.4. Falhas de Ventilação do Evaporador ................................................................... 91 
9.5. Falhas de Sensores de Temperatura ................................................................... 94 
9.6. Falhas no Compressor ........................................................................................ 95 
9.7. Falhas no Capacitor ............................................................................................ 99 
9.8. Erro de EEPROM .............................................................................................. 100 
9.9. Erro Zero Crossing (Falha no Sinal de tensão) ................................................... 100 
9.10. Falha de Refrigeração ou Aquecimento .......................................................... 101 
9.11. Congelamento do Evaporador ........................................................................ 101 
9.12. Falha no Sensor de Degelo ............................................................................. 102 
9.13. Falha no Sensor de Nível de Água ................................................................... 103 
9.14. Erro na Unidade Externa ................................................................................ 103 
9.15. Falha no Motor do Vane ................................................................................. 104 
9.16. Falha no Motor do Condensador .................................................................... 104 
9.17. Falha de Funcionamento na Válvula Reversora ............................................... 105 
9.18. Falha de Comunicação entre as Unidades....................................................... 106 
9.19. Alta Corrente no Módulo Inverter .................................................................. 106 
9.20. Alta Temperatura do Compressor Inverter ..................................................... 107 
9.21. Erro na Placa Inverter ..................................................................................... 107 
9.22. Falhas no sistema Wi-Fi .................................................................................. 108 
10. ANEXOS.................................................................................................................... 110 
ANEXO I – Relação Pressão (psig) x Temp. Saturação(ᵒC) .......................................... 110 
ANEXO II – Lista de Sensores de Temperatura ........................................................... 111 
ANEXO III – Resistência Ôhmica dos Sensores ........................................................... 115 
ANEXO IV – Guia Rápido de Análise de Compressores ............................................... 116 
 
 
 
 
 
 
 
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Linha Residencial Página 6 
 
DUAS GRANDES MARCAS, 
UMA NOVA POTÊNCIA. 
A Midea Carrier é fruto da união de duas gigantes mundiais do mercado: a Midea, líder 
em produção de eletrodomésticos e a Carrier, líder em climatização e fundada pelo 
inventor do ar-condicionado – Willis Carrier. Em 2011, as duas empresas formaram 
uma joint venture para produzir e distribuir produtos no Brasil, Argentina e Chile, se 
tornando assim a maior fabricante de equipamentos de climatização da América Latina. 
São três fábricas – duas no Brasil e uma na Argentina – e mais de 3,5 mil 
colaboradores. Nos últimos dois anos, a Midea Carrier vendeu mais de 3 milhões de 
equipamentos em todo Brasil. 
No Brasil, o grupo é detentor das marcas Carrier, Midea, Springer, Toshiba (direito de 
distribuição de ar condicionado) e Comfee que oferecem um amplo portfólio de 
produtos para atender as necessidades comerciais e residenciais dos consumidores 
brasileiros. A empresa conta com um centro de engenharia e pesquisa, responsável 
pelo lançamento de novas tecnologias que tornam os produtos das marcas Midea 
Carrier cada vez mais inovador, eficiente, econômico e ambientalmente sustentável. 
JV MIDEA CARRIER NO MUNDO 
As marcas Midea e Carrier se relacionam em outras joint-ventures ao redor do mundo. 
Está presente no Egito, Índia, Indonésia, Filipinas e FMCC - Foshan Midea Carrier 
China (joint-venture Midea Carrier na China para produção de ar-condicionado). 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.mideacarrier.com.br 
 
 
 
 
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Linha Residencial Página 7 
 
1. Linha de Produtos com Velocidade Fixa 
 
Os assuntos abordados neste Treinamento referem-se aos produtos do tipo WRAC e 
SPLIT que compõem a Linha Residencial de condicionadores de ar. 
 
1.1. Linha WRAC 
 
A linha WRAC (Window Room Air Conditioner) é formada por equipamentos com 
capacidade entre 7500 e 30000 Btu/h, projetados para atender ambientes residenciais, com 
acionamento mecânico ou eletrônico, nas versões FRIO (FR – Somente Frio) ou QUENTE 
FRIO (CR – Ciclo Reverso), 110 e 220V. Os respectivos modelos estão dispostos na Tab. 1. 
Os equipamentos da linha WRAC possuem 1 ano de garantia. 
 
Tabela 1 - Linha de Equipamentos WRAC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Linha Residencial Página 8 
 
1.2. Linha SPLIT 
 
A partir da formação da Joint Venture, a linha de equipamentos do tipo split com 
velocidade fixa foi ampliada. Hoje, a empresa atua no mercado residencial comercializando 
equipamentos das marcas Midea, Carrier, Springer e Comfee, subdivididos segundo sua 
aplicação em: HI WALL, PISO – TETO, CASSETE e BUILT IN. 
Os equipamentos são produzidos nas versões: 
 FR – Somente refrigeração (FRIO); 
 CR – Ciclo reverso – atua em refrigeração e aquecimento (QUENTE-FRIO) 
 
 
1.2.1. Split HI WALL 
 
Os equipamentos Hi Wall com velocidade fixa foram projetados para ambientes 
residenciais de pequeno porte, com capacidade entre 7500 e 30000 Btu/h. Apresentam 
como características o baixo nível de ruído e baixa vazão de ar e são produzidos nas 
versões FR e CR. 
O cliente possui uma grande variedade de equipamentos para atender sua exigência 
em termos de custo, estética e consumo de energia. A Tab. 2 apresenta os modelos de 
equipamentos do tipo Hi Wall das diferentes marcas e capacidades disponíveis no mercado. 
 
Tabela 2 – Linha Split Hi Wall com velocidade fixa 
 
 
Os split´s da linha Hi Wall com velocidade fixa possuem garantia estendida de 1 ano, 
válida somente para equipamentos instalados por empresa credenciada. 
 
 
 
 
 
 
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Os equipamentos Hi Wall da marca COMFEE, apresentados na Tab.3 são 
comercializados somente via internet. Em 2014, as evaporadoras COMFEE sofreram uma 
alteração de versão (de 42MMCC para 42MMCD) em sua estética. 
 
Tabela 3 - Split Hi Wall marca COMFEE 
 
 
 
A Tab.4 apresenta a linha Hi Wall da marca SPRINGER, a qual foi reduzida em 
2014. Deixaram de ser fabricados os modelos UP! e WAY e o SPLIT SPRINGER foi 
lançado. 
 
Tabela 4 - Split Hi Wall marca SPRINGER 
 
 
Os grandes lançamentos de 2014 aconteceram na marca MIDEA. O LIVA é o novo 
Hi Wall, marca MIDEA, com design avançado e alta eficiência energética. 
 
 
O LIVA WIFI é o primeiro cond. ar residencial com controle via internet sem fio. 
 
 
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Ainda, tivemos alteração de versão no Elite Window e, em 2015 teremos a entrada 
do HW Practia em substituição ao Elite 30K. A Tab. 5 apresenta a linha completa de Hi Wall 
da marca MIDEA, com velocidade fixa. 
 
Tabela 5 - Split Hi Wall da marca MIDEA, com velocidade fixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2.2. Split PISO-TETO 
 
Os equipamentos tipo PISO-TETO foram projetados para atender ambientes 
residenciais grandes ou comerciais de pequeno porte, com capacidade entre 18000 e 80000 
Btu/h, dispõem de maior vazão de ar, e estão disponíveis nas versões FR e CR. 
 
A CARRIER disponibiliza os modelos SPACE e MODERNITÁ, mostrados na Tab. 6. 
 
 
Tabela 6 - Split Piso-Teto da marca CARRIER 
 
 
 
 
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Os equipamentos Split Piso Teto possuem garantia estendida de 1 ano, válida 
somente para equipamentos instalados por empresa credenciada. 
Os equipamentos Split Piso-Teto MODERNITÁ são fornecidos sem controle. O 
cliente tem a opção de utilizar controle remoto com ou sem fio, sendo que os mesmos são 
fornecidos na forma de Kit, conforme codificação abaixo: 
 
 
 
 
 
A Tab. 7 apresenta os equipamentos SILVERMAXI da marca SPRINGER. 
 
 
Tabela 7 - Split Piso-Teto SILVERMAXI da marca SPRINGER. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Linha Residencial Página 13 
 
1.2.3. Split BUILT IN 
 
 
Os equipamentos tipo BUILT IN foram projetados para atender ambientes 
residenciais e comerciais de pequeno porte, cuja instalação da unidade evaporadora seja 
embutida, permitindo a utilização de dutos. O Split Buit In, produzido pela CARRIER 
denomina-se VERSATILE, com capacidade entre 18000 e 60000 Btu/h, nas versões FR e 
CR, conforme mostrado na Tab. 8, e possui garantia estendida de 1 ano, válida somente 
para equipamentos instalados por empresa credenciada. 
 
 
Tabela 8 - Split Built In VERSÁTILE da marca CARRIER 
 
Os equipamentos Split Built In VERSÁTILE são fornecidos sem controle. O cliente 
tem a opção de utilizar controle remoto com ou sem fio, sendo que os mesmos são 
fornecidos na forma de Kit, conforme codificação abaixo: 
 
 
 
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1.2.4. Split CASSETE 
 
Os equipamentos CASSETE da marca CARRIER foram projetados para atender 
ambientes residenciais e comerciais de pequeno porte, cuja instalação da unidade 
evaporadora seja embutida no teto. Estão disponíveis com capacidade entre 18000 e 48000 
Btu/h, nas versões FR e CR, conforme mostrado na Tab. 9. 
 
O Split Cassete CARRIER possui garantia estendida de 1 ano, válida somente para 
equipamentos instalados por empresa credenciada. 
 
Tabela 9 - Split Cassete da marca CARRIER 
 
 
 
2. Linha de Produtos com Tecnologia Inverter 
 
A tecnologia Inverter proporciona ao sistema uma vazão variável de Refrigerante 
(VRF), que altera a velocidade do compressor de acordo com a demanda da unidade 
interna. 
A vazão do refrigerante é modulada pela variação na frequência de rotação do 
motor (DC) do compressor. Isso significa que a capacidade de refrigeração/aquecimento 
varia de acordo com a necessidade térmica do ambiente. 
A aplicação desta tecnologia proporciona uma redução no consumo de energia 
elétrica quando o sistema atua em cargas parciais em torno de 30% em relação aos 
sistemas com velocidade fixa. 
 
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Além da redução de energia um equipamento inverter apresenta como vantagem 
uma menor oscilação da temperatura do ambiente interno (variação de 0,5ºC), gerando 
mais conforto aos usuários. 
Os equipamentos com tecnologia inverter utilizam o R410A como fluído refrigerante 
o qual não agride a camada de ozônio. 
Na linha Residencial, esta tecnologia é aplicada somente aos equipamentos split´s 
do tipo Hi Wall os quais possuem garantia estendida de 2 anos desde que instalados por 
empresa credenciada. 
 
2.1. Linha SPLIT Hi Wall Inverter 
 
 
A Midea Carrier disponibiliza ao mercado equipamentos do tipo Hi Wall Inverter das 
marcas Midea e Carrier. 
A Tab. 10 apresenta os condicionadores de ar do tipo Hi Wall com tecnologia 
inverter da marca CARRIER, mono (uma cond. para uma evap.) e multi (uma cond para 
várias evap´s). 
 
 
Tabela 10 – Split Hi Wall Inverter marca CARRIER 
 
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A Tab. 11 apresenta os condicionadores de ar do tipo Hi Wall com tecnologia 
inverter da marca MIDEA. 
 
Tabela 11 – Split Hi Wall Inverter marca MIDEA 
 
 
 
3. Eficiência Energética 
 
 
A Eficiência Energética dos equipamentos é determinada através pelo Coeficiente 
de Eficiência Energética ou COP (Coeficiente de Performance), o qual relaciona a 
quantidade de calor trocada e a energia elétrica empregada para que isto aconteça. Esta 
determinação é feita através de testes em laboratório idôneo indicado pelo INMETRO, com 
base em normas especificas (AHRI 210). 
 
 
 
 
A Eletrobrás, em parceria com o Instituto 
Nacional de Metrologia (INMETRO) emite a Etiqueta 
Nacional de Conservação de Energia (ENCE) de 
acordo com o tipo e capacidade do equipamento. Os 
produtos identificados como classe “A” da ENCE 
recebem o Selo Procel. 
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As tabelas referentes a cada tipo de produto podem ser acessadas no site: 
www.inmetro.gov.br, na opção Produtos e Serviços / Tabela Eficiência Energética. 
Em agosto de 2014, houve um aumento de 1% nas eficiências mínimas para cada 
classe e corte da categoria “E” para os equipamentos WRAC e Hi Wall. O CEE ou COP 
mínimo para os split´s das linhas Hi Wall e Piso Teto será de 2,6 e WRAC e Cassete 2,3. 
 
 
 
 
As tabelas 12, 13 e 14 apresentam a classificação dos equipamentos do tipo WRAC 
e Split Hi Wall, segundo sua eficiência energética. 
 
 
Tabela 12 - Classe de Eficiência Energética - WRAC 
 
 
 
Tabela 13 - Classe de Eficiência Energética – Hi Wall velocidade fixa 
 
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Tabela 14 – Classe de Eficiência Energética – Hi Wall Inverter 
 
 
 
 
4. Estudo de Carga Térmica 
 
 
Carga Térmica é a quantidade total de calor sensível e latente que deve ser retirada ou 
adicionada ao ambiente para que se mantenham as condições desejadas de temperatura e 
umidade relativa. 
 
A realização de um estudo de carga térmica é um dos pré-requisitos para o bom 
funcionamento de um equipamento, do ponto de vista mecânico (tempo de vida útil) e 
elétrico (consumo de energia), pois indicará a quantidade de calor que o equipamento 
deverá ser capaz de retirar por hora (fluxo de calor), para atender as condições de conforto 
humano. 
 
O fluxo de calor pode ser expresso em Btu/h, Kcal/h, TR ou KW. Para fazer a conversão 
de uma unidade para outra utilize o multiplicador apresentado na tabela 15. 
 
Tabela 15 – Conversão de unidades de fluxo de calor 
 
 
 
Diversas são as ferramentas que podem ser usadas para calcular a carga térmica 
de um ambiente. Apresentaremos duas ferramentas que podem ser aplicadas em 
ambientes residenciais. 
Programa de Capacitação Profissional Midea Carrier 
Linha Residencial Página 19 
 
4.1. Software de Carga Térmica 
 
Existem diversos programas computacionais (software) para cálculo de carga 
térmica, de diferentes níveis de precisão, que têm por finalidade simular de forma confiável 
a geração de calor em um ambiente para que se possa selecionar o condicionador com 
capacidade suficiente para retirar o calor gerado. 
A Midea Carrier disponibiliza dimensionadores virtuais, nos sites 
www.springer.com.br, www.mideadobrasil.com.br e www.springer.com.br.EXERCÍCIO 1 
 
Necessita-se condicionar o Living de um apartamento na cidade do Rio de Janeiro. 
O ambiente mostrado na planta abaixo possui 23 m2, utilizado por uma família formada por 
um casal e dois filhos. 
Em visita ao referido apartamento, foram efetuadas as medições e colhidas as 
seguintes informações: 
 
 
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Linha Residencial Página 20 
 
 
Neste exemplo será utilizado o dimensionador virtual disponível no site da Carrier. A 
seguir será apresentado o procedimento passo-a-passo: 
 
Entre no site www.carrierdobrasil.com.br e clique no linck Utilize nosso 
dimensionador. O software será carregado e em seguida aparecerá a primeira tela do 
dimensionador. 
 
 
 
 
 
 
Passo 1 – SELECIONE SEU ESTADO 
 
- Na caixa de seleção, clique sobre o Estado 
onde se localiza a residência: Rio de Janeiro; 
 
- Clique em avançar. 
 
 
 
 
 
 
 
Passo 2 – SELECIONE O TIPO DE 
RESIDÊNCIA 
 
- Clique sobre o tipo de residência: 
Apartamento; 
 
- Clique em avançar. 
 
 
 
 
 
 
Passo 3 – SELECIONE O TIPO DE 
AMBIENTE 
 
- Clique sobre o tipo de ambiente: Sala; 
 
- Clique em avançar. 
 
 
 
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Linha Residencial Página 21 
 
Passo 4 – INFORME AS DIMENSÕES DO AMBIENTE 
- Se o ambiente for quadrado ou retangular, selecione o comprimento e a largura (em 
metros) mais próximos; 
- Se não, calcule a área e informe as dimensões que representem esta área: 
6,5 m x 3,5 m = 22,75 m2; 
 - Clique em avançar. 
 
 
 
 
 
 
Passo 5 – INFORME A QUANTIDADE 
DE JANELAS E CORTINAS DO 
AMBIENTE 
 
- O dimensionador utiliza como referência uma 
janela de 1,2 m2; 
 
- Informe quantas janelas existem com esta 
área; 
 
- Se houverem janelas com área muito maior, 
calcule a área total (5,4m x 1,8m = 9,72 m2) e 
divida pela área de referência (1,2 m2), o resultado será o número de janelas: 8 janelas; 
 
- Informe quantas janelas possuem cortina ou persianas. Neste caso nenhuma (zero); 
 
- Clique em avançar. 
 
 
 
Passo 6 – INFORME O PERÍODO DE 
MAIOR INCIDÊNCIA SOLAR 
 
- Neste caso, como a parede externa está 
voltada para o Oeste, a maior incidência 
solar se dá à tarde (Vespertino); 
 
- Clique em avançar. 
 
 
Matutino: período da manhã 
Vespertino: período da tarde 
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Linha Residencial Página 22 
 
Passo 7 – INFORME A QUANTIDADE DE 
LÂMPADAS 
 
- Uma lâmpada incandescente dissipa o dobro 
de calor que uma fluorescente; 
 
- A quantidade limite do Dimensionador da 
Carrier é de 10 lâmpadas por tipo; 
 
- Neste caso temos 13 lâmpadas fluorescentes. 
A quantidade de calor dissipada pode ser 
representada por 9 fluorescentes e 2 
incandescentes (= 4 fluorescentes). 
 
 - Clique em avançar. 
 
 
Passo 8 – INFORME O NÚMERO DE 
PESSOAS QUE OCUPAM O AMBIENTE 
 
- Selecionar o número de pessoas: 4; 
 
- Clique em avançar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Passo 9 – INFORME A QUANTIDADE 
DE ELETRÔNICOS DO AMBIENTE 
 
- Potência de referência: 
 Sala e Quartos: 62 w / equip 
 Cozinhas: 981 w / equip 
 
- Neste ambiente temos: TV LCD 32” (160W) 
e Home Theater (200W), totalizando 360W; 
 
- Como se trata de uma Sala, divida a 
potência total (360W) pela potência de 
referência (62W) e informe o resultado obtido (6 equip.). 
 
- Clique em avançar. 
 
 
APÓS RESPONDER ÀS 9 PERGUNTAS O 
DIMENSIONADOR VIRTUAL INFORMA A 
CAPACIDADE DE EQUIPAMENTO 
RECOMENDADA 
 
 
Programa de Capacitação Profissional Midea Carrier 
Linha Residencial Página 23 
 
5. Seleção do Equipamento 
 
A seleção do equipamento adequado ao ambiente a ser condicionado depende de 
alguns critérios, os quais deverão ser observados para que o bom funcionamento do 
equipamento seja garantido: 
 
 
ESTUDO DE CARGA TÉRMICA: 
- Determinar a capacidade do equipamento necessário ao ambiente; 
 
REQUISITOS DO CLIENTE: 
- Estética; 
- Nível de ruído; 
- Consumo de energia; 
- Custo de aquisição e instalação; 
 
REQUISITOS TÉCNICOS: 
- Aplicação (cada equipamento foi projetado para atender um tipo de ambiente); 
- Condições de instalação (tensão adequada, distribuição de ar, passagem da 
tubulação de interligação, limites de distância e desnível e rede de dreno); 
- Condições de manutenção. 
 
 
6. Procedimentos de Instalação 
 
6.1. Cuidados Antes da Instalação 
 
É importante que antes de iniciar o procedimento de instalação, alguns itens sejam 
verificados: 
 
- A capacidade do equipamento é adequada? 
- As unidades sofreram alguma avaria no transporte ou armazenamento? 
- As unidades evaporadora e condensadora são compatíveis? 
- A tensão necessária ao equipamento está disponível? 
- Existe previsão para saída de dreno? 
 
 
6.2. Postura, Aparência e Segurança 
 
Além da competência técnica, é importante que no procedimento de instalação o 
profissional demonstre uma postura adequada, tratando o cliente com cordialidade e 
seriedade, atentando para a pontualidade e asseio na execução das tarefas. 
 
Para a sua segurança, o técnico deverá utilizar os equipamentos de proteção 
individuais recomendados, tais como óculos de segurança, luvas, cinto de segurança, 
equipamentos de proteção próprios para o processo de soldagem. 
 
 
 
IMPORTANTE: LEIA SEMPRE O MANUAL DE INSTALAÇÃO 
 
Programa de Capacitação Profissional Midea Carrier 
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6.3. Posicionamento da Unidade Condensadora 
 
Ao posicionar a unidade condensadora devem-se tomar os seguintes cuidados: 
 
- Selecionar um lugar onde não haja circulação constante de pessoas; 
 
- Selecionar um lugar o mais seco e ventilado possível; 
 
- Evitar instalar próximo a fontes de calor ou vapores, exaustores ou gases 
inflamáveis; 
 
- Evitar instalar em locais onde o equipamento ficará exposto a ventos 
predominantes ou chuvas fortes frequentes, umidade ou poeira excessiva; 
 
- Evitar instalar em locais onde 
os ruídos de funcionamento e 
descarga de ar quente possam 
perturbar a vizinhança; 
 
- Obedecer aos espaços 
mínimos recomendados para 
instalação, manutenção e circulação 
de ar; 
 
 
 
- Instalar o equipamento em uma superfície firme e resistente 
que suporte o seu peso; 
 
- Cuidar para que a condensadora fique nivelada; 
 
 
 
 
 
- Evitar que a descarga de ar de uma condensadora não seja jogada sobre a 
tomada de ar de outra; 
 
 
 
- Evitar que a descarga de ar seja obstruída; 
 
 
Obs: Para evitar este problema, foram desenvolvidos 
defletores de ar que podem ser instalados nas condensadoras 
38K. 
 
 
 
 
 
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- Utilizar calços de borracha para fixação da 
condensadora para evitar ruídos de vibração; 
 
 
 
 
- Para instalação em regiões costeiras (alto grau de salinidade) recomenda-se a 
utilização de arruelas não metálicas; 
 
- Recomenda-se a utilização de arruelas de borracha na fixação da unidade 
condensadora em regiões costeiras e/ou regiões de alta salinidade. Testes de Salt Spray 
comprovaram que o início da corrosão acontece na arruela e no parafuso, quando em 
contato com a base da condensadora. 
 
 
6.4. Posicionamento da Unidade Evaporadora 
 
 
Ao posicionar a unidade evaporadora, siga as seguintes recomendações: 
 
- Fazer um planejamento cuidadoso da localização da evaporadora de forma a 
evitar eventuais interferências com quaisquer tipos de instalações já existentes ou 
projetadas, tais como instalações elétricas, de água, esgoto etc; 
 
- O local escolhido possibilitar a passagem das tubulações de interligação bem 
como da fiação elétrica; 
 
- Evitar proximidade a aparelhos eletrônicos (mínimo 1 m); 
 
 
- A evaporadora deve ser instalada em local onde não haja obstáculos ao fluxo de 
ar (entrada e saída). A posição da evaporadora deve ser tal que permita a circulação 
uniforme do ar em todo o ambiente; 
 
 
 
 
 
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- Respeitar as distâncias mínimas 
recomendáveis de paredes, teto e piso; 
 
 
 
 
 
 
 
 
- No caso das evaporadoras do tipo Hi Wall, a 
tubulação de interligação poderá sair para qualquer 
uma das direções mostradas na figura abaixo, porém 
deve-se ter muito cuidado ao dobrá-la para evitar 
rompimento ou amassamento; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Para evaporadoras do tipo Hi Wall, utilizar o 
suporte de fixação que acompanha o equipamento, bem 
como as indicações para posicionar a furação por onde 
irá passar a tubulação de interligação; 
 
 
 
 
 
 
 
- A evaporadora deverá ser nivelada visto que o 
sistema de drenagem de condensados é feita por 
gravidade (com exceção dos equipamentos tipo 
cassete); 
 
 
 
- Nas evaporadoras do tipo 
cassete, as quais possuem bomba de 
condensados, respeitar o limite de altura 
manométrica que a bomba possui. Após 
atingir a altura manométrica, a tubulação 
deverá ter um declive de 2% na direção do 
ponto de saída da água; 
 
- Para instalações com mais de uma evaporadora cassete em uma mesma rede de 
dreno, garantir que a água consiga seguir um fluxo contínuo em direção ao ponto de saída, 
evitando que a água bombeada de uma evaporadora não chegue à outra evaporadora; 
 
 
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- Garantir fácil acesso para manutenção; Atenção especial nos equipamentos do 
tipo Built In, que, devido ao fato de ficarem embutidas, devem ter prever uma janela de 
inspeção para possibilitar a manutenção preventiva (limpeza do filtro) e corretiva, quando 
necessária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.5. Tubulação de Interligação 
 
 
6.5.1. Layout da Tubulação 
 
Com o objetivo de evitar problemas como a migração de refrigerante na forma 
líquida ao compressor, garantir o retorno do óleo lubrificante ao compressor e evitar ruídos 
de vibração, recomenda-se a utilização de layout específico, para os seguintes casos: 
 
 
Unidade evaporadora acima da condensadora 
 
Nos casos em que o evaporador for instalado acima ou no mesmo nível do 
condensador, deverá ser instalado um U invertido na linha de sucção na saída do 
evaporador com a finalidade de conter a migração do refrigerante na forma líquida para o 
compressor, quando este estiver parado. 
 
 
 
 
O refrigerante quando chega ao compressor, estando este desligado, provoca a 
diluição do óleo e consequentes problemas de lubrificação, como o travamento do 
compressor. 
 
 
 
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Unidade evaporadora abaixo da condensadora 
 
Nos casos em que o evaporador for instalado abaixo do condensador, deverá ser 
instalado um sifão na linha de sucção a cada 3 metros de desnível, como forma de garantir 
o retorno do óleo lubrificante ao compressor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O óleo acumulado no sifão provocará a redução da área do tubo e, 
consequentemente aumentará a pressão antes do sifão até que esta pressão fique tão alta 
que consiga arrastar o óleo acumulado por mais 3 metros, por isso recomenda-se sua 
utilização a cada 3 metros. 
Em relação ao dimensionamento do sifão, o raio de curvatura deve ser igual à 4 
vezes o diâmetro do tubo. Por exemplo, para um tubo de 1/2” (12,7 mm), o raio de curvatura 
deve ser de 50,8 mm ou 5 cm. 
A falta de lubrificação provoca o aumento do atrito mecânico e aumento da 
temperatura do óleo. Se o óleo atingir 177ºC acontece a quebra molecular e o óleo 
carboniza. 
As fotos abaixo mostram o interior de um compressor rotativo de uma condensadora 
38XCE018515MS, nele foram encontrados somente 100 ml de óleo, quando o normal 
seriam 600 ml. 
 
 
Proteção contra ruído de vibração 
 
Em instalações onde a tubulação é muito curta e/ou rígida, corre-se o risco que o 
sistema, em funcionamento, apresente ruído de vibração. 
 
Para evitá-lo: 
 
- Obedeça ao limite mínimo recomendado; 
- Instale um loop em cada tubo, ou 
- Instale um tubo flexível em cada tubo. 
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6.5.2. Verificação dos Limites da Tubulação 
 
Ao planejar o Layout da tubulação, deve-se garantir que esta fique dentro dos 
limites recomendados. Os limites recomendados são apresentados no Manual de 
Instalação, como mostra o exemplo abaixo (Space). 
 
 
Limites de instalação para o Piso Teto Space 
 
Caso os limites de comprimento equivalente ou desnível sejam maiores que os 
valores indicados, as recomendações contidas no item “Linhas Longas” (ver item 6.5.5) 
deverão ser aplicadas. 
 
6.5.3. Cálculo do Comprimento Máximo Equivalente (CME) 
 
O comprimento linear ou real representa o somatório de todos os trechos retos da 
tubulação. 
 
A perda de carga que o fluído refrigerante sofre ao passar por uma conexão (curva, 
joelho, tee...) provoca redução da sua velocidade e este aspecto deve ser considerado no 
planejamento do layout da tubulação. 
Calcula-se o comprimento equivalente aplicando-se a seguinte fórmula: 
CME = CL + (0,3 x nc) 
Onde: 
CME = Comprimento Máximo Equivalente ( m ) 
CL = Comprimento Linear ( m ) 
nc = Número de conexões (curvas, joelhos, tee ) 
 
 
 
 
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EXERCÍCIO 2 
 
Calcule o comprimento linear (real) e o comprimento equivalente para a tubulação 
abaixo e verifique se a mesma está dentro dos limites de instalação para uma Piso Teto 
Space de 36000 Btu/h.: 
A Fig. 1 apresenta um esboço do trecho por onde deverá passar a tubulação, com 
suas respectivas dimensões. 
 
Figura 1 - Lay Out da Instalação 
 
6.5.4. Determinação dos Diâmetros das Linhas 
 
Além do comprimento e do número de conexões, o diâmetro de um tubo interfere na 
perda de carga que o fluído sofre ao percorrê-lo. Logo, também deve ser considerado na 
definição da tubulação. 
 
Uma vez definido o comprimento máximo equivalente, podem-se determinar os 
diâmetros das linhas. Tabelas, como a mostrada abaixo, contidas nos Manuais de 
Instalação, apresentam os diâmetros recomendados de acordo com o comprimento 
equivalente calculado. 
 
 
Tabela dos diâmetros recomendados para a linha SPACE 
 
Através da utilização dos diâmetros corretos, compatíveis com o comprimento 
equivalente da tubulação, garante-se que a velocidade do fluído refrigerante no interior do 
tubo fique dentro de uma faixa adequada (8 a 12 m/s para linhas de sucção ou expansão e 
4,5 a 9 m/s para linhas de líquidos). Com isso, conseguimos: 
 
- garantir o fluxo adequado do fluído refrigerante no evaporador; 
- impedir a retenção não planejada de óleo ao longo da tubulação; 
- proteger o compressor contra “golpes” de líquido; 
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Em linhas de líquidos (presentes na Modernitá e Built In, cujos dispositivos de 
expansão são instalados na entrada do evaporador), caso os diâmetros utilizados sejam 
menores que os recomendados podem ocorrer um problema denominado pré-expansão, 
que significa uma perda de pressão excessiva que provoca a redução na temperatura do 
refrigerante, fazendo com que uma parcela do líquido evapore, antes de chegar ao 
dispositivo de expansão. 
 
A pré-expansão provoca: 
- Redução na capacidade do dispositivo de expansão; 
- Produção de ruído excessivo; 
- Falta de líquido no evaporador; 
- Perda de capacidade. 
 
 Caso contrário, ou seja, se o diâmetro utilizado na linha de 
líquidos for acima do recomendado, para grandes distâncias, o sistema 
necessitará de mais carga de refrigerante, podendo ultrapassar o limite 
permitido pelo compressor. 
 
As linhas de sucção são mais sensíveis a erros de 
dimensionamento, pois a mínima perda de carga provoca uma 
diminuição na velocidade de arraste de óleo e consequente falta de óleo 
no compressor, podendo causar sua quebra. 
 
Nos tubos ascendentes verticais, a velocidade é maior no centro do tubo, em função 
disto o óleo tende a subircolado às paredes do tubo, ou seja, será necessária uma 
velocidade nominal maior para conduzir o óleo de volta ao compressor. 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 
 
 
Selecione os diâmetros das linhas de sucção e expansão para um equipamento 
SPACE de 36000 Btu/h, utilizando os dados obtidos no Exercício 2. 
 
CME: 
Diâmetro Linha Sucção: 
Diâmetro Linha Expansão: 
 
6.5.5. Linhas Longas 
 
Quando os valores de comprimento 
máximo equivalente ou o desnível entre as 
unidades ultrapassarem os limites 
recomendados (ver item 6.5.2) será necessário 
a aplicação dos critérios de Linhas Longas. No 
Manual de Instalação existe um capítulo 
dedicado para este assunto. 
 
IMPORTANTE: Estes critérios somente são 
válidos para equipamento FR (somente frio). 
 
Para a aplicação de Linhas longas alguns 
itens serão alterados em relação à uma 
instalação standard, tais como diâmetro dos 
tubos, válvula solenoide de bloqueio e 
separador de sucção. 
 
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6.5.6. Tubulação de Alumínio 
 
 
Além do cobre, bastante difundido entre os instaladores, em 2011 foi homologada a 
utilização de tubo de alumínio marca HYDRO ® para interligação de sistemas Split´s que 
utilizam o R22 ou R410A. A liga 3333-0 (alumínio e manganês) apresenta resistência 
mecânica compatível à utilização nestes sistemas. 
 
O principal cuidado que se deve ter em relação à utilização do alumínio para esta 
aplicação reside no fato do alumínio, ao entrar em contato com o cobre e suas ligas (latão, 
bronze) apresenta um fenômeno denominado corrosão galvânica (efeito pilha) que corrói as 
paredes dos tubos. A corrosão somente ocorre na presença de oxigênio contido no ar. 
 
Portanto, alguns cuidados devem ser tomados: 
 
 
a) Utilizar porcas de alumínio 
 
Se for usada porca de alumínio para 
conectar um tubo de alumínio à válvula de 
serviço, ou outra conexão de latão, cobrir a 
rosca com fita teflon; 
 
 
 
 
 
b) Isolar a união entre tubo de alumínio 
e porca de latão 
 
Aplicar fita teflon na extremidade do tubo de 
alumínio evitando seu contato, conforme mostra 
a figura abaixo; 
 
 
 
c) Pintar conexões 
 
Para evitar a presença do ar atmosférico nos 
pontos de conexão, recomenda-se a pintura de 
toda a região; 
 
 
d) Usar ferramentas dedicadas 
 
Embora não se enxergue, ao utilizar uma 
ferramenta mecânica (cortador, flangeador, 
alargador) partículas do material serão 
depositadas sobre a superfície da ferramenta. 
Por esta razão recomenda-se que se tenha um 
conjunto de ferramentas dedicadas para 
utilização em instalações com tubo de alumínio; 
 
 
 
e) Evitar contato com cimento 
 
O alumínio em contato com cimento também 
apresenta corrosão. 
 
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6.6. Processo de Brasagem 
 
Em alguns pontos da interligação entre as unidades evaporadora e condensadora 
se faz necessário a aplicação do processo de brasagem (processo térmico para junção de 
material metálico com a utilização de um metal de adição com ponto de fusão menor que o 
metal base). 
Algumas recomendações para realizar um bom processo: 
- Prepare os tubos a serem soldados, lixando suas 
extremidades e alargando uma delas quando for unir dois tubos 
com o mesmo diâmetro; 
- Utilize os Epi´s necessários para a realização do 
processo (luvas, óculos); 
- Utilize o processo de nitrogênio passante para evitar a 
oxidação interna; 
Nitrogênio Passante 
O objetivo da utilização de nitrogênio passante durante o processo de brasagem é 
evitar a oxidação interna do tubo. 
 A oxidação ocorre em função da presença de oxigênio em contato com a parede do 
tubo quando este é aquecido. A ação solvente do refrigerante remove o acúmulo de óxido 
de carbono das paredes do tubo e leva este resíduo consigo pelo sistema, podendo 
provocar obstruções ou danificar componentes vitais do compressor. 
Com a passagem do nitrogênio (gás inerte) o ar contido na tubulação será 
removido, logo não haverá oxigênio quando o calor for aplicado e, consequentemente, não 
ocorrerá a oxidação. 
Antes de iniciar a brasagem, recomenda-se aplicar nitrogênio em uma das 
extremidades do tubo e certificar-se que o mesmo está saindo na outra. 
 
Durante a brasagem, a pressão de nitrogênio no interior do tubo não deve ser 
elevada (no máximo 3 psig) e, após concluída, é necessário manter o fluxo de nitrogênio até 
que a parede do tubo resfrie e não exista a possibilidade de oxidação (pelo menos 1 
minuto). 
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A foto abaixo mostra a diferença entre um tubo soldado aplicando-se nitrogênio 
passante e outro sem a aplicação. 
 
A sujeira gerada pela oxidação interna pode produzir efeitos danosos ao sistema, 
tais como a obstrução de capilares e filtros e/ou defeitos em compressores (veja fotos de 
sujeira no interior do compressor). 
 
6.7. Montagem do Dispositivo de Expansão 
 
Nos equipamentos com baixa capacidade, o tipo de dispositivo de expansão 
utilizado é o tubo capilar (7,5K a 22KBtu/h), os quais já saem de fábrica montados na 
unidade condensadora. 
 
Em equipamentos a partir de 30 KBtu/h o dispositivo de expansão utilizado é o 
accurator, o qual acompanha a unidade evaporadora. 
 
Um conjunto accurator é formado por um corpo, 1 ou 2 pistões (dependendo da 
versão, 1 para FR e 2 para CR) e duas tampas com retentores. 
 
 
 
 
Os pistões possuem orifício calibrado com a identificação impressa em seu corpo e 
vedação. 
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O conjunto accurator deve ser montado, na maioria dos casos, próximo à unidade 
condensadora. Nos equipamentos Built In Versatile com capacidade a partir de 30KBtu/h e 
Piso-Teto Modernitá (80KBtu/h) o accurator deve ser montado na entrada da unidade 
evaporadora. 
As informações corretas referentes aos diâmetros dos pistões, à posição dos 
pistões no corpo e da posição de montagem do accurator são apresentadas na Tabela – 
Características Técnicas Gerais do Manual de Instalação do produto. 
Para defini-las é necessário ter os modelos da unidade evaporadora e da 
condensadora. 
Cuidados na Montagem 
a) Verificar o modelo correto da evaporadora e condensadora; 
 
b) Pesquisar no Manual de Instalação o tamanho dos pistões, o sentido que este será 
instalado no corpo (FR ou CR) e o local de instalação (condensadora ou 
evaporadora); 
 
 
Características Técnicas Gerais – Sistema de Expansão 
 
c) Posicionar os pistões no accurator, 
sempre com o lado da vedação para o 
centro do corpo, cuidando para não 
inverter a posição do pistão (FR) com o 
(CR); 
 
 
d) Para montar o corpo na linha, cuidar para que a 
seta impressa no corpo do accurator obedeça ao 
sentido de fluxo em funcionamento em ciclo 
normal (FR). 
 
6.8. Isolamento Térmico da Tubulação 
 
No interior dos tubos de expansão e sucção o refrigerante se encontra a baixa 
temperatura e, se os tubos não forem isolados, a umidade contida no ar irá condensar sobre 
ele provocando gotejamento. Por isso os tubos devem ser termicamente isolados, seguindo 
as seguintes recomendações: 
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- Utilize isolamento térmico na forma de tubo, com diâmetro interno referente ao 
tubo utilizado; 
- Para equipamentos com ciclo reverso utilize isolamento que resista 120°C; 
- Certificar-se que os tubos estão tamponados ao 
montar o isolamento térmico, para evitar que resíduos internos 
do isolamento entrem no tubo; 
- Os tubos devem ser isolados separadamente; Se os 
dois tubos forem isolados em um único isolamento, o sistema 
perderá rendimento, pois o refrigerante que passa pelo tubo de 
expansão irá retirar calor do tubo de sucção (e não no 
evaporador); 
 
- Unir os tubos isolados e fazer um acabamento com fita. Junto aos tubos isolados 
poderão passar também o cabo de interligaçãoe a mangueira de dreno, ficando todo 
conjunto com um bom acabamento e promovendo maior proteção contra as agressões 
atmosféricas (sol, chuva, resíduos sólidos); 
- Nas instalações onde a interligação for feita externamente à parede, recomenda-
se a utilização de calhas; 
 
6.9. Processo de Vácuo 
 
Vácuo 
Denomina-se vácuo a pressão absoluta abaixo da pressão atmosférica (1 atm). 
 
1 atm = 1 Kgf / cm 2 = 14,7 psia = 0,1 MPa = 1,01 bar = 760 mmHg = 10 mca 
Unidades de Vácuo 
Como as pressões que se trabalha neste processo são muito baixas, utilizam-se 
unidades específicas, como o µmHg (micrometro de coluna de mercúrio) e o Torr ( 1 Torr = 
1 mmHg). 
 
Objetivos do processo de vácuo 
 
A realização de um processo de vácuo adequado garante que não existirão gases 
incondensáveis nem umidade no interior do sistema. 
 A presença de gases incondensáveis provoca a variação das pressões de 
funcionamento do sistema e redução de sua capacidade. 
A umidade é capaz de produzir efeitos ainda mais danosos, tais como: oxidação das 
partes metálicas, alteração na densidade do óleo e consequente perda de lubrificação. 
Porém o pior efeito resulta da formação de um ácido, quando a umidade reage com o 
refrigerante e o óleo do sistema; este ácido corrói o verniz do bobinado do compressor 
provocando sua queima (compressor em massa). 
Estes motivos fazem deste processo um dos mais importantes para o bom 
funcionamento do sistema. 
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Aplicação 
 
Existe uma relação direta entre a pressão e a 
temperatura de ebulição de uma substância (quanto maior a 
pressão maior a temperatura de ebulição). A água entra em 
ebulição a 100ºC quando submetida à uma pressão de 1 atm. 
Logo, para que a água entre em ebulição, com uma temperatura 
mais baixa, é necessário reduzir sua pressão; se a pressão ficar 
abaixo da atmosférica atinge-se vácuo. 
 
Recomenda-se atingir pressões entre 250 e 500 µmHg 
no interior dos sistemas. Veja na Tabela ao lado que neste nível 
de pressão a água entra em ebulição à temperaturas negativas 
( c/ 250 µmHg a água entra em ebulição com – 31ºC). 
 
 
 
Instrumentos necessários 
 
Para a realização do processo de vácuo se faz necessário 
um bomba de vácuo e um vacuômetro. 
 
A bomba de vácuo deve possuir uma vazão (em CFM) 
compatível ao tamanho do sistema. 
 3 a 5 CFM: bomba de vácuo para sistemas residenciais; 
 5 a 10 CFM: bomba de vácuo para sistemas comerciais; 
 10 a 15 CFM: bomba de vácuo para sistemas de grande porte 
 
1 CFM (Cubic Feet Minute) = 1 pé 3/min = 1,699 m3/h 
 
 
O vacuômetro é o instrumento capaz de medir o vácuo 
e, sem ele não é possível garantir a eficácia do processo de 
vácuo. Nos manifold´s, utilizados em campo para o 
processamento de sistemas, embora exista uma escala de 
vácuo, não é possível verificar se o sistema atingiu a faixa 
recomendada (250 e 500 µmHg). 
 
Procedimento 
 
Para efetuar o processo de vácuo na instalação de sistemas split´s, deve-se 
considerar que as unidades saem de fábrica com carga de refrigerante na condensadora, 
logo se deve fazer vácuo nas linhas e evaporadora. Para tanto, recomenda-se utilizar o 
seguinte procedimento: 
 
a) Conectar a bomba de vácuo à válvula de serviço 
de sucção da unidade condensadora e ao 
vacuômetro conforme mostrado na figura. Esta 
interligação pode ser feita com mangueiras, 
desde que suas vedações estejam em perfeito 
estado, ou tubo de cobre com diâmetro igual ou 
superior à 1 / 4”. 
 
b) Certificar-se que as válvulas de serviço da 
condensadora estão totalmente fechadas; 
 
c) Abrir o registro da bomba de vácuo; 
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d) Ligar a bomba de vácuo e o vacuômetro; 
 
e) Quando a pressão do sistema atingir a faixa recomendada (250 e 500 µmHg), feche 
o registro, desligue a bomba e verifique a eficácia do processo de vácuo; 
 
 
 
Verificação da Eficácia do processo de Vácuo 
 
O fato de ter-se atingido o valor recomendado (250 e 500 µmHg), não garante que o 
sistema está livre de gases incondensáveis e/ou umidade. 
 
Para verificar a eficácia do processo, após ter-se fechado o registro e desligado a 
bomba deve-se continuar o monitoramento da pressão através do vacuômetro, segundo a 
representação 1 da Fig.2. 
 
Se a pressão subir um pouco e depois estabilizar, conforme indicação 2 da Fig.2 , o 
vácuo está aprovado, pois o sistema está estanque e seco. 
 
Se a pressão estabilizar em um valor muito superior à faixa recomendada, conforme 
indicação 3 da Fig.2, indica a presença de umidade no sistema. Neste caso será 
necessário ligar a bomba novamente e reiniciar o processo de vácuo. 
 
Se após 2 horas a pressão não estabilizar em nenhum valor, indica que o sistema 
tem vazamento, segundo a representação 4 da Fig.2. 
 
 
Figura 2 - Verificação de Eficácia do Processo de Vácuo 
 
 
 
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6.10. Teste de Estanqueidade 
 
Conforme apresentado no item 6.9., é possível identificar se um sistema possui 
algum micro vazamento na verificação de eficácia do processo de vácuo. Por isso, este 
teste pode ser feito antes (para identificar grandes vazamentos) ou depois do processo de 
vácuo (para descobrir o ponto do micro vazamento). 
 
Para este teste utiliza-se nitrogênio, pois o mesmo apresenta características 
favoráveis Para esta aplicação, tais como: ser seco, ter sido acondicionado à alta pressão 
no cilindro, baixo custo (comparado ao refrigerante) e não agredir a atmosfera. 
 
Lembrando que, no caso de instalação, existe carga de refrigerante na unidade 
condensadora, portanto o teste será realizado somente nas linhas e evaporadora. 
 
Procedimento de Teste 
 
a) Certificar-se que as válvulas de serviço estão bem fechadas (evitar que o nitrogênio 
entre na condensadora e se misture com o refrigerante); 
b) Conectar a mangueira de alta pressão (vermelha) do manifold à válvula de serviço 
de baixa da unidade condensadora; 
c) Conectar a mangueira de serviço (amarela) do manifold ao regulador de pressão de 
nitrogênio. 
d) Abrir o registro e ajustar o regulador de pressão do cilindro de nitrogênio; 
 
e) Abrir o registro do lado de alta do manifold e deixar entrar nitrogênio no sistema até 
atingir 150 psig; 
f) Fechar o registro de alta do manifold; 
g) Pesquise a existência de vazamento nas conexões e pontos de solda, utilizando 
espuma de sabão; 
h) Caso não encontre, aumente a pressão do sistema para 300 psig e repita a 
pesquisa. 
 
Observações 
 
Nos equipamentos que trabalham com R410A, recomenda-se testar o sistema com 
550 psig, devido ao fato deste refrigerante trabalha com pressões superiores ao R22; 
 
Para verificar a existência de micro vazamentos através do teste de estanqueidade 
recomenda-se manter o sistema pressurizado por um período de 24 horas ; 
 
O nitrogênio varia 1,5 psig para cada 1ºC de variação da temperatura. Por isso, 
recomenda-se anotar pressão e temperatura no início do teste e comparar os valores no 
final; 
 
Uma vez identificado e corrigido o vazamento o processo de vácuo e a verificação 
de eficácia deverão ser refeitos. 
 
 
6.11. Carga de Refrigerante 
 
O fluído refrigerante tem por função absorver o calor do ambiente interno e conduzi-
lo ao ambiente externo onde perderá este calor mais o calor produzido pelo trabalho 
mecânico do compressor. 
Hoje, na Linha Residencial, acontece uma transição em relação ao tipo de 
refrigerante utilizado. O R22, o qual possui como data limite para ser produzido e 
comercializado (2030) segundo o Protocolo de Montreal, está sendo substituído pelo 
R410A. 
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Esta alteração requer alguns cuidados por parte dos técnicos e instaladores, devido 
às diferenças entre os dois fluídos. O R410A é um HFC (Hidrogênio+Fluor+Carbono) 
formado pordois outros fluídos: o R32 e o R125. 
Por ser um blender, o R410A não pode ser misturado à outro refrigerante além de 
não ser miscível com óleo mineral. Estes dois aspectos exigem que se utilize um manifold 
dedicado em operações em equipamentos com R410A. 
O R410A é classificado com um fluído com alta pressão, o que requer dos 
componentes e tubulação maior resistência mecânica. 
 
As condensadoras saem de fábrica com carga total ou parcial, de acordo com a 
capacidade, por isso, ao realizar a carga de realizar a carga de refrigerante, o Manual de 
Instalação deve ser consultado. 
 
A quantidade de refrigerante está diretamente relacionada com o volume interno do 
sistema, e, como no split pode haver uma grande variação no comprimento das linhas, esta 
carga de refrigerante deve ser ajustada. 
 
 
Condição 1 
 
Nos casos em que a condensadora possuir carga completa e o comprimento 
linear da tubulação não exceder o limite informado no manual, aprovado o processo de 
vácuo, basta abrir as válvulas de serviço da condensadora. 
 
 
 
 
Condição 2 
 
Nos casos em que a condensadora possuir carga completa e o comprimento 
linear da tubulação exceder o limite informado no manual, aprovado o processo de vácuo, a 
carga de refrigerante deve ser completada. 
 
A quantidade de refrigerante que deve ser adicionada (Ct) será calculada da 
seguinte forma: 
 
a) Calcular o comprimento excedente (Ce): 
 
CL = Comprimento Linear (ver item 6.5.3) 
Lim = Limite informado no Manual 
 
Ce = CL - Lim 
 
Por exemplo, se a tubulação tiver comprimento linear de 15 m, e o limite informado 
no manual for de 10m, o comprimento excedente será 5m. 
 
b) Verificar a quantidade de refrigerante por metro excedente; 
 
No manual de instalação a quantidade de refrigerante 
que deve ser adicionada por metro de tubulação 
excedente é informada em tabelas, como o exemplo 
mostrado abaixo (38K): 
Por exemplo, se o equipamento instalado for de 18K, 
será necessário adicionar 20 g por cada metro excedente de tubulação. 
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Linha Residencial Página 41 
 
 
c) Calcular a carga total de refrigerante a ser adicionada (Ct); 
 
Cad = carga adicional por metro (ver tabela item b) = 20 g/m 
Ce = comprimento excedente (ver item a) = 5 m 
 
 
Ct = Ce x Cad 
 
 Ct = 5 m x 20 g/m 
 Ct = 100g 
 
 
 
 
Condição 3 
 
Condensadoras com capacidade acima de 36KBtu/h são fornecidas com carga 
parcial (1Kg ), como mostrado no exemplo abaixo (Space). 
 
 
 
Por exemplo, para calcular a quantidade de refrigerante a ser adicionada em um 
sistema que utiliza uma evaporadora SPACE 42XQM36C5 e uma condensadora 
38CCM036515MC, com tubulação de 15m de comprimento linear, o cálculo deverá ser o 
seguinte: 
 
 
Cad = C3 + (Cexc x C4) 
 
 
 
a) O comprimento excedente (Cexc) representa a diferença entre o comprimento linear 
da tubulação (CL) e o limite informado no manual (Lim): 
 
 Cexc = CL – Lim 
Cexc = 15m – 7,5m 
Cexc = 7,5m 
 
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Linha Residencial Página 42 
 
b) Os valores de C3 e C4 podem ser obtidos na tabela acima (Manual SPACE): 
 
Cad = C3 + (Cexc x C4) 
Cad = 950g + (7,5m x 30g/m) 
Cad = 1175g 
 
 
 
c) O valor de C2 (carga necessária para 
um sistema com tubulação dentro do 
limite de comprimento de tubulação) 
também pode ser obtido na etiqueta 
de capacidade do equipamento. 
 
 
 
Condição 4 
 
Nos casos de manutenção, quando se necessita efetuar a carga completa do 
sistema, deverão ser seguidos os seguintes passos: 
 
a) Após a correção da anomalia (troca de componentes, correção de vazamento), o 
sistema deve ser desidratado (vácuo), seguindo as recomendações do item 6.9; 
 
b) Utilizando o exemplo da condição 3, para calcular a carga completa do sistema, 
deverá ser utilizada a seguinte fórmula: 
 
Cc = C1 + (Cexc x C4) 
Cc = 1950g + (7,5m x 30g/m) 
Cc = 2175g 
Procedimento de Carga de Refrigerante 
 
A carga ideal é feita por massa de refrigerante, logo deverá ser utilizada uma 
balança. 
 
 
Após o processo de vácuo ter sido aprovado, e 
calculada a quantidade de refrigerante a ser adicionada, 
recomenda-se o seguinte procedimento: 
 
- Manter as válvulas de serviço da unidade 
condensadora fechadas; 
- Sugere-se a utilização de mangueira, com registro, 
conforme mostrado na figura. Mantenha o registro mangueira 
fechado e conecte a mangueira de baixa pressão (azul) nesta 
e a outra extremidade da mangueira na válvula de serviço de 
baixa pressão 
- Conectar a mangueira de serviço (amarelo) do 
manifold no cilindro; 
- Abrir o registro do cilindro, abrir o registro de baixa 
do manifold e, em seguida purgue a mangueira junto ao 
registro; 
- Colocar o cilindro na balança de forma que o 
refrigerante entre na forma líquida (vire o cilindro); 
- Zerar a balança; 
- Abrir o registro do engate rápido e monitorar o valor na balança; 
- Quando chegar ao valor calculado, fechar o registro do cilindro; 
 
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Linha Residencial Página 43 
 
Como as válvulas da unidade condensadora estão fechadas e as linhas e 
evaporadora estão em vácuo no início do processo, quando o registro da mangueira for 
aberto, o líquido entrará e evaporará. 
- Aguarde pelo menos 3 minutos para que o líquido evapore e equalize dentro das 
linhas e evaporador; 
- Abra as válvulas da condensadora; 
- Ligue o equipamento. 
 
 
Procedimento de Carga de Refrigerante com R410A 
 
O refrigerante HFC-R410A é uma mistura azeotrópica entre o R32 e o R132, que 
passou a ser utilizado como alternativa ao R22, por ser menos agressivo ao meio ambiente. 
Novos equipamentos foram desenvolvidos para trabalhar com o R410A, como o Hi Wall 
UP!, o inverter X_Power e a piso-teto Space com condensadora 38CCE. 
 
Algumas características devem ser salientadas, pois influem diretamente nos 
processos de instalação e manutenção: 
 
- O R410A não é miscível com o óleo mineral, por isso os compressores foram 
desenvolvidos para trabalhar com óleo Poliolester; 
 
- Por ser uma mistura o R410A não pode ser misturado com outro refrigerante; 
 
Estas duas características fazem com que um sistema que trabalhe com R22 não 
possa trabalhar com R410A. Assim como, em tubulações que tenham trabalhado com R22 
haverá a presença de resíduos deste refrigerante e de óleo mineral. 
 
- O R410A possui pressão superior à do R22 
(aproximadamente 60%), por isso deve-se ter cuidado 
com a resistência mecânica dos componentes do 
sistema. Por exemplo, para uma temperatura saturada 
de 50ºC, a pressão de descarga para o R22 é de 276 
psig e com R410A 429,3 psig. Por isso, deve-se 
verificar se a espessura da tubulação utilizada é recomendada para suportar a pressão do 
sistema. 
 
- O R410A é uma substância altamente higroscópica, ou seja, possui grande poder 
de absorção de umidade, por isso o processo de vácuo, descrito no item 6.9, torna-se 
indispensável ao bom funcionamento dos equipamentos que utilizam este refrigerante. 
 
- Recomenda-se a utilização de manifold 
dedicado para utilização em sistemas com R410A, os 
quais dispõem de escalas de pressão e temperatura 
saturada adequadas, conexões com diâmetro 
diferenciado (as válvulas de serviço das unidades que 
trabalham com R410A possuem conexão com diâmetro 
diferente das que utilizam o R22), além do fato de evitar 
a contaminação com R22 e óleo mineral nas suas 
mangueiras. 
 
- Por ser uma mistura, o R410A deve carregado 
no sistema na forma líquida, seguindo as 
recomendações do item anterior. Não é recomendado 
fazer carga parcial (em caso de vazamento, utilizar o 
procedimento descrito na condição 4). 
 
 
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6.12. Determinação do Superaquecimento 
 
Denomina-se Superaquecimento o acréscimo de temperatura que o refrigerante 
obtém após entrar em ebulição (vaporizar),no evaporador. 
 
A temperatura que um fluído troca de fase é denominada Temperatura de 
Saturação (Ts), e esta depende da pressão que o mesmo está sujeito. A tabela contida no 
Anexo I, mostra a temperatura que cada refrigerante troca de fase (R22, R407 e R410A), de 
acordo com a pressão. 
 
SA = Tf – Ts 
 
Onde: 
SA = Superaquecimento (ºC) 
Tf = Temperatura do refrigerante na saída do evaporador (ºC) 
Ts = Temperatura de saturação do refrigerante (ºC), tabela Anexo I 
 
Objetivo 
 
O fato de haver superaquecimento em um ponto do sistema indica que só existe 
vapor neste ponto e, através da determinação deste, consegue-se identificar se existe muito 
ou pouco refrigerante na forma líquida no evaporador. Quanto maior o superaquecimento 
menor a quantidade de líquido dentro do evaporador. 
 
A faixa ideal para o Superaquecimento é uma condição de projeto e deve ser 
consultada no Manual de Instalação. Na linha split a faixa de Superaquecimento 
recomendado é de 5 a 7ºC, considerando que o equipamento em condições de norma 
(AHRI 210). O superaquecimento pode ser apresentado em K (Kelvin). 
 
 
 
 
 
Variações nas condições de temperatura e 
unidade internas e externas provocam variação no 
superaquecimento, logo o valor apresentado pode 
estar fora da faixa sem que o equipamento ou a 
carga de refrigerante tenham problemas. A tabela ao 
lado mostra a tendência do superaquecimento 
quando temos variação nas temperaturas dos 
ambientes interno e externo, considerando-se a 
mesma umidade relativa (40%). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Procedimento para Determinação do Superaquecimento 
 
a) Instalar um sensor de temperatura no tubo 
de sucção, próximo à válvula de serviço da condensadora. 
O sensor deve ser isolado termicamente para que a 
temperatura ambiente não interfira no valor medido (Tf); 
 
b) Instalar a mangueira de baixa pressão 
(azul) do manifold na válvula de serviço da condensadora; 
 
 
c) Medir a pressão de sucção após o sistema 
ter funcionado por 20 minutos; 
 
d) Verificar qual a temperatura de saturação 
(Ts) do refrigerante para a pressão medida. O valor referente à temperatura de saturação 
poderá ser obtido no Anexo II ou na escala contida no manômetro de baixa do manifold; 
 
 
e) Calcular o superaquecimento: SA = Tf – Ts; 
 
Análise do Superaquecimento 
 
 
O superaquecimento é normalmente utilizado para avaliar se a carga de refrigerante 
está adequada. O mesmo indica a quantidade de refrigerante na forma líquida dentro do 
evaporador. 
Considerando-se que o equipamento está trabalhando dentro das condições de 
norma (AHRI 210), pode-se fazer a seguinte análise: 
- Superaquecimento na faixa (5ºC < SA > 7ºC) = Carga correta 
- Superaquecimento abaixo da faixa (SA < 5ºC) = Excesso de refrigerante 
- Superaquecimento acima da faixa (SA > 7ºC) = Falta de refrigerante 
 
IMPORTANTE: Esta análise não se aplica para equipamentos Inverter. 
 
 
Problemas causados por Superaquecimento Baixo 
O superaquecimento baixo indica a existência de muito líquido refrigerante no 
evaporador. Nesta situação aumenta o risco de chegar líquido no compressor e pode 
provocar a sua quebra. 
 
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Problemas causados por Superaquecimento Alto 
Com o superaquecimento alto, o refrigerante que retorna ao compressor se 
encontra a uma temperatura acima do normal (projetado), com isso aumenta a temperatura 
no interior do compressor e provoca a alteração da viscosidade do óleo. Em casos extremos 
(vazamento de refrigerante, por exemplo), o óleo pode atingir temperaturas acima de 177ºC 
e carbonizar. 
 
6.13. Alimentação e Interligação Elétrica 
 
As alimentações elétricas, bem como todas as interligações entre as unidades 
condensadoras e evaporadoras devem ser executadas de acordo com a NBR5410 
(Instalações Elétricas de baixa tensão). 
Os cabos utilizados devem ser de cobre com isolação em PVC e suportem, no 
mínimo 70ºC. O disjuntor deve ser inferior a corrente suportada pelo cabo dimensionado. 
Para unidade monofásica utilizar disjuntor bipolar e na trifásica, disjuntor tripolar. 
Na tabela de 
Características Técnicas Gerais 
são fornecidas informações 
referentes ao disjuntor 
recomendado e a bitola mínima 
que deve ser usada para um 
comprimento de até 50m. 
A interligação entre unidades deve 
ser realizada conforme diagrama apresentado 
no manual de instalação, como o exemplo 
mostrado abaixo: 
 
 
 
Deve se utilizar terminais 
nas extremidades dos cabos a fim 
de melhorar o contato nas borneiras. 
 
 
 
Todos os equipamentos devem ser devidamente aterrados. Alguns problemas de 
mau funcionamento do controle eletroeletrônico devem-se à falta ou inadequação do 
aterramento. 
 
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6.14. Adaptações e Configurações 
 
Algumas ações deverão ser realizadas pelo técnico no momento da instalação que 
dizem respeito à adaptações e alterações para que as unidades interligadas funcionem de 
acordo com a necessidade do cliente. Todas as ações descritas a seguir fazem parte dos 
respectivos manuais de instalação. 
 
6.14.1. Configurações das Placas 
 
As placas das evaporadoras 42XQ (Space), 42LQ (Modernitá) e 42BQ (Built In) 
deverão ser configuradas quanto ao modo de funcionamento e a forma de religamento. 
 
Estas evaporadoras 42LQ (Modernitá) e 42BQ (Built In) saem, de fábrica, 
configuradas para retornar desligada após um corte de energia. Se o cliente desejar que o 
equipamento volte ligado, o técnico deverá retirar o Jumper da posição OP6 (ver figura 
abaixo). 
Além disso, saem de fábrica, configuradas 
para trabalhar em ciclo FR. Quando uma 
evaporadora for interligada com uma condensadora 
CR (ciclo reverso), o técnico deverá retirar um 
Jumper da posição OP7 da placa eletrônica (ver 
figura abaixo). Com isso o equipamento poderá 
trabalhar em frio (FR) ou quente-frio (CR). 
 
Nas evaporadoras 42XQM, que passaram a 
utilizar placas da Midea, a configuração deverá ser 
feita nas micro-chaves SW1 e SW2. Com SW1 em 
OFF o equipamento irá trabalhar somente em FR, 
caso se utilize a evaporadora com uma 
condensadora CR, a SW1 deverá ser passada para 
ON. Da mesma forma, a SW2 quando em OFF 
configura o sistema para retornar desligado após um 
corte na alimentação de energia, caso seja 
necessário que o mesmo retorne ligado a SW2 
deverá ser passada para a aposição ON. 
 
Caso algumas destas configurações sejam feitas com o equipamento funcionando, 
o mesmo deverá ser resetado (retirar tensão de alimentação e religar) para que a 
configuração seja assumida. 
 
 
 
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6.14.2. Kit Controle Remoto 
 
As evaporadoras 42BQ e 42LQ, possuem opção de controle remoto com fio ou sem 
fio, sendo que cabe ao técnico a execução dos procedimentos abaixo, no momento da 
instalação. 
 
 
Observações 
 
- Os Kit´s da Modernitá (K42LBLC e K42LBWC) possuem uma saída a mais, 
referente ao motor do Vane; 
- Ns Kit´s com cabo, o comprimento do cabo fornecido é de 10m; 
 
 
Procedimento de Instalação do Kit Controle 
 
a) Fixar o kit na lateral do equipamento. Nos equipamentos 42BQ é possível fixar o 
Kit em qualquer das duas laterais, conforme mostra a figura abaixo (melhor 
condição); 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Utilizar o encaixe superior e, através de dois parafusos, fixar o Kit à lateral do 
equipamento; 
 
 
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c) Fixar o cabo de aterramento e encaixar o 
conector do ventilador; 
 
 
 
 
 
d) Conectar o cabo aos sensores que 
acompanham a evaporadora; 
 
 
 
e) Importante: a posição do sensor de 
serpentina jamais poderá ser alterada, pois dela 
depende o bom funcionamento do equipamento; 
 
 
 
 
 
f) Nas evaporadoras 42LQ (Modernitá)conectar o 
cabo branco e o laranja que saem do painel eletrônico 
aos cabos do motor síncrono dos vanes. 
 
 
6.14.3. Kit Degelo 
 
Na instalação das evaporadoras 40KWQ, Cassetes que trabalham com ciclo 
reverso (CR), deve-se ter o cuidado de instalar o Kit Degelo KTER40KW, conforme de 
Instrução contidas no manual de instalação. Caso o técnico não execute esta ação a 
máquina apresentará o erro E4 (Sensor de degelo com circuito aberto). 
 
Procedimento recomendado: 
a) Um sensor de 10KΩ é instalado nos bornes T3 e E da evaporadora 40KWQ; 
 
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b) Conectar o terminal fast-on (fêmea) em um dos cabos 
pretos do termostato descongelante (TD); 
 
 
c) Conectar o terminal fast-in (macho) e um jumper de 
60 mm no outro, conforme mostrado na figura; 
 
 
 
d) Na condensadora 38KQ, posicione o TD 
na curva especificada na figura abaixo (de 
acordo com a capacidade do equipamento). 
 
 
 
e) Fazer a conexão elétrica do TD de acordo com os 
esquemas elétricos que acompanham o Kit, com destaque 
em vermelho; 
 
f) Na condensadora 38CQ os itens de “b” a “e” deverão ser 
seguidos tomando como base as informações contidas no 
manual de instalação. 
 
 
 
6.15. Testes de Funcionamento 
 
Recomenda-se a realização de alguns testes e verificações no start-up do 
equipamento, como forma de garantir ao cliente seu funcionando de forma adequada. 
 
Verificação do sistema de drenagem 
Com o equipamento desligado, deve-se 
derramar água na bandeja do equipamento e verificar 
na extremidade do sistema de drenagem que esta 
escoa livremente. 
 
 
 
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 Verificação da tensão de alimentação 
A tensão deve estar dentro do limite recomendado. Para a verificação da tensão, 
utilizar o procedimento descrito no item 7.1.2. 
 
Teste de rendimento 
Pode-se verificar o rendimento de um equipamento através da medição da variação 
de temperatura do ar ao passar pela evaporadora. Um equipamento está rendendo bem 
quando a diferença entre a temperatura do ar de entrada e saída estiver dentro de uma 
faixa de 8 a 14ºC (equipamento funcionando em ciclo normal e em velocidade alta). 
O procedimento adequado está descrito no item 7.2.6. 
 
6.16. Entrega Técnica 
 
A Entrega Técnica é o momento em que o técnico passa ao cliente as principais 
informações referentes à utilização do equipamento. 
Recomenda-se que a entrega seja registrada através de um Relatório, contendo as 
informações sobre o equipamento (Modelo, Série, Data Instalação, Nome do Técnico) e 
sobre as medições efetuadas (Tensão, corrente, temperaturas e pressões) com a assinatura 
do cliente dando o aceite do serviço. 
Na Entrega Técnica, o técnico deve: 
- Entregar o Manual do Proprietário; 
- Mostrar as principais funções do equipamento, testando cada uma delas junto ao 
cliente; 
- Recomendar os itens de manutenção preventiva, como a limpeza do filtro de ar e a 
revisão periódica com empresa credenciada; 
- Informar quanto à função Auto Diagnóstico; 
- Informar os critérios de validação Garantia do equipamento (Certificado se 
encontra na última página do manual do proprietário); 
- Informar os telefones de contato com a Central de Atendimento ao cliente 
(4003 6707 para capitais e 0800 8876707 para as demais cidades); 
 
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6.17. Sistema de Filtragem 
 
Um sistema de filtragem mais eficaz é um diferencial dos produtos Midea Carrier. 
 
Sistema de Tripla Filtragem 
Presente nos novos HW Carrier e X_Power, o sistema conta com um filtro 
denominado Nano Silver e outro denominado Dual Mix, além do filtro normal de tela. 
O Nano Silver é um filtro avançado com ação 
bactericida e alto poder de esterilização através do uso de 
nano partículas de prata. Sua utilização provoca a retenção e 
eliminação de micro-organismos como fungos e bactérias. 
Este filtro não pode ser lavado e sim substituído. 
 
 
O Dual Mix combate eficazmente as bactérias, 
fungos, odores e partículas de sujeira. É o único filtro 
composto por um agente Fotocatalítico decompõe compostos 
nocivos à saúde humana que se encontram presentes no ar e 
outro agente Catechin, composto de extratos naturais com 
ação antioxidante, bactericida e desodorizante. O filtro Dual 
Mix pode ser lavado. 
 
Sistema Ar + Puro 
Presente nos novos HW Midea Luna e Vita Inverter, o sistema conta com um filtro 
de carvão ativado, um filtro denominado 3M HAF além do filtro normal de tela. 
O filtro de carvão ativado elimina odores e captura poeira, fungos, micróbios e 
bactérias, prevenindo reações alérgicas. Este filtro não pode ser lavado. 
O filtro 3M HAF possui um bactericida com grande poder de esterilização e deixa o 
ar mais puro e livre de micro-organismos como fungos e bactérias. A combinação com 
unidades que tenham função Ionizador aumenta a eficácia do filtro. Este filtro também não 
pode ser lavado. 
 
 
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Aviso Limpa e Troca Filtro 
Os novos equipamentos HW Midea Liva e Liva Wi-Fi apresentam um aviso para 
limpar e trocar filtro baseado no número de horas de funcionamento do ventilador da 
unidade evaporadora. 
Após 240 horas de funcionamento o equipamento apresenta o aviso “CL” para que 
o usuário verifique como está o filtro de ar e providencie a lavagem. Este aviso aparecerá 
sempre que o equipamento for ligado até que o contador seja zerado. 
Ao completar 2880 horas de funcionamento o equipamento apresenta o aviso “nF” 
que indica a necessidade de troca dos filtros que não podem ser lavados (Carvão Ativo e 
3M HAF). Este aviso aparecerá por 15 segundos sempre que o equipamento for ligado até 
que o contador seja zerado. 
Existem duas formas de zerar o contador: 
- No controle remoto apertando a tecla 
“Não perturbe” por 4 (quatro) vezes; 
- Apertando o botão “Auto Cool” por 3 
(três). 
 
 
Duas funções também contribuem para a pureza do ar: a função Fresh e a Self 
Clean. 
Ao pressionar a tecla SLEEP/FRESH O 
ionizador, mostrado na figura ao lado, É acionado e 
as partículas em suspensão presentes no ar se 
atraem entre si, formando partículas maiores que são 
retidas nos filtros. 
 
Um equipamento funcionando em refrigeração provoca a desumidificação do ar, 
logo certa quantidade de água é mantida entre as aletas do evaporador. Quando o 
equipamento é desligado e a ventilação para, a serpentina se torna-se um ambiente 
propício para a proliferação de fungos e bactérias. A função SELF CLEAN mantém o 
ventilador funcionando após o desligamento da unidade, por 15 minutos e, com isso, a 
serpentina fica totalmente seca. 
O Hi Wall Inverter Primer, marca Midea, utiliza o sistema denominado Ar + Puro 
Silver, que se difere do anterior devido ao novo filtro Silver ÍON, composto por íons de prata 
que absorvem e destroem células de baixa densidade, como fungos e bactérias, tornando o 
ambiente livre de impurezas e micro organismos. 
 
 
 
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6.18. Controles Remotos 
 
A nova linha de condicionadores de ar do tipo split Hi Wall Midea Carrier traz novos 
modelos de controles remotos. O quadro a seguir mostra os novos controles e os 
equipamentos que eles controlam. 
 
Com eles, novas funções, foram colocadas à disposição dos usuários, são elas: 
Shortcut, Follow me, Self Cleaning, Intelligent Eye e Não Perturbe. 
A função Favorito (Shortcut) está presente nos HW Midea Vita, Luna, Liva e Liva 
Wi-Fi e Practia, no HW Carrier e no X_Power e nos HW Split Springer. 
Trata-se de uma tecla de atalho. Quando o equipamento é ligado pela primeira vez, 
pressionando Favorito (Shortcut), o mesmo assume a função AUTO (Temp. 24ºC e 
ventilação em AUTO); 
Se o mesmo já estiver ligado, pressionando Favorito (Shortcut)

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