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UNIVERSIDADE PAULISTA
DIREITO
HIGOR SALES NEVES
TRÁFICO DE PESSOAS
GOIÂNIA - GO 
2019
HIGOR SALES NEVES
FALENCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Atividade Prática Supervisionada apresentado
como exigência para a avaliação dos 6º semestres,
do curso de Direito da Universidade Paulista de 
Goiânia.
GOIÂNIA - GO
2019
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO	4
2. DESENVOLVIMENTO	5
3. CONCLUSÃO	10
4. REFERÊNCIA	11
 
1. INTRODUÇÃO
O tráfico de pessoas é uma violação grave aos direitos humanos e fundamentais, tendo em vista o sofrimento das vitimas diante a tamanha violência física e psicológica.
No presente trabalho temático sera abordado os principais aspectos da legislação brasileira sobre tráfico de pessoas.
Apesar de ser um fenômeno recorrente na sociedade à bastante tempo, o tráfico humano ainda é um tema pouco abordado no convivio social, apesar de legislação brasileira tratar esse tema desde o incio dos anos 2000, tal crime que não possui ainda um bom funcionamento e desenvolvimento, em razão da carência em informações e preparo de profissionais para lidar com vitimas de tal crime contra a humanidade.
A definição do crime de tráfico é nescessaria para o entedimento, embora o tráfico humano possa ocorrer em diversos níveis e locais, há implicações transnacionais, como reconhecido pelas Nações Unidas no Protocolo para a Prevenção, Repressão e Punição ao Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, um acordo internacional no âmbito da ONU Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, que entrou em vigor em 25 de Dezembro de 2003. o protocolo é um dos três que completam o tratado.
O tráfico humano é o comércio de seres humanos, mais comumente para fins de escravidão sexual, trabalho forçado ou exploração sexual comercial, tráfico de drogas ou outros produtos, para a extração de órgãos ou tecidos, incluindo para uso de barriga de aluguel e remoção de óvulos, ou ainda para cônjuge no contexto de um casamento forçado.
2. DESENVOLVIMENTO
ATIVIDADES QUE O GRUPO DEVERÁ REALIZAR : 
1. Quais os principais aspectos da legislação brasileira sobre o tráfico de pessoas?
A presente apresentação manifesta, os tipos penais existentes na legislação brasileira aplicáveis ao tráfico de pessoas.
O Código Penal brasileiro, de 1940, vem sofrendo sucessivas alterações, de tal monta que afetaram sua organicidade.
A lei 13.344, dispõe sobre prevenção e repressão ao tráfico interno e internacional de pessoas e sobre medidas de atenção às vítimas; altera a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); e revoga dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
No artigo 1º a norma estabelece a aplicação do crime de tráfico de pessoas cometido em nosso território e também quando a vítima for brasileira e o crime for cometido no exterior. Logo, não se aplica quando o delito é praticado no exterior e a vítima for estrangeira.
Entre os principios e diretrizes: 
Art. 2º O enfrentamento ao tráfico de pessoas atenderá aos seguintes princípios:
I - respeito à dignidade da pessoa humana;
II - promoção e garantia da cidadania e dos direitos humanos;
III - universalidade, indivisibilidade e interdependência;
IV - não discriminação por motivo de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, atuação profissional, raça, religião, faixa etária, situação migratória ou outro status ;
V - transversalidade das dimensões de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, raça e faixa etária nas políticas públicas;
VI - atenção integral às vítimas diretas e indiretas, independentemente de nacionalidade e de colaboração em investigações ou processos judiciais;
VII - proteção integral da criança e do adolescente.
Art. 3º O enfrentamento ao tráfico de pessoas atenderá às seguintes diretrizes:
I - fortalecimento do pacto federativo, por meio da atuação conjunta e articulada das esferas de governo no âmbito das respectivas competências;
II - articulação com organizações governamentais e não governamentais nacionais e estrangeiras;
III - incentivo à participação da sociedade em instâncias de controle social e das entidades de classe ou profissionais na discussão das políticas sobre tráfico de pessoas;
IV - estruturação da rede de enfrentamento ao tráfico de pessoas, envolvendo todas as esferas de governo e organizações da sociedade civil;
V - fortalecimento da atuação em áreas ou regiões de maior incidência do delito, como as de fronteira, portos, aeroportos, rodovias e estações rodoviárias e ferroviárias;
VI - estímulo à cooperação internacional;
VII - incentivo à realização de estudos e pesquisas e ao seu compartilhamento;
VIII - preservação do sigilo dos procedimentos administrativos e judiciais, nos termos da lei;
IX - gestão integrada para coordenação da política e dos planos nacionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Quando aponta como diretriz do enfrentamento ao tráfico de pessoas a preservação do sigilo dos procedimentos administrativos e judiciais, nos termos da lei. Em determinadas situações, o sigilo das investigações e mesmo do processo, será inevitável, visto que dada a gravidade do crime e de seus autores, que na maioria das vezes compõem grandes organizações criminosas. Tal prática é de rara importância para a segurança das vítimas.
No artigo 4º o legislador abordou a questão de como será tratada a prevenção ao tráfico de pessoas, a prevenção ao tráfico não deve se focar apenas em um aspecto do problema. Antes, exige uma abordagem multidisciplinar, que abranja vários campos da atividade humana, sob pena de não atingir seus objetivos.
O artigo 5º da lei 13.344/2016 prevê que a repressão ao tráfico de pessoas ocorrerá por meio da cooperação entre órgãos do sistema de justiça e segurança, nacionais e estrangeiros; da integração de políticas e ações de repressão aos crimes correlatos e da responsabilização dos seus autores; e da formação de equipes conjuntas de investigação.
Artigo 6º para o artigo 8º, este último fala sobre o poder do juiz no tocante às medidas assecuratórias em relação ao investigado ou acusado. Tais medidas recaem sobre bens, direitos ou valores que estejam relacionados ao crime de tráfico de pessoas.
As medidas assecuratórias no caso são sequestro, hipoteca legal e arresto, como o termo sugere são aquelas que tem por objetivo assegurar a futura indenização da vítima que experimentou um dano decorrente da prática da infração penal. Considerando que por vezes o processo criminal perdura por longo tempo tal delonga poderia acarretar a impossibilidade do ofendido ser ressarcido e, por isso, é que se preveem essas medidas, de natureza cautelar, com objetivo de garantir futura execução. Mas não apenas no interesse da vitima se decretam medidas assecuratórias, além disso, visam garantir o pagamento das despesas processuais e as penas pecuniárias, tendo preferências sobre estas a reparação do dano ao ofendido, tendo em vista o artigo 140 do código de processo penal.
2. Pesquise um julgado de condenação por tráfico de pessoas e relacione os argumentos jurídicos ultilizados na condenação.
Tribunal Regional Federal da 4ª Região TRF-4 - Agravo de Execução Penal : EP 5001451-31.2017.4.04.7210 SC 5001451-31.2017.4.04.7210, Orgão julgador: SETIMA TURMA, Julgamento: 05 de julho de 2018, Relator: Luiz Carlos Canalli.
Execução penal. Tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Artigos 231 e 231-A do código penal. Minorante do aritgo 149-A, § 2, do código penal. Lei N° 13,344/2016.
Combinação de leis. Inacabimento.
EMENTA
1. Os tribunais superiores firmaram entendimento no sentido de não se admitir a conjugação de partes mais benéficiadas das referidas normas, para criar-se uma terceira lei, sob pena de violação aos principios da legalidade e da superção de poderes. A aplicação retroativa da lei posterior somente épossível quando feita integralmente como forma de favorercer o réu.
2. Nessa linha a aplicação da minorante prevista no artigo 149-A, § 2, do código penal, é possivel apenas considerando, na íntegra, as alterações promovidas pela Lei N° 13,344/2016, que introduziu novas disposições sobre o delito de tráfico de pessoas, em substituição aos artigos 231 e 231-A do código penal.
ACORDÃO
Vistos e relatos estes autos em que partes acima indicadas, decide a Egrégria 7° Turma do Tribunal Regional Federal da 4° Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao agravo de execução penal, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
 Os argumentos jurídicos ultilizados na condenação resumidamente foram :
O réu foi condenado à 6 anos de reclusão e 20 anos dias-multa e 2 anos de reclusão e 10 dias-multa prática dos crimes previstos nos arts. 231 e 231-A do CP.
Com advento da lei n ° 13,344/2016, ambos os dispositivos foram revogados, incorporando-se ao novo artigo 149-A do CP.
3. CONCLUSÃO
Diante de todo o exposto, pode-se concluir que o problema referente ao crime de Tráfico de Pessoas é maior do que se noticia. Quadrilhas organizadas agem diariamente atrás de vítimas, seja de forma coercitiva ou através de falsas promessas, o objetivo final é sempre o mesmo, outro assim, abordamos a maneira como era tratado o crime de tráfico de pessoas antes da entrada no mundo jurídico da lei 13.344/2016, haja vista que, conforme demonstramos, foi considerada como o marco regulatório do tráfico de pessoas no Brasil. Ademais, vimos também que está lei fez-se necessária na medida em que ordenamento anterior não tratava o assunto com a devida importância.	Deste modo, com atenção a lei 13.344/2016, percebemos mudanças significativas adotadas pelo legislador a fim de que o crime em análise obtenha uma atenção significativa. Ademais, conforme demonstrado é cediço a prática do ato delituoso por todo País e, que o dispositivo ulterior não era eficaz na medida de conter tal prática.
Por fim, podemos concluir que o tema abordado apresenta grande complexidade e que envolve vários segmentos, tanto estatais como não estatais, todos visando o combate e a prevenção do tráfico de pessoas, seja ele internacional ou nacional.
4. REFERÊNCIA 
POZZEBOM, Elina Rodrigues. ”aspectos da legislação brasileira sobre tráfico de pessoas”.2018 Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/12/13/novo-marco-legal-contra-o-trafico-de-pessoas-facilita-punicao-e-amplia-protecao-a-vitima 
THEMER, Michel “Lei 13,344/2016”.2018 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13344.htm
”aspectos da legislação brasileira sobre tráfico de pessoas”.2018 Disponível em: https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1564606251.57
BORGES, Paulo César Corrêa ”aspectos da legislação brasileira sobre tráfico de pessoas”.2018 Disponível em: http://unespciencia.com.br/2018/02/01/trafico-pessoas-93/
 
“Jurisprudência de crime de tráfico de pessoas”.2018 Disponível em: https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/587449146/agravo-de-execucao-penal-ep-50014513120174047210-sc-5001451-3120174047210/inteiro-teor-587449190?ref=juris-tabs

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