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Coração 
Introdução 
Os sistemas vasculares sanguíneo e 
linfático são reunidos no sistema 
circulatório (cardiovascular ou angiologia). 
Um sistema circulatório é essencial 
para organismos que excedam o tamanho 
no qual a difusão consegue distribuir e 
remover seus produtos. Nos mamíferos, é o 
primeiro sistema corpóreo a atingir um 
“estado funcional.” 
O coração circula sangue pelas 
artérias, veias e capilares suprindo os 
órgãos. O sistema linfático realiza a 
entrada e saída de substâncias para células 
e tecidos. O sangue é o responsável por 
esse transporte. 
O volume sanguíneo de um animal 
doméstico responde de 6 a 8% do peso 
corporal, excetuando o gato com apenas 
4%, sendo então mais suscetível a anemia. 
O tempo de circulação necessário 
para que uma célula sanguínea percorra 
todo o corpo é de 30 segundos em grandes 
animais, 15 segundos em animais de porte 
médio e apenas 7 segundos em gatos. 
Desenvolvimento 
Os órgãos circulatórios e as células 
sanguíneas possuem uma origem comum 
em células mesenquimais que aparecem 
de início na parede do saco vitelino. As 
células da camada mais externa dessas 
“ilhotas sanguíneas” se achatam e se 
distribuem como um endotélio que delimita 
espaços nos quais as células 
remanescentes (hemocitoblastos ou 
células-tronco sanguíneas) flutuam em um 
plasma fluido. As primeiras ilhotas são 
rapidamente suplementadas por outras que 
surgem no mesoderma do alantocórion e 
no corpo do embrião, formando um sistema 
difuso de vasos conectados, que então é 
ampliado por meio da ramificação dos 
canais já existentes. Dessa maneira, os 
vasos principais formam-se de maneira 
independente. 
Devido à impossibilidade da 
ocorrência de uma circulação sem 
 
 
bombeamento adequado, o coração forma-
se precocemente. Ele é formado pela 
diferenciação dos canais dentro de uma 
parte do mesoderma chamada de área 
cardiogênica, sendo então conhecido 
como um “tubo sanguíneo ou vaso 
modificado”. Essa área encontra-se à frente 
da membrana oral do disco embrionário, e 
os primórdios do coração estão 
relacionados a espaços teciduais, que mais 
tarde coalescem para formar a cavidade 
celômica, que divide a somatopleura da 
esplancnopleura. A área cardiogênica, 
incluindo tanto o coração quanto os 
primórdios do pericárdio, torna-se dobrada 
ventralmente e é conduzida caudalmente 
no processo que converte o disco 
embrionário em um corpo cilíndrico. Nesse 
estágio, o coração consiste em tubos 
endocardiais (endoteliais), porém, estes 
rapidamente se fundem para formar um 
único órgão mediano que gradualmente se 
desloca caudalmente até o nível dos 
somitos torácicos. 
 
A: Vista ventral da parte cranial de um embrião 
suíno de 15 dias após fusão do tubo 
endocárdico 
B: Secção transversal de um embrião de 7-8 
somitos ao nível de 5. 
 
1: Primeiro arco aórtico; 2: Tubo neural; 2’: Crista 
neural; 3: Somito; 4: intestino cranial; 5: Parede 
epimiocardial dos tubos endocardial fundidos 
6: Veia vitelina; 7: Tubo endocardial; 
8: Cavidade pericárdica; 9: mesocárdio dorsal; 
10: notocorda e aortas dorsais 
 
Desde o início, o coração está 
conectado aos vasos que se tornam a aorta 
e também a três conjuntos de veias: as 
veias vitelinas (onfalomesentéricas) que 
drenam o saco vitelino, as veias umbilicais 
que drenam a placenta corioalantoica, e as 
veias cardinais que drenam o corpo. 
A aorta ventral, contínua ao coração, 
logo se une à aorta dorsal, formada 
independentemente. 
Organização 
O sistema circulatório se refere às 
vias dos canais sanguíneos do corpo. O 
sistema linfático funciona como um 
sistema de drenagem, que libera a linfa a 
partir do tecido intersticial e a devolve à 
circulação sanguínea. A medula óssea 
vermelha (produtora de células 
sanguíneas) e o baço (filtro para essas 
células) também fazem parte do sistema. 
O coração é a bomba central do 
sistema circulatório. As artérias e arteríolas 
transportam sangue oxigenado do 
coração para as áreas periféricas do corpo 
por um sistema de dispersão de alta 
pressão. As artérias se ramificam em 
arteríolas, que se ramificam nos capilares. 
Os capilares possuem um pequeno 
diâmetro, facilitando a troca de substâncias 
entre o sangue e os tecidos. 
Conforme o sangue se afasta do 
coração, a pressão diminui em 
decorrência do atrito e de um aumento da 
área de secção transversal total dos vasos. 
Devido à imensa quantidade de capilares, a 
área de secção transversal total aumenta e 
por também possuírem pequenos lúmens o 
atrito aumenta. 
O sangue que retorna ao coração é 
um sangue desoxigenado. As veias e as 
vênulas formam o sistema coletor de baixa 
pressão, levando tal sangue ao coração. 
Coração 
O coração é o órgão central que 
bombeia o sangue. Ele consiste em quatro 
câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, 
ventrículo direito e ventrículo esquerdo. A 
direção do fluxo é pré-definida pelas valvas 
cardíacas, que também impedem o refluxo. 
Os dois átrios coletam o sangue, 
assegurando que haja quantidade 
suficiente para preencher os ventrículos 
rapidamente. 
Os dois ventrículos possuem uma 
valva em cada extremidade. Uma valva 
impede que o sangue volte aos átrios 
durante a contração dos ventrículos 
(sístole). A segunda valva impede que o 
sangue nas artérias retorne aos ventrículos 
durante o relaxamento (diástole). As fases 
sistólica e diastólica se alternam 
rapidamente, criando uma ação de 
bombeamento. 
O coração pode ser dividido em um 
lado direito e um lado direito. O direito 
bombeia o sangue até os capilares dos 
pulmões por meio da circulação 
pulmonar (pequena circulação). O 
esquerdo bombeia sangue para o resto do 
corpo pela circulação sistêmica (grande 
circulação). Os dois lados são separados 
por uma parede interna. 
 
Secção do coração 
1: Veia cava cranial; 2: Sulco terminal; 3: Átrio 
direito; 4: Septo interatrial; 5: Átrio esquerdo; 
6: Valva atrioventricular esquerda; 7: Valva 
atrioventricular direita; 8: Ventrículo direito; 
9: Septo interventricular; 10: Ventrículo esquerdo; 
11: Nodo sinoatrial; 12: Nodo atrioventricular; 
13 e 14: Ramos direito e esquerdo do feixe 
atrioventricular 
 
 
Circulação Pulmonar 
A circulação pulmonar tem início no 
átrio direito, de onde o sangue 
desoxigenado corre para o ventrículo 
direito. Durante a contração ventricular, 
esse sangue é impulsionado para o tronco 
pulmonar e segue até os leitos capilares 
dos pulmões. Aqui o sangue se oxigena e 
retorna pelas veias pulmonares até o 
coração, passando ao átrio esquerdo. 
Sistema Circulatório Adulto 
 
Circulação Sistêmica 
A circulação sistêmica começa no 
átrio esquerdo. O sangue oxigenado corre 
do átrio esquerdo para o ventrículo 
esquerdo. Quando os ventrículos se 
contraem, o sangue é levado para a aorta, 
sendo distribuído pelo corpo primeiro pelas 
artérias, depois arteríolas até os capilares. 
O sangue desoxigenado retorna dos 
membros pélvicos e da metade caudal do 
tronco pela veia cava caudal e retorna da 
cabeça, membros torácicos e tronco 
cranial pela veia cava cranial. Ambas 
veias se esvaziam no átrio direito. 
 
Esquema das circulações sistêmica e pulmonar 
 
1: Ventrículo esquerdo; 2: Aorta; 3: Leito capilar da 
cabeça, pescoço e membro torácico; 
4: Aorta abdominal; 5: Fígado; 6: Leito capilar dos 
intestinos; 7: Veia porta; 8: Leito capilar dos rins; 
9: Leito capilar da parte caudal do corpo; 
10: Veia cava caudal; 11: Veia cava cranial; 
12: Ventrículo direito; 13: Tronco pulmonar; 
14: Leito capilar dos pulmões; 15: Veia pulmonar; 
16: Veias hepáticas 
 
 
Basicamente as duas imagens 
anteriores mostram o seguinte: 
Com início no átrio esquerdo, o 
sangue oxigenado passa para o ventrículo 
esquerdo. A contração desse ventrículo 
envia o sangue para a aorta. Da aorta 
emergem artérias que se ramificam em 
arteríolas e em leitos capilares dos órgãos. 
A partir dos leitos capilares, o 
sangue desoxigenado é coletado por 
vênulas menores que se tornam veias e 
finalmente veias principais (veia cavacranial e veia cava caudal) que conduzem 
o sangue até o átrio direito. As veias dos 
membros pélvicos e da parte caudal do 
tronco desembocam na veia cava caudal; 
as veias da cabeça, dos membros torácicos 
e da metade cranial do tronco são coletadas 
pela veia cava cranial. O sangue venoso 
dos órgãos ímpares no interior do abdome 
passa pela veia porta e pelo fígado antes 
de alcançar a veia cava caudal. 
A partir do átrio direito, o sangue 
passa para o ventrículo direito, de onde 
segue para o tronco pulmonar e para as 
artérias pulmonares e capilares. As veias 
pulmonares transportam o sangue 
oxigenado de volta ao átrio esquerdo. 
Os vasos linfáticos fazem a 
drenagem do fluido dos tecidos do 
interstício para o sangue. 
Pericárdio 
O pericárdio é um saco seroso 
fechado que cobre o coração. Ele é 
profundamente invaginado pelo coração, 
possuindo então um lúmen reduzido, a 
cavidade pericárdica (saco pericárdico). 
Esse saco contém um liquido seroso, o 
liquido pericárdico, que facilita o 
movimento do coração contra o pericárdio. 
O pericárdio possui uma camada 
visceral, parietal e fibrosa. A camada 
visceral (epicárdio) se fixa à parede 
cardíaca, cobrindo o miocárdio, os vasos 
coronários e o tecido adiposo do coração. 
As raízes dos grandes vasos também são 
envolvidas em epicárdio, já que parte da 
cavidade pericárdica se curva 
transversalmente, atravessando a base do 
coração. Esse é o seio transverso do 
pericárdio, uma fenda em forma de “U” 
entre os lados direito e esquerdo do saco 
pericárdico. 
O seio oblíquo do pericárdio é uma 
invaginação formada pelo retorno das duas 
camadas do pericárdio seroso entre as 
grandes veias. 
O pericárdio parietal se fusiona ao 
pericárdio fibroso. 
Pericárdio (representação esquemática) 
1: Coração; 2: Grandes vasos; 3: Pericárdio 
visceral; 4: Cavidade pericárdica; 5: Pericárdio 
parietal; 6: Pericárdio fibroso; 7: Pleura mediastinal 
8: Ligamento esternopericárdico 
 
Ventralmente, o pericárdio continua 
em dois ligamentos, o ligamento 
esternopericárdico e o ligamento 
frenopericárdico. O primeiro fixa o 
pericárdio fibroso ao esterno e o segundo 
(presente apenas em cães) une o 
pericárdio fibroso ao diafragma. 
Coração e Posição 
O coração é cônico e posicionado 
assimetricamente dentro do tórax, sendo 
que 60% dele permanece à esquerda do 
plano mediano. A base é dorsal e o ápice 
é posicionado perto do esterno. A projeção 
do coração se estende entre a terceira e a 
sexta costela (7ª nos carnívoros). 
As faces direita e esquerda se 
direcionam aos pulmões correspondentes e 
a face caudal é direcionada ao diafragma. 
Em geral o coração corresponde a 
cerca de 0,75% do peso corporal. 
 
A: Esquema do coração canino (vista lateral 
esquerda) indicando o eixo longitudinal 
caudoventral inclinado do coração (linha) 
B: Vista dorsoventral mostrando a posição 
assimétrica do coração 
Forma e Topografia 
O coração possui uma face direita 
(face atrial) e uma face esquerda (face 
auricular). 
As aurículas dos átrios são vistas no 
lado esquerdo, enquanto as partes 
principais dos átrios são vistas na direita. 
A face direita é marcada pelo sulco 
interventricular subsinuoso, o qual se 
prolonga desde o sulco coronário até o 
ápice. O sulco interventricular paraconal 
corre sobre a face esquerda a partir do 
sulco coronário até o terço distal da 
margem cranial. O sulco coronário marca 
a separação dos átrios e ventrículos. 
O sulco coronário também marca a 
separação do músculo mais fino dos átrios 
do músculo mais espesso do ventrículo por 
um esqueleto fibroso (cardíaco). O 
esqueleto cardíaco é formado por anéis 
fibrosos e ilhas de fibrocartilagem onde se 
desenvolvem nódulos de ossos. Tal 
esqueleto é mais comum nos bovinos. 
 
 Vista esquerda do coração 
1: Aurícula esquerda; 2: Tronco pulmonar; 
3: Ventrículo direito; 4: Ventrículo esquerdo; 
5: Veia ázigos esquerda 
Compartimentos 
O coração é dividido por um septo 
interventricular longitudinal em lado 
esquerdo e lado direito. Cada lado é ainda 
dividido por um septo transverso nos átrios 
que recebem sangue e nos ventrículos 
que bombeiam esse sangue. 
Vista direita do coração 
1: Átrio direito; 2: Veia cava caudal; 3: aorta; 
4: Veia ázigos direita 
Átrio Direito 
O átrio direito forma a parte 
dorsocranial da base do coração, 
recebendo sangue da veia cava cranial, da 
veia cava caudal e do seio coronário. 
Pode se dividir em uma parte principal, o 
seio das veias cavas e uma parte de 
terminação, a aurícula do átrio direito. Ele 
se separa do átrio esquerdo por um septo 
interatrial. Quando uma veia ázigos direita 
está presente (equinos, cães e ruminantes), 
ela se abre dorsalmente se unindo à veia 
cava cranial ou desembocando entre as 
veias cavas; quando uma veia ázigos 
esquerda está presente (ruminantes e 
suínos), se une ao seio coronário. 
Coração de um equino (face atrial) 
1: Aorta; 2: Veias pulmonares; 3: Veia cava caudal; 
4: Veia cava cranial; 5: Átrio direito (aberto); 
6: Veia costocervical; 7:Sulco interventricular; 
8: Ventrículo direito (aberto) 
 
O tubérculo intervenoso, uma 
crista transversa de tecido entre as 
aberturas das duas veias cavas, projeta-se 
para o interior do átrio direito e direciona o 
fluxo de sangue através do óstio 
atrioventricular. 
Vista geral do interior do átrio e ventrículo 
direito do coração equino 
1: Átrio direito; 1’: Aurícula direita; 2: Ventrículo 
direito; 3: Valva atrioventricular direita; 4: Veia cava 
caudal; 5: Tubérculo intervenoso; 6: Veia cava 
cranial; 6’: Veia ázigos direita; 7: Crista terminal; 
8: Fossa oval 
 
A superfície interna da parede 
interna da parede da aurícula do átrio direito 
é fortalecida pelos músculos pectíneos ou 
pectinados entrelaçados. Uma área 
membranosa côncava, a fossa oval, está 
presente caudal ao tubérculo intervenoso. 
Coração de um equino (face atrial) 
1: Aorta; 2: Veias pulmonares; 3: Veia ázigo direita; 
4: Veia cava cranial; 5: Veia cava caudal; 
6: Ventrículo esquerdo; 7: Sulco coronário com 
artéria coronária circunflexa direita; 8: Ventrículo 
direito; 9: Sulco interventricular subsinuoso com 
artéria subsinuosa ou ramo descendente da artéria 
coronária circunflexa direita; 10: Ápice 
 Átrio Esquerdo 
O átrio esquerdo forma a parte 
dorsocaudal da base do coração. Ele 
recebe sangue oxigenado das veias 
pulmonares e se assemelha ao átrio direito. 
O átrio esquerdo se abre para o ventrículo 
esquerdo através do óstio atrioventricular 
esquerdo. A aurícula esquerda também se 
assemelha à aurícula direita. 
 
 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 9 
10 
Coração de um cão (face auricular) 
1: Veia cava cranial; 2: Veia costocervical; 
3: Tronco braquicefálico; 4: Artéria subclávia 
esquerda; 5: Veia ázigo direita; 6: Aorta; 
7: Ventrículo direito; 8: Tronco pulmonar; 
9: Artéria pulmonar esquerda; 10: Veias 
pulmonares; 11: Aurícula do átrio esquerdo 
12: Sulco interventricular esquerdo 
Ventrículo Direito 
Os ventrículos constituem a maioria 
da massa do coração, sendo separados 
dos átrios por um septo transverso 
incompleto, visto no sulco coronário. 
Secção transversal através dos ventrículos 
Percebe-se a diferença da espessura das paredes 
dos ventrículos direito e esquerdo 
1: Ponto mais cranial; 2: Ventrículo direito; 
3: Septo interventricular; 4: Ventrículo esquerdo 
O ventrículo direito possui formato 
de meia-lua e envolve as faces direita e 
cranial do ventrículo esquerdo, não se 
prolongando até o ápice. Ele recebe o 
sangue desoxigenado do átrio direito e o 
bombeia através do cone arterial para o 
tronco pulmonar, o qual leva ao pulmão. 
 
Vista esquerda do coração bovino 
1: Ventrículo direito; 2: Ventrículo esquerdo; 
3: Aurícula esquerda; 4: Ramo descendente da 
artéria coronária circunflexa esquerda ou artéria 
paraconal; 4’: Artéria coronária circunflexa 
esquerda ou ramo circunflexo da artéria coronária 
esquerda; 5: Tronco pulmonar; 6: Aurícula direita;7: Aorta; 8: Ligamento arterioso; 9: Veia cava 
cranial; 10: Artéria pulmonar esquerda; 11: Veias 
pulmonares esquerda; 12: Veia ázigos esquerda; 
13: Veia ázigos direita; 14: Veia cava caudal; 
 
O cone arterial é a parte em forma 
de funil do ventrículo que se separa da 
câmara principal pela crista 
supraventricular e é contido pela aurícula 
do átrio direito. 
No óstio atrioventricular direito 
encontra-se a valva atrioventricular 
direita ou valva tricúspide. Ela possui três 
válvulas que se fixam aos anéis fibrosos do 
esqueleto cardíaco. Cada válvula é 
reforçada por fios fibrosos, as cordas 
tendíneas. 
As cordas tendíneas emergem dos 
músculos papilares, e se projetam até a 
margem livre e a face ventricular direita da 
valva atrioventricular direita. 
1 
2 
3 4 5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
Interior do Ventrículo direito 
1: Cúspide da valva atrioventricular direita; 
2: Cordas tendíneas; 3: Músculo papilar; 4: Valva 
do tronco pulmonar; 5: Aurícula direita 
 
Geralmente são três músculos 
papilares que estão presentes e as cordas 
tendíneas se dispõem de tal forma que 
conectam cada músculo a duas válvulas 
(ou cúspides) e cada válvula a dois 
músculos, impedindo assim o prolapso da 
valva para o átrio. A valva atrioventricular 
direita é a valva de entrada para o 
ventrículo direito e impede que o sangue 
retorne do ventrículo ao átrio durante a fase 
sistólica do ciclo cardíaco. 
Interior do coração equino (secção longitudinal) 
1: Aorta; 2: Aurícula do átrio direito; 3: Artéria 
coronária direita; 4: Valva atrioventricular direita; 
5: Cordas tendíneas; 6: Ventrículo direito; 
7: Músculo papilar; 8: Trabécula septomarginal 
direita; 9: Valva da aorta; 10: Septo interventricular; 
11: Músculos pectíneos da aurícula do átrio 
esquerdo; 12: Ramo circunflexo da artéria 
coronária esquerda; 13: Valva atrioventricular 
esquerda; 14: Ápice 
 
A abertura para o tronco pulmonar 
localiza-se em um nível dorsal, estando 
cranial e à esquerda em relação à aorta. 
Durante a diástole, o refluxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito é 
impedido pela valva do tronco pulmonar. 
Essa valva situa-se na raiz do tronco 
pulmonar e é composta de três válvulas 
semilunares. As extremidades livres das 
válvulas semilunares são espessadas com 
um nódulo no meio delas. 
Vista dorsal da base do coração bovino após 
remoção do átrio. 
1: Valva atrioventricular direita; 2: Valva 
atrioventricular esquerda; 3: Valva da aorta; 
4: Valva do tronco pulmonar; 5: Ossos cardíacos; 
6: Artéria coronária esquerda; 7: Artéria coronária 
direita 
 
O lúmen do ventrículo é cruzado por 
uma trabécula septomarginal direita, que 
passa do septo interventricular para a 
parede externa e garante uma contração 
simultânea de todo o ventrículo. A parte 
ventral é marcada por ondulações 
miocárdicas, as trabéculas cárneas, que 
se projetam da parede externa, possuem 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 
12 
13 
5 
13 
14 
uma aparência esponjosa e são 
responsáveis por reduzir a turbulência do 
sangue. 
Ventrículo Esquerdo 
O ventrículo esquerdo é cônico e 
forma o ápice do coração, além disso, sua 
parede é muito mais grossa do que a do 
ventrículo direito, pois “trabalha mais”. Ele 
recebe o sangue oxigenado dos pulmões 
através das veias pulmonares e do átrio 
esquerdo e o bombeia para a maior parte 
do corpo, através da aorta. O gato possui 
duas trabéculas septomarginais. 
Interior do coração equino (secção longitudinal) 
1: Aorta; 2: Artéria coronária esquerda; 3: Átrio 
esquerdo; 4: Veia cardíaca máxima; 5: Valva 
atrioventricular esquerda; 6: Cordas tendíneas; 
7: Ventrículo esquerdo; 8: Epicárdio; 9: Miocárdio; 
10: Endocárdio; 11: Músculos pectíneos; 
12: Ramo circunflexo da artéria coronária direita; 
13: Cordas tendíneas da valva atrioventricular 
direita; 14: Ventrículo direito; 15: Músculo papilar; 
16: Trabéculas cárneas; 17: Ápice 
 
O óstio atrioventricular esquerdo 
é ocupado pela valva atrioventricular 
esquerda também chamada de valva 
mitral ou bicúspide. Ela, diferentemente 
da valva atrioventricular direita, é composta 
de duas válvulas e de forma 
correspondente de dois músculos 
papilares. 
 
Secção do coração (bovino) 
1: Aurícula direita; 2: Átrio esquerdo; 3: Valva 
atrioventricular esquerda; 4: Septo interventricular; 
5: Aorta 
 
O óstio da aorta é a abertura do 
ventrículo esquerdo para a aorta 
ascendente. Ele sofre oclusão pela valva 
da aorta durante a diástole. A valva da 
aorta é semelhante à do tronco pulmonar, 
mas os espessamentos nodulares são mais 
evidentes. Perifericamente a cada uma das 
válvulas semilunares da valva aorta, a 
parede da aorta dilata-se, formando os três 
seios da aorta. O alargamento da base da 
aorta é o bulbo da aorta. As artérias 
coronárias direita e esquerda deixam os 
seios da aorta direito e esquerdo. 
Interior do coração equino (representação 
esquemática de secção transversal) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 9 
10 
11 
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2 
3 4 
1 
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15 
16 
17 
18 
19 
20 
21 22 
1: Valva atrioventricular direita; 2: Válvula parietal; 
3: Válvula angular; 4: Válvula septal; 5: Ramo 
circunflexo direito; 6: Artéria coronária direita; 
7: Valva da aorta; 8: Válvula semilunar direita; 
9: Válvula semilunar septal; 10: Válvula semilunar 
esquerda; 11: Ramo circunflexo esquerdo; 
12: Artéria coronária esquerda; 13: Ramo 
interventricular paraconal; 14: Valva do tronco 
pulmonar; 15: Válvula semilunar direita; 
16: Válvula semilunar esquerda; 17: Válvula 
semilunar intermediária; 18: Ramo interventricular 
subsinuoso; 19: Ramo coronário esquerdo; 
20: Valva atrioventricular esquerda; 21: Válvula 
parietal; 22: Válvula septal 
Estrutura da Parede 
A parede cardíaca é composta de 
três camadas: endocárdio, miocárdio e 
epicárdio. 
O endocárdio é a camada que 
reveste as câmaras cardíacas e cobre as 
aurículas dos átrios. O epicárdio e o 
pericárdio já foram descritos. 
O miocárdio consiste em fibras de 
músculo estriado modificado, caracterizado 
por núcleos basais. Essas fibras formam 
anastomoses por meio de suas junções 
entre células, os discos intercalares. 
Os miócitos do músculo cardíaco 
(miocárdio) não sofrem fadiga e são 
regulados pelo sistema nervoso 
autônomo. O miocárdio dos átrios é 
delgado e se dispõe em arcos. A 
musculatura atrial se fixa à base fibrosa do 
coração. A musculatura dos ventrículos se 
divide nas camadas longitudinal profunda, 
média e longitudinal superficial. O 
endocárdio atrial é mais espesso do que o 
ventricular. 
Coração de equino (face auricular) 
No ápice do coração, as fibras 
musculares se dispõem em direção à base, 
terminando nos músculos papilares. 
A parede média dos átrios é mais 
fina, enquanto que a dos ventrículos são 
mais grossas, pois possuem função de 
bombeamento, sendo que a parede do 
ventrículo direito é mais delgada que a do 
ventrículo esquerdo. O músculo cardíaco 
pode hipertrofiar-se ou dilatar após 
doenças. 
 
 
 
 
 
Coração de equino (face atrial) 
Vascularização 
O coração recebe cerca de 5% da 
emissão do ventrículo direito em humanos 
e ainda mais nos animais. A irrigação é feita 
pelas artérias coronárias e seus ramos. 
Essas artérias são divididas em artéria 
coronária esquerda e direita. 
 
Vasos cardíacos do coração de um cão 
(vista direita/atrial) 
1: Aorta; 2: Veia cava cranial; 3: Tronco 
braquiocefálico; 4: Veias pulmonares; 5: Veia cava 
caudal; 6: Ventrículo esquerdo; 7: Veia coronária 
média; 8: Artéria interventricular subsinuosa (ramo 
descendente da artéria coronária circunflexa 
direita); 9: Átrio direito; 10: Ramo circunflexo da 
artéria coronária direita; 11: Ventrículo direito. 
 
A artéria coronária esquerda é 
maior e emerge do seio esquerdo do bulbo 
da aorta. Ela passa entre a aurícula do átrio 
esquerdo e o tronco pulmonar até o sulco 
coronário, onde se divide no ramo 
circunflexo e no ramo descendente(ou 
ramo interventricular esquerdo ou 
paraconal). O ramo paraconal segue o 
sulco de mesmo nome em direção ao ápice 
do coração e irriga as paredes do ventrículo 
esquerdo e maior parte do septo. O ramo 
circunflexo continua no sulco coronário em 
direção à face caudal do coração, onde 
termina próximo ao sulco interventricular 
subsinuoso (equino e suíno) ou até o ápice 
do coração (carnívoros e ruminantes). 
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Representação de coração com aurícula 
esquerda diminuída (face esquerda) 
1: Tronco pulmonar; 2: Artéria coronária esquerda; 
2’: Ramo interventricular paraconal ou ramo 
descendente; 2’’: Ramo circunflexo; 3 e 3’: Veia 
cardíaca magna, máxima ou principal 
 
A artéria coronária direita emerge 
do seio direito do bulbo da aorta e passa 
entre a aurícula do átrio direito e o tronco 
pulmonar até o sulco coronário. 
Representação do coração em ruminantes e 
carnívoros (face direita) 
1: Ramo circunflexo da artéria coronária esquerda; 
2: Ramo interventricular subsinuoso ou ramo 
descendente; 3: Seio coronário; 4: Veia cardíaca 
máxima/magna; 5: Veia cardíaca média; 6: Ramo 
circunflexo da artéria coronária direita 
 
Prossegue ao redor da face cranial 
da base do coração e então se afunila em 
direção à origem do sulco interventricular 
subsinuoso (carnívoros e ruminantes). A 
artéria coronária direita se prolonga até o 
ápice do coração nas espécies em que a 
artéria coronária esquerda não irriga essa 
área (equino e suíno). 
Representação do coração em Equinos e 
Suínos (face direita) 
1: Ramo interventricular subsinuoso ou ramo 
descendente; 2: Artéria coronária direita; 3: Seio 
coronário; 4: Veia cardíaca magna/máxima; 
5: Veia cardíaca média 
 
A maioria das veias coronárias 
desemboca na veia cardíaca magna 
(máxima ou principal), que corre de forma 
paralela à artéria coronária esquerda. Ela 
retorna ao átrio direito pelo seio coronário. 
Pouco antes de se abrir no seio coronário, 
ela se une à veia cardíaca média, a qual 
se encontra no sulco interventricular 
subsinuoso. Muitas veias cardíacas 
mínimas (tebesianas) se abrem dentro dos 
ventrículos. 
 
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Sistema Condutor 
O sistema condutor do coração 
consiste em miócitos modificados de 
diâmetro maior. O aspecto mais 
característico do tecido condutor é sua 
capacidade de atividade elétrica 
espontânea, resultante da despolarização 
e contração, garantindo uma autonomia 
cardíaca essencial para o ritmo. O sistema 
condutor compõe-se das seguintes partes: 
→ Nó/nodo sinoatrial; 
→ Nó/nodo atrioventricular; 
→ Fascículo/feixe atrioventricular ou 
feixe de His com seu ramo direito e 
ramo esquerdo; 
→ Ramos subendocárdicos ou fibras 
de Purkinje 
Desenho esquemático do Sistema Condutor 
A linha tracejada sugere a passagem da onda 
excitatória através da parede atrial 
1: Nodo sinoatrial; 2: Nodo atrioventricular; 
3: Fascículo atrioventricular; 4: Ramo esquerdo; 
5: Ramo direito; 6: Ramificação do ramo direito 
atravessando a trabécula septomarginal 
 
O nó sinoatrial é autônomo por 
apresentar a taxa de repouso mais elevada 
de despolarização, portanto, ele atua 
como o marca-passo do coração, 
garantindo uma contração coordenada 
essencial para o bombeamento. Quando há 
disfunção do nó sinoatrial as outras partes 
do sistema assumem o posto de marca-
passo dominante, sequencialmente pelo nó 
 
atrioventricular e depois pelos ramos 
subendocárdicos. 
Sistema condutor dos ventrículos 
1: Veia cava caudal; 2: Veia pulmonar; 3: Átrio 
esquerdo; 4: Valva atrioventricular esquerda; 
5: Ramos subendocárdicos; 6: Ventrículo esquerdo; 
7: Septo interatrial; 8: Fascículo atrioventricular; 
9: Ramo esquerdo; 10: Ramo direito; 11: Ventrículo 
direito; 12: Trabéculas septomarginais; 13: Óstio 
atrioventricular direito com sua valva; 14: Nó 
atrioventricular; 15: Átrio direito; 16: Nó sinoatrial; 
17: Veia cava cranial; 18: Septo interventricular 
 
O nó sinoatrial se situa abaixo do 
endocárdio da parede atrial direito, ventral 
ao óstio da veia cava cranial, sendo 
intensamente inervado pelos sistemas 
nervoso simpático e parassimpático. A 
partir do nó sinoatrial, a onda excitatória 
se espalha aos músculos vizinhos, 
chegando ao nó atrioventricular, o qual se 
encontra no septo interatrial próximo à 
abertura do seio coronário. 
Esse nó dá origem ao fascículo 
atrioventricular, o qual penetra no 
esqueleto cardíaco antes de se dividir em 
ramo direito e ramo esquerdo. Esses 
ramos situam-se sob o endocárdio do 
septo interventricular. O ramo direito 
cruza a cavidade do ventrículo direito na 
trabécula septomarginal e termina na 
parede ventricular exterior desse ventrículo. 
O ramo esquerdo se ramifica na 
parede externa no ventrículo esquerdo. 
Ambos os ramos terminam em ramos ainda 
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menores, os ramos subendocárdicos ou 
fibras de Purkinje. 
Sistema condutor do Átrio e do Ventrículo esquerdos 
Coração de ovino com técnica de corrosão (face auricular)

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