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TCC Crimes cibernéticos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
Maria Fernanda Miranda Stivanelli 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CIBERNÉTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra Mansa 
2020 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
Maria Fernanda Miranda Stivanelli 
 
 
 
 
 
 
CRIMES CIBERNÉTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Direito do Centro 
Universitário de Barra Mansa, como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel 
em Direito. 
 
Orientador (a): Profª Ma. Ana Maria Dinardi 
Barbosa Barros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Barra Mansa 
2020 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
Maria Fernanda Miranda Stivanelli 
 
 
CRIMES CIBERNÉTICOS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Direito do Centro Universitário de Barra 
Mansa, como requisito parcial para obtenção do 
título de Bacharel em Direito. 
Orientador (a): Profª Ma. Ana Maria Dinardi 
Barbosa Barros. 
Data de aprovação: ____________________ 
___________________________________ 
Profª Ma. Ana Maria Dinardi Barbosa Barros 
___________________________________ 
Membro da Banca 
___________________________________ 
Membro da Banca 
 
 
 
 
Barra Mansa 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus familiares 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus, pela minha vida, pela minha saúde, pela 
oportunidade de viver, de realizar este sonho, por Ele ter me guardado e protegido 
durante todo o caminho. 
Agradeço a minha família, que sempre me apoiou, confiou em mim, sem vocês nada 
seria possível, em especial minhas tias: Ilza Maria e Ana Lucia, que estão sempre ao 
meu lado. 
Agradeço aos meus amigos que de alguma forma sempre estiveram presentes, nas 
horas boas e ruins, vocês também são fundamentais. 
Agradeço aos meus professores que fizeram parte desta caminhada, transmitindo 
seu conhecimento, e me permitindo aprender um pouco mais sobre o Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
STIVANELLI, Maria Fernanda Miranda. CRIMES CIBERNÉTICOS. 2020. Trabalho 
de conclusão de curso (Graduação em Direito). Curso de Direito, Centro 
Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa/RJ, 2020. 
Desde o século passado, o crime cibernético existe e com o avanço da internet, esta 
prática só cresceu e hoje faz parte da vida de muitas pessoas no Brasil e no mundo. 
O objetivo desta pesquisa foi mostrar a importância da internet, os crimes 
cibernéticos que surgiram devido a ela, como é tratada essa questão no Brasil, quais 
as Leis existentes para ajudar ao combate desse crime. A metodologia usada foi 
uma pesquisa bibliográfica. Foram apontadas algumas práticas usadas para o 
combate, bem como o que ainda poderia ser feito e desenvolvido para o seu 
combate, que é uma prioridade de todos que sofreram ou estão sofrendo com esse 
crime. 
Palavras-Chave: Crime cibernético. Internet. Leis existentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
STIVANELLI, Maria Fernanda Miranda. CRIMES CIBERNÉTICOS. 2020. Trabalho 
de conclusão de curso (Graduação em Direito). Curso de Direito, Centro 
Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa/RJ, 2020. 
 
Since the last century, cyber crime has existed and with the advancement of the 
internet, this practice has only grown and is now part of the lives of many people in 
Brazil and worldwide. The purpose of this research was to show the importance of 
the internet, the cyber crimes that arose due to it, how this issue is treated in Brazil, 
what are the existing Laws to help fight this crime. The methodology used was a 
bibliographic search. Some practices used for combat were pointed out, as well as 
what could still be done and developed to combat it, which is a priority for everyone 
who has suffered or is suffering from this crime. 
 
Keywords: Cyber crime. Internet. Existing laws. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 - INTRODUÇÂO ................................................................................... 09 
2 - GLOBALIZAÇÃO X INTERNET ..........................................................11 
3 - CONCEITOS GERAIS .........................................................................13 
4 - CIBERCRIME ......................................................................................15 
4.1 – MOTIVAÇÃO PARA REALIZAR O CIBERCRIME .........................20 
5 – MERCADO NEGRO ...........................................................................22 
6 - A DIFICULDADE ENCONTRADA PELO ESTADO NA PUNIÇÃO DESSES 
CRIMES.....................................................................................................23 
7 – DADOS ESTATÍSTICOS ....................................................................28 
8 – CASO DESTAQUE .............................................................................30 
9 – CONCLUSÃO .....................................................................................31 
10 – REFERÊNCIA ....................................................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por finalidade analisar os crimes virtuais e a dificuldade do 
Estado em incidir o direito, em achar o criminoso e a falta de lei específica para tal 
assunto. 
No primeiro momento analisaremos a Globalização x Internet. Verificar-se-á como o 
processo de globalização influenciou em tudo em nossas vidas, e também a 
importância da internet nos dias atuais, bem como o uso errado da mesma que 
influenciou no crescimento do crime cibernético. 
No terceiro capítulo serão abordados os conceitos gerais. Conceitos de ciberespaço, 
crime, cibercrime. 
No quarto capítulo será analisado o que é o cibercrime, a forma que ocorre, os tipos 
penais praticados, onde é realizado, quem são os agentes responsáveis por este 
crime. A motivação que leva estes criminosos a realizarem tal prática, que vai além 
de dinheiro, pois eles buscam prestígio. 
Depois verificaremos de forma geral o que é o mercado negro, conhecido como Dark 
web, como funciona o seu acesso, a criptografia usada para enganar o servidor, o 
que é vendido. 
No sexto capítulo trataremos de como o Estado lida com este crime, e a sua grande 
dificuldade de encontrar um responsável para puni-lo. E também as Leis existentes 
atualmente e como elas são usadas para o combate ao cibercrime e as formas de 
denunciar esta prática. 
No sétimo capítulo abordaremos os dados estatísticos mensurando em valores o 
que é gasto para combater este crime e o montante que ele movimenta atualmente, 
bem como o total de denúncias recebidas. 
No oitavo capítulo será exposto um caso que ocorreu recentemente envolvendo 
autoridades políticas. E de que forma isto pode afetar a população brasileira. 
Por fim teremos a conclusão, e será visto a importância de nos proteger, de nos 
prevenir, a importância de existirem políticas voltadas a este assunto a fim de que 
informe a população. E também algumas possíveis alternativas que influenciaria na 
 
busca de tentar minimizar este crime e tentar descobrir quem são os reais 
responsáveis por eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 GLOBALIZAÇÃO X INTERNET 
Não tem como falar em cibercrime, sem falar no processo de globalização e na sua 
importância. A globalização tem como intuito interligar sociedades, nações, pelo 
mundo todo, com osmais variados objetivos. Essa conexão foi facilitada com o 
surgimento da internet. Esta que a princípio era usada apenas nas guerras foi 
conquistando seu espaço, e se fazendo essencial, hoje, em nossas vidas. 
Vejamos o conceito de internet: 
A internet é o conjunto de redes de computadores que, espalhados por 
todas as regiões do planeta, conseguem trocar dados e mensagens 
utilizando um protocolo comum. Este protocolo compartilhado pela 
internet é capaz de unir vários usuários particulares, entidades de pesquisa, 
órgãos culturais, institutos militares, bibliotecas e empresas de todos os 
tipos em um mesmo acesso. Seu nome tem origem inglesa, onde o 
termo inter significa "internacional" e net significa "rede", ou seja, "rede 
internacional. (INTERNET, 2019). 
A internet também é conhecida por ciberespaço, que nada mais é do que um lugar 
virtual, ou seja, que não é físico, por isso chamado de não-lugar, onde inúmeras 
informações circulam ao mesmo tempo, ligados por um conjunto de redes de 
computadores. Exatamente por ser essa a realidade virtual, ela alimenta a sensação 
de anonimato, de liberdade, uma vez que não existe uma realidade absoluta, você é 
capaz de se recriar o tempo todo, podendo assumir várias personalidades diferentes 
ao mesmo tempo. Devido a esse ambiente livre surgiu o que chamamos de 
cibercrime ou crime virtual, no qual o Direito Penal brasileiro tem encontrado muita 
dificuldade. 
Para o Juiz Federal Emanuel Alberto Sperandio Gomes Gimenes: 
O Direito Penal encontra muitas dificuldades de adaptação dentro desse 
contexto. O Direito em si não consegue acompanhar o frenético avanço 
exponencial proporcionado pelas novas tecnologias, em especial pela 
Internet. (GIMENES, 2013, p 2) 
 
 
Os avanços tecnológicos trouxeram novos paradigmas, a sociedade descobriu o 
poder da informação, e impressiona a velocidade com que as informações circulam 
na cultura midiática. Não há como prever todos os efeitos que esses avanços estão 
causando e ainda vai causar. Mas sem dúvidas que a internet foi um grande avanço. 
A problemática está na dificuldade existente em separar o mundo real do virtual, 
 
uma vez que o virtual tem ganhado muito mais força. Há problemática também para 
o Direito Penal, que não avançou tão rápido como esses avanços tecnológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Conceitos Gerais 
Crimes virtuais, nada mais são do que crimes praticados no mundo virtual, ou no 
ciberespaço. 
Segundo o escritor e advogado criminalista Maciel Colli, ciberespaço é: 
O mundo ciberespacial é composto e constitui-se não pelo espaço ou tempo 
que ocupa, mas pelo intercâmbio das informações – permuta de dados e 
comunicabilidade intersignificativa -, propulsionado pela energia colateral 
teleológica de sistemas vivos (seres humanos e sociedade). (COLLI, 2010, 
p 31). 
Então ciberespaço é um local virtual que possibilita a troca de informações das mais 
variadas formas, através de um conjunto de redes de computadores. É a junção de 
cibernético com espaço. Ciberespaço é um não lugar, pois só existe dentro dos 
computadores, é algo que não é material, mas é real e é onde os crimes virtuais 
acontecem. 
De acordo com o dicionário crime significa: 
O termo tem origem do latim crimen que significa “ofensa, acusação. 
(CRIME, 2019). 
Rogério Greco pontua crime como: 
Sob o aspecto formal, crime é toda conduta que atentasse que colidisse 
frontalmente com a lei penal editada pelo Estado. Considerando-se o seu 
aspecto material, conceituamos o crime como aquela conduta que viola os 
bens jurídicos mais importantes. (GRECO, 2016, P 196). 
Assis Toledo (1994), citado por Greco traz o conceito analítico de crime: 
Substancialmente, o crime é um fato humano que lesa ou expõe a perigo 
bens jurídicos (jurídico-penais) protegidos. Essa definição é, porém, 
insuficiente para a dogmática penal, que necessita de outra mais analítica, 
apta a pôr à mostra os aspectos essenciais ou os elementos estruturais do 
conceito de crime. E dentre as várias definições analíticas que têm sido 
propostas por importantes penalistas, parece-nos mais aceitável a que 
considera as três notas fundamentais do fato-crime, a saber: ação típica 
(tipicidade), ilícita ou antijurídica (ilicitude) e culpável (culpabilidade). O 
crime, nessa concepção que adotamos, é, pois, ação típica, ilícita e 
culpável. 
Dessa forma, crime é uma ação ou omissão, que seja contrária a lei e que tenha 
consequências jurídicas. Mas estamos analisando o crime cometido no ambiente 
virtual (ciberespaço), ou seja um cibercrime. 
Vejamos o significado de cibercrime: 
 
Cibercrime é o nome dado aos crimes cibernéticos que envolvam qualquer 
atividade ou prática ilícita na rede. Essas práticas podem envolver invasões 
de sistema, disseminação de vírus, roubo de dados pessoais, falsidade 
ideológica, acesso a informações confidenciais e tantos outros. O cibercrime 
compreende também os crimes convencionais realizados por meio de 
dispositivos eletrônicos ou que incluam a utilização de alguma ação digital 
como instrumento para a prática do crime. (Cibercrime, 2019). 
Para Ramalho Terceiro, citado por Gimenes, cibercrime é: 
Os crimes perpetrados neste ambiente se caracterizam pela ausência física 
do agente ativo; por isso, ficaram usualmente definidos como sendo crimes 
virtuais. Ou seja, os delitos praticados por meio da Internet são 
denominados de crimes virtuais, devido à ausência física de seus autores e 
seus asseclas. (2013). 
 
Para Augusto Rossini, também citado por Gimenes: 
O conceito de ‘delito informático’ poderia ser talhado como aquela conduta 
típica e ilícita, constitutiva de crime ou contravenção, dolosa ou culposa, 
comissiva ou omissiva, praticada por pessoa física ou jurídica, com o uso da 
informática, em ambiente de rede ou fora dele, e que ofenda, direta ou 
indiretamente, a segurança informática, que tem por elementos a 
integridade, a disponibilidade e a confidencialidade. (2013). 
 
Para o mestre criminalista Maciel Colli, cibercrime é: 
O homem interagindo com uma máquina- retroalimentodo-a com 
informações por meio de mensagens – através de uma rede de 
computadores (cibernética) interligados (ciberespaço), agindo conforme 
uma conduta previamente criminalizada (crime informático) estereotiparia 
um modelo de cibercrime. (COLLI, 2010, P 44) 
 
Para o dicionário, cibercrime é: 
Crime cometido com o recurso aos sistemas eletrônicos e às novas 
tecnologias de informação. (Cibercrime, 2019). 
 
Cibercrime, portanto é um crime, ilícito, típico e culpável, que utiliza os recursos 
eletrônicos e a internet para a sua execução, é realizado no ciberespaço, conhecido 
como não lugar. 
 
 
 
 
 
https://canaltech.com.br/seguranca/O-que-e-cibercrime/
 
4 - Cibercrime 
Desde o século passado quando a internet foi criada já existiam práticas de crimes 
virtuais sendo realizados, sistemas sendo invadidos ou sabotados. A sociedade de 
hoje é midiática, é dependente da internet. No Brasil, mais de 50% da população 
tem acesso à internet. 
Conforme o IBGE: 
De 2016 para 2017, o percentual de utilização da Internet nos domicílios 
subiu de 69,3% para 74,9%, ou três em cada quatro domicílios brasileiros. 
Foi um salto de 5,6 pontos percentuais, em um ano. Na área urbana, esse 
percentual de utilização cresceu de 75,0% para 80,1% e na área rural, de 
33,6% para 41,0%. 
Fica evidente o aumento e a importância que a internet tem na vida da população. 
Mas esse crescimento da utilização da internet fez crescer também os crimes 
relacionados ao seu uso, já que as transformações ocorrem de forma rápida, onde 
espaço e tempo perdem seu significado. São lugares onde o conceito de ética, por 
exemplo, são instáveis, não tem um parâmetro sólido para padrões de 
comportamento, uma vez que os usuários podem assumir múltiplas personalidades. 
Segundo o Souza e o Costa (2005) citados porAzevedo, Istoé, Souza, Marques: 
Estamos enfrentando várias mudanças na sociedade moderna, trazidas 
pela Cibercultura. Inferimos que estamos diante de um novo modo de 
produção social espacial, em que o tempo real instantâneo é um tempo fora 
do tempo e o novo dia-a-dia é desprovido de espaço e matéria. 
Através de uma tela de computador ou celular, cada indivíduo pode assumir 
inúmeras faces, podendo mudar de sexo, voz, idade, fisionomia, o local onde reside, 
se tornando a pessoa que for mais conveniente para o momento. As vidas reais e as 
pessoas estão sendo substituídas no ciberespaço. Esses crimes praticados no 
ciberespaço são realizados, na maioria das vezes, pelos hackers, que conseguem 
acesso não autorizado a um sistema de computador. 
Consta no dicionário Aurélio a definição do que seja hacker, dispondo que é: 
Indivíduo hábil em enganar os mecanismos de segurança de sistemas de 
computação e conseguir acesso não autorizado aos recursos destes gerado 
a partir de uma conexão remota em uma rede de computadores, violador de 
um sistema de computação. (HACKER, 2019). 
 
Portanto, hacker é aquele que possui grande habilidade com computadores. Hacker 
é um gênero do qual possui espécies, como: craker, black-hat ou script kiddie. 
Para o Juiz Federal Emanuel Alberto Sperandio Gomes Gimenes (2013): 
À medida que o número de conexões entre computadores cresce, cresce 
também o da criminalidade neste meio, com criminosos incentivados pelo 
anonimato oferecido pela rede e pelas dificuldades de investigação no 
ambiente virtual. (GIMENES, 2013, p 8). 
 
 
Existem estudiosos que acreditam que para ser um crime informático, há 
necessidade de existir a inviolabilidade de dados, ou seja, não englobaria todos os 
outros crimes que são praticados no meio virtual. Como ocorre com o escritor 
penalista Vianna, que cita: 
Em rigor, para que um delito seja considerado informático é necessário que 
o bem jurídico por ele protegido seja a inviolabilidade de dados. A simples 
utilização, por parte do agente, de um computador para a execução de um 
delito, por si só não configuraria um crime informático, caso o bem jurídico 
afetado não fosse a informação automatizada. Ocorre, no entanto, que 
muitos autores acabaram, por analogia, denominando crimes informáticos 
os delitos em que o computador serviu como instrumento da conduta. 
Apesar de imprópria, esta denominação tornou-se muito popular e hoje é 
impossível ignorá-la. (VIANNA, 2001, P 37, 38). 
 
Para Vianna (2001), os crimes informáticos são divididos em: crimes impróprios, que 
são aqueles que utilizam o computador como instrumento para execução do crime, 
mas não há ofensa a inviolabilidade de informações. Crimes próprios são crimes que 
vão atingir a informação automatizada (dados), ou seja, vai violar o bem jurídico 
protegido pela norma. E delitos informáticos mistos, são aqueles que possuem um 
alto grau de complexidade, além da proteção a inviolabilidade das informações 
(dados), a norma visa a tutelar bem jurídico de natureza diversa. 
 
Existe outra classificação na qual Roberto Chacon de Alburque, citado por Maciel 
Colli, diz: 
Utiliza-se uma divisão de duas espécies de crimes informáticos: a) crimes 
informáticos comuns (traditional computer crimes), nos quais os recursos 
informáticos são utilizados como meio-fim para o cometimento de crimes já 
previstos no direito penal vigente; b) crimes informáticos específicos 
(computer-specific crimes), nos quais há condutas que lesam um bem 
jurídico que ainda não é tutelado por norma jurídico-penal. Nesta segunda 
categoria esses bens seriam juridicamente e penalmente tutelados apenas 
em potência, ou seja, seria reconhecida a relevância dada ao bem, mas a 
lei penal, não podendo, por ausência de tipicidade, cogitar-se sobre a 
ocorrência de um crime. (COLLI, 2010, p 42). 
 
 
Sendo crime próprio, impróprio, misto, comum ou específico, o crime informático 
existe, e esta cada vez mais presente na sociedade contemporânea. Diversos são 
os crimes virtuais, a lista é mais extensa do que se imagina, pois na verdade são 
crimes que fazem parte do nosso cotidiano, só que são realizados no ciberespaço. 
 
Como os crimes contra a honra - calúnia (imputar falso crime a alguém, art. 138 CP), 
difamação (espalhar boatos eletrônicos, art. 139 CP), injúria (ofender a honra 
insultar pessoas de acordo com suas características, art. 140 CP). Também tem os 
crimes de instigação ou auxílio ao suicídio (art. 122 CP), ameaça (art. 147 CP), 
violação de segredo profissional (art. 154 CP), incitação ao crime (art. 286 CP) e 
apologia de crime ou criminoso (art.287 CP). Todos esses crimes podem ser 
cometidos pelo simples envio de um e-mail, um comentário em uma rede social, 
entre outros. 
 
Há o crime de estelionato, tipificado no art. 171 do CP. Se consuma com o autor do 
fato obtendo vantagem ilícita, induzindo ou mantendo alguém em erro, havendo 
assim, uma relação psicológica de autor e vítima. Suas formas de execução são as 
mais variadas possíveis. Pode ser feita por falsa promessa, na qual a pessoa 
acredita estar participando de um sorteio, ou uma corrente para que o dinheiro dobre 
ou triplique, mas o mesmo nunca ocorre. Ou a pessoa compra um produto, mas 
nunca o recebe. Pelo acesso indevido a bancos de dados de uma empresa, obtendo 
números de cartões de crédito. 
 
O tráfico é outro exemplo, podendo ser o de drogas (Lei nº 6.368 de 21 de outubro 
de 1976), de armas (Lei nº 9.437 de 20 de fevereiro de 1997), de pessoas. Na qual 
são criados sites, páginas e as vendas acontecem de forma discreta, como sites de 
leilões que são acessados por milhares de pessoas, e às vezes as entregam 
ocorrem pelo correio, ou pode ser marcado um ponto de encontro. 
 
Tem o crime de pirataria (Lei 9.610/98). Em seu artigo 87, diz que a pessoa para 
começar a copiar dados, precisa tê-los primeiro, tendo seu direito exclusivo. E usar 
cópia de software sem licença (crimes contra software Pirataria artigo 12 da Lei 
n. 9.609/98). 
 
 
Tem o crime de falsa identidade, ou seja, a pessoa mente sobre seu nome, estado 
civil, sexo, cor, altura, idade. Crimes contra a liberdade individual – ameaça 
(artigo147, CP), inviolabilidade de correspondência (artigo 151 e 152, CP), 
divulgação de segredos (artigo 153 e 154, CP), e divulgação de segredos contidos 
ou não em sistemas de informação de bancos de dados ou administração pública 
(153, §1, A). 
 
Dano ao patrimônio, previsto no art. 163 do Código Penal. O dano pode ser 
Simples ou qualificado (quando o dano for contra o patrimônio da União, do Estado, 
do Município, de empresa concessionária de serviços públicos ou de sociedade de 
economia mista). O furto e o roubo se enquadram nos crimes de dano ao patrimônio 
que costuma ser realizado por manipulação de dados (fraude por manipulação de 
um computador contra um sistema de processamento de dados) para modificação 
de depósitos bancários e obtenção de vantagem econômica, ou, ainda, pela 
obtenção de dados como senhas para manipular contas bancárias e obter vantagem 
financeira. 
 
Fraudes com cartão de crédito. Comentar, em chats, e-mails e outros, de forma 
negativa, sobre raças, religiões e etnias (preconceito ou discriminação artigo 20 da 
Lei n. 7.716/89), enviar, trocar fotos de crianças nuas (pedofilia artigo 247 da Lei n. 
8.069/90, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA), O art. 241 do 
mencionado Estatuto proíbe ‘’apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou 
publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de 
computadores ou Internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo 
explícito envolvendo criança ou adolescente’’. 
 
Usar logomarca de empresa sem autorização do titular, no todo ou em parte, ou 
imitá-la de modo que possa induzir à confusão (crime contra a propriedade 
industrial artigo 195 da Lei n. 9.279/96), monitoramento não avisado previamente(interceptação de comunicações de informática artigo 10 da Lei n. 9.296/96). 
 
Existem crimes que o intuito do delito é de demonstrar a fragilidade de sistemas, 
como é o caso das recentes invasões ás páginas de órgãos oficiais. Nesta 
modalidade o criminoso é motivado por uma questão de desafiar a segurança de 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1031134/estatuto-da-crian%C3%A7a-e-do-adolescente-lei-8069-90
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10579022/artigo-195-da-lei-n-9279-de-14-de-maio-de-1996
 
sites do governo. Além dos crimes citados, também podem ocorrer na Internet 
crimes de lavagem de dinheiro e de invasão de privacidade, pixações em sites 
oficiais do governo, vandalismo, sabotagem, crimes contra a paz pública, 
espionagem, lesões a direitos humanos (terrorismo, crimes de ódio, racismo, etc.), 
destruição de informações, jogos ilegais, falsificação do selo ou sinal público, 
modificação ou alteração não autorizada de sistema de informação, violação de 
sigilo funcional, fraude em concorrência pública, dentre inúmeros outros. 
 
Tem a interceptação ilegal também, que é um crime informático, que consiste na 
captura de dados durante a transferência de um sistema computacional para outro. 
É como se fosse uma escuta telefônica, na qual os dados são lidos durante a sua 
transmissão. A conduta está tipificada no ordenamento jurídico pátrio na Lei nº 9.296 
de 24 de julho de 1996. 
 
Existe uma infinidade de crimes virtuais, muitos ainda nem possuem 
um modus operandi conhecido, outros ainda nem foram descobertos. 
 
De acordo com o escritor criminalista Tulio Lima Vianna (2001): 
 
Se alguém acessa sem autorização o sistema computacional de um banco 
e transfere indevidamente dinheiro para sua conta, estará cometendo dois 
delitos distintos: o acesso não autorizado a sistemas computacionais e o 
furto; o primeiro, crime informático, o segundo, patrimonial. (VIANNA, 2011, 
p52). 
 
Milhares são as formas e maneiras que os autores dos crimes a executam como 
enviando um e-mail, fingindo ser um órgão do governo, dizendo que existe alguma 
pendência ou um dizendo que é um banco, a fim de enganar as vítimas, para que 
acessem links, ou para saber mais detalhes sobre o fato, que acabam instalando 
programas que permitem o acesso alheio, ou abrem páginas falsas dos bancos 
pedindo que as vítimas coloquem seus dados, para atualizar cadastro. E a partir 
deste momento os criminosos começam a receber dados sigilosos, conseguem fazer 
transações bancárias, lesando as vítimas. A maioria desses crimes é feito por vírus, 
que são venenos, instalados no aparelho eletrônico da vítima. 
 
 
 
4.1 – Motivação para realizar o cibercrime 
 
Ser hacker e realizar esses inúmeros crimes vai além de querer apenas demonstrar 
seu conhecimento técnico, tem a ver com prestígio nesse meio, quanto mais coisa 
errada e ilegal se faz, mais o hacker é conhecido, e mais prestígio ele tem, mais 
respeitado ele é, sem contar no retorno financeiro que todos esses crimes podem 
trazer. 
 
Segundo o Tulio Lima Vianna: 
Ressalte-se que não se trata de um mero aprendizado técnico. Ocorre que 
na busca pelo conhecimento técnico o indivíduo acaba se influenciando pela 
subcultura cyberpunk na qual o reconhecimento de sua capacidade 
intelectual está diretamente relacionado às suas proezas ilegais. A invasão 
de páginas importantes como as do FBI e da NASA garantem a seus 
autores grande prestígio. As pichações digitais são sinais de poder 
intelectual dentro da subcultura cracker e geram respeito e fama a seus 
autores. Por outro lado, aqueles que não agem como crackers são 
considerados incompetentes e ignorantes e acabam sendo excluídos da 
comunidade cyberpunk. A ideia dominante no meio é de que conhecimento 
gera conhecimento e a maioria deles não parece estar disposta a 
compartilhar informações com quem não possa oferecer nada em troca. 
Desta forma, o indivíduo acaba sendo induzido à prática de crimes digitais 
para obter respeito dentro da subcultura, o que lhe garantirá mais 
informações e consequentemente maiores proezas e mais respeito. 
. (Vianna, 2001, p 56). 
 
Outro fator importante para a motivação desses crimes é o retorno financeiro, é o 
lucro gerado, é o dinheiro obtido. Segundo Yury Fedotov, diretor executivo do 
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), estima-se que o 
custo global obtido com o cibercrimes é de 600 bilhões de dólares(2018). O que é 
confirmado pelo chefe da ONU, que diz que o cibercrime movimenta 1,5 trilhão de 
dólares todo ano. (2018). Provando, assim, ser um mercado promissor, de retorno 
garantido. 
 
 
O criminólogo Marc ROGERS, da Universidade de Manitoba, Canadá, classifica os 
hackers em sete diferentes categorias (que não necessariamente se excluem): 
newbie/tool kit (NT) – possuem pouca técnica, utilizam programas já existentes, 
cyberpunks (CP) – são capazes de desenvolver seus próprios programas, e sua 
ação é quase sempre mal intencionada, geralmente são os envolvidos com cartão 
de crédito e telefonia, internals (IT) - formada por empregados descontentes ou ex-
funcionários que se aproveitam dos conhecimentos técnicos adquiridos na empresa 
para atacálas como forma de retaliação. Segundo ROGERS este grupo é 
responsável por 70% de toda atividade criminosa envolvendo computadores, coders 
 
(CD), old guard hackers (OG) – não tem intenção criminosa, professional criminals 
(PC), and cyber-terrorists (CT), esses dois últimos grupo são os mais perigosos, pois 
são profissionais, as categorias se expandiram com a dissolução das agências de 
inteligência do leste europeu. Tais categorias estão numa ordem hierárquica que 
varia do menor nível técnico (NT) ao maior (OG-CT). 
 
Evidentemente a classificação existe só no mundo teórico, pois no mundo virtual, um 
hacker pode ser várias categorias ao mesmo tempo, realizando vários crimes 
diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - MERCADO NEGRO 
 
O mercado negro também é conhecido como Dark web, ou internet secreta. É uma 
porção da deep web. São sites difíceis de ser acessados, e às vezes precisam de 
autorização para o acesso, e possuem seu conteúdo criptografado. 
 
Movimenta grande parte da economia mundial, vendendo coisas que você 
normalmente não encontrará em pesquisas no Google. O mais popular são as 
drogas, mas encontram-se também armas, identificação, documentos e dinheiro 
falso, dados de cartões de crédito, tutoriais para hackers, conteúdos de pedofilia (os 
sites que a possuem tem cerca de 500 acessos por segundo). 
 
Esse mercado ainda existe, devido a facilidade encontrada pelos seus usuários, uma 
vez que vários de seus produtos vendidos são entregues pelos correios em pacotes 
comuns. Outro fator é que com a criação do bitcoin, facilitou esse tipo de transação 
ilegal. 
 
Pode ser acessado por programas como TOR, lançado em 2013, o serviço é ponto 
de encontro para atividades ilícitas, já que oculta a localização e a atividade de 
quem usa a rede, navegando, assim, de forma anônima, da seguinte maneira: ele 
encripta o endereço de IP do usuário e o roteia através de vários outros roteadores 
conectados pelo mundo. O Tor foi um projeto da inteligência americana, que hoje é 
utilizado pelos hackers do mundo todo. 
 
O preço das mercadorias encontradas são variados, e oscilam conforme o grau de 
dificuldade para obtê-las, por exemplo, um kit para se passar por outro indivíduo 
custa em torno de R$4.000,00, já serviços bancários custam R$800,00. 
 
Devido esta maneira encontrada pelos usuários para navegar nesses sites, de forma 
anônima, é difícil rastreá-los. E quando se consegue encontrar um, outros três 
aparecem no lugar. 
 
 
 
 
6 – A dificuldade encontrada pelo Estado na punição desses crimes 
 
Inúmeras sãoas dificuldades encontradas para punir esses crimes. Como, por 
exemplo, a dificuldade policial em encontrar o autor do crime. Para qualquer pessoa 
navegar na internet precisa de um endereço de IP, de um provedor, e estar 
conectada a alguma rede. A primeira dificuldade enfrentada está no rastreamento 
do endereço de IP (internet protocol), depois no rastreamento da máquina para 
então chegar ao autor do crime. A máquina que faz a operação possui um IP, que é 
emprestado pelo provedor, isto é, provedores de acesso à internet possuem uma 
gama de endereços IPs a sua disposição, os quais serão atribuídos aos seus 
clientes no momento da conexão destes à internet. O problema está que o autor do 
crime pode atribuir outros endereços de IP que não são o seu, dificultando assim, 
sua identificação. Qualquer rastreamento feito na internet não é feito buscando o 
sujeito, é feito por IP, MAC, que são números, pois o sujeito pode estar em um local 
A e o provedor indicar outro local B, roubando dados que estão no local C de uma 
pessoa que esta no local D, existindo, assim, uma complexidade. Essa 
complexidade é chamada de direito transnacional, vai além das fronteiras de um só 
lugar, uma vez que conforme o exemplo citado acima, poderíamos estar falando de 
4 países diferentes envolvidos em um único crime. 
 
Maciel Colli em sua obra Cibercrimes – limites e perspectivas à investigação o 
policial de crimes cibernéticos, cita: 
 
...a frase falada pelo perito Federal Marcos Vinícius Lima: cibercrimes são 
novos crimes em novas mídias ou velhos crimes em novas mídias? Ao que 
tudo indica seriam velhos crimes em novas mídias, e o problema para a 
investigação policial brasileira residiria principalmente nestas novas mídias, 
as quais trazem novos desafios para a eficácia e a eficiência da 
investigação realizada pelo policial acostumado à rotina do mundo off-line 
(COLLI, 2010, p 167). 
 
 
Outra grande dificuldade é que no Brasil não há uma legislação específica para 
regulamentar os crimes da internet. Mas isso não quer dizer que quem pratica 
esses crimes são isentos de responsabilidade, ou penalidade, pois estes que o 
fazem serão julgados pelo Código Penal Brasileiro, conforme já tem acontecido. 
 
De acordo com o Superior Tribunal de Justiça: 
 
Na ausência de uma legislação específica para crimes eletrônicos, os 
tribunais brasileiros estão enfrentando e punindo internautas, crakers e 
hackers que utilizam a rede mundial de computadores como instrumento 
para a prática de crimes. Grande parte dos magistrados, advogados e 
consultores jurídicos considera que cerca de 95% dos delitos cometidos 
eletronicamente já estão tipificados no Código Penal brasileiro por 
caracterizar crimes comuns praticados por meio da internet. Os outros 5% 
para os quais faltaria enquadramento jurídico abrangem transgressões 
que só existem no mundo virtual, como a distribuição de vírus eletrônico, 
cavalos-de-t róia e worm (verme, em português). 
Para essa maioria, a internet não é um campo novo de atuação, mas 
apenas um novo caminho para a realização de delitos já praticados no 
mundo real, bastando apenas que as leis sejam adaptadas para os crimes 
eletrônicos. E é isso que a Justiça vem fazendo. Adaptando e empregando 
vários dispositivos do Código Penal no combate ao crime digital. 
 
Há quem acredite que os magistrados ao julgarem os crimes virtuais pelo Código 
Penal, estão se valendo de analogia, o que só é permitido se for para beneficiar o 
réu. Mas essa ideia é equivocada, pois muitos dos crimes praticados na internet, não 
são crimes novos, mas sim crimes que já existiam e que já são tipificados no 
ordenamento jurídico, que só mudaram sua esfera de atuação do mundo real para o 
mundo virtual. 
Segundo o Juiz Federal Emanuel Alberto Sperandio Garcia Gimenes: 
As condutas chamadas de crimes virtuais (embora inexista legislação 
específica) encontram-se tipificadas em textos legislativos existentes 
(Código Penal e legislação esparsa) e, ao contrário do que alguns autores 
afirmam, a aplicação da lei já existente a essas condutas não é caso de 
analogia, pois não são crimes novos, não são novos bens jurídicos 
necessitando de tutela penal. A novidade da criminalidade virtual fica por 
conta do modus operandi, ensejando estudo de como o criminoso tem feito 
uso das novas tecnologias, fazendo com que os estudiosos e os aplicadores 
do Direito tenham que renovar seus conceitos. (GIMENES, 2013, p 14). 
 
No ano de 2012 duas leis que tratam de crimes virtuais foram sancionadas, 
alterando o Código Penal e aplicando sanções. A primeira é a lei 12.737/2012 – 
popularmente conhecida como lei Carolina Dieckeman, que vai tratar de assuntos 
como invadir computador, violar dados, divulgar informações, roubar senhas, como 
está previsto no Código Penal, artigo 154-A e 298.. 
 
O Código Penal, em seu artigo 154 – A, diz: 
Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de 
computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e 
com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem 
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar 
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, e multa. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
 
 § 1
o
 Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou 
difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a 
prática da conduta definida no caput. 
 § 2
o
 Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta 
prejuízo econômico. 
§ 3
o
 Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações 
eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações 
sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do 
dispositivo invadido: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa, se a conduta não constitui crime mais grave. 
§ 4
o
 Na hipótese do § 3
o
, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver 
divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos 
dados ou informações obtidos. 
§ 5
o
 Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado 
contra: I - Presidente da República, governadores e prefeitos; II - Presidente 
do Supremo Tribunal Federal; III - Presidente da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou IV - dirigente 
máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do 
Distrito Federal. 
 
O mesmo Código em seu Artigo 298, diz: 
Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento 
particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento 
particular o cartão de crédito ou débito. 
 
 Tem a Lei 12.735/12 conhecida como Marco Digital. Essa é a lei que determina a 
instalação de delegacias especializadas. Vai regular direitos e deveres dos 
internautas e proteger seus dados e a sua privacidade. Vai dizer que a quebra de 
dados e informações particulares existentes em sites e redes sociais só pode ocorrer 
mediante ordem judicial. Traz a possibilidade de retirar o conteúdo do ar, 
obviamente, com autorização judicial, exceto se for o caso de pornografia de 
vingança, neste caso a vítima pode solicitar diretamente aos sites, onde está este 
conteúdo, que o retire. A competência, nos termos do artigo 70 do Código de 
Processo Penal, será onde houve a consumação do delito, dessa forma, independe 
onde estava o provedor de acesso. Já atos que atinjam bens, interesse ou serviço 
da União ou de suas empresas autárquicas ou públicas, a competência é da Justiça 
Federal, assim como crimesprevistos em convenções internacionais (tráfico, tortura, 
moeda falsa e outros). 
 
Por fim no ano de 2018, foi sancionada a Lei 13.709/2018, conhecida como Lei 
Geral de Proteção dos Dados Pessoais (LGPD), que entrará em vigor a partir de 
 
agosto de 2020. Tendo como principal objetivo o uso, a transferência e a proteção 
de dados, que as empresas possuem e a garantia quando se tratar de informações 
pessoais, consideradas sensíveis. O intuito é limitar às empresas para que sejam 
penalizadas caso tenham usado de forma errada, ou disponibilizado os dados 
pessoais de seus clientes. 
Com essa lei o usuário tem que permitir, de forma prévia e expressa, que a empresa 
utilize seus dados pessoais para fins específicos, estes devem ser explícitos 
também. Deixando claro o compromisso e a responsabilidade de cada parte. O 
usuário ainda pode modificar e excluir seus dados a qualquer momento. 
Dados pessoais são aqueles que permitem eu identificar a pessoa, como nome, 
endereço, apelido, e-mail, número de cartões. E os dados sensíveis são sexo, 
religião, biometria, posicionamento político, entre outras. 
A partir do momento que esta Lei entrar em vigor, será obrigatório para as empresas 
se adequarem as normas do LGPD, e em casa de descumprimento poderá sofrer 
graves sanções. 
 
 Além das Leis existentes, existem delegacias especializadas para tratar do tema em 
questão. 
 
De acordo com o Mestre em Ciências Criminais Maciel Colli: 
No Brasil, no âmbito da Policia Civil, já há, em sete estados delegacias 
especializadas na investigação de cibercrimes. São elas: a)Divisão de 
Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia (DICAT), da polícia Civil de 
Brasília, Distrito Federal; b) Núcleo de Repressão a Crimes Eletrônicos 
(NURECCEL), da Polícia Civil de Vitória, Espírito Santo; c) a Divisão de 
Repressão aos Cibercrimes (DRC) da Delegacia Estadual de Investigações 
Criminais (DEIC), da Polícia Civil de Goiânia, Goiás; d) a Delegacia 
Especializada de Repressão ao Crime Informático e Fraudes Eletrônicas 
(DERCIFE) da Polícia Civil de Belo Horizonte, Minas Gerais; e) Núcleo de 
Combate aos Cibercrimes (NUCIBER), da Plícia Civil de Curitiba, Paraná; f) 
a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil 
da cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; g)a 4ª Delegacia de Delitos 
Cometidos por Meios Eletrônicos (DIG/DEIC) da Polícia Civil da cidade de 
São Paulo, São Paulo. (COLLI, 2010, p 169). 
 
Existem sites especializados também em receber a denúncia, como o site Safernet 
(http://new.safernet.org.br/denuncie). Que é uma associação civil, sem fins 
lucrativos, que visa os Direitos Humanos, tem parceria com a Polícia Federal, 
Ministério Público Federal (MPF), Procuradoria Geral Federal, empresas como 
http://new.safernet.org.br/denuncie
 
Google, Facebook, Twitter. Fazendo cerca de 30.389 atendimentos e 4.131. 808 de 
denúncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 - Dados estatísticos 
 
Não precisa ser mestre no conhecido da segurança da cibernética para saber que se 
os criminosos quiserem eles vão dar um jeito de invadir e obter o que desejam, seja 
para vendas ou qualquer outro fim. O mestre em ciências criminais Maciel Colli, diz 
que das poucas certezas existentes no mundo virtual, uma delas é que não existe 
sistema impenetrável. 
 
As estatísticas apontam para esses crimes como uma nova economia que 
movimenta bilhões. 
 
De acordo com um relatório da Norton Cyber Security, em 2017 o Brasil passou a 
ser o segundo país com maior número de casos de crimes cibernéticos, afetando 
cerca de 62 milhões de pessoas e causando um prejuízo de US$ 22 bilhões. 
 
Segundo o site do STJ : ‘’Levantamento realizado por especialistas em Direito da 
internet mostra que atualmente existem mais de 17 mil decisões judiciais 
envolvendo problemas virtuais; em 2002 eram apenas 400 ’’. 
 
Conforme o jornal do comercio do Rio Grande do Sul, o Brasil é o terceiro país que 
mais recebe ataques cibernéticos, perdendo apenas para a China e os Estados 
Unidos. 
 
Isso ocorre devido ao grande número de pessoas conectadas à internet, 
principalmente através dos dispositivos móveis. Quanto mais as pessoas ficam 
conectadas mais expostas elas são. 
 
Segundo a revista Veja, o Brasil perde 10 bilhões de dólares por ano com os 
cibercrimes, de acordo com informações da McAfee. Estando entre os maiores 
centros de atividades virtuais ilícitas. As perdas das empresas brasileiras chegam a 
32,4 bilhões de reais por ano. E se comparado a um total produzido pela economia 
de um país, o cibercrime corresponderia ao 22º maior PIB do mundo, segundo o 
ranking do Fundo Monetário Internacional (FMI). 
 
 
De acordo com o diretor Jeferson Propheta da McAfee no Brasil, o cibercrime é uma 
segunda economia, se equiparado ao tráfico de drogas. Existem 45 mil ferramentas 
disponíveis da darkweb destinadas a ataques virtuais. Se existe a oferta, existe a 
demanda. 
 
A revista veja ainda acrescenta que o Brasil é um grande alvo por causa do grande 
volume de transações online que ele faz. 
 
Segundo a empresa de segurança digital RiskBased Security, 3.813 ataques foram 
reportados no primeiro semestre de 2019. É um aumento de 52% em relação ao 
mesmo período em 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pages.riskbasedsecurity.com/2019-midyear-data-breach-quickview-report
 
8 - CASO DESTAQUE 
 
No ano de 2019, o Brasil vivenciou o ataque de hackers ao celular de figuras 
públicas importantes, como o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, no 
período da operação conhecida como Lava Jato, no qual atuava como juiz. As 
conversas obtidas pelos hackers foram vazadas, podendo a operação ter sido 
comprometida. Hoje os suspeitos cumprem medidas cautelares. 
 
Em uma entrevista a um programa de televisão, um hacker chamado Daniel 
Nascimento, que já foi considerado um dos maiores hackers do Brasil, fez seu 
parecer sobre esta situação sofrida pelas autoridades. Segundo ele que hoje tem 30 
anos e que começou a hackear com 11 anos de idade, essas atividades estão 
apenas começando, e ainda vai longe, e que se a Polícia Federal não conseguir 
impedir, muitos deputados, senadores, autoridades, juízes e procuradores vão sofrer 
com isso, muito ainda será exposto Acredita ser mais de um hacker envolvido, e que 
a operação demorou cerca de 6 meses. 
 
Daniel ainda criticou a Polícia Federal, alegando que não são maliciosos, e que não 
possuem preparo o suficiente para investigar tais crimes, que vão sempre para o 
lado contrário. Acrescentou dizendo que a Polícia Federal é muito organizada é uma 
grande instituição em muitas coisas, mas quando se trata de hacker, nesse nível e 
nesse jeito, eles estão perdidos. 
 
Por fim disse que ajudaria a Policia em investigações, mas que para isso 
necessitaria de segurança e de liberdade para poder atuar e penetrar em sistemas, 
em dados e arquivos das pessoas. Atualmente Daniel atua como empresário e 
consultor de segurança digital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 - Conclusão 
 
Deixar de se conectar ninguém vai, a virtualização da realidade se expande, e existe 
uma simulação do mundo real, hoje se encontra salas virtuais, igrejas virtuais. Mas 
como tudo existe dois lados da moeda e uma foi à nova criminalidade, que 
necessitou e necessita de alterações na atuação policial e do Estado. 
 
Portanto, é evidente a necessidade de se preocupar cada vez mais com a 
cibersegurança, manter os internautas on-line e seguros é uma tarefa difícil, mas 
não impossível. 
 
Segundo Maciel Colli: 
A criação de divisões especializadas poderia ser um dos caminhos a serem 
seguidos para a resolução de algumas questões ligadas aos cibercrimes. A 
investigação desses delitos é, por excelência, uma atividade que requer um 
conhecimento especializado.(COLLI, 2010) 
 
Então criar delegacias especializadas é uma saída para o combate aos cibercrimes. 
Mas somente as delegacias não serão suficientes, precisam de leis específicas que 
não vão deixar brechas jurídicas. 
 
Além das delegacias e de leis específicas que tratem sobre esse tema, precisará de 
um conhecimento especializado, ou seja, de hackers. Pois somente um hacker 
conseguiria encontrar outro, seriam agentes capacitados para atuar. 
 
E como buscar esses hackers, como os encontrar? De acordo com Tulio Lima 
Vianna os criminosos virtuais possuem inteligência acima da média que é vista 
desde quando são crianças, sendo conhecidos como nerds. O incentivo e o preparo 
começarão na infância, instruindo as crianças, adolescentes que se envolvem nesse 
meio a seguir o caminho correto, e ser um hacker que ajuda o seu país, claro, que 
tudo dependerá do apoio dos responsáveis que são seus representantes legais. 
 
De acordo com Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) é 
necessária uma capacitação para aprimorar a investigação, o rastreamento de 
criptomoedas como parte das investigações financeiras, assim como o uso de 
software para detectar o abuso on-line e perseguir os agressores. 
 
 
Não existe uma única maneira de combater, nenhuma fórmula mágica, é uma 
cooperação de todos, as empresas e cada indivíduo podem auxiliar muito nesse 
processo. Se prevenindo. A prevenção é sempre a melhor escolha, assim, deve-se 
evitar usar redes públicas, evitar ter a mesma senha para tudo e muda-la 
constantemente, não instalar nenhum software sem ter a certeza da procedência, 
não abrir e-mail desconhecidos. 
 
A cooperação também acontecerá no âmbito internacional, que precisará criar uma 
rede de combate a esta criminalidade, havendo uma conexão entre os países. A 
atuação investigativa de cibercrimes tem como principal representante a Interpol, e 
no Brasil a Polícia Federal é a principal responsável. 
 
Conseguir neutralizar os cibercrimes além de diminuir o número de crimes, pode 
ajudar a salvar vidas, a disseminar a paz, a prosperidade, a esperança de dias 
melhores. Reforçar a capacidade de aplicação da lei e ter alianças entre as 
empresas, os indivíduos, os Estados, as Nações, é uma forma de buscas soluções, 
e assegurar que todos naveguem de forma segura, sem medos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARTIGO: Atuando para deter o cibercrime. Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/artigo-atuando-para-deter-o-cibercrime/. Acessado em 
19/03/2020. 
 
AZEVEDO, J. C.; ISTOÉ, R. S.; SOUZA, C. H. M.; MARQUES, B. M.; AS 
Controvérsias da ética do auto de (info) para o cyber terror, controvérsias do eu – da 
(info) ética ao terror cibernético. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180717752015000300577&l
ang=pt. Acesso em: 15 maio 2019. 
Brasil perde US$ 10 bilhões por ano com cibercrime, diz McAfee. Disponível em: 
https://veja.abril.com.br/economia/brasil-perde-us-10-bilhoes-por-ano-com-
cibercrime-diz-mcafee/ . Acesso em 22 de março de 2020. 
BRASIL. DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Institui o Código 
Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del2848compilado.htm . Acesso em 20 de março de 2020. 
Brasil é o 3º em ranking de ataques cibernéticos. Disponível em: 
https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2019/02/672396-brasil-e-o-
3-em-ranking-de-ataques-ciberneticos.html. Acesso em 21 de março de 2020. 
Brasil é o segundo país no mundo com maior número de crimes cibernéticos. 
Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2018/02/15/brasil-e-o-
segundo-pais-no-mundo-com-maior-numero-de-crimes-ciberneticos.htm . Acesso em 
21 de março de 2020. 
Cibercrime. In: Canal Tech. Disponível em: canaltech.com.br/seguranca/O-que-e-
cibercrime/. Acesso em: 21 de novembro de 2019. 
Cibercrime. In: dicionário infopédia da Língua Portuguesa. Disponível em: 
www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/cibercrime. Acesso em: 21 de 
novembro de 2019. 
Cibercrime movimenta US$1,5 trilhão por ano, diz ONU. Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/cibercrime-movimenta-us15-trilhao-por-ano-diz-onu/. 
Acesso em 19 de março de 2020. 
Crimes digitais: quais são, quais leis os definem e como denunciar. Disponível em: 
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definem-e-como-denunciar/ Acesso em 20 de março de 2020. 
CRIMES digitais o que são como denunciar e quais leis tipificam como crime. CNJ. 
Disponível em: www.cnj.jus.br/noticias/cnj/87058-crimes-digitais-o-que-sao-como-
denunciar-e-quais-leis-tipificam-como-crime. Acesso em: 23 maio de 2019. 
https://nacoesunidas.org/artigo-atuando-para-deter-o-cibercrime/
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