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Programa de Pós-Graduação Odontologia e Saúde - FOUFBA Disciplina – Epidemiologia David Júnio De Oliveira Pôppe QUESTÕES NORTEADORAS Essas questões tratam dos principais conceitos abordados no capítulo 10 de Mota & Kerr (2012). Elas ajudarão a nortear sua leitura e provocar reflexões quanto a seu projeto de pesquisa. Medidas de mortalidade 1- Qual a utilidade e principal limitação dos valores absolutos na investigação epidemiológica? Quais medidas são alternativas aos valores absolutos? - Representar o número de pessoas acometidas de determinada doença ou agravo, ou falecidas. Sua aplicação na investigação e na descrição epidemiológica se restringe aos eventos localizados em tempo e espaço definidos, e dessa maneira não possibilita comparações temporais ou geográficas. Por este motivo, para comparar as frequências de morbidade e mortalidade será necessário transformá-las em valores relativos, ou seja, em numeradores de frações com denominadores fidedignos. As medidas são: diferença de risco, fração atribuível (somente expostos) e risco atribuível na população (exposta e não exposta). 2- Qual a principal fonte de dados para cálculo dos coeficientes de mortalidade? - Dados de óbitos registrado no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade); dados dos denominadores são obtidos de censos e estimativas populacionais do IBGE e do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos). 3- Diferencie coeficiente de mortalidade geral de mortalidade infantil. - Coeficiente de mortalidade geral representa a divisão do número total de óbitos por todas as causas, em um determinado ano, pela população daquele ano, registrados em uma determinada área e multiplicando por 1.000 (base referencial para a população exposta). Enquanto que o coeficiente de mortalidade infantil representa a divisão do número de óbitos de crianças menores de 1 ano registrados em um determinado ano, pelo numero de nascidos vivos naquele ano, em uma determinada área e multiplicando por 1.000. 4- O que se entende por coeficiente de letalidade? - Expressa o maior ou menor poder que tem uma doença ou agravo de provocar a morte das pessoas acometidas pela doença ou que sofreram agravos a saúde. É uma proporção aplicada para avaliar a gravidade de uma doença, considerando as variáveis idade, sexo, condições socioeconômicas da região onde ocorre, entre outras características de interesse. 5- O que indica a mortalidade infantil proporcional? - A mortalidade infantil proporcional está relacionada à mortalidade proporcional de outras faixas etárias. Ela é representada pela divisão do número de óbitos de crianças de até 1 ano de idade pelo total de óbitos, multiplicado por 100. Medidas de morbidade 6- Qual a importância das estatísticas de morbidade? Nesse sentido, pense um pouco sobre qual a importância da sua pesquisa como meio de sistematização de dados de morbidade. -Para assegurar as condições para tomada de decisões, apoiar ações específicas necessárias ao controle de um agravo ou doença, prevenir agravos a integridade física e planejar seguros de vida. Em síntese, controlam riscos, doenças e agravos, além de ser essenciais para análises epidemiológicas a fim de conhecer se há uma associação de causa e efeito. Com relação a minha pesquisa, conseguiremos atribuir um melhor diagnóstico precoce e uma melhor qualidade de vida aos pacientes com determinados carcinomas de glândulas salivares, por meio de marcadores específicos qualificados. 7-Com relação à prevalência, o que ela descreve na população, quais elementos podem influenciar a sua proporção e o que diferencia prevalência pontual de periódica. - Descreve a magnitude com que as doenças subsistem na população. A taxa de prevalência possibilita realizar comparações e análises do quadro sanitário de diferentes populações. Os elementos que influenciam a prevalência são os doentes novos, os doentes que imigram, as curas, os óbitos e os doentes que emigram. A prevalência pontual ou momentânea se dá pela frequência da doença ou pelo seu coeficiente em um ponto definido no tempo, seja o dia, a semana, o mês ou o ano, medindo a proporção da população que apresenta a doença no tempo considerado. Enquanto que a prevalência periódica abrange um lapso de tempo mais ou menos longo expressando o número total de casos de uma doença durante um período de tempo. 8- Com relação a incidência, qual ideia ela expressa na comunidade e quais as duas maneiras de obtenção do dado no numerador do coeficiente de incidência? - Traduz a noção da intensidade com que a morbidade ocorre em uma população, indica a rapidez com que os novos casos estão surgindo, e sendo diagnosticados, como resultado da dinâmica de ocorrência da doença na população, por unidade de tempo. A obtenção do dado pode ser como número de pessoas doentes e como frequência de eventos relacionado a doença. 9- Quais as situações em que é mais indicado o uso da taxa de incidência em relação à incidência cumulativa? - É mais indicado quando se considera que o indivíduo venha a morrer de outra doença no período definido. A incidência cumulativa é um indicador de importante aplicação na orientação aos indivíduos expostos quanto a uma situação potencial para ser acometido de uma doença ou sofrer um agravo especificado, tanto quanto se tornar útil na formulação, implementação e avaliação de programas de prevenção e controle de doenças. 10- Diferencie coeficiente de ataque de coeficiente de ataque secundário. - Coeficiente de ataque é quando se investiga os surtos e epidemias logo no momento da eclosão e durante sua evolução. Enquanto que o coeficiente de ataque secundário pretende medir a probabilidade de ocorrência da doença entre indivíduos suscetíveis conhecidos ou suspeitos, uma vez em contato com um caso primário.
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