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Relatório de Pesquisa- Preconceito Contra Negros

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1 
 
CENTRO EDUCACIONAL SESI-332 
 
 
 
 
DANIELE DE QUEIROZ SILVA 
RHAISSA CAMPOS DA MOTA 
 
 
 
 
 
 
PRECONCEITO CONTRA NEGROS 
O RACISMO PRESENTE NA ESCOLA E O QUE ISSO OCASIONA NA SAÚDE 
EMOCIONAL/MENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOITUVA 
2020 
 
2 
 
DANIELE DE QUEIROZ SILVA 
RHAISSA CAMPOS DA MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRECONCEITO CONTRA NEGROS 
O RACISMO PRESENTE NA ESCOLA E O QUE ISSO OCASIONA NA SAÚDE 
EMOCIONAL/MENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOITUVA 
2020 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro 
Educacional SESI-332, como um requisito de 
obtenção de conhecimentos. 
 
Orientadora: Prof. Fernanda das Dores Zaneti 
de Souza 
 
 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
Este trabalho visa contribuir para a conscientização a respeito do preconceito contra 
negros e concomitantemente relacionado com a saúde emocional/mental, através 
disso pode-se afirmar que 55% de negros autodeclarados já sofreram racismo e ainda 
passam por situações racistas. Atribuir palavras ofensivas a uma pessoa por ela ter 
uma origem diferente, ter uma cultura diferente, isso se trata de preconceito, mas 
especificamente quando se trata de negros, se chama racismo. Racismo e saúde 
mental, não são temas abordados em conjunto, mas possuem forte ligação, pois 
a intolerância prejudica a saúde do indivíduo que por diversas vezes não se tem uma 
atenção maior para ele, já que o mesmo sofre preconceito. Com a relação entre 
determinada doença e etnias como assim chamavam, eram “feitas associações entre 
características étnico-raciais e tipos de caráter, atribuindo-se certas formas de doença 
mental como típicas de determinadas etnias-raças” (SANTOS, SCHUMAN E 
MARTINS 2012, apud DAMASCENO, 2018, p.5). Portanto, nota-se tamanha 
importância abordada em questão, preconceito precisa-se ser extinguido, pelos 
prejuízos que ocasiona em que passa por determinada situação. 
 
Palavras-chaves: Racismo, Preconceito, Saúde Mental, Saúde Emocional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradecemos a Professora Fernanda, que nos ajudou e sempre que tínhamos 
dúvidas entre diversas outras questões a serem resolvidas nos apoiou, e nos 
incentivou para que pudéssemos realizar esse projeto, que para nós trouxe não só 
um conhecimento, mas sim um reconhecimento dos valores das pessoas em nosso 
mundo. Nós agradecemos o incentivo e apoio das mães, como a Arady Fernanda 
Campos da Mota e Lucilene Cavalcanti de Queiroz, que são mais que especiais em 
nossas vidas, assim como nossos pais Anderson Soncim da Mota e Alexandre 
Aparecido da Silva que acreditaram em nosso potencial para que fosse possível a 
realização desse trabalho. 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Você se lembra quando foi racista 
com uma preta ou um preto? Não 
precisa contar pra ninguém. Só tente 
não repetir” (SANTANA, Bianca, 2016, 
p.94) 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................7 
2. ORIGEM DO RACISMO.........................................................................................9 
2.1. Conceito e Raízes do Racismo........................................................................9 
2.2. Estatísticas que mostram o nível de desigualdade entre negros e 
brancos..........................................................................................................10 
2.3. Entendendo o Racismo e a população negra no Brasil...................................11 
2.4. Saúde mental/emocional relacionada com o racismo.....................................12 
2.5. Racismo na escola.........................................................................................13 
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................14 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O racismo existe desde o surgimento de relações interpessoais de poder sobre uma 
pessoa, sendo, portanto, tal ato relatado posteriormente como preconceito, 
determinam esse prejulgamento não só por riquezas financeiras, mas também por 
aspectos físicos e culturais que validam esse chamado racismo. Atualmente ainda se 
vê a sua presença na sociedade, mesmo com diversas conquistas, os negros se veem 
presos por algo do passado, na qual pessoas intituladas brancas dirigem-se ofensas 
que por sua vez ocasiona uma prisão emocional neste indivíduo. 
O preconceito da superioridade de uma pessoa sobre outra, gera opressão, violência 
e principalmente afeta a saúde mental do cidadão, que perante isso sente-se 
injustiçado. O começo disso na escola, se deve ao fato de as crianças refletirem os 
conceitos que os adultos colocam, sendo eles contudo atitudes racistas e 
preconceituosas, uma análise do racismo demonstra que mais da metade de negros 
sofreram alguma violência por ser apenas negro, é uma realidade para vida de muitos 
deles. 
Esse racismo integrado estruturalmente traz ao entendimento que desde a infância, 
há a presença desse preconceito enraizado em ações e atitudes que tomam, por que 
o preconceito racial está ligado com a saúde mental/emocional prejudicada? Por meio 
deste questionamento a principal resposta seria que a pessoa que sofre esse racismo 
passa a se sentir mal, e com mais e mais atitudes racistas perante ela, faz com que 
a mesma desenvolva transtornos mentais em função disso. 
Contudo, o objetivo que se traz, procurar descobrir e analisar o racismo para que 
tenha se como consequência o entender, o compreender, e o buscar extinguir todos 
os prejuízos a saúde de quem passa e sofre por uma situação racista, procurando 
intervir indiretamente em pensamentos racistas, quebrando parâmetros que definem 
o preconceito como algo inexistente, como algo que “não tem nada a ver”, pois 
sabemos que isso existe e muito mais ainda está sendo praticado fisicamente, porém 
verbalmente também. 
Esse tema tem uma importância devidamente vasta visto que grande percentual da 
população de nosso país é negra, o prejulgamento é algo que vem sido tratado em 
8 
 
abundância nesses tempos de pandemia, devido ao aumento nos números de vítimas 
negras que morreram, mesmo sendo inocentes, pode-se citar um exemplo como 
George Floyd. Portanto o racismo ainda está empregado na sociedade, e combatê-lo 
é necessário visando que por ele milhares de pessoas sofrem ao longo dos dias. 
O racismo é um conjunto de crenças e teorias que estabelecem uma hierarquia entre 
uma etnia, sendo definida como superioridade racial em que um se acha mais 
superior ou até mesmo melhor que o outro de acordo com sua cor de pele. Essa 
discriminação se deve a longa escravidão dos negros pela elite europeia, que 
concluíam que os negros nasceram para serem empregados, esse pensamento então 
constituindo o racismo que até hoje está enraizado na mente de variedades de 
cidadãos. 
A discriminação racial causa a exclusão e distinção do negro em meio as relações 
sociais, pois o mesmo considerado por muitos inferiores, o racismo está presente em 
boa parte das instituições sendo elas: escola, trabalho, política, entre diversas outras, 
esse fator se deve por ser algo estrutural, ou seja, não apenas uma ação isolada, mas 
sim sendo estruturado em uma agremiação, desde seu fundamento. Segundo as 
pesquisas, o homicídio de jovens negros de 18 a 25 foi 134% maior que o número de 
brancos, isto se aplica a partir do racismo, que define negros como sendo uma classe 
marginalista. 
Os dados foram coletados por meio da pesquisa em sites, artigos especificados na 
enunciação do preconceito contra negros, dos quais procuram trazer informações 
verídicas acercada tese estipulada, relatando os dados encontrados como meio 
justificativo para tratar a pergunta em questão. Utilizando meios tecnológicos como 
computadores, celulares, livros, artigos, filmes e músicas, sendo principais fontes 
para o auxílio do argumento e cientificismo para que haja a realização deste projeto. 
 
 
 
 
 
9 
 
 
2. ORIGEM DO RACISMO 
Os povos europeus dominaram a navegação e iniciaram, ainda no século XV, 
um movimento de expansão marítima que os levou a outros continentes. O 
contato de europeus com asiáticos e africanos já existia, e o modo de enxergar 
outros povos não brancos e de cultura não europeia como inferiores, também. A 
chegada dos europeus ao continente americano resultou num modo totalmente 
cruel de enxergar aqueles “diferentes” deles e totalmente desprovidos de traços 
culturais brancos. Como se não bastasse, os europeus iniciaram um processo de 
captura de africanos para que trabalhassem como escravos em sua “nova 
empresa”. 
Ao enxergar outros povos como inferiores, os europeus os travavam como 
animais ou até como objetos. Esse primeiro movimento de investida da Europa 
sobre outras terras ficou conhecido como colonialismo. Para justificar a 
dominação, os europeus utilizavam a concepção de que os povos pagãos viviam 
no pecado e precisavam da religião europeia para se desenvolverem 
espiritualmente. A mentalidade religiosa de dois ou três séculos antes já não era 
suficiente para justifica a partilha de terras africanas e asiáticas entre os 
europeus. 
Com isso, a antropologia surge como uma ciência capaz de fornecer um aparato 
intelectual que justificasse a dominação cultural e territorial dos povos habitantes 
dos novos territórios por parte dos europeus. Dessa maneira, com uma visão 
etnocentrismo, eles consideraram a cultura e a raça europeia como superiores, 
deixando como resquício o racismo que perdura em nossa sociedade até os dias 
de hoje. 
 
2.1 CONCEITO E RAÍZES DO RACISMO 
Existem diferenças entre os termos racismo e preconceito. O preconceito, na raiz 
da palavra, é a formulação de um conceito sobre algo sem antes conhecer. O 
preconceito, por exemplo, pode ser julgar que um alimento é ruim por seu 
aspecto físico. Quando o preconceito é motivado pela cor da pele de uma 
10 
 
pessoa, passa a ser considerado racismo. O racismo é, portanto, uma forma de 
julgar uma pessoa cruelmente ou achar que ela é inferior simplesmente por sua 
cor ser “diferente”. Este tipo de preconceito ainda atinge uma grande parcela da 
população mundial. 
Se olharmos para o passado do racismo notaremos que suas raízes são tão 
profundas, que por mais que tentemos quebrar esse tabu, não deixa de ser algo 
preocupante. As principais causas do racismo são a intolerância, a falta de 
educação, a falta de empatia e a irresponsabilidade de pessoas que não aceitam 
as diversidades e não respeitam a diferença, julgando outras pessoas que sejam 
“diferentes” delas na cor da pele, na forma do cabelo e em muitos outros 
aspectos. 
Conforme definição do Artigo 1º do Estatuto da Igualdade Racial: 
“Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou 
preferência baseada em raça, cor, descendência, origem nacional ou étnica que 
tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em 
igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos 
campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida 
pública ou privada” 
2.2. ESTATÍSTICAS QUE MOSTRAM O NIVEL DE DESIGUALDADE ENTRE 
NEGROS E BRANCOS 
Os dados listados a seguir, tirados da Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílio, revelam a desigualdade social existente entre negros e brancos em 
nosso país: 
Brancos ganham, em média, R$ 2814 mensais, pardos ganham R$ 1606, e 
negros ganham R$ 1570, segundo uma pesquisa de 2017. 
Já uma outra pesquisa realizada em 2018, mostra que a taxa de desemprego 
entre negros e pardos é equivalente a 14,6% e 13,8%, sendo considerada a 
maior taxa de desemprego já que a geral não chegou a 12%. 
11 
 
Dados de uma pesquisa realizada em 2015 apontam que negros e pardos 
representam 54% da população brasileira. No entanto, eles representam 75% do 
grupo da população mais pobre e 1% da população mais rica. 
Entre negros e pardos, a taxa de analfabetismo gira em torno de 9,9%, enquanto 
entre brancos gira em torno de 4,2%. 
O percentual é 22,9% dos brancos com mais de 25 anos têm diploma de ensino 
superior, entre os negros e pardos, esse dado não chega em 10%. 
 
2.3. ENTENDENDO O RACISMO E A POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL 
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE o negro possui uma vida “um pouco” 
melhor do que no passado, pois passou a ter direitos como escola, saúde, 
emprego e uma moradia. Mas ainda sim existe o preconceito em várias partes 
do mundo de pessoas que acham que os negros merecem vidas inferiores as 
delas. O Brasil possui cerca de 52,5 % dos brasileiros corresponde a 
contingência de negros presentes, essa porcentagem só é menor se comparar 
com a África. 
O preconceito racial muitas vezes pode servir de pretexto para motivar 
agressões físicas ou verbais, além de causar dano moral e até perseguições, 
prisões injustas e até mesmo levando a morte pessoas inocentes, principalmente 
de negros. Segundo uma pesquisa publicada no jornal de São Paulo 75% das 
mortes negras são consequências de ações policiais. 
A escravidão acabou “unindo-se” à marginalização daquelas de pessoas negras 
que, sem ter o que comer e onde morar, foram viver nos morros, nos guetos e 
recorrer, muitas vezes, ao crime para sobreviver, o que acabou resultando na 
situação de exclusão que leva ao racismo nos dias atuais. 
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE o negro possui uma vida “um pouco” 
melhor do que no passado, pois passou a ter direitos como escola, saúde, 
emprego e uma moradia. Mas ainda sim existe o preconceito em várias partes do 
mundo de pessoas que acham que os negros merecem vidas inferiores as delas. 
O preconceito racial muitas vezes pode servir de pretexto para motivar agressões 
12 
 
físicas ou verbais, além de causar dano moral e até perseguições, prisões injustas 
e até mesmo levando a morte pessoas inocentes, principalmente de negros. De 
acordo com uma pesquisa publicada no jornal de São Paulo a taxa de homicídio 
de negros 
2.4. SAÚDE MENTAL/EMOCIONAL RELACIONADA COM O RACISMO 
Através das discriminações com o passar do tempo na infância, as crianças podem 
desenvolver o sentimento de inferioridade ou até mesmo de incapacidade, sendo de 
uma forma inconsciente, fazendo com que ela acredite não ser capaz de alcançar 
seus objetivos, e esse subconsciente fica cada vez mais fragilizados, pois 
diariamente há atos racistas, sendo, portanto, a forma com que essa pessoa passa 
a desenvolver uma doença mental pois sua saúde mental fica abalada. 
De acordo com uma pesquisa realizada, há 51,6% de negros que sofrem com algum 
TMC, enquanto apenas 37% de pessoas brancas possuem esses transtornos, um 
dos motivos primordiais se deve ao fator da bagagem cultural/histórica que carrega, 
o preconceito ininterrupto ocasiona isso, mas além desse fato, também existe em 
nossos hospitais racismos, que fazem com que o cidadão seja mal atendido ou talvez 
nem atendido. 
 Há barreiras em nossa saúde pública, no quesito hospitalar, o preconceito racial 
praticado dentro desse sistema recebe o nome de racismo institucional, podendo ser 
notado quando ocorre um atendimento inferior ao paciente ou quando não são 
prestadas as assistências médicas que se devem pela cor de pele daquele indivíduo. 
Com isso para reduzir esse tipo de discriminação o MS criou a Política Nacional de 
Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), que contribui estabelecendo objetivos, 
diretrizes e estratégias da gestão seja ela em diversos âmbitos. 
“A Política Nacional de Saúde Integral da População 
Negra (PNSIPN)é uma resposta do Ministério da 
Saúde às desigualdades em saúde que acometem 
esta população e o reconhecimento de que as suas 
condições de vida resultam de injustos processos 
sociais, culturais e econômicos presentes na história 
do País. (...) não há como negar que persiste ainda 
hoje, na nossa sociedade, um racismo silencioso e 
não declarado. A persistência desta situação ao longo 
13 
 
desses anos é facilmente observada na precocidade 
dos óbitos, nas altas taxas de mortalidade materna e 
infantil, na maior prevalência de doenças crônicas e 
infecciosas, bem como nos altos índices de violência 
urbana que incidem sobre a população negra. (...)”. 
Segundo MS. 
Portanto, a saúde integrada a população negra, tem tamanha importância, pois 
em concordância com isso existe o relato de Luciana Silvério que mestre em 
Ensino na saúde pela UFF, em sua pesquisa relata sobre a maior presença de 
negros em clínicas psiquiátricas, isso se deve pela sua exclusão social e 
também pelo racismo. Muitos deles acabam por não se considerar negros, pelo 
medo que lhe causa, não de sua cor, mas sim do que os outros vão fazer ou agir 
por meio dessa característica. 
 
 2.5. RACISMO NA ESCOLA 
Segundo PNAD, 4 em cada 10 estudantes negros no terminam o Ensino Médio, 
deve-se ao fato de haver o preconceito estrutural, fazendo com que esse aluno 
que sofre ataques racistas, seja por meio verbais ou não verbais venha a querer 
deixar o ensino escolar, de acordo com o IBGE, as escolas não só podem como 
devem contribuir para uma sociedade mais justas e igualitária., 
A falta de pessoas negras em imagens nos livros didáticos faz com que tal 
criança se sinta por sua vez deslocada, menos de 20% das imagens dos livros 
possuem negros, isso seria um agravante. Muitas crianças negras não recebem 
a atenção devida, a precariedade em ajudar esse aluno, que leva ofensas 
diariamente, pelo seu cabelo ou pela sua cor da pele, revela posteriormente 
traumas em esses estudantes fazendo com que eles venham a desenvolver 
transtornos mentais ou fique com a saúde mental/emocional desestabilizada. 
Segundo, Mano Brown (2002), “por você ser preto tem que ser duas vezes 
melhor”, essa frase reflete diretamente em como o racismo faz os negros terem 
que ser melhores em quesitos curriculares por exemplo, na qual ser melhor o 
garante um possível futuro, entrar em uma faculdade, conseguir um emprego, isso 
implica diretamente no desempenho do negro em relação a escola 
14 
 
3. CONCLUSÃO 
O tema escolhido foi o racismo, voltado diretamente para as salas de aula, pois neste 
ambiente é notado com maior frequência as raízes do racismo, sendo praticado 
inicialmente na infância, na qual procurando com este projeto fazer com que as 
crianças desde pequenas possam entender que a cor de uma pessoa ou suas origens 
não as tornam diferentes, sendo, portanto, o primeiro passo para que aos poucos 
esse tabu venha a ser quebrado. Como dito anteriormente inúmeras vidas negras são 
perdidas por conta do racismo, suas raízes se estenderam mais do que se era 
esperado e acabar com essa discriminação não é uma tarefa fácil, por isso foi 
escolhido esse assunto, pois se faz necessário a desconstrução do racismo, para que 
essas pessoas passem a ter uma maior inclusão em nossa sociedade e o direito de 
viverem dignamente sem serem olhados de uma forma diferente na rua ou que 
continuem a perderem suas vidas por serem “pré-julgados” por sua cor. 
Entendendo também que a saúde mental/emocional do indivíduo, venha a ser 
prejudicada pelos prejulgamentos feitos no ambiente escolar, como modo de 
combater esse mal, deve-se voltar a origem desse preconceito racial, e assim como 
qualquer outro mal, buscar minimizá-lo até não haver mais resquícios da presença 
dele na sociedade atual, sendo uma maneira a introdução de literatura de escritores 
negros como forma de socializar e cada vez mostrar através disso o preconceito racial 
é apenas um pensamento medíocre acerca de todos em meio a sociedade serem 
iguais. 
Como meio de conscientização e compreensão deste assunto, para realização do 
produto foi utilizado como auxílio este relatório e um produzido anteriormente e em 
fontes confiáveis da internet buscando informações que ajudassem mais no 
desenvolvimento do conhecimento. Foi concluído que o produto final seria a produção 
de um vídeo, que tem a finalidade de conscientizar os alunos e os responsáveis, 
procurando também mostrar o quanto a inclusão social é necessária, para que aos 
poucos as pessoas passem a ver que a cor de uma pessoa não a torna diferente e 
que por mais que não sejam todos negros deve-se contribuir para que se acabe o 
preconceito racial, visando a melhora na saúde mental/emocional dos mesmos e 
também uma sala de aula sem desigualdade. 
 
15 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DAMASCENO, Marizete Gouveia; ZANELLO, Valeska M. Loyola. Saúde Mental e 
Racismo Contra Negros: Produção Bibliográfica Brasileira dos Últimos Quinze 
Anos. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 38, n. 3, p. 450-464, set. 2018. Disponível 
em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141498932018000300450&
lng=pt&nrm=iso> Acesso em 07 ago. 2020. 
 
UOL. Negros representam 54% da população do país, mas são só 17 dos mais 
ricos. Disponível em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/12/04/negros-
representam-54-da-populacao-do-pais-mas-sao-so-17-dos-mais-ricos.htm. Acesso em 
28 ago. 2020 
 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS 
JURÍDICOS. LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989.. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7716.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%207.
716%2C%20DE%205%20DE%20JANEIRO%20DE%201989.&text=Define%20os%20cri
mes%20resultantes%20de,eu%20sanciono%20a%20seguinte%20Lei%3A&text=1%C2
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20de%20cor. Acesso em: 28 ago. 2020. 
 
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em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-27072010-
082636/publico/nunes_do.pdf. Acesso em: 29 jul. 2020. 
 
CARMO, Nádia Amaro do. O movimento negro e suas contribuições para a 
implementação do sistema de cotas raciais. UECE, 2018. Disponível 
em: http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/425-41963-
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Educação de Jovens e Adultos. Educadores dia a dia, 2009. Disponível 
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SANTANA, Bianca. Quando me descobri negra. 3 ed. SESI Editora, 2015 
Brown, Mano. A vida é desafio. São Paulo: Zimbabwe: 2002. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=PQin7NsK7SM. Acesso em: 17 out 2020 
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São Paulo, 2013. Disponível em: 
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/diversos/cd-saude-mental/racismo-e-
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IBGE mostra as cores da desigualdade, 2018. Disponível em: 
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/12/04/negros-representam-54-da-populacao-do-pais-mas-sao-so-17-dos-mais-ricos.htm
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