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APS - HENRI WALLON

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2
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO PSICOLOGIA
4º SEMESTRE
ANA JÚLIA SEVERGNINI ALVES
GABRIEL MARCOMINI DE ALMEIDA
NAIARA DE OLIVEIRA PEREIRA DA SILVA
THAINÁ NASCIMENTO DE CARVALHO
VANESSA APARECIDA LEAL DOS SANTOS
ESTÁGIOS DE HENRI WALLON
SÃO PAULO
2020
ANA JÚLIA SEVERGNINI ALVES
GABRIEL MARCOMINI DE ALMEIDA
NAIARA DE OLIVEIRA PEREIRA DA SILVA
THAINÁ NASCIMENTO DE CARVALHO
VANESSA APARECIDA LEAL DOS SANTOS
ESTÁGIOS DE HENRI WALLON
Trabalho apresentado à Universidade Paulista como parte dos requisitos para obtenção de menção na disciplina de Psicologia sócio- interacionista, sob a orientação da profa Dra. Suzan Iaki.
SÃO PAULO
2020
Dedicatória
Trabalho dedicado à Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1962) foi um psicólogo, filósofo, médico e político francês. Tornou-se conhecido por seu trabalho científico sobre a Psicologia do Desenvolvimento.
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, no dia 15 de junho de 1879. Seu avô foi o político Henri-Alexander Wallon. Em 1899, Wallon ingressou na Escola Normal Superior. Em 1902 formou-se em Filosofia. Em 1908 formou-se em Medicina. Entre 1908 e 1931 dedicou-se ao trabalho com crianças especiais, portadoras de deficiência Mental. Em 1914, serviu como médico na Primeira Guerra Mundial.
A partir de 1920, Wallon passou atuar como médico em instituições psiquiátricas. Foi convidado para organizar conferências sobre psicologia da criança, na Universidade de Sorbonne e em outras instituições superiores. Em 1927, foi nomeado diretor de estudos da École Pratique des Hautes Etudes. Criou o Laboratório de Psicologia do Centro Nacional de Pesquisa Científica. Em 1931, viajou para Moscou, onde integrou o Círculo da Rússia Nova. A proposta do grupo era aprofundar o estudo do materialismo dialético e examinar sua aplicação em várias áreas do conhecimento.
Estudioso do Marxismo, Wallon filiou-se ao partido comunista francês, em 1942, enquanto atuava na Resistência Francesa, lutando contra a ocupação nazista. Atuou também como professor do Departamento de Psicologia do College de France.  Durante 1941 a 1945 permaneceu na clandestinidade, retornando às atividades ao final da Segunda Guerra Mundial.
A partir de 1946, Wallon presidiu a seção francesa da Liga Internacional de Educação Nova, que congregava pedagogos, psicólogos e filósofos críticos do ensino tradicional. Presidiu esse grupo até 1962, ano de sua morte. Após a Segunda Guerra, foi convidado pelo governo francês para participar de uma comissão para restaurar o setor educacional da França.
RESUMO
O presente trabalho versa sobre uma reflexão das teorias estudadas este semestre sobre o desenvolvimento infantil, dando ênfase a um estágio em específico, o personalismo, assim utilizando HQ’s e o filme “Meu amigo totoro” como material de apoio e estudo, para maior inserção de conteúdo. Busca ainda apontar a importância da visão humanista e dialética de Wallon apontando sua relevância no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, conforme seus estudos sobre estágios do desenvolvimento humano e a teoria psicogenética.
Abstract
The present work deals with a reflection of the theories studied this semester on
child development, emphasizing a specific internship, personalism, thus using HQs and the film “My neighbourhood Totoro” as support and study material, for greater insertion of content. It also seeks to point out the importance of Wallon's humanistic and dialectical view by pointing out its relevance in the development of the teaching-learning process, according to his studies on human development stages and psychogenetic theory.
Sumário
1 INTRODUÇÃO	7
2 DESENVOLIMENTO	16
3 CONCLUSÃO	19
4 REFERÊNCIAS	20
 Introdução
1º O movimento, sendo um dos primeiros a se desenvolver, é o movimento que dá apoio a evolução dos outros campos funcionais. O movimento possibilita ás crianças situações que lhe proporcionarão aprendizado e é isso que fará a individualização entre a criança e o meio, ou seja, o movimento e as emoções, de forma complementar, ajudam no processo de formação do eu, sendo criado na criança um senso de particularização, de singularidade entre ela e o ambiente que a cerca.
2º A afetividade, é a fase mais primitiva do desenvolvimento, antecedendo a cognitividade. A afetividade, é entendido como um conjunto funcional que responde pelos estados de bem-estar e mal-estar, quando há respostas de estímulos do sujeito ao meio ou do meio ao sujeito. De acordo com Wallon, a afetividade abrange os dois lados, psicológicos e biológicos, onde o psicológico é representado pelos sentimentos e o biológico é representado pelas emoções. Das duas, a emoção é a mais destacada por Wallon. Afirmando que as mesmas correspondem após avaliação de atitudes uma determinada espécie de situação, considerando assim uma manifestação de ordem que afeta diretamente os batimentos cardíacos, a respiração e tônus muscular, ou seja, há uma resposta momentânea na musculatura.
3º A inteligência, segundo a teoria psicogenética de Wallon, o surgimento da inteligência está vinculado tanto a fatores biológicos como sociais. Daí a afirmação de que a “gênese da inteligência é genética e organicamente social”. Os fatores biológicos referem-se ás emoções que tem o papel de estabelecer uma relação imediata entre os indivíduos. Já os fatores sociais correspondem ao meio social onde é utilizado o sistema de símbolos e linguagem, ambos desenvolvidos mutuamente aumentando o poder de interpretação do indivíduo.
 4º A pessoa (Formação do eu), na concepção de Wallon, é um campo funcional ao mesmo tempo que se constitui dos outros campos como afetividade, ato motor e a inteligência. Num primeiro momento, as atividades cognitivas infantis não são claramente distintas. Nesse momento o bebê não se vê como um indivíduo único (diferenciado) ou seja, há uma intersecção do eu com o ambiente, logo o bebê confunde-se com o meio. Embora haja essa intersecção, o bebê não deixa de existir como ser social, assim podendo interpretar essa intersecção como uma espécie de simbiose.
 ESTÁGIO 1 – IMPULSIVO (0 a 3 meses) EMOCIONAL (3 meses a 1 ano) 
O início da vida de uma criança é totalmente dependente do externo, precisando de ajuda para interpretar e promover respostas às suas necessidades de sobrevivência. Adulto e criança criam relações recíprocas de comunicação e de natureza afetiva. 
O bebê passa por um estado de imersão social, um período sem delimitação entre o eu e o outro. Esse período sincrético-social acontece antes da formação da consciência do eu. Através da relação e interação, das respostas às suas necessidades, o bebê vai se diferenciando do seu meio, tomando consciência de si, diferenciando-se do outro. 
IMPULSIVIDADE MOTORA
As necessidades primárias fisiológicas já não são atendidas automaticamente como antes, essa espera, causa ansiedade e desconforto, sendo assim, responsável por descargas motoras, caracterizado por movimentos reflexos, com o intuito de finalizar o momento de tensão. 
Atividades da criança começa voltada a sensações internas, como viscerais e musculares, depois afetivas. Desenvolvendo sensibilidades interoceptiva, proprioceptiva, exteroceptiva. 
O movimento é de grande importância, através de gestos a criança se faz entender, representando seu mundo interno. 
EMOCIONAL
Adulto e criança constroem circuito de trocas, e. intensidade delas, constroem um campo emocional, assim gestos e atitudes se diferenciam mais de alegria, tristeza, dor. 
Gerou um canal de comunicação importante entre criança e seu meio, com troca afetiva, sem o intelecto. Movimentos corporais, sorriso e choro, estabelecem uma conexão entre bebê e os envolvidos, assim suprindo a ausência cognitiva. 
Uma relação profunda entre emoção e tônus. Segundo Wallon, tônus é caracterizado como a fonte da emoção, sendo assim, alterações emocionais condizem com alterações tônicas. 
Entregando-se a atividades repetitivas a criança possibilita importantes aprendizagens, dando sequência ao próximo estágio. Com o prazerpela repetição, a criança conhece mais a si e aos objetos.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO (por volta de 1 ano até 3 anos) 
Em razão do estágio anterior, com os estados emocionais, as ações emocionais/afetivas caracterizadas por movimentos, estabelecem uma ligação de causa e efeito, ocasionando que o outro atenda suas necessidades. Através das relações recíprocas, na simbiose afetiva com o meio, a criança permanece na indistinção entre ela e seu meio. 
Nesse estágio de desenvolvimento representa-se a exploração da realidade. Prevalece a atividade de manipulação, colocando a criança em contato o mundo físico, direcionada para uma dimensão mais objetiva, centrífugo. 
Com a manipulação de objetos, e movimentos do corpo recém realizados, a criança vai reproduzindo os mesmos movimentos causados por sensações, tentando chegar no mesmo efeito. 
Na atividade circular depende de uma coordenação dos campos motores e sensoriais. Diferenciando movimentos e os efeitos sensoriais, a criança torna sua atividade mais organizada e planejada. 
Com a novidade do andar e da linguagem, a criança vai adquirindo independência, explorando e modificando objetos do espaço, podendo se locomover de um lado para outro, diferenciando os objetos e os nomeados conforme seus significados. Andar ajuda a criança a ampliar sua liberdade, a linguagem contribui na atividade intelectual prática e poder nomear possibilita a distinção e agrupamento de objetos, são conquistas de suma importância. 
A criança passa a ter noção do objeto, sem necessariamente precisar que ele esteja presente, elaborando seu pensamento. Na atividade projetiva, com jogos e histórias infantis, dão suporte para que a criança crie pela ação motora, formar pensamentos.
Há dois movimentos projetivos, que contribuem para a atividade mental: a imitação e o simulacro. A imitação é ocasionada por um modelo exterior, inicialmente afetiva, a criança reproduz movimentos de pessoas que a agrada, logo se libertando da afetividade, começando a dominar então seus movimentos, possibilitando a imitação do que escolher ao seu redor. Saindo da imitação espontânea, o desdobramento sobrepõe o imediatismo, tomando consciência de si e do mundo, e assim dando sequência ao próximo estágio, personalismo. No simulacro, com o exercício ideomotor, ou seja, pensamento apoiado em gestos, utilizando gestos para representar objetos que não estão de fato presentes. O simulacro permite a criança caminhar no âmbito da ficção, invenção e criação. 
No período animista, a criança atribui vida a uma parte do corpo, ela se diverte com isso, mas compreende a autonomia de cada parte do corpo. 
Para a identificação do eu corporal, ela precisa entender a relação entre seu eu e sua imagem. A partir dos 2 anos de idade, a criança compreende sua imagem refletida no espelho, isto é, avanço cognitivo. 
ESTÁGIO DO PERSONALISMO (entre 3 a 6 anos) 
Assim como o nome introduz, esse estágio está direcionado para a pessoa, na criação da personalidade. 
A consciência do próprio corpo é essencial, para consciência de si, e assim diferenciando eu-outro. 
Sucessivamente, a criança vai se entendendo como sujeito social que busca se diferenciar, saindo então da massa indiscriminada. Entrando no estado de afirmação, de conquistar sua autonomia, o que lhe causa conflitos. 
Na psicogenética walloniana, é necessário entender a pessoa a partir da integração da inteligência, da afetividade e do ato motor. 
Uma alternância de função acaba sendo ponto de partida de um novo estágio, evoluindo o desenvolvimento da criança, que se modificam de acordo a idade. 
Essa formação da pessoa é interposto por conflitos e conquistas. A crise mais notável é a da puberdade. 
No personalismo, antes a criança referia a si próprio em terceira pessoa, e passa a fazer uso de pronome pessoal na primeira pessoa: “eu”, evoluindo na linguagem, mas também no processo de afirmação e diferenciação. 
Personalismo é estabelecido por três diferentes fases: oposição, sedução e imitação. Com 3 anos, começa a crise de oposição ao outro. Uma crise intensa, sem motivo, com o intuito da afirmação de si, se diferenciando em relação ao outro. 
Contradizer/confrontar, causa prazer na criança, pois ela está experimentando sua independência. Wallon classificou isso, como fase de recusa e reivindicação. Utilizado para tornar seu ponto de vista exclusivo, esse movimento de oposição representado por confronto. 
Percebemos a diferenciação do eu do outro, com objetos, crianças se manifestando na forma do meu e do teu, demonstrando posse. Esse movimento de propriedade é por sentimento de competição. E essa competição não é só apropriação do objeto, mas também afirmação de si. A criança se sente frustrada, caso seu objeto é dado sem seu consentimento. 
Mesmo tendo noção do direito do outro, a criança tenta obter vantagem, sabe que o objeto emprestado, é momentâneo, porém ao mesmo tempo, é capaz de fazer manhã, simula uma situação, para conseguir algo, como quando empresta seus brinquedos, para poder usufruir do brinquedo do colega. Sendo capaz de mentir, para conseguir o que deseja, não empresta brinquedos por ciúmes, sendo possível passar pelo ciúme, se admira a pessoa. Mas também é capaz de beneficiar outra criança. 
Criança diferencia suas fantasias da realidade, e gosta de fazer essa mistura em suas brincadeiras, como quando está brincando de casinha, e serve água, simbolizando o chá. 
Após a oposição, vem a fase da sedução, a idade da graça. Agora a criança sente a necessidade de agradar, que os outros a admirem, e com isso ela passa a se admirar. Maneirismo e falta de habilidade alternam-se, o que também é fonte de divertimento. 
Com a maturação motora, a criança demonstra habilidade motora, exibindo movimentos com perfeição. Para obter atenção, a criança mostra suas habilidades, que sabe que agrada, para ser admirada. 
Deixa de se negar a fazer a pedidos, e passa a usar um tom sedutor, obtendo assim apoio, fazendo valer seus talentos, para alcançar satisfação narcísica. 
A criança sabe que se amostrando, pode obter sucesso ou fracasso. E assim a vontade de ser admirada por quem ela admira, acompanha conflitos e inquietações, quando sua expectativa não é correspondida. Um estado mal distinguido da sensibilidade, apresenta ciúme bem específico. Podendo não aceitar muito bem o nascimento de um irmãozinho, isso pode causar sofrimento e precisa ser notado pelos pais. Frustrações nessa fase, se não forem bem resolvidas, podem marcar muito seu comportamento. 
Imitação, terceira fase, a criança imita quem ela admira, na intenção de obter suas habilidades. A criança não se contenta mais com suas habilidades, e passa a cobiçar habilidades dos outros, os fazendo de modelos, isto é, esforço de substituição pessoal por imitação. Fazendo da imitação, um personagem. 
A incorporação do outro, é um movimento de interiorização e exteriorização, o que possibilita copiar e assimilar habilidades.
A criança já não procura mais só admiradores, mas modelos. Imitações auxiliam suas primeiras aprendizagens, abrindo espaço pra criatividade. 
Na teoria walloniana, a imitação passa por graus de evolução, em decorrer de cada estágio. 
Na estrutura familiar, a criança aprende a se situar, se tornando elemento fixo, mesmo sendo ligada à família, busca por sua independência, sendo possível ter conflitos, por ações de oposição e de afirmação de si para os outros. 
Esse estágio é definido por um forte trabalho afetivo e moral. A criança entende sobre o que deve ser uma vida secreta, sabendo ocultar sentimentos e comportamentos que possivelmente seria desaprovado pelo adulto, assim como o ciúme. 
Meio escolar é fundamental para o desenvolvimento, sendo diversificado e oferecendo oportunidades novas. A pré-escola prepara para o próximo estágio de desenvolvimento, podendo minimizar a influência da família, possibilitando a interação com outras crianças da mesma idade. É essencial que o professor estabeleça uma relação de ordem pessoal. 
A escola ajuda na criação de grupos, que iniciam as práticas sociais,auxiliando no desenvolvimento, sendo importante também na construção do seu eu, e conhecendo o que pode ter. 
Relações da criança com pessoas de seu meio são visíveis por influências recíprocas. A diferenciação do eu e do outro, decorre de um desdobramento íntimo, entre dois estados interdependentes e antagônicos: um afirma a identidade de si, o outro expulsa essa identidade para poder confirmá-la. 
Em favor da consciência de si, ocorre uma bipartição íntima entre o eu e o outro, caracterizado por outro eu, outro interior, definido socius, uma união interior de um duplo eu, classificado também como álter. Tem como objetivo intermediar o mundo interior e exterior, sendo o conselheiro, censor, e até mesmo espião. A criança passa por diferentes fases, na intenção maior da individualização perante seu ambiente. Sendo possível também a evolução no campo cognitivo e motor, em razão da reciprocidade nas relações. A criança passa a não reagir somente as impressões atuais, mas as lembranças. 
Nesse estágio, o pensamento infantil ainda possui o sincretismo de índole contraditória, porém as relações afetivas prevalecem sobre a lógica. O estímulo controlando o sujeito. 
A consciência de si, nesse estágio, promove a diminuição o sincretismo, abrindo espaço para novas conquistas do próximo estágio. 
ESTÁGIO CATEGORIAL (entre 6 a 11 anos) 
Esse estágio será muito diferente do personalismo. No anterior a afetividade auxilia no desenvolvimento e na constituição psíquica do eu. 
No categorial, ela entende a denominação os objetos familiares, e separa-os de si próprio, entendendo a existência do objeto, livre de sua presença, objetos perdidos, podem ser encontrados. 
Fase de evolução mental e estabilidade relativa, evoluindo sucessivamente. O desenvolvimento do campo afetivo e motor prossegue, mas o comportamento é marcado pelo desenvolvimento intelectual. 
A atenção é uma capacidade marcante nesse estágio, agora a criança passa mais tempo concentrada em uma mesma atividade. 
Na escola participando de diferentes grupos, exercendo diferentes atividades, promove muita individualização. 
Categorial é marcado por duas etapas, uma pré-categorial ainda possui sincretismo, a outra categorial, onde a criança utiliza categorias para classificar a realidade. No pré-categorial tem o pensamento discursivo, a criança pensa por pares, assim não diferencia fato é causa, não separa a qualidade do objeto, então o pensando é limitado por contradições. 
No pensamento categorial o sincretismo reduz, a evolução do pensamento, vai permitindo o poder de discriminação. Agora diferencia o que é mito, realidade, aprende a agrupar, comparar. E sucessivamente melhora em categorizar, sabendo identificar, analisar, diferenciar, classificar, seu pensamento já se organiza em relação a tempo, espaço, causa. 
A escola potencializa habilidades, mas a criança ainda mais ser estimula, e participar de grupos novos, participando de competição, trabalho em grupo, divisão de tarefas. É essencial o adulto suprir as necessidades infantis, com o equilíbrio afetivo, a criança lidará melhor com as crises do próximo estágio. 
ESTÁGIO DA PUBERDADE E DA ADOLESCÊNCIA (a partir dos 11 anos)
Nesse estágio o equilíbrio é rompido e a crise da puberdade instalada, área cognitiva, motora, afetiva, tudo entra em crise, o que caracteriza o caminho da infância para a adolescência. Para Wallon, a puberdade é um fato biológico e está ligado ao psicológico e social do desenvolvimento. Alterações fisiológicas acontecem, em favor do amadurecimento sexual, mudanças corporais, agora possuem a função reprodutora. Feminino sendo mais precoce que masculino. 
Os jovens passam a utilizar muito mais o espelho, atentos as mudanças no rosto e corpo. Tendo que se reorganizar no esquema corporal. 
Voltam com funções afetivas, se colocando em primeiro plano. Com a vida afetiva intensa, trás o desequilibro interior. Possuindo atração pelo sexo oposto, por vezes procurando encontrar alguém que te complete.
A representatividade mental é tanta, que se torna difícil separar o real, e o imaginário. Já no comportamento exterior, adquire vaidade, querendo atrair atenção. 
As diferenças de sentimentos e atitudes, trás desejos de conquista, surpreender, aventura, independência. 
O espírito de responsabilidade precisa ser desenvolvido nesse estágio. 
O grupo auxilia nas práticas sociais, sem disputas entre membros. 
Existe uma oposição, com costumes familiares e hábitos infantis. E possuem argumentos intelectuais, adquirido no estágio categorial. 
É essencial que o jovem seja ouvido, respeitado, obtenha atenção. 
Necessidade de autorreflexão e de discussões calorosas, com familiares e amigos. 
Questionar sobre quem é, e sobre seu papel, demonstra interesse por si próprio. Em relações com grupo, o jovem deseja estar entre jovens da mesma idade, e assim vai se identificando e se diferenciando. 
Cada vez mais distante da infância e mais próximo da vida adulta, percebendo as possibilidades do futuro. Tomando consciência do abstrato e assim tendo noção de lei. 
Henri Paul Hyacinthe Wallon 1879-1962) foi um psicólogo, filósofo, médico e político francês. Tornou-se conhecido por seu trabalho científico sobre a Psicologia do Desenvolvimento.
 Na intenção de explicar o desenvolvimento cognitivo da criança, Wallon criou o conceito de “campos funcionais” que seriam categorias de atividades cognitivas especificas, na concepção de Wallon, existe quatro campos funcionais. 
1. Filme ‘meu amigo totoro’ e o Personalismo de Wallon
O filme escolhido para associação ao personalismo foi o "meu amigo totoro". O filme mostra o processo de exploração e construção de subjetividade da criança. 
Como o estágio do personalismo, a fantasia tem um papel fundamental para a criação da personalidade de uma criança, a configuração do mundo interno subjetivo é produto direto da criatividade. 
Segundo wallon (1879- 1962), para que a criança adquira a personalidade ela precisa passar por essas etapas para que se unifique suas partes. Sendo a consciência corporal a condição para que a criança obtenha a consciência de si, para o processo de diferenciação eu/outro ser compreendida como constituição da criança. 
Em certa parte do filme, as duas irmãs acabam se desentendendo quando precisam avisar ao pai que o hospital entrou em contato, pois a mãe que deveria voltar para cada acabou piorando o quadro da doença, o pai é avisado e nisso Satsuki é auxiliada pelo totoro a encontrar a Mei que estava perdida. De acordo com Wallon, chamado de recusa é reivindicação, assim assume características de negatividade e confronto, onde a criança simula uma coisa para conseguir o que quer.
Sendo assim, as atividades lúdicas são formas em que as crianças se apropriam da realidade enquanto recriam o mundo exterior usando a fantasia e acabam alcançando um melhor desenvolvimento de personalidade, refletindo assim, em todas as fases da vida.
O estágio é marcado pela formação dos aspectos pessoais da criança, ou seja, da sua personalidade e da autoconsciência, a criança tende a apresentar a crise negativista e acaba por se opor sistematicamente ao adulto, como por exemplo no filme quando ocorre a piora da saúde de sua mãe e as impede de ir para a nova casa, as duas meninas ficam desesperadas. Mei desaparece, decidida a ir sozinha até o hospital, nesse momento ela afirma a construção do eu e forma seu ponto de vista pessoal dominante, sendo assim ela se diferencia do outro, ocorre se um movimento exclusivo de oposição ao outro assume características de confronto e negatividade. A criança inicia a consciência de diferenciação do outro, e por este motivo, tem o prazer de confrontar e contradizer as outras pessoas do seu ambiente. A perseverança e a instabilidade são manifestações da atenção infantil no estágio personalista assim podemos perceber quando, uma busca para encontrá-la é organizada e Satsuki corre pelas estradas por onde sua irmãzinha poderia ter seguido, e pergunta as pessoas que encontra se viram a menina, porém sem sucesso.
De acordocom Wallon, é nesse estágio que ocorre a crise de personalidade que atesta a afirmação do Eu como diferente do Outro, por meio das relações de oposição (expulsão do Outro), de sedução (assimilação do Outro) e de imitação (o Outro como modelo). Período marcado pelo início da vida escolar, ao qual onde ocorre maior dedicação as tarefas, a capacidade conceitual também é adquirida, como podemos perceber no filme; a personagem Satsuki começa a frequentar a escola local, e também cuida dos afazeres domésticos, seu mundo interno é marcado por sonhos e fantasias como visivelmente no filme quando as duas irmãs começam a entrar em contato com os seres mágicos que habitam o lugar: no primeiro dia de mudança, Mei é assustada pelos "Dustbunnies" - bolas de poeira que ocupam casas abandonadas, e fogem quando os novos donos chegam. Ela tenta pegar um deles para mostrar aos adultos na casa, porém a criatura se torna apenas poeira em suas mãos. Fase de contraste do interno com externo marcada por símbolos e o desenvolvimento da inteligência. Inovação de experiências e percepções fazem a criança ter uma nova discriminação, objetos e os acontecimentos. Para Wallon é extremamente importante o papel da criança na família, para ele os pais compreendendo seu papel e seu lugar dentre o ambiente familiar é fundamental para seu desenvolvimento juntamente com a escola, essa convivência tem uma função muito importante e a prepara para o próximo período, a relação de ordem pessoal faz toda diferença para a criança, podemos assimilar no trecho do filme quando Satsuki e seu pai não acreditam no encontro com o Totoro, Mei é encontrada dormindo no bosque próximo à casa, e eles acham que ela apenas sonhou com essa aventura. Mas ambos terminam animando a menina, e lhe falam de que ela deve ter encontrado um espírito protetor da floresta. 
A predominância funcional é afetiva (relações afetivas) e o conflito é de natureza endógena (centrípeta). Período de formação da personalidade, marcado por conflitos e crises. Nessa fase, a afetividade que é simbólica incorpora os recursos intelectuais (principalmente a linguagem) e se exprime por palavras e ideias. São características desse estágio: atividades de oposição; atividades de sedução (idade da graça); atividades de imitação; discriminação “eu e o outro”; uso da 1ª pessoa para referir-se a si mesmo: eu, meu, não; desaparecimento gradativo dos diálogos que tem consigo mesma. Há a ocorrência de conflitos pessoais: oposição ao não eu (confrontos = ciúmes, tirania, agressividade). Disputa de brinquedos: desejo de propriedade conta mais do que o próprio objeto (sentimento de posse). Portanto, há a expulsão e a incorporação do outro, ou seja, movimentos complementares e alternantes no processo de formação do “eu” 
De acordo com Wallon o desenvolvimento iniciasse a partir do período da vida intra uterina; e a dependência biológica do organismo materno, já se faz presente no meio social. A fase do personalismo é a fase ao qual a criança se descobre diferente do adulto e das outras crianças e estabelece relações com o mundo, ocorre o predomínio da afetividade, a criança é afetada por tudo, se emociona e se sensibiliza, se volta para o autoconhecimento e para si, as experiências vividas aprimora as respostas quanto as emoções e seus sentimentos. Fase caracterizada pelo ciúme, onde a criança quer ser exclusiva ser o centro das atenções. Tem características marcantes como; crise da oposição, insiste em dizer não, uso do pronome eu para identificação, narcisismo e da graça, sabe seduzir, agradar, convencer, representa papeis, imitação. 
 
CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados ,conclui-se que o estágio escolhido retrata sobre o desenvolvimento da personalidade da criança nestas idades que a criança chega com aspectos de se conhecer descobrir-se a cada dia suas vontades e com interações com o outro saber que não é igual ao outro individuo, mas com suas próprias características viver no meio social ,construindo sua própria personalidade .
O personalismo que se inicia na idade dos 3 anos a 6 anos, nessa fase as imitações discriminações e as opiniões ao seu redor são bem evidentes, concluímos que o indivíduo nesse estágio está formando aspectos pessoais sobre si mesmo e vendo que próximo em suas relações existe diferenças entre cada indivíduo.
O filme “Meu amigo totoro” mencionado assistido pelo grupo, chegamos à conclusão de que a criança está tendo sua subjetividade através da fantasia e imaginação no decorrer disso constrói uma personalidade individual e intergrupal que explora suas escolhas sociais, dentro da história da criança mostra-se o desenvolvimento do personalismo segundo a teoria de Henri Wallon.
Para todos participantes deste trabalho ,tivemos uma experiencia incrível e aprendemos o desenvolvimento do indivíduo de modo biológico e psicológico numa das fases mais importantes do sujeito que tem uma interação social para aprender a viver e conviver da melhor maneira em sociedade e um dos gênio da psicologia sócio-histórica Henri Wallon de forma clara e objetiva, baseado á muitos estudos e pesquisas podemos se aprofundar de sua obra, através da matéria psicologia sócio- interacionista .
Referências
Livro- psicologia e educação (Henri Wallon)
https://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php
https://www.google.com.br/amp/s/psicoeduca.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/94-estagios-do-desenvolvimento-para-henri-wallon%3fformat=amp
Slide da aula- Psicogênese da pessoa completa: estágio impulsivo emocional

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