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UNIDADE TEMÁTICA VI – A ERA DO IMPERIALISMO A EXPANSÃO IMPERIALISTA NA ÁFRICA E NA ÁSIA ORIENTAÇÕES � Ler o livro novo – páginas 174 a 188 � Ler com atenção o texto abaixa para realizar os exercícios � Vídeo explicativo: https://youtu.be/LCcJSTp5wTQ � Fazer os exercícios propostos após estudar o assunto O Imperialismo é o nome dado para o conjunto de políticas que teve como objetivo promover a expansão territorial, econômica e/ou cultural de um país sobre outros. Esse termo pode ser usado para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado para se referir à política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus em boa parte do planeta no século XIX. Esse último uso do termo Imperialismo também pode ser chamado de Neocolonialismo, pois foi um novo processo de colonização – dessa vez da África, Ásia e Oceania. Cabe aqui também citar uma distinção entre Colonialismo e Imperialismo: ● Colonialismo sugere controle político, abarcando incorporação de território e perda da soberania pela força militar. ● Imperialismo se refere ao domínio que é exercido tanto do ponto de vista formal quanto informal, direta ou indiretamente, porém, com o mesmo resultado, que é o controle político e econômico da região. Portanto, com o imperialismo, não há anexação do país que recebe a influência Causas do Imperialismo O Imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as transformações causadas pela Revolução Industrial. A Revolução Industrial marcou o desenvolvimento das indústrias e foi responsável pelo surgimento de economias globais. A concorrência econômica gerou nas nações industrializadas uma intensa necessidade de obter fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores para adquirir as mercadorias produzidas. IMPERIALISMO NA ÁFRICA Na segunda metade do século XIX, a África foi colonizada e explorada por nações europeias, principalmente, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica e Alemanha. Este período ficou conhecido como neocolonialismo. Como a Europa passava pelo processo de Revolução Industrial, necessitava de matérias-primas e novos mercados consumidores para as mercadorias produzidas pelas indústrias europeias. Uma solução encontrada foi a exploração de regiões da Ásia e África. O continente africano foi “repartido” entre os países europeus que implantaram um sistema imperialista, desrespeitando a cultura e diversidade étnica na região. A Conferência de Berlim A fim de evitar guerras entre as potências europeias pelos territórios africanos, o chanceler Otto Von Bismarck convocou uma reunião com os representantes dos países europeus que tinham possessões na África. Nenhum mandatário africano foi convidado. E.E.B. Prof. Lothar Krieck ATIVIDADE: 14 – 2º semestre Disciplina: História Turma: 8ºano Data: 04/11/2020 Professor: Maria Lorena N. Silva ENTREGA: 17/11/2020 NOME ALUNO____________________________________ https://youtu.be/LCcJSTp5wTQ https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/neocolonialismo-na-africa-e-a-conferencia-berlim.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/capitalismo.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial.htm https://www.suapesquisa.com/o_que_foi/neocolonialismo.htm https://www.todamateria.com.br/otto-von-bismarck/ https://www.todamateria.com.br/otto-von-bismarck/ A Conferência de Berlim (1884-1885) consistiu num acordo que tinha como objetivo reconhecer as fronteiras dos territórios já ocupados e estabelecer as regras sobre as futuras ocupações no continente africano. Entre as suas diretrizes estava a necessidade de uma nação comunicar a outra quando tomava posse de um território. Também era preciso provar que tinha condições de administrá-lo. A ocupação do continente africano – mas não só a dele – foi justificada como missão civilizatória e por meio dela as nações desenvolvidas levariam um modo de vida civilizado para os locais “atrasados” e “selvagens”. As justificativas também eram baseadas em ideais racistas que partiam do pressuposto de que o homem branco era naturalmente “superior”. Essas justificativas utilizadas pelas nações imperialistas, no entanto, eram utilizadas para encobrir os reais interesses que eram o de promover a exploração econômica dos locais ocupados. Importante mencionar que o processo imperialista na África foi acompanhado de movimentos de resistências que foram organizados pelas populações locais. Consequências do neocolonialismo e imperialismo na África: O imperialismo aplicado pelos europeus na África na segunda metade do século XIX deixou feridas no continente até os dias de hoje. Além de explorar os recursos naturais, o imperialismo provocou graves conflitos étnicos na África. A cultura africana também foi muito prejudicada neste processo. O imperialismo inglês no continente africano, por exemplo, gerou diversas disputas coloniais. Entre elas, a Guerra dos Bôeres (1899-1902) foi a mais significativa e envolveu ingleses e holandeses IMPERIALISMO NA ÁSIA INDIA Conhecida desde a Antiguidade pelos europeus. No século XV, a Índia se tornou uma área muito cobiçada pelos comerciantes da Europa, graças às especiarias que possuía em seu território. Os portugueses dominaram por cerca de meio século a rota comercial marítima que levava ao Oriente e, portanto, controlavam o valioso comércio de mercadorias indianas. Ao longo dos séculos XVI e XVII, porém, o domínio português foi suplantado pelo britânico, que se tornou a principal potência marítimo-comercial, atuando por meio das companhias monopolistas de comércio. No século XVIII, a supremacia econômica da Inglaterra sobre a Índia estava assegurada – situação favorecida pela ausência de centralização política em território indiano. Nessa época, a Índia se encontrava dividida em diversos estados rivais. Essa rivalidade era estimulada pelos ingleses, a fim de evitar uma centralização política que prejudicasse seus interesses econômicos. Ainda assim, em 1857, eclodiu na Índia uma revolta nacionalista contra o domínio inglês. Denominada Revolta dos Cipaios, o conflito durou até 1859, quando os rebeldes foram derrotados pelos ingleses, que conseguiram, a partir de então, impor um domínio ainda mais rígido. A garantia do domínio britânico sobre a Índia – não apenas econômico, mas também político – consolidou-se em 1877, quando a rainha Vitória da Inglaterra foi coroada Imperatriz da Índia. CHINA O vasto território contendo uma população numerosa, a China despertou o interesse da Europa no século XV. Os europeus, principalmente os portugueses, passaram a importar para o Ocidente mercadorias chinesas. Como na Índia, a Inglaterra tomou o lugar de Portugal e passou a dominar comercialmente a China. Os ingleses exploravam o comércio chinês por meio das Companhias das Índias Orientais. Mas ao contrário da Índia, que se encontrava dividida, o poder político chinês era centralizado. A China era regida pela dinastia Manchu. Contudo, a aristocracia agrária chinesa nunca reconhecera a legitimidade dessa dinastia. https://www.todamateria.com.br/conferencia-de-berlim/ Ao longo dos séculos XVII e XVIII, o predomínio britânico sobre a China se aprofundou e, aos poucos, os ingleses introduziram, ilegalmente, o ópio no mercado chinês. Esse artigo era produzido em abundância nas colônias inglesas da Índia e na Birmânia e os chineseso apreciavam muito, gastando verdadeiras fortunas e endividando-se junto aos ingleses para obtê-lo. O governo chinês, por diversas razões, opunha-se veementemente à aquisição e consumo do ópio e, em 1839, adotou medidas enérgicas para coibi-lo. Tal atitude precipitou um conflito entre China e Inglaterra, conhecida como a Guerra do Ópio, que foi vencida pelos ingleses. Graças a essa vitória, a Inglaterra obteve uma maior abertura do mercado chinês, e não apenas para si, mas também para outras nações do mundo, como a Alemanha, a França, a Rússia e o Japão. Em 1900, houve na China uma nova reação nacionalista contra o domínio dos países industrializados. Essa revolta, denominada Guerra dos Boxers, foi violentamente reprimida por forças militares das grandes potências. JAPÃO No início do século XIX, o Japão era cobiçado pelas potências industriais. O país não apresentava centralização política: o poder era exercido pelos grandes proprietários de terras, denominados xóguns. O comércio do país era vedado ao mundo ocidental, pois os japoneses temiam que a importação indiscriminada de mercadorias estrangeiras resultaria na entrada dos vícios ocidentais. Em 1854, os Estados Unidos, interessados em estabelecer sua hegemonia econômica no Pacífico Norte, forçaram, por meio de uma ação militar violenta, a abertura do mercado japonês aos produtos ocidentais. Isso provocou uma também violenta reação nacionalista no Japão, encabeçada pelos samurais, resultando na centralização política do país. A chamada Era Meiji iniciou-se em 1868. Foi a era em que o governo japonês modernizou sua economia de acordo com os princípios do capitalismo. A adoção de reformas modernizadoras, aliada à manutenção de importantes tradições da cultura japonesa, ajudaram a promover um rápido e profundo processo de industrialização no país. Para que isso pudesse ocorrer, o Japão assimilou muitas técnicas de produção ocidentais. Graças a essas reformas, o Japão não apenas evitou a expansão imperialista sobre seu território, mas conseguiu se transformar em um país imperialista. O imperialismo japonês se manifestou no final do século XIX por meio de duas guerras expansionistas: a Guerra Sino-Japonesa e a Guerra Russo-Japonesa. Procurava o Japão instituir seu poderio no Pacífico e no Extremo Oriente. RESUMINDO FATORES GERADORES DO IMPERIALISMO ● Superprodução: expansão da Revolução Industrial e aprimoramento tecnológico, resultando em aumento da produção de mercadorias; países industrializados buscam mercados consumidores de artigos industrializados; ● Crescimento demográfico: queda das taxas de mortalidade e manutenção de elevadas taxas de natalidade geram fenômeno conhecido como explosão demográfica. O excedente populacional vive em condições miseráveis, mas começa a se organizar em sindicatos e partidos); ● Busca de matérias-primas: sofisticação tecnológica exige diversidade e maiores quantidades de matérias-primas (borracha, petróleo, cobre, etc.); ● Busca de investimentos de capitais: as áreas industrializadas não podem reinvestir capitais excedentes na produção industrial sem agravar o problema da superprodução; busca-se, portanto, áreas para a exportação de capitais excedentes. Imperialismo: solução para os problemas econômicos, sociais e, até mesmo, políticos e culturais das grandes potências industrializadas do mundo (Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Rússia, Japão) no final do século XIX, por meio da expansão territorial e do estabelecimento de áreas de influência. CARACTERÍSTICAS DO IMPERIALISMO ● Concentração da produção e do capital em reduzido número de países e, dentro deles, nas mãos de pequena parcela da população (alta burguesia); ● Capital financeiro, resultante da fusão do capital industrial e do bancário; ● Exportação de capitais, com investimentos nos setores de infraestrutura (especialmente nos setores de comunicações e transportes), para facilitar a dominação e agilizar o escoamento de mercadorias); ● Partilha do mercado mundial entre os países industrializados; ● Associações monopolistas – trustes, cartéis e holdings; ● Divisão territorial do planeta em áreas de dominação direta e zonas de influência econômica; ● O “fardo do homem branco” como justificativa ideológica para a dominação: missão civilizadora que levaria aos que viviam nas trevas da ignorância a luz do conhecimento; ideia de superioridade biológica da raça branca sobre as demais. EXERCÍCIOS - 14 RESPONDA: 1. O que significa "Imperialismo"? O que significa dizer que um país é imperialista? 2. Qual a diferença de imperialismo e colonialismo? 3. Como e por que o imperialismo se intensifica entre os países europeus, a partir da segunda metade do século XIX? 4. Que regiões (continentes) foram dominadas pelos países imperialistas? 5. Qual a justificativa ideológica da Conferência de Berlim, foi utilizada pelos países imperialistas no processo de colonização como “missão”? 6. Quais foram as consequências do processo da colonização imperialista para as populações dominadas na África? 7. Que situação assegurou a supremacia econômica da Inglaterra sobre a Índia? 8. Qual foi a reação dos chineses à investida imperialista sobre seu território pelos ingleses? 9. Que reformas evitaram a expansão imperialista sobre o território japonês e ainda conseguiu transformá-lo em um país imperialista? 10. Cite um fator gerador e uma característica do imperialismo.
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