Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Universitário Luterano de Santarém Associação Educacional Luterana do Brasil ENSAIO DE GRANULOMETRIA Geologia Aplicada a Obras Profª: Brenda Rúbia Aline Geovana Soares Brayan Luiz Batista Oliveira Lucas Moura Ferreira Madson Marinho Marques Santarém 2018 1 Introdução O presente relatório consiste na descrição das atividades práticas que foram realizadas no dia 8 de novembro de 2018, durante a aula prática de Geologia Aplicada a Obras, na universidade Ulbra, ministrada pela professora Brenda Rúbia. Na aula em questão foi realizada os procedimentos necessários para a correta execução do ensaio de granulometria, que é o processo utilizado para determinar a porcentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas representa na massa total ensaiada, sendo importante para a análise dos agregados empregados como insumos nas atividades de construção. A NBR 7211:2009, intitulada “Agregados para concreto – Especificações”, é a norma brasileira que trata dos agregados utilizados em concreto e de suas especificações. Na referida norma, é destacada as referências de distribuição granulométricas características para cada tipo de agregado, sendo os agregados definidos segundo suas dimensões como: agregado miúdo (por exemplo, areia) e agregado graúdo (por exemplo, brita). Através dos resultados obtidos no ensaio de granulometria é possível construir a curva de distribuição granulométrica, essa curva é utilizada para realizar a classificação dos solos bem como a estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade entre outras. Para determinar a granulometria de um solo pode-se efetuar o peneiramento dos grãos ou o peneiramento e sedimentação, se necessário. Segundo IGNÁCIO, BECHARA e MARTINS et al. (2014, p. 3), “para caracterizar um agregado é necessário conhecer quais são as parcelas constituídas de grãos de cada diâmetro, expressas em função da massa total do agregado ensaiada”. Para tanto, faz-se a divisão da massa total em faixas de tamanhos de grãos, por peneiramento, ao fim exprime-se a massa de cada faixa em porcentagem da massa total. 2 Objetivos Realizar o ensaio de granulometria a fim de classificar através do processo de peneiramento o tamanho dos agregados, classificando-os segundo suas dimensões, separando-os para posterior análise do material. Dessa forma os materiais ensaiados são submetidos por um controle de qualidade e pode, posteriormente, ser utilizado nas obras. 3 Materiais · Agitador Mecânico · 7 peneiras com diferentes aberturas · Balança semi-analítica · Pinceis · Espátula · Becker · Formas · Amostras de agregados (graúdo e miúdo) 4 Procedimentos Inicialmente foram separados os materiais a serem utilizados durante as atividades práticas a serem realizadas, posteriormente, teve início os procedimentos do ensaio. Primeiramente, pesou-se as amostras de agregados a serem ensaiados na balança semi-analítica após tarar o recipiente onde foi adicionado os materiais para aferir o peso. Em seguida organizou-se as peneiras no agitador mecânico, prendeu-se o conjunto de peneiras (Figura 1) e acionou-se a máquina para dar início ao ensaio. Depois de passados alguns minutos o vibrador foi desligado e depois fez-se a pesagem dos grãos que ficaram em cada peneira e tomou-se nota dos dados aferidos de modo a montar a tabela com as informações resultantes. Figura 1 – Conjunto de peneiras Fonte: Autoria própria Foram utilizadas durante o ensaio duas amostras de agregados para serem ensaiados, sendo aqui definidas como primeira amostra (Figura 2) e segunda amostra (Figura 3), destacados no Anexo ao fim deste trabalho. Durante a pesagem dos grãos retidos em cada peneira, foram despejados cada amostra retida de cada peneira no Becker e colocou-se na balança, repetindo o mesmo processo para pesar cada material retido em cada peneira. Por fim, foram anotados os valores para comparar os dados obtidos. 5 Resultados Os resultados aferidos para as amostras utilizadas durante o ensaio de granulometria foram descritos de maneira sucinta nos quadros destacados a seguir. Sendo apresentados segundo as referências de amostras, tendo sido realizado o ensaio com duas amostras distintas. Os resultados da pesagem realizada após passar no agitador mecânico a primeira amostra de grãos ensaiada, são a seguir destacados: Quadro 1: Dados aferidos para a primeira amostra de grãos. PENEIRAS RETIDO PASSANTE TYLER (mm) (g) (%) (g) (%) 28 0,6 153,76 55,58% 122,880 44,42% 35 0,425 51,94 18,78% 70,940 25,64% 48 0,3 28,407 10,27% 42,533 15,37% 60 0,25 20,691 7,48% 21.842 7,89% 65 0,212 10,182 3,68% 11,660 4,21% 100 0,15 6,76 2,44% 4.90 1,77% Fundo 4,90 1,77% 0 0% Total da Amostra 276,640 100% Fonte: Autoria própria Com os valores das massas retidas em cada peneira utilizada pode-se calcular a porcentagem do material retido, o acumulado retido e o acumulado passando. Em referência ao Quadro 1 pode-se constatar que a amostra apresentou maior porcentagem de retenção nas primeiras peneiras listadas no quadro. Quadro 2: Relação da primeira amostra de grãos no início e no fim do ensaio. AMOSTRA INICIAL (g) AMOSTRA FINAL (g) AMOSTRA PERDIDA (g) 282,42 276,64 5,78 Fonte: Autoria própria A partir das informações do Quadro 2, pode-se constatar que há uma diferença considerável entre o peso da amostra adicionada inicialmente e o peso da amostra ao fim do processo de peneiramento no agitador mecânico, destacando que durante o processo houve a perda em gramas do material inicial. As informações referentes aos resultados da segunda amostra pesada no ensaio encontram-se destacados a seguir: Quadro 3: Dados aferidos para a segunda amostra de grãos. PENEIRAS RETIDO PASSANTE TYLER (mm) (g) (%) (g) (%) 28 0,6 99,69 35,19% 183,548 64,80% 35 0,425 60,04 21,20% 123,508 43,61% 48 0,3 31,578 11.15% 91,930 32,46% 60 0,25 27,525 9,72% 64,405 22,74% 65 0,212 20,677 7,30% 43,728 15,44% 100 0,15 26,205 9,25% 17,523 6,19% Fundo 17,523 6,19% 0 0% Total da Amostra 283,238 100% Fonte: Autoria própria As informações contidas no quadro 3, assim como as informações referentes a primeira amostra, também ressaltam que a maior porcentagem de materiais retidos e materiais que passaram foram devidos as primeiras peneiras listadas. Contudo, no caso da primeira amostra os materiais retidos na peneira Tyler 28 foi superior que a resultante em porcentagem da segunda amostra. Na peneira de Tyler 100 a retenção de grãos foi maior para o segundo caso em relação ao primeiro. Quadro 4: Relação da primeira amostra de grãos no início e no fim do ensaio. AMOSTRA INICIAL (g) AMOSTRA FINAL (g) AMOSTRA PERDIDA (g) 285,170 283,238 1,93 Fonte: Autoria própria Analisando-se os valores em gramas da amostra inicial e final do segundo ensaio nota-se que também houve uma perda de amostras, porém relacionando-se esse resultado com o resultado de amostra perdida para o primeiro ensaio constata-se que a perda foi maior no primeiro caso. A seguir encontram-se destacados os gráficos referentes as informações de materiais retidos e que passaram pelas peneiras durante os ensaios. Gráfico 1 – Primeira amostra Fonte: Autoria própria Gráfico 2 – Segunda amostra Fonte: Autoria própria Nos gráficos acima destacados relaciona-se os resultados obtidos para as amostras analisadas é possível desenvolver os gráficos com as informações dos quadros 1 e 3, de modo a facilitar o entendimento dos referidos quadros. 6 CONCLUSÕES Sabendo-se que segundo as prescrições normativas e com as características do materiais os agregados podem ser classificados de acordo com a origem, as dimensões e densidade, o ensaio de granulometria faz-se necessário para facilitar a segregação dos agregados em razão das suas dimensões quer sejam estes graúdos ou miúdos, pois na construçãocivil cada um dos tipos possui uma utilidade própria que estão relacionados as suas características, de modo a proporcionar o melhor aproveitamento dos referidos materiais. Caso não sejam separados devidamente os agregados podem ser empregados de maneira equivocada e acarretarem futuros problemas nas obras em que forem empregados. Portanto, o ensaio faz-se importante também para o controle de qualidade do material e, por conseguinte da obra onde este for destinado, e possibilita que seja evitado possíveis fraudes de fornecedores. REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7211: Agregados para concreto – Especificações. Rio de Janeiro, 2003. IGNÁCIO, G.G.; BECHARA, L.D.; MARTINS, M.C.M. et al. Granulometria. 2014. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/18769731/relatorio-de-granulometria>. Acessado em: 21 nov. 2018. ANEXOS – Acervo Fotográfico Figura 2 – Primeira amostra Fonte: Autoria própria Figura 3 – Segunda amostra Fonte: Autoria própria PRIMEIRA AMOSTRA RETIDO (%) 28 35 48 60 65 100 FUNDO 55.58 18 .78 10.27 7.48 3.68 2.44 1.77 PASSANTE (%) 28 35 48 60 65 100 FUNDO 44.42 25.64 15.37 7.89 4.21 1.77 0 SEGUNDA AMOSTRA RETIDO (%) 28 35 48 60 65 100 FUNDO 35. 19 21.2 11.15 9.7200000000000006 7.3 9.25 6.19 PASSANTE (%) 28 35 48 60 65 100 FUNDO 64.8 43.61 32.46 22.74 15.44 6.19 0
Compartilhar