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19 LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II RELATÓRIO N°3: Operação de Peneiramento Prof. Dr. Hugo Vilca Meléndez Data da experiência: 01 de outubro de 2021 Data da entrega do relatório: 10 de outubro de 2021 Turma: A Grupo: 04 PREPARADO POR: RA: Revisado e Aprovado (Assinatura) Cesar Henrique Lamoglia Ferreira 03468-5 Daniel Capel 02630-3 Marina Andrade de Oliveira 03725-2 Matheus de Oliveira Rocha 03627-9 Rafaela Bittencourt 03389-5 ‘ Ricardo Rodrigues Costa 03216-7 Thais Yumi Nakamura 03405-4 São Bernardo do Campo 2021 FACULDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SUMÁRIO 1 OBJETIVO 3 2 INTRODUÇÃO TEÓRICA 4 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 5 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS 5 3.2 PROCEDIMENTO 5 4 DADOS 7 4.1 DADOS COLETADOS EM LABORATÓRIO 7 4.2 DADOS COLETADOS DA LITERATURA CIENTÍFICA 8 5 TRATAMENTO DE DADOS 9 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 15 7 CONCLUSÃO 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19 1 OBJETIVO Fonte: Próprio autor. 2 INTRODUÇÃO TEÓRICA O peneiramento é um método utilizado para distribuição de tamanhos de partículas. O procedimento de análise granulométrica baseia-se em peneiras de superfícies planas ou cilíndricas, que possuem o número de malhas adequadas para o alcance de um processo eficiente. O termo “oversize” ou “material retido” refere-se às partículas que ficam retidas na superfície, devido a sua dimensão ser maior em relação às aberturas das malhas. Logo, o termo “undersize” ou “material passante” refere-se às partículas de menores dimensões, cujo passam facilmente pelas malhas (SETZ e SILVA, 2019, p.137). Figura 1 – Organização das peneiras para análise granulométrica. Fonte: SETZ e SILVA, 2019, p.138. Efetua-se a operação de peneiramento com o material em dois estados: seco ou úmido. No processo a seco, o material possui pouca aquosidade e contém umidade inferior a 5%. No processo via úmida, acrescenta-se água para elevar o rendimento do material através de sprays dispostos sobre os decks de peneiramento e contém umidade superior a 5% (CHAVES e PERES, 5ª edição, 2012). O setor de mineração exerce uma grande influência na economia brasileira desde o início das atividades minerais, cujo levou-se a abertura de centenas de minas. Tal atividade é responsável pelo fornecimento de matérias primas para diversos segmentos da economia. As peneiras vibratórias são as mais utilizadas na mineração devido a sua praticidade e versatilidade. Esse tipo de peneira consiste na utilização de um eixo desbalanceado e dois mancais, cujo é gerado um movimento circular no equipamento que está apoiado livremente em molas helicoidais (METSO OUTOTEC, 2020). 2 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS · Areia seca – 105,01g · Peneiras com diversas malhas · Béquer de 500mL · Prato (fundo) sem malha · Balança semi-analítica · Agitador mecânico 3.2 PROCEDIMENTO Em um béquer pesou-se 147g de areia seca (amostra A). Simultaneamente, separou-se as peneiras e anotou-se todas as características físicas contidas na placa de cada peneira. Pesou-se cada peneira e empilhou-se uma sobre a outra conforme a granulometria, da malha maior (em cima) até a de malha menor (em baixo), juntamente com um prato (fundo) para garantir que, caso a areia passasse por todas as peneiras, ainda seria contabilizada nos cálculos do procedimento, conforme figura 2. Figura 2 – Esquema de empilhamento das peneiras Fonte: Próprio autor. Colocou-se as peneiras no agitador mecânico e, em seguida, colocou-se a amostra de areia na parte superior do empilhamento de peneiras (conforme figura 3) juntamente com a tampa. Ajustou-se adequadamente o equipamento para garantir seu funcionamento. Figura 3 – Adição da areia nas peneiras, já no agitador mecânico Fonte: Próprio autor. Ligou-se o equipamento e ajustou-se a frequência (4 Hz) e o tempo (6 minutos) de operação, para realizar a redistribuição da areia pelas malhas. Após o tempo de operação, retirou-se as peneiras cuidadosamente e pesou-se uma por uma, anotando suas respectivas massas. Observação: Para fins comparativos deste relatório, o mesmo procedimento foi realizado novamente alterando-se somente a quantidade utilizada de areia seca (Amostra B – 157g). 4 DADOS 4.1 DADOS COLETADOS EM LABORATÓRIO Durante o experimento em laboratório foram coletados os dados de duas amostras de areia seca pelos alunos: Tabela 1 – Dados obtidos das massas iniciais das amostras 1 e 2. Massa Inicial (g) Amostra 1 157 Amostra 2 105,1 Fonte: Próprio autor. Tabela 2 – Dados obtidos do conjunto com amostra 1. Identificação da Peneira Nomenclatura TYLER Número de Malha ASTM Abertura da malha (µm) Massa da peneira (g) Massa da peneira com sólidos (g) 1 20 20 850 315,5 315,5 2 28 30 600 309 325 3 35 40 425 318 367 4 48 50 300 274,5 305,5 5 65 70 212 268,5 298,5 6 100 100 150 288 309,5 7 150 140 106 287,5 296,5 Fundo 407 407,5 Fonte: Próprio autor. Tabela 3 – Dados obtidos do conjunto com amostra 2. Identificação da Peneira Número de Malha TYLER Número de Malha ASTM Abertura da malha (µm) Massa da peneira (g) Massa da peneira com sólidos (g) 1 20 20 850 303,5 303,5 2 28 30 600 306 317,5 3 35 40 425 333,5 364 4 48 50 300 282,5 308 5 65 70 212 290 308 6 100 100 150 286 296,5 7 150 140 106 242,5 250,5 Fundo 373 374 Fonte: Próprio autor. 4.2 DADOS COLETADOS DA LITERATURA CIENTÍFICA Tabela 4 – Série Tyler de peneiras com aberturas em malhas correspondentes em mm, µm e polegada. Fonte: Tabela Krebs Engineers. 5 TRATAMENTO DE DADOS Dados obtidos do conjunto com a amostra 1. Fonte: Próprio autor. Massa de sólidos retidos nas peneiras em (g). Fonte: Próprio autor. Obtenção do Peso retido em % f (xi), Peso retido acumulado em % G (xi) e Peso passante acumulado em % F (xi). Fonte: Próprio autor. Fórmulas utilizadas para os calculos de f(xi), G (xi) e F(xi). Fonte: Próprio autor. Equação de Gates – Gaudim – Schuhmann. Fonte: Próprio autor. Ajuste da formula para obtenção de uma linha reta. Fonte: Próprio autor. Obtenção dos valores de Y e X. Fonte: Próprio autor. Calculo dos valores de A, B, R² e M. Fonte: Próprio autor. Calculo do x100. Fonte: Próprio autor. Obtenção da abertura das peneiras e médias das aberturas das peneiras. Fonte: Próprio autor. Calculo do Diâmetro de Sauter. Fonte: Próprio autor. 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES De acordo com o experimento realizado, obtiveram-se os seguintes resultados: Tabela 5 – Resultados obtidos da amostra 1 Identificação da Peneira Nomenclatura TYLER Abertura das peneiras (µm) Média das aberturas (µm) (xi) Massa retida (g) (wi) Massa retida (%) f(xi) Massa retida acumulada (%) G(xi) Massa passante acumulada (%) F(xi) 1 +20 x > 850 0 0,000 0,000 100,000 2 -20 +28 850 > x > 600 725 16 10,191 10,191 89,809 3 -28 +35 600 > x > 425 512,5 49 31,210 41,401 58,599 4 -35 +48 425 > x > 300 362,5 31 19,745 61,146 38,854 5 -48 +65 300 > x > 212 256 30 19,108 80,255 19,745 6 -65 +100 212 > x > 150 181 21,5 13,694 93,949 6,051 7 -100 +150 150 > x > 106 128 9 5,732 99,682 0,318 Fundo x < 106 0,5 0,318 100,000 0,000 Fonte: próprio autor. Tabela 6 – Resultados obtidos da amostra 2 Identificação da Peneira Nomenclatura TYLER Abertura das peneiras (µm) Média das aberturas (µm) (xi) Massa retida (g) (wi) Massa retida (%) f(xi) Massa retida acumulada (%) G(xi) Massa passante acumulada (%) F(xi) 1 +20 x > 850 0 0,000 0,000 100,000 2 -20 +28 850 > x > 600 725 11,5 10,952 10,952 89,048 3 -28 +35 600 > x > 425 512,5 30,5 29,048 40,000 60,000 4 -35 +48 425 > x > 300 362,5 25,5 24,286 64,286 35,714 5 -48 +65 300 > x > 212 256 1817,143 81,429 18,571 6 -65 +100 212 > x > 150 181 10,5 10,000 91,429 8,571 7 -100 +150 150 > x > 106 128 8 7,619 99,048 0,952 Fundo x < 106 1 0,952 100,000 0,000 Fonte: Próprio autor. Mediante os resultados obtidos, realizaram-se novos cálculos para a caracterização das amostras, conforme a tabela 7: Tabela 7 – Caracterização das amostras 1 e 2 Descrição Amostra 1 Amostra 2 Unidade Módulo de distribuição (m) 2,442913 2,03997 Adimensional Módulo de tamanho (x100) 597,069 623,876 µm Diâmetro médio de Sauter (ds) 305,330 303,489 µm Fonte: Próprio autor. O módulo de distribuição indica o tamanho do espalhamento relativo da distribuição. Portanto, de acordo com a tabela de caracterização, a amostra 1 possui o módulo de distribuição maior em relação a amostra 2, ou seja, há maior uniformidade. O diâmetro médio de Sauter é um importante parâmetro na caracterização granulométrica, pois relaciona o percentual de retenção de amostra com as aberturas das peneiras. Os resultados adquiridos da amostra 1 e 2 são similares, e possui a diferença de 1,841 µm, ou seja, uma diferença irrelevante. O módulo de tamanho indica o tamanho máximo teórico da maior partícula da amostra. Sendo assim, comprova-se que há mais uniformidade na amostra 1 devido o valor do módulo de tamanho (597,069 µm) ser mais próximo do resultado do diâmetro médio de Sauter (305,33 µm), quando comparados aos resultados da amostra 2. Gráfico 1 – Curva granulométrica da amostra 1 Fonte: próprio autor. A representação gráfica acima evidencia a similaridade granulométrica entre as duas amostras. Com o propósito de facilitar a visibilidade na composição granulométrica das amostras 1 e 2, a equipe optou por acrescentar um gráfico comparativo (gráfico 2) com informações de fração percentual em função de tamanho de grãos. Gráfico 2 – Comparativo granulométrico. Fonte: próprio autor. 7 CONCLUSÃO Com a realização do experimento foi possível concluir que as duas amostras possuem características parecidas em seus resultados, sendo eles derivados de um mesmo material, mas que se teve uma variação no peso e tamanho de granulado, isso acarretou em diferentes valores nas suas malhas, influenciando no resultado do módulo de distribuição. Os gráficos presentes anteriormente conseguem demonstrar essa diferença nas amostras, usando dados coletados no laboratório para expressar a distribuição granulométrica de cada amostra mostrando o seu passante e o retido, que nos deu base para determinar qual amostra possui um resultado uniforme em sua distribuição pelas malhas. Portanto determinou-se que a amostra 1 teve resultados sobressalentes sobre a amostra 2, no qual seguindo o módulo de distribuição demostra-se que a amostra 1 está mais bem distribuída entre as malhas, tendo seu valor maior que a amostra 2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SETZ, L.; SILVA, A. . O processamento cerâmico sem mistério. Disponível em: <https://www.google.com.br/books/edition/O_processamento_cer%C3%A2mico_sem_mist%C3%A9rio/JY6zDwAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=peneiramento&pg=PA138&printsec=frontcover>. Acesso em: 05 de outubro de 2021. CHAVES, A.; PERES, A.. Teoria e Prática do Tratamento de Minérios. Britagem, Peneiramento e Moagem, 5ª edição, 2012. CARRISSO, R.; CARREIRA, J. Classificação e Peneiramento. Capítulo 5. Rio de Janeiro. Dezembro de 2004. Disponível em: <https://www.ufjf.br/baccan/files/2012/11/Cap-5-Peneiramento.pdf>. Acesso em: 05 de outubro de 2021. METSO OUTOTEC. Indústria de mineração no Brasil e seu crescimento. Disponível em: < https://www.mogroup.com/pt/insights/blog/mineracao-e-metais/crescimento-da-mineracao-no-brasil/>. Acesso em: 05 de outubro de 2021. Curva granulométrica Amostra 1 850 600 425 300 212 150 106 100 89.808917197452232 58.598726114649679 38.853503184713375 19.745222929936304 6.0509554140127335 0.31847133757960933 Amostra 2 850 600 425 300 212 150 106 100 89.047619047619051 60 35.714285714285722 18.571428571428584 8.5714285714285836 0.9523809523809632 1 Abertura das peneiras (µm) Massa passante acumulada (%) Comparativo granulométrico Amostra 1 850 725 512,5 362,5 256 181 128 < 106 0 10.191082802547772 31.210191082802545 19.745222929936308 19.108280254777071 13.694267515923567 5.7324840764331215 0.31847133757961787 Amostra 2 0 10.952380952380953 29.047619047619051 24.285714285714285 17.142857142857142 10 7.6190476190476195 0.95238095238095244 Tamanho de grãos (µm) Fração na amostra (%)
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