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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC CENTRO DE BLUMENAU ADMINISTRAÇÃO ANÁLISE SWOT Blumenau 2019 INTRODUÇÃO 3 A FERRAMENTA 3 2.1 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO 4 2.1.1 FORÇAS 4 2.1.2 FRAQUEZAS 4 2.2 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO 5 2.2.1 OPORTUNIDADES 5 2.2.2 AMEAÇAS 6 2.2.3 CASO PRÁTICO - MC DONALDS 6 SWOT CRUZADA 6 1. ESTRATÉGIA OFENSIVA: PONTOS FORTES X OPORTUNIDADES (SO): 7 2. ESTRATÉGIA DE CONFRONTO: PONTOS FORTES X AMEAÇAS (ST) 7 3. ESTRATÉGIA DE REFORÇO: PONTOS FRACOS X OPORTUNIDADES (WO) 7 4. ESTRATÉGIA DE DEFESA: PONTOS FRACOS X AMEAÇAS (WT) 7 CONCLUSÃO 8 REFERÊNCIAS 8 1. INTRODUÇÃO Existem diversas contradições acerca da origem da ferramenta SWOT, algumas literaturas apontam o consultor administrativo Albert Humphrey, do Stanford Research institute como inventor da análise de SWOT no ano de 1960, enquanto outros autores dão esse crédito a dois professores da Harvard Business School Policy Unit - George Albert Smith Jr e C Roland Christiensen, no início dos anos 50. Albert Humphrey entre os anos de 1960 e 1970 liderou um projeto de pesquisa, baseado nas corporações da Fortune 500 dos Estados Unidos, as empresas desta lista precisavam desenvolver uma maneira de planejar ao longo prazo de forma executável e razoável. O consultor e sua equipe de pesquisa apresentaram o modelo de SWOT, defendendo que essa ferramenta proporciona responsabilidade e objetividade ao processo de planejamento, desde então a análise de SWOT tem sido aplicada nas organizações. Outro nome de grande importância na história desta ferramenta é do professor Kenneth Andrews, este dedicou-se a desenvolver o uso e aplicação desta ferramenta. Todos esses possíveis autores eram especialistas em estratégia organizacional em oposição ao marketing. Independemente de qual visão acerca da origem desta ferramenta é a correta, esta, se tornou uma ferramenta base para o gerenciamento e planejamento estratégico de uma organização, devido a sua simplicidade e objetividade. 2. A FERRAMENTA A Análise SWOT é considerada uma ferramenta clássica da administração e é utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. É indicada para organizações de todos os portes e serve para analisar os pontos fortes e fracos, e as oportunidades e ameaças de um negócio e é útil pois incentiva o empreendedor a analisar sua empresa sob diversas perspectivas de forma simples, objetiva e propositiva. O uso dessa ferramenta amplia a visão do contexto estratégico da empresa, entre os benefícios de se utilizá-lá, destaca-se dois: melhoria no conhecimento do negócio e também do mercado em que está inserido. SWOT é uma sigla em inglês dos termos Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunities (oportunidades para o seu negócio) e Threats (ameaças para o seu negócio). Os pontos fortes e fracos, em geral, estão dentro da própria empresa, enquanto as oportunidades e as ameaças, na maioria dos casos, têm origem externa. Os fatores internos são aqueles que podem ser controlados pela empresa, uma vez que este é o resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Segundo Chiavenato e Sapiro (2003), os critérios a serem avaliados no ambiente interno são: recursos financeiros, liderança e imagem de mercado, condicionamento competitivo que gera barreiras à entrada de novos competidores, tecnologia, vantagens de custo, propaganda, competência e inovação de produtos. Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas apesar de não poder controlar o mercado, a empresa pode conhecê-lo, de forma a aproveitar as oportunidades e a evitar as ameaças (ou pelo menos tentar minimizar os seus efeitos). Estes podem decorrer de mudanças nos ambientes competitivo, sociocultural, político/legal, que justifiquem mudanças internas na organização. O uso da ferramenta Análise SWOT é razoavelmente simples, sendo o mais difícil identificar os reais pontos fortes e fracos da empresa, as oportunidades mais vantajosas e as ameaças mais importantes do ambiente competitivo em que o negócio está enquadrado. Segundo Chiavenato e Sapiro (2003), sua função é cruzar as oportunidades e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos. A avaliação estratégica realizada a partir da matriz SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva. Trata-se de relacionar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização. As quatro zonas servem como indicadores da situação da organização como mostrado na Figura 1. Figura 1: Análise SWOT. 2.1 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO 2.1.1 FORÇAS De acordo com Rezende (2008), as forças ou pontos fortes da organização são as variáveis internas e controláveis que propiciam condições favoráveis para a organização em relação ao seu ambiente. São características ou qualidades da organização, que podem influenciar positivamente o desempenho da organização. Os pontos fortes devem ser amplamente explorados pela organização. Consideramos uma grande força da organização o know how da empresa na sua área de atuação. É fato importante dentro do ambiente competitivo diferenciar a empresa de seus concorrentes e de eventuais novos entrantes. Soma-se a isto o rápido poder de mobilização operacional, o que permite que a empresa responda rapidamente às necessidades do mercado (PEREIRA, et al., 2002). As forças são fatores internos positivos que a empresa tem total controle, e devem ser explorados ao máximo para que a empresa mantenha-se com um bom posicionamento de mercado e diminua suas fraquezas. 2.1.2 FRAQUEZAS As fraquezas são consideradas deficiências que inibem a capacidade de desempenho da organização e devem ser superadas para evitar falência da organização (MATOS, ALMEIDA, 2007). São os aspectos mais negativos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios. São fatores que podem ser controlados pela própria empresa e relevantes para o planejamento estratégico. A fraqueza é uma condição interna da empresa totalmente desfavorável, deve ser observada constantemente, melhorada ou eliminada para não dificultar a competitividade da empresa. Figura 2: Questões Potenciais a Considerar em Uma Análise SWOT Fonte: adaptado FERRELL e HARTLINE (2009, p.134-135). 2.2 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO 2.2.1 OPORTUNIDADES Para Martins (2007), oportunidades são aspectos mais positivos do produto/serviço da empresa em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. São fatores que não podem ser controlados pela própria empresa e são relevantes para o planejamento estratégico. As oportunidades para a organização são as variáveis externas e que não são controladas, podem criar as condições favoráveispara a organização, desde que a mesma tenha condições ou interesse de utilizá-las (REZENDE, 2008). As oportunidades refletem a realidade externa da empresa e devem ser observadas, pois elas influenciam tanto no ambiente externo quanto interno da organização. A oportunidade na maioria das vezes influencia positivamente no ambiente interno. Oferecem para a empresa possibilidade de lucratividade a partir da identificação de novos mercados e clientes, no entanto, é necessária a verificação das condições e viabilidade da organização para utilizar tais oportunidades como estratégia competitiva. 2.2.2 AMEAÇAS Ameaças são aspectos mais negativos do produto/serviço da empresa em relação ao mercado onde está ou irá se inserir. São fatores que não podem ser controlados pela empresa e são relevantes para o planejamento estratégico (MARTINS, 2007). São atividades que desafiam a atual estratégia do empreendimento. Para evitá-las devem ser investigados seus graus de possibilidade de ocorrerem e níveis de gravidade, já que impactam diretamente na empresa. 2.2.3 CASO PRÁTICO - MC DONALDS Figura 3: Caso prático com aplicação da ferramenta SWOT. 3. SWOT CRUZADA A análise SWOT cruzada consiste em cruzar as informações dos quatro quadrantes, de forma a obter um modelo que permita delinear estratégias importantes para o futuro da empresa/instituição. Para a análise SWOT Cruzada é preciso primeiro fazer uma análise clara do ambiente, ou seja, pesquisar profundamente as forças e fraquezas e saber identificar as oportunidades e ameaças. Quatro tipos de estratégia podem ser desenvolvidas de acordo com o cruzamento dos quadrantes na nossa planilha de Análise SWOT: 1. ESTRATÉGIA OFENSIVA: PONTOS FORTES X OPORTUNIDADES (SO): Deve-se pegar cada um dos pontos fortes e cruzar com as oportunidades. É uma estratégia de crescimento e desenvolvimento, investindo em melhorias do que já é bom. Estratégia de ataque. estratégia ofensiva / desenvolvimento das vantagens competitivas. 2. ESTRATÉGIA DE CONFRONTO: PONTOS FORTES X AMEAÇAS (ST) Cruzar cada ponto forte com suas ameaças. Mostra a capacidade de afastar as ameaças, usando-se da defesa. Ou seja, tirar o maior proveito dos pontos fortes para afastá-las. Estratégia de confronto para modificação do ambiente a favor da empresa. 3. ESTRATÉGIA DE REFORÇO: PONTOS FRACOS X OPORTUNIDADES (WO) Cruzar cada ponto fraco com as oportunidades. Reforçar as fraquezas para que elas não venham a atrapalhar no mercado competitivo. É uma estratégia para tirar vantagem de suas fraquezas, tentando torná-las fortalezas. Estratégia de reforço para poder aproveitar melhor as oportunidades. 4. ESTRATÉGIA DE DEFESA: PONTOS FRACOS X AMEAÇAS (WT) Cruzar cada ponto fraco com as ameaças. É voltada para diminuição das perdas ou do impacto que elas podem causar. Analisa-se situações vulneráveis e faz-se de tudo para diminuir seus impactos. Estratégia defensiva com possíveis modificações profundas para proteger a empresa. Figura 4: Análise Swot Cruzada. Fonte: http://ederstroparo.blogspot.com/2014/02/analise-swot-cruzada.html http://ederstroparo.blogspot.com/2014/02/analise-swot-cruzada.html Tabela 1: Análise SWOT cruzada. Fonte: Os autores. Planos: Criar um plano de atração de novos consumidores com produtos mais saudáveis. Oferecer um produto mais barato e com promoções. Buscar qualidade a fim de bater concorrência. 4. CONCLUSÃO A análise de SWOT é uma ferramenta de gestão relativamente simples e objetiva, mas de extrema importância para o desenvolvimento estratégico das organizações, essa deve ser utilizada por qualquer empresa que deseja se tornar competitiva no mercado que atua, pois, permite uma visão clara e transparente da parte interna e externa da organização, podendo as empresas conhecerem e tirarem o máximo de proveito das suas oportunidades, assim como se protegerem das ameaças. 5. REFERÊNCIAS CORTONESI, Pedro. Matriz SWOT não é só mais um slide do seu powerpoint. 2019. Disponível em: <http://www.thinkingbusiness.com.br/voce-pode-nao-estar-sabendo-fazer-uma-analise-swot> . Acesso em: 25 out. 2019. STROPARO, Eder. Análise Swot Cruzada. 2014. Disponível em: <http://ederstroparo.blogspot.com/2014/02/analise-swot-cruzada.html>. Acesso em: 25 out. 2019. NAKAGAWA, Marcelo. Ferramenta: ANÁLISE SWOT (CLÁSSICO). 2011. Disponível em: <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Analise-Swot.PDF>. Acesso em: 25 out. 2019. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. MATOS, José Gilvomar R.; MATOS, Rosa Maria B.; ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. Análise do Ambiente Corporativo: do caos organizado ao planejamento. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2007. REZENDE, Denis Alcides. Planejamento Estratégico para Organizações: públicas e privadas. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. PEREIRA, Fernando Flávio Pessôa. et al. A Prática da Gestão do Conhecimento em Empresas Públicas. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2002. MATOS, José Gilvomar R.; MATOS, Rosa Maria B.; ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. Análise do Ambiente Corporativo: do caos organizado ao planejamento. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2007. FERRELL, O. C.; HERTLINE, Michael D.. Estratégia de Marketing. Tradução All Tasks e Marlene Cohen. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. SILVA, Andréia Aparecida da; SILVA, Natalia Salmont da; BARBOSA, Valéria de Almeida. A Utilização da Matriz Swot como Ferramenta Estratégica: um Estudo de Caso em uma Escola de Idioma de São Paulo. 2010. Disponível em: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/26714255.pdf>. Acesso em: 25 out. 2019.
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