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TCC COVID-19 (03 06)

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UNIVERSIDADE BRASIL
BACHARELADO EM FARMÁCIA
ESTUDO SOBRE A PANDEMIA DO COVID-19 NO BRASIL
SÃO PAULO
ABRIL, 2020
ALESSANDRO SIMIONI
GUSTAVO DA SILVA CHAVES
ESTUDO SOBRE A PANDEMIA DO COVID-19 NO BRASIL
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de ensino superior em bacharelado em farmácia da Universidade Brasil, campus Itaquera.
COMISSÃO EXAMINADORA
							
Prof. Dr. Luciana Pimentel 
							
Prof. Examinador 1
							
Prof. Examinador 2 
SÃO PAULO
ABRIL, 2020
AGRADECIMENTOS
A professora Doutora Luciana Pimentel, pelo empenho em sempre ajudar e orientar durante todas as etapas de desenvolvimento deste trabalho.
	As nossas famílias por sempre estarem ao nosso lado durante esta jornada acadêmica e todas as barreiras superadas nestes anos
	Aos nossos amigos e colegas pelo companheirismo ao crescermos juntos durante essa graduação
	Aos professores e mestres por auxiliarem e presenciarem nossa evolução durante esta trajetória 
EPÍGRAFE
CHAVES, Gustavo da Silva; SIMIONI, Alessandro Estudo sobre a pandemia de COVID-19 no Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Farmácia. Universidade Brasil, 2020.
RESUMO
Palavras-chave: Pandemia, coronavírus, saúde pública, COVID-19
CHAVES, Gustavo da Silva; SIMIONI, Alessandro Study of the pandemic of COVID-19 in Brazil. Monograph for the Bachelor in Pharmacy. Brasil University, 2020.
ABSTRACT
Key-Words: Pandemic, coronavírus, public helth, COVID-19
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE SIIGLAS E ABREVIAÇÕES
SÚMARIO
1 INTRODUÇÃO	1
2 OBJETIVOS	2
2.1 Objetivo geral	2
2.2 Objetivos específicos	2
3 METODOLOGIA	3
4 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA	4
4.1 Coronavírus	4
4.1.1. Principais tipos de Coronavírus	4
4.2 COVID-19 no brasil	4
4.3 Saúde pública x pandemia do COVID-19	5
4.3.1 Estratégias do governo frente a pandemia do COVID-19	5
4.4 Impactos na sociedade	6
4.5 Papel do farmacêutico	6
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO	7
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS	9
1 INTRODUÇÃO
Em meados de dezembro de 2019 foram identificados na China uma nova cepa do Coronavírus, após um surto de pneumonias que ocorreu na cidade de Wuhan. Rapidamente essa doença determinada como COVID-19 veio a acometer outros países. Em janeiro de 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia da doença (PENG, XU, LI, CHENG, ZHOU, REN, 2020; UMA-SUS, 2020).
As primeiras informações divulgadas sobre esse novo coronavírus foram de que o vírus possui uma alta capacidade de infecção o que leva a taxas altas de disseminação, porém é uma infecção com um baixo índice de letalidade. O risco de mortes pode aumentar quando pacientes acometidos pela infecção já possuem doenças crônicas concomitantes como diabetes, hipertensão ou asma por exemplo, assim como idosos. (WHO,2020; ZHANG, JIANG, 2020; CAMPOS, TEIXEIRA,2020).
Em fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso de COVID -19 no Brasil e logo as autoridades nacionais vieram tomado providências de acordo com a taxa de disseminação da doença, fornecendo informações a população como principal linha de defesa contra a pandemia estabelecida que neste momento acomete o país atualmente o número de casos confirmados é de 96.599 (MS, 2020). 
Compreender e elucidar os dados epidemiológicos dessa pandemia a nível nacional é de extrema importância para o alinhamento das estratégias de saúde pública para o combate a disseminação do vírus e avaliação de seus impactos.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
	Estudar a pandemia do COVID-19 no Brasil e seus possíveis impactos
2.2 Objetivos específicos
	Realizar uma revisão da literatura sobre as expectativas frente a pandemia do COVID-19 no Brasil
	
3 METODOLOGIA
O presente levantamento bibliográfico foi realizado através da busca de artigos de periódicos nacionais e internacionais, teses, dissertações e outros materiais bibliográficos indexados no Schoolar Google, em língua portuguesa, em 2019-2020. Para os dados estatísticos em tempo real, utilizamos o site <https://covid.saude.gov.br/> do Ministério da Saúde. Empregou-se como palavras-chave os binômios científicos: cloroquina, Covid-19. Considerou-se como critério de inclusão, os artigos que continham definições, dados epidemiológicos, terapêuticas, uso de cloroquina e similares em pacientes com doenças virais e estudos acerca do agente viral. Como critério de exclusão, adotamos aqueles que citavam o uso de cloroquina sem aprofundamento sobre o assunto.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
4.1 COVID-19 uma pandemia mundial
De acordo com a OMS Pandemias são epidemias de doenças infecciosas altamente disseminada que acomete grandes regiões geográficas ao redor do mundo ao mesmo tempo ou quase (EBC,2020).
No final do ano de 2019 surgiram diversos casos de infecções respiratórias na cidade chinesa de Wuhan, em 31 de dezembro de 2019 foi declarado a descoberta que essa infecção era causada por uma nova cepa do coronavírus (SARS-Cov-2), a doença foi batizada de COVID-19. Com alta capacidade de disseminação logo outras cidades na China foram sendo acometidas pelo vírus (Ministério da Saúde, 2020, WHO,2020).
Nós primeiros quinze dias de fevereiro a Itália reportou três casos de COVID-19, poucos dias depois foi reportado um novo caso da doença na região de Lombardia em um paciente que não havia tido contato e nem histórico de contato como indivíduos vindos recentemente da China, logo pode-se concluir que o vírus já circulava pelo país desde de meados de janeiro e a possível maior fonte de transmissão era por pacientes assintomáticos, os gráficos 1 e 2 demonstram a destruição de casos na Itália (GRASSELLI, PESENTI, CECCONI, 2020).
Gráfico 1 – Percentual de casos por faixa etária na Itália
Fonte: Adaptado de LIVINGSTON, BUCHER, 2020
Gráfico - Percentual de casos por gênero
Fonte: Adaptado de LIVINGSTON, BUCHER, 2020
	Os pacientes que mais sofrem com a infecção são principalmente os idosos, e maior taxa de letalidade está entre os idosos do sexo masculino que também possuem outras morbidades embora como demostra a figura há sim uma alta taxa de infecção em jovens adultos (ONDER, REZZA, BRUSAFERRO,2020).
Em 27 de Janeiro, o primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus, causador da doença COVID-19, na Alemanha foi confirmado em Munique, no estado da Baviera. Ao fim de março, a Alemanha contava com mais de 70.000 casos da nova enfermidade, com óbitos ligeiramente superiores a 1% do total (GAMA, 2020).
Os Estados Unidos reportaram seu primeiro caso importado. Em 30 de janeiro, a OMS declarou a epidemia uma emergência internacional (LANA, 2020).
4.2 Pandemia no Brasil
O primeiro caso de COVID-19 no Brasil foi confirmado no dia 26 de fevereiro de 2020 em São Paulo, o homem de 61 anos foi diagnosticado como o vírus após retornar de uma viagem à Itália onde o a epidemia se disseminava com maior vigor, a figura 1 mostra a porcentagem de contaminação por região do país (MS, 2020).
Figura 1 – Percentual de casos de COVID-19 por região do Brasil (03/06/2020).
4,45% %
3,60 %
20,75 %
36,21% %
35 %
Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde, 2020.
A ANVISA emitiu uma nota técnica sobre os cuidados e medidas adotadas para profissionais da saúde durante todo o enfrentamento ao COVID-19. Paciente confirmados com a infecção viral devem aderir o uso de máscara cirúrgica, utilizar lenços de papel ao tossir ou espirrar e usar álcool 70 GLº para higienização das mãos quando não for possível realizar a higienização das mãos como sabão; para profissionais da saúde é recomendado estes cuidados com atenção mais vigorosa assim como utilização de EPI´S (GVMSS, GGTSSA, ANVISA, 2020).
O Ministério da saúde em março desse ano regulamentou a e estabeleceu medidas para o combate ao novo coronavírus no pais, também orientando que os laboratórios de análises que confirmarem a doença causada por SARS-CoV-2, devem encaminhar seus exames para uma validação dos três laboratórios de referência nacional: Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) no Rio de Janeiro; InstitutoEvandro Chagas da Secretaria de Vigilância em Saúde (IEC/SVS) no estado do Pará; Instituo Adolf Lutz de Secretaria de Saúde em São Paulo (MS, 2020).
 “Decreta quarentena no Estado de São Paulo, no contexto da pandemia do COVID-19 (Novo Coronavírus), e dá providências complementares. ” (BRASIL, 64.881/20 )
	A quarentena vem sendo prorrogada de cada vez mais dias, atualmente 17 estados (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Piauí e Sergipe) e o distrito federal prorrogaram o isolamento por mais alguns dias (G1, 2020).
	Como a prorrogação da quarentena, o decreto 10.282 de 20 de março de 2020, define os serviços e atividades públicas essenciais, regulamentando a lei 13.979 de 06 de fevereiro de 2020, retirando da lista de serviços essenciais serviços públicos, atividades relacionadas a produção e distribuição, e também atividades relacionadas ao transporte principalmente (BRASIL, 2020).
Em 10 de março de 2020 foi publicada pelo MEC com auxílio do ministério da saúde uma nota informativa o oficio ocular nº 2/2020/CGLNES/GAB/SESU/SESU-MEC que aponta sobre as medidas a serem tomadas em estabelecimentos de ensino, com objetivo de evitar a disseminação do COVID-19. Com o aumento da disseminação do vírus no país o ministério da educação declara a substituição das aulas presencias por aulas á distancia conforme orientado as recomendações de isolamento social, visto que progressão da doença se agrava cada vez mais com o passar o tempo em todo o mundo, no pais novamente o MEC através da medida provisória nº 934, de 1º de abril de 2020, regulamenta novas normas para o ano letivo de 2020 englobando a educação básica e de ensino superior. (MEC, 2020).
“Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19.” (MEC 434/20).
“Dispõe sobre a antecipação da colação de grau para os alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, exclusivamente para atuação nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus - Covid-19. ” 
(MEC 734/20).
4.3 Terapêuticas para pacientes com COVID-19
Os principais sintomas relacionados a infecção pelo SARS-CoV-2 são relacionados ao sistema respiratório como um resfriado sazonal comum, cerca de 80% dos casos apresentam tosse, e 30% dos casos podem ocorrer dificuldades respiratórias, os sintomas também acometem geralmente acometem grupos específicos como idosos e indivíduos com doenças crônicas. Em alguns casos o paciente pode ter um agravamento dos sintomas podendo causar pneumonias, dores em porções do trato respiratório, rinorréria, náuseas etc, alguns desses sintomas podem levar o paciente a óbito (CRF-SP, 2020).
	Pacientes de risco são grupos específicos de indivíduos que sofrem mais gravemente com os sintomas da infecção, que são os principais causadores das complicações durante a evolução dos casos, os principais indivíduos suscetíveis a infecção e agravamento de sintomas são: idosos, gestantes, crianças, hipertensos, diabéticos, pessoas imunodeprimidas, indivíduos com doenças respiratórias, pessoas com deficiência renal, e outros indivíduos que possuam deficiência metabólica (MS, 2020).
O diagnóstico clínico é realizado através da avaliação médica de sinais e sintomas do paciente, muito parecido a infecção gripal por influenza a maior diferença é o sintoma de febre que pode durar de três a quatro dias, essas informações são levantadas juntamente com o histórico do paciente investigando possíveis contatos como pessoas infectadas pelo vírus nos últimos 14 dias. Para o diagnostico laboratorial são utilizadas amostras de mucosas da boca e narizque através de procedimentos molecular identificam o material genético do SARS-CoV2 comprovando a infecção. (BRASIL. 2020fi; SÃO PAULO, 2020).
A OMS determinou que todos os países devem mandar informações de notificação sobre casos da COVID-19, com isso o ministério da saúde tomou providencias para elaboração de uma ficha de notificação, profissionais da saúde devem realizar a notificação imediata dentro de 24 horas em casos da doença para a secretaria municipal de saúde (CRF, 2020).
Pacientes suspeito ou confirmados com a COVID-19 apresentado sintomas ou não, devem permanecer em isolamento seguindo as orientações de tratamento a seguir (SAPS, 2020; MS, 2020).
· Todas as pessoas com diagnóstico de Síndrome Gripal devem realizar isolamento domiciliar de14 dias a partir do início dos sintomas. 
· Se possível manter o paciente em quarto isolado
· Limitar o número de cuidadores 
· Limitar a circulação do paciente a outros ambientes
· Ao contato como o indivíduo contaminado utilizar máscara cirúrgica e após o contato realizar o procedimento de lavagem de mãos
· Manter limpo e arejado ambientes de uso comum entre o paciente e outras pessoas da casa
· Não compartilhar copos, talheres, toalhas, roupas e etc.
· Como tratamento pode haver a indicação médica de uso de antipiréticos e analgésicos assim como a indicação de antivirais associados a outros medicamentos.
Os protocolos em hospitais para pacientes com a COVID-19 são de primeiramente avaliar o paciente e classificar de acordo a gravidade dos sintomas orientado ao isolamento ou a internação em ambiente hospitalar podendo ser necessário intubação do paciente e tratamento com oxigênio, em casos mais graves de insuficiência respiratória o paciente pode ser levado a UTI (ASSOBRAFIR. 2020).
	O vírus é transmitido pelo ar através de gotículas de secreções de mucosas principalmente do nariz e boca, caracterizando assim a transmissão pessoa-pessoa, podendo sobreviver em fômites entre três e cinco dias em temperatura ambiente. A estimativa de contaminação por pacientes assintomáticos é de 70% dos casos (CFF, 2020).
	Para evitar a contaminação e disseminação do SARS-CoV2 devem ser tomados alguns cuidados como a utilização de EPI´s principalmente por profissionais da área da saúde, o uso de máscara ao frequentar ambientes públicos, e alguns cuidados gerais ao tossir e espirrar, a figura 2 a seguir ilustra alguns cuidados que se deve tomar ao tossir e espirrar. (CFF, 2020).
Figura 2 – Cuidados para evitar a disseminação do SARS-Cov2.
Fonte: Adaptado de NHS, 2020
	Devido a situação emergencial a ANVISA, aprovou a RDC 348, que tornou as condições para testes e desenvolvimento de medicamentos para o combate ao novo coronavírus. Os principais fármacos sendo pesquisados pelo mundo são (ANVISA, 2020; SETOR SAÚDE, 2020).
· Cloroquina e Hidroxicloroquina
· Tocilizumab
· Remdesivir
· TAK-888
· Regeneron
· WP1122
4.4 Uso de cloroquina e Hidroxicloroquina em pacientes com COVID-19
Os medicamentos contendo tanto a cloroquina quanto seu derivado a Hidroxicloroquina têm sido alvos de investigação de pesquisadores como possível meio de tratamento a infecções por SARS-CoV2. A FDA frente a pandemia mundial de COVID-19 autoriza o uso da cloroquina e da Hidroxicloroquina em, porém essa autorização permite o uso não aprovado destes fármacos devido a uma crise de saúde pública. (FDA, 2017;DEVAUX et.al, 2020; FDA, 2020).
4.4 1Mecanismo de ação
A cloroquina age como inibidor da ação da polimerase da porção heme nos trofozoítos da malária, impedindo a conversão da heme em hemazoína. As espécies de Plasmodium continuam a acumular heme tóxico, matando o parasita por toxicidade (CHOU, FITCH, 1992; SLATER, CERAMI,1992; CORONADO et. al., 2014).
A Hidroxicloroquina se acumula nos lisossomos do parasita, aumentando o pH do vacúolo. Essa ação interfere na capacidade do parasita de proteger a hemoglobina, impedindo o crescimento e a replicação normal do parasita. O fármaco também pode interferir na ação da heme polimerase parasitária, permitindo o acúmulo do produto tóxico beta-hematina, também resultando no aumento do pH, a elevação do equilíbrio ácido-base pode impedir a atividade viral de fusão e entrada nas células (CHOU, FITCH, 1992; FOX, 1993; VINCENT et.al, 2005).
A cloroquina é indicada para profilaxiae tratamento de ataque agudo de malária causado pelo agente etiológico Plasmodium vivax, Plasmodium ovale e Plasmodium malarie. O fármaco também é indicado para tratamento de amebíase hepática, em conjunto com outros fármacos possui eficácia clínica no tratamento de artrite reumatoide, no lúpus eritematosos sistêmicos e lúpus discoide, na sarcoidose e nas doenças de fotossensibilidade como a porfiria cutânea tardia e as erupções polimórficas graves desencadeadas pela luz. (FIOCRUZ, 2017).
A Hidroxicloroquina também é indicada para a profilaxia da malária em que não é relatada resistência à cloroquina, tratamento da malária não complicada (causada por P. falciparum , P. malariae , P. ovale ou P. vivax ), lúpus eritematoso discoide crônico, lúpus eritematoso sistêmico agudo artrite reumatoide e artrite reumatoide crônica a tabela 1 apresenta as principais apresentações da cloroquina e Hidroxicloroquina .(SEM, 2018).
Tabela 1- Principais apresentações da cloroquina e Hidroxicloroquina.
	
	Cloroquina
	Hidroxicloroquina
	Apresentação
	Comprimidos
	Comprimido
	Categoria química
	4-aminoquilonina
	4-aminoquilonina
	Dosagens
	50/100/150 mg
	400 mg
Fonte: Adaptado de Ministério da saúde 2001; FIOCRUZ, 2017; EMS, 2018.
A cloroquina inibe a ação da heme polimerases em espécies de Plasmodium possui uma longa duração com meia-vida 20 a 60 dias. A Hidroxicloroquina age diretamente no lizossomos por também possuir tempo de meia vida longo é geralmente indicado doses semanais para o uso do fármaco. os principais dados farmacocinéticos de ambos os fármacos estão dispostos na tabela 2 (FOX, 1993; FIOCRUZ, 2017; EMS, 2018).
Tabela 2 – Aspectos farmacocinéticos da cloroquina e hidroxicloroquina 
	
	Cloroquina
	Hidroxicloroquina
	Absorção
	Duodenal/ intestinal
	Duodenal/Intestinal
	
Distribuição
	200 – 800µg/ L (46% a 74% complexadas com proteínas plasmáticas)
	5522 µ/L (cerca de 50% complexadas com proteínas plasmáticas)
	Biotransformação
	CYP3A4, CYP2C8, CYP3A5
	CYP3A4
	
Excreção
	Renal onde 50% da dose é inalterada e 10% como desetilcloquina.
	Renal onde cerca de 20% da dose é inalterada, e 25% é eliminada pelas fezes.
Fonte: Adaptado de DUCHARME, 1996; FURST, 1996; BROWNING,2002; KIM, et.al, 2003; FIOCRUZ,2017; EMS, 2018; KAEWKHAO et.al, 2019.
4.4.2 Hidroxicloroquina e cloroquina moléculas
Desenvolvido pela primeira vez em 1940 a cloroquina é um derivado de uma aminoquinolona e por muito tempo foi utilizado como fármaco de primeira escolha como antimalárico até o desenvolvimento das novas moléculas com a mesma capacidade terapêutica. Em outubro de 1949 a FDA aprovou o uso do fármaco (VANDEKERCKHOVE, D’HOOGHE, 2015; PLANTONE, KOUDRIAVTSEVA, 2018).
	A Hidroxicloroquina é uma mistura racêmica derivada da cloroquina, o desenvolvimento da Hidroxicloroquina foi durante a segunda guerra mundial como um derivado da quinacrina usado como um anti-helmíntico, ambas moléculas dos fármacos estão apresentadas na figura 3 (FURST, 1996; SHIPPEY et. al.,2018)
Figura 3 – Molécula de Cloroquina (a) e Hidroxicloroquina (b)
	a
	
b
Fonte: DrugBank.ca, 2020
4.4.3 Efeitos colaterais
A cloroquina e a Hidroxicloroquina possuem uma reação adversa bem comum de prurido, cefaleia, náuseas, irritações gastrointestinais. As reações raras podem ocorrem através de manifestações de leucopenia despigmentação de cabelo, anemia aplásica. A retinopatia antimalárica pode ocorrer em 2,6% dos pacientes, não ocorrendo casos de lesão ocular avançada, distúrbios cardiológicos não estão previstos em casos do uso destes medicamentos (MS-2001; PONCHET et.al., 2005).
A cloroquina pode sofrer diversos tipos de interações com alguns relaxantes musculares, antibióticos e antifúngicos, e quininas existem mais de 500 monográfias especificando as principais interações conhecidas de cloroquina com outros fármacos O uso concomitante é contraindicado com bepridil, mesoridazina, tioridiazina, sendo em princípio desaconselhado com os demais, mas se a associação for necessária, dever ser feito com cautela, a tabela 3 cita algumas das reações adversas ao uso da cloroquina (RENAME, 2010).
Tabela 3 – Algumas reações adversas ao uso de cloroquina
	Classe farmacológica/ Fármaco
	Risco de Ocorrência
	Anticonvulsivantes e Mefloquina
	Convulsões
	Amiodarona/ Halofantrina
	Arritmias cardíacas
	Trissilicatos/ Pectina/ Caolin
	Diminuição de absorção
	Fenilbutazona
	Dermatite
	Cimetidina
	Risco de toxicidade
	Praziquantel
	Diminui a biodisponibilidade
	Heparina
	Trombocitopenia
Fonte: Adaptado de FIOCRUZ, 2017
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Brasil confirma primeiro caso da doença. 2020. Disponível em:< https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma-primeiro-caso-de-novo-coronavirus> Acesso em: 19/abr/2020 as 15:27.
BRASIL, Decreto 10.282 de 20 de março de 2020. Governo Federal, Brasília, Distrito Federal. 2020. DOU de 20.3.2020
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0 a 18 anos	19 a 50 anos	51 a 70 anos	acima de 70	1.2E-2	0.24	0.374	0.376	
Masculino	Feminino	0.59799999999999998	0.40200000000000002	
 
35 %

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