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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS GAMALIEL-FATEFIG.
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
Reconhecido pela Portaria Ministerial (MEC) nº 64 de 28 de janeiro de 2015
AMANDA MARTINS DA FONSECA
A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA CÁLCULO DE APOSENTADORIA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL X IDENTIDADE DE GÊNERO: UMA ANÁLISE CONSTITUCIONAL SOBRE A APOSENTADORIA DOS TRANSEXUAIS
Trabalho apresentado a Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas GAMALIEL - FATEFIG, como requisito obrigatório para obtenção do Título de Bacharel em Direito.
 Orientadora: Prof. Maria Gouveia.
TUCURUÍ – PARÁ
2020
A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA CÁLCULO DE APOSENTADORIA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL X IDENTIDADE DE GÊNERO: UMA ANÁLISE CONSTITUCIONAL SOBRE A APOSENTADORIA DOS TRANSEXUAIS[footnoteRef:1] [1: Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Direito da Faculdade de Tecnologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel de Direito, sob a orientação da Professora Maria Gouveia.] 
AMANDA MARTINS DA FONSECA [footnoteRef:2] [2: Discente do Curso de Bacharelado em Direito. ] 
RESUMO
O presente artigo, trata-se de um estudo essencialmente bibliográfico, tendo como fonte e instrumento de pesquisa, livros, periódicos e artigos eletrônicos sobre o tema, cujo conteúdo após encadeado e interpretado subsidiará a produção de um texto argumentativo sobre a utilização do sistema binário para os cálculos de aposentadoria na previdência social x identidade de gênero: uma análise constitucional sobre a aposentadoria dos transexuais. No primeiro capítulo é necessário abordar sobre a identidade de gênero e os reflexos na sociedade, com foco no transexual, analisando os princípios jurídicos, notadamente constitucionais, que garantem a dignidade e, igualdade dos direitos. Já no segundo capitulo, frisa-se na utilização do sistema binário para cálculos de aposentadorias na Previdência Social, bem como expor os aspectos gerais da aposentadoria na Previdência social, com foco na aposentadoria por idade e por tempo de contribuição. E no terceiro capitulo, focalizado no objetivo de resolver a problemática acerca das regras da Previdência Social e a utilização do sistema binário para a concessão do benefício da aposentaria dos transexuais. 
 
Palavras-chave: Direito Previdenciário. Aposentadoria. Identidade de gênero. Transexualidade.
SUMMARY
The present article is an essentially bibliographic study, having as source and research instrument, books, periodicals and electronic articles on the subject, whose content after being linked and interpreted will subsidize the production of an argumentative text on the use of the binary system. For retirement calculations in social security x gender identity: a constitutional analysis on the retirement of transsexuals. In the first chapter, it is necessary to address gender identity and its impact on society, with a focus on the transsexual, analyzing the legal principles, notably constitutional, which guarantee the dignity and equality of rights. In the second chapter, the use of the binary system for retirement calculations in Social Security is emphasized, as well as exposing the general aspects of retirement in Social Security, with a focus on retirement by age and length of contribution. And in the third chapter, focused on the objective of solving the problem about the rules of Social Security and the use of the binary system to grant the retirement benefit of transsexuals.
Keywords: Social Security Law. Retirement. Gender identity. Transsexuality.
RESUMO, 1. INTRODUÇÃO, 2. A IDENTIDADE DE GÊNERO, 2.1. CONCEITO DE GÊNERO E IDENTIDADE, 2.2. TRANSEXUAL, 3. AS REGRAS DA APONTADORIA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 3.1. O DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL, 3.2. APOSENTADORIA POR IDADE E POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIA – RGPS.
4. REGRA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA A CONCESSAO DA APOSENTADORIA PARA OS TRANSEXUAIS, 4.1. REFLEXOS DAS QUESTÕES DE GÊNEROS DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O TRANSEXUAL, 4.2. CASOS CONCRETOS DA APOSENTADORIA DOS TRANSEXUAIS, 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS, 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. INTRODUÇÃO
A liberdade sexual sempre foi um tabu na história da humanidade. O sexo, a liberdade sexual durante séculos foi tratada como depravações que não conferiam nem mesmo ao íntimo de nossa psique. 
O tema inerente à mudança de gênero e seu reflexo na contagem de prazo para a aposentadoria, envolve várias áreas de conhecimento e vai muito além da questão jurídica.
A sociedade em um todo não acolhe muito bem a diversidade de gênero, principalmente as não binárias, ou seja, aquelas que fogem do “padrão” predeterminado pela sociedade, homem e mulher. 
É possível notar que o preconceito com as pessoas transexuais ainda é muito latente. É importante ressaltar que o transexual não é uma pessoa estranha à sociedade, muito pelo contrário, ele trabalha, contribui socialmente e financeiramente para o Estado. Portanto, quando precisam de amparo em direitos básicos, tal como a dificuldade para a concessão de aposentadoria pelas regras do gênero sexual escolhido e registrado, se tornam um grupo esquecido.
A Previdência Social adota o sistema binário, o qual foi concedido na década de 1960, através da Lei Orgânica da Previdência Social, e a partir daí, vem sofrendo as devidas evoluções. 
Devido a adoção do sistema binário no Brasil, há regras distintas no direito previdenciário para a concessão de aposentaria de homens e mulheres, seja ela, aposentadoria por tempo de contribuição ou aposentadoria por idade. Porém, a legislação brasileira é omissa diante dos transexuais, gerando assim inúmeros embates, visando a concretização dos direitos referentes ao setor previdenciário diante dos requisitos para a concessão da aposentaria para tal grupo. 
Diante destes questionamentos percebemos que há necessidade de uma regulamentação legal, e uma adequada equação que contabilize o tempo e/ou a idade de forma proporcional, atendendo as transições realizadas, tendo em vista o aumento de pessoas que estão buscando alterar o seu gênero em documentos de registros civis, e aderir a sua verdadeira identidade de gênero.
2. A IDENTIDADE DE GÊNERO 
Nesse capitulo, inicialmente será abordado a identidade de gênero, em seguida, os aspectos relacionados à Previdência Social, notadamente, sob o aspecto jurídico. 
2.1. CONCEITO DE GÊNERO E IDENTIDADE
Podemos destacar que a sociedade como um todo não acolhe muito bem a diversidade de gênero, principalmente as identidades de gênero não binárias, ou seja, aquelas que fogem do “padrão” de homem e mulher. 
Segundo Chanter (2011), as preconcepções sobre o gênero predeterminam o modo como vemos o sexo, de maneira que a ideia do sexo (também compreendido como um consenso social) preexistente ao gênero, ou seja, funda o conceito para a inteligibilidade social do gênero coerente. Na visão binária de gênero entre homem e mulher, o gênero é uma construção social e demonstra suas marcas no corpo, de acordo com os interesses e predeterminações de grupos privilegiados socialmente em oposição de uma minoria detentores do poder. 
Em contrapartida, para Fachim (2014), o sexo biológico, pode delimitado como o conjunto de característica fisiológica, onde se encontram informações cromossômicas, os órgãos genitais e os caracteres secundários possibilitando a diferença entre macho e fêmea. Sendo assim, sexo teria uma matriz biológica, e ressaltada que juridicamente, existe a determinação legal de designação do sexo (masculino e feminino) ao indivíduo quando nasce, de maneira que tal classificação tomo como base apenas o sexo biológico, através da observância da genitália. 
Já o gênero, se refere a comportamentos, traços pessoais e posições sociais que a sociedade atribui a ser feminino ou masculino. Entretanto, os termos sexo e gênero não são sinônimos. Nesta ideia, destaca-se lição de Ann Oakley: 
Sexoé um termo biológico; “gênero”, um termo psicológico e cultural. O senso comum sugere que há apenas duas maneiras de olhar para a mesma divisão e que alguém que, digamos, pertença ao sexo feminino pertencerá automaticamente ao gênero correspondente (feminino). Na realidade, não é bem assim. Ser um homem ou uma mulher, um menino ou uma menina, é tanto uma atividade como vestir-se, gesticular, ter um trabalho, redes de sociabilidades e personalidade, quanto possuir um tipo particular de genitais. (OAKLEY, 2016)
Podemos observar que a definição de gênero vai muito mais além da ideia de sexo biológico. Ela não envolve apenas elementos anatômicos, mas também fatores sociais, culturais, históricos e psicológicos. 
Já a orientação sexual, para Fachin (2014), é o sexo das pessoas que o sujeito elege para se relacionar afetivamente e sexualmente. 
Para Bento (2007), não podemos confundir gênero com orientação sexual, posto que aquele, é pessoal (como o ser se enxerga), enquanto está é interpessoal (a quem a pessoa se relaciona fisicamente, emocionalmente ou romanticamente). 
Por fim, a identidade de gênero, segundo Butler (2016), é um processo de se fazer o corpo feminino ou masculino, conforme as características que são tidas como diferenças e sobre as quais se atribuem significados culturais.
Conforme o exposto, observa-se que a identidade de gênero é a concepção intima e pessoal que a pessoa tem sobre o seu gênero, e vai muito mais além da orientação sexual que escolhe. Portanto, a identidade sexual é formada por componentes psicossociais que nem sempre está de acordo com o sexo aparente.
Portanto, percebe-se que a transexualidade é ter uma identidade de gênero diferente do sexo aparente, representado pela genitália exteriorizada. 
2.2. TRANSEXUAL
Conforme Lopes (2009), etimologicamente, a expressão “transexual” surgiu em 1953, quando foi usada pelo endocrinologista americano Harry Benjamin, para designar indivíduos que, biologicamente normais, relatavam inconformidade com o seu sexo e expressavam vontade profunda de troca de sexo, apesar de possuírem aparelhos genitais em perfeito estado. 
De acordo com o Manual de diagnóstico e estatísticas das perturbações mentais, o transtorno de identidade de gênero acontece quando existe uma sensação persistente de incompatibilidade entre o gênero experiente e o gênero que lhe é atribuído. Tem sua definição através de sentimentos fortes e persistentes de identificação com gênero oposto e apresenta um grande desconforto com o seu próprio sexo, causando angustia ou comprometimento significativo. As pessoas com transtorno de identidade de gênero desejam viver como pessoas do sexo oposto e na maioria das vezes se vestem e usam maneirismo de acordo com o outro gênero. 
Vale destacar, que o conceito de transexual, apesar de algumas pessoas ainda terem a ideia de que tal está ligado a uma patologia, há um avanço considerável com a fomentação das discursões de despatologização da transexualidade. Conforme exposto abaixo: 
Os transexuais são pessoas que experimentam desconforto psíquico com seu sexo antagônico, desejando obsessivamente ter seu corpo readequado ao sexo oposto que creem possuir. Para eles, a operação de mudança de sexo é uma obstinação, não se comportando em momento algum de acordo com o seu sexo biológico. O transexual autêntico não se reconhece como homossexual, tendo aversão por sua genitália, tanto do ponto de vista de sua conformação anatômica quanto de sua funcionalidade, se distinguindo dos homossexuais, nos quais a genitália desempenha um papel importante (LOPES, 2009).
No Brasil, apesar dos avanços, especialmente na jurisprudência, na linha de pensamento de não reconhecer os transexuais como pessoas doentes, a partir de meados de 2018, e permitir o reconhecimento de seus direitos, o Conselho Federal de Medicina – CFM, ainda vem classificando a transexualidade como uma doença, ao ser definida na Resolução nº 1.955/2010, que a transexualidade é um desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência a automutilação e/ou autoextermínio. 
Em resumo, a transição é um meio necessário para afirmar a sua identidade sexual, e nela inclui etapas e intervenções que são implementadas em diversos graus por pessoas dentro dessa comunidade diversificada não importando assim a idade biológica da pessoa. Recentemente, a tendência geral te, sido que seja mais aceito pelas pessoas, provavelmente devido a maior visibilidade de gênero e ao aumento da aceitação social. 
3. AS REGRAS DE APOSENTADORIA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Nesse capitulo será abordada a parte previdenciária em relação aos direitos inerentes à pessoa do trabalhador, seja para concessão de aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição. O desenvolvimento da temática se dá através da análise sobre o direito à aposentadoria seja qual for a sexualidade do indivíduo contribuinte. 
3.1. O DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL 
A criação da Previdência Social tem sua previsão no artigo 201 da Constituição Federal, o qual prevê a organização da Previdência Social. No presente artigo pode-se observar o caráter contributivo e a filiação obrigatória no sistema previdenciário brasileiro, assim como alguns dos benefícios a serem assegurados, de modo a orientar o legislador.
Já na esfera infraconstitucional há leis voltadas à questão previdenciária seguindo a linha do texto constitucional, o que levou a promulgação da Lei de Custeio, também chamada de Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei nº 8.212/91), a qual tem como objetivo organizar, conceituar, dizer quem são os segurados e quem têm direito aos benefícios previdenciários, conforme previsão em Lei. Vale ressaltar também a Lei nº 8.213/1991, a qual tem por objetivo dispor sobre os planos de Benefícios a serem oferecidos pela Previdência Social.
É necessário destacar que a previdência social é trazida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos como um direito fundamental: 
Artigo 25
1. Todos os seres humanos têm direito a um padrão de vida capaz de assegurar a saúde e bemestar de si mesmo e da sua família, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora do seu controlo.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozarão da mesma proteção social.
Na Lei dos Planos de Benefício da Previdência Social (Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991), no seu artigo 1º é possível observar que a Previdência Social tem caráter protetivo, melhor dizendo, busca a proteção do trabalhador e direitos inerentes a este. 
Art. 1º A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
 Daí o traço retributivo e assistencial da Previdência Social. Não obstante, mesmo diante de uma proteção inicialmente integral para todos os trabalhadores, não ocorre bem assim. Acontece que algumas pessoas não são amparadas por esta gama de direitos protetivos ao trabalhador, ao menos não em sua integridade.
O que acontece na situação do transexual, que ao solicitar a concessão da aposentadoria, após a mudança do gênero, não percebe a mesma garantia que outros cidadãos. Um exemplo desta situação, é mesmo após a mudança de sexo, ao pleitear um benefício, ele será inserido nas normas do sexo que nasceu. 
3.2. APOSENTADORIA POR IDADE E POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIA – RGPS
Não existe muitas controvérsias acerca da aposentadoria por idade para o trabalhador, pois no artigo 25, da Lei dos Planos de Benefício da Previdência Social, nº 8.213 de 24 de julho de 1991, prevê a quantidade de tempo necessário para ter direito de pleiteara aposentadoria.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: 
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais
Diante do exposto, observa-se que há um requisito muito importante a ser preenchido pelo pleiteante à aposentadoria, que é 180 (cento e oitenta) contribuições. Porém, não é somente esse requisito a ser preenchido, mas também é necessário ter a idade mínima, que é o principal requisito, conforme definido no artigo 48 da Lei 8.213 de 1991, é de sessenta e cinco anos para o homem e sessenta anos para mulher. 
Assim sendo, é obrigatório preencher os dois requisitos acima citados, para ter direito a pleitear a aposentadoria. Entretanto, para os segurados na condição de segurado especial da previdência, há uma redução de 05 (cinco) anos na idade (conforme o artigo 48, §§ 1º e 2º da Lei 8.213), levando em consideração que o trabalhador rural realiza muito mais esforço físico ao longo da sua vida e de sua jornada diária de trabalho, levando em consideração um trabalhador urbano.
O trabalhador rural poderá exercer a sua atividade de forma descontinua, sendo assim, poderá realizar a sua contribuição para a previdência por trabalho rural e urbana, nesta situação, deverá solicitar uma aposentadoria híbrida, que só será concedida através de uma decisão judicial, desde que o homem possua 65 (sessenta e cinco) anos de idade e a mulher 60 (sessenta) anos, e concomitantemente possuírem tempo de contribuição necessário para pleitear o benefício, sendo 30 (trinta) anos de contribuição para mulher e 35 (trinta e cinco) para o homem. E desse tempo de contribuição no mínimo 15 (quinze) anos deverá ser urbano. 
Em contrapartida, a aposentadoria com base no tempo de contribuição da pessoa é concedida em relação a quantidade de contribuições feitas à previdência e a idade mínima. Conforme a previsão do artigo 52 da Lei nº 8.213 de 1991, o contribuinte tem direito de pleitear a aposentadoria ao realizar 30 (trinta) anos de contribuição, no caso do homem, e 25 (vinte e cinco), no caso da mulher: 
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino
Porém, ao solicitar a concessão da aposentadoria com base nessa quantidade de tempo, o indivíduo não receberá o benefício na sua totalidade. Isto é, irá receber somente uma proporção do que teria direito de se aposentar se realizassem mais 05 (cinco) anos de contribuição, conforme previsão no artigo 53, inciso I e II da Lei nº 8.213/91: 
Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço, observado o disposto na Seção III deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de: 
I - para a mulher: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço; 
II - para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
Conforme o artigo descrito acima, o valor recebido será de 70% (setenta por cento) do que teria direito caso optasse a contribuir por mais 05 (cinco) anos. Isso é utilizado na aposentadoria por tempo de contribuição, isto é, quando o contribuinte ainda não possui o requisito idade para se aposentar. 
4. REGRA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA A CONCESSAO DA APOSENTADORIA PARA OS TRANSEXUAIS
Sabe-se que o direito à aposentadoria requer o preenchimento de alguns requisitos, tais como, o recolhimento anterior de contribuições mínimas, o período de carência de 15 (quinze) anos se falando em segurado especial.
A Previdência Social, possui caráter protetivo, buscando assim proteger os trabalhadores bem como os direitos inerentes a estes, conforme o artigo 1º da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991:
Art. 1º A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Para o trabalhador comum o artigo 25 da Lei 8.213 de 24 de julho de 199, determinar a quantidade de tempo necessário de contribuição para ter direito a pleitear a aposentadoria.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.
Porém, além do requisito de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais é necessário também o período de carência, conforme o artigo 27 e 27-A da Lei 8.213.
Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. Art. 27-A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.
Ou seja, para ter direito à aposentadoria, há de se cumprir os dois requisitos acima explicados. Entretanto, existe a condição de segurado especial na Previdência Social, tais segurados possuem um “bônus”, de redução para a idade de aposentadoria de 05 (cinco) anos, levando em consideração que o trabalhador rural equiparado ao trabalhador urbano depreende muito mais esforço físico ao longo da sua vida e sua jornada diária de trabalho, conforme no artigo 48, §§ 1º e 2º, da Lei dos Planos de Benefício da Previdência Social, nº 8.213 de 24 de julho de 1991:
§ 1º Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11 
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei.
Porém, ainda não temos respostas legislativas e nem jurisprudenciais se a alteração de nome e gênero de pessoas transexuais possuem caráter declaratório ou constitutivo, ou seja, se o contribuinte fará jus aos benefícios previdenciários levando em consideração as regras do sexo que nasceu ou do sexo que se identifica no momento do requerimento do benefício, ou será realizado um cálculo misto, levando em consideração a sua contribuição em ambos os sexos.
Tal assunto foi tema do I Congresso Brasileiro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) de Direito das Famílias e Direito Previdenciário, o qual aconteceu na cidade de Belo Horizonte/MG, em junho de 2018. NoCongresso, Társis Nametala Sarlo Jorge, defendeu o posicionamento de haver um cálculo proporcional levando em consideração o período contribuído em ambos os sexos do contribuinte.
“É equânime que se contabilize o tempo e a idade de forma proporcional, do período em que aquele ser humano é considerado juridicamente homem e do período em que ele é considerado juridicamente mulher. Uma regra de três simples em que vai se chegar a uma quantidade de anos de contribuição”, diz. “Isso, a meu ver, protege o interesse da pessoa, garante os direitos fundamentais e não causa um eventual desequilíbrio financeiro da previdência social.”  (Jorge, Társis Nametala Sarlo, I Congresso Brasileiro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) de Direito das Famílias e Direito Previdenciário, 2018).
4.1. REFLEXOS DAS QUESTÕES DE GÊNEROS DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O TRANSEXUAL
Conforme Figueiredo (2017), o sexo jurídico devido resultar na modificação do registro civil que podem causar repercussões em diversas esferas do Direito, sendo a previdenciária uma delas. 
Em relação ao Direito Previdenciário do transexual, a questão é em saber qual regra é aplicada para contagem do prazo para aposentadoria e o cálculo do valor a ser pago, se será a do gênero que a pessoa se identifica, ou do sexo definido com o nascimento, tendo em vista que como dito antes há uma diferença de 05 (cinco) anos entre a aposentadoria do sexo masculino e feminino.
Vale ressaltar que não existe previsão normativa para a aposentadoria dos transexuais, nem precedentes jurisdicionais, existindo uma obscuridade da lei nesse sentido.
Sendo assim, ainda que a pessoa mude de sexo, de nome e altere seu registro civil, ainda assim encontrará efeitos negativos para aposentar-se. O transexual que desejar se aposentar com o sexo oposto ao qual nasceu enfrentará algumas dificuldades, principalmente se o sexo que a pessoa se identifica for o feminino, devido à redução de 05 (cinco) anos no requisito idade. 
Encontramos assim o questionamento, pois a redução de 05 (cinco) anos no requisito idade para mulheres, se dá pelo fundamento de que a mulher exerce uma dupla ou tripla jornada em casa e no trabalho, entretanto se o transexual homem que almeja se aposentar como mulher, é considerado pela previdência como homem, ou seja, não teria seu prazo reduzido, restando apenas a via judicial para a resolução de tal questionamento.
A jurisprudência reconhece o sexo jurídico, de acordo com a identidade de gênero de cada pessoa. Porém, no caso do transexual, não existe uma lei garantindo o direito previdenciário dos transexuais. 
De acordo com Sousa (2010), no Brasil, “carece de leis que possam regulamentar este direito, afim de que se possa fazer cumprir os preceitos fundamentais da própria Constituição, que atualmente é insuficiente para tratar de tais direitos”.
Maria Helena Diniz defende a aplicação da “regra da proporcionalidade do tempo de serviço à nova realidade, computando-se o tempo cumprido como homem e o a cumprir como mulher”
Sendo assim, havia um cálculo proporcional, ponderando o tempo de contribuição de cada sexo, aplicando a cada período a regra correspondente.
4.2. CASO CONCRETO DA APOSENTADORIA DOS TRANSEXUAIS
Os juízes da Suprema Corte do Reino Unido, em 2016, tinham uma situação a ser decidida, uma pessoa transexual a qual nasceu com o gênero masculino, mudou de sexo e tornou-se mulher, ele fez a cirurgia de mudança de sexo, porém seu sexo no registro civil nunca foi alterado. Aos 60 anos essa mulher trans requereu a aposentadoria por idade, tendo o seu pedido negado. O caso foi parar na Corte Europeia de Direitos Humanos, onde a Inglaterra foi condenada a conceder a aposentadoria por idade para a mulher trans seguindo os critérios de idade previstos para as mulheres.
O Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Relator Herman Benjamin, em julgamento do Agravo interposto pela União contra decisão de inadmissão do Recurso Especial, não conheceu do recurso extremo, sendo assim o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) foi mantido, sendo assim Maria Luiza da Costa foi a primeira transexual a se aposentar dos quadros da Força Aérea Brasileira, conforme a ementa abaixo:
ADMINISTRATIVO. MILITAR DA AERONÁUTICA TRANSEXUAL. REFORMA EX OFFICIO POR INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO MILITAR. NULIDADE DO ATO. PROMOÇÕES. 1. O ato administrativo que transferiu a autora para a reserva remunerada, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, com fundamento na sua transexualidade, configurou-se em um ato desprovido de razoabilidade, posto que fundamentado em sua incapacidade definitivamente para o serviço militar, desvinculado, portanto, do que foi apurado nos autos, onde restou comprovada, por meio de perícia médica judicial, a plena higidez física e mental da autora. 2. Tendo sido decretada a nulidade do ato conduziu a autora à inatividade, ela não pode ser prejudicada em seu direito às promoções que eventualmente teria direito se na ativa estivesse, no período em que ficou indevidamente afastada do serviço ativo, nos expressos termos dos artigos 59 e 60 da Lei n. 6.880/80, agora na condição pessoa do sexo feminino. 3. A despeito da inexistência de efetivos femininos no Quadro de Cabos da Aeronáutica, em homenagem à igualdade e dignidade da pessoa humana, à Autora devem ser conferidas todas as promoções que porventura teria direito, na condição de pessoa do sexo masculino, até o último posto possível na carreira. 4. Diante da ação cautelar acessória e vinculada a este processo, cumpre esclarecer que a permanência da Autora no imóvel funcional em que reside - o que não compõe o objeto deste recurso, pois, muito embora tenha existido o pedido, não houve decisão nem recurso -, será dependente das eventuais promoções a que ela tenha direito. Isso porque dependendo de sua graduação, estende-se o seu tempo de permanência na Força, conforme o art. 98 da Lei 6.880/80. 5. O militar, na condição de excedente, aqui referida em aplicação analógica, por ter cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, além de retornar ao respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo militar, bem como à promoção e à quota compulsória. 5. Deve ser reconhecido o direito da autora às eventuais promoções por tempo de serviço no período em que esteve ilegalmente afastada do serviço castrense, pois ela é considerada, para todos os efeitos, como em efetivo serviço, por expressa previsão legal. 6. Razoável a fixação da verba honorária em R$ 2.000,00 (dois mil reais), à luz da jurisprudência firmada a respeito do tema, que vem condenando a União no percentual de 10% sobre o valor da condenação. 7. Apelação da União e remessa oficial a que se nega provimento. Apelação da Autora provida.” (AC 0025482-96.2002.4.01.3400, DESEMBARGADOR FEDERAL NÉVITON GUEDES, TRF1 - PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 13/05/2014 PAG 88.)
A primeira aposentadoria de transexual aprovada pelo INSS de forma administrativa ocorreu em 2019, a aposentadoria foi concedida para uma servidora do MPSP (Ministério Público de São Paulo), no caso em tela a pessoa nasceu com o gênero masculino e em 2005 começou o processo de retificação em seus documentos, em 2008 conseguiu trocar de nome e em 2012 conseguiu a mudança de gênero. Ela foi aposentada como uma mulher trans, seguindo as regras de aposentadorias para mulheres, Mary Fernanda Mariano se aposentou aos 54 anos e após trabalhar 32 anos, 6 meses e 24 dias. Ela foi aposentada em julho de 2019.
Em janeiro de 2020, o Estado de São Paulo recebeu pela primeira vez um pedido de aposentadoria de uma pessoa trans, aos 54 anos e com quase 32 anos de trabalho no sistema prisional, Jil solicitou aposentadoria dia 11 de julho de 2019, ainda com sua documentação do sexo feminino, obteve como resposta do SPPrev (São Paulo Previdência) que deveria trabalhar mais 03 meses e aguardar a decisão em casa. Durante o mesmo períodofoi autorizada a retificação de nome e gênero que havia sido solicitada há 04 anos. Quando Jil mandou sua nova documentação agora como homem trans para a Secretaria da Administração Penitenciaria (SAP), teve pela SPPrev seu pedido indeferido temporariamente e recorreu a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para entender se Jil fazia jus a aposentadoria de acordo com os critérios de aposentadoria para homens ou mulheres. O processo está em análise, sem previsão de quando será solucionado. 
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em relação ao tema do presente estudo, há uma grande dificuldade para o atual problema da aposentaria do transexual, e isso acontece, principalmente, pela ausência de legislação que atenda esse pleito. Nota-se que em relação ao direito previdenciário dos transexuais ainda há muito o que se evoluir, devido a evolução jurídica não conseguir acompanhar as evoluções sociais.
Na maioria das vezes devido essa lacuna a aposentaria por idade dos transexuais acabam resultando um processo judicial, para tentar solucionar os problemas encontrados, mesmo ele possuindo a alteração em seu registro civil com a mudança de sexo. 
Mesmo ele possuindo já alguns direitos resguardados, a previdência ainda não é um dele. Não há uma saída mais justa ou menos injusta na situação de mudança de sexo para o transexual e o seu direito a aposentadoria, decorrente da ausência de legislação e necessidade dessas regras para fazer valer o direito inerente ao cidadão, independente da sua concepção de gênero.
Portanto, apesar da Lei da Previdência Social n.º 8.213/91 e a Lei da Seguridade Social n.º 8.212/91 não trazerem normas especificas sobre as regras da aposentadoria dos transexuais, eles não podem ter seus direitos de segurados subtraídos. 
Apesar da “Reforma Previdenciária” que tem como objetivo algumas mudanças previdenciárias não foi abordado o tema aqui discutido, deixando passar a oportunidade de tratar a celeuma envolvendo a aposentadoria dos transexuais. 
Perante o exposto, nota-se que o despeito da ausência de legislação, e até mesmo jurisprudências em relação as regras previdenciárias a serem utilizadas nas aposentadorias dos transexuais, soa mais razoável, até mesmo diante da busca de identidade, que almeja o reconhecimento do transexual como individuo portador de direitos e prerrogativas, regras essas inerentes ao sexo adequado.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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