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particula SE

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Usos da partícula “se” na língua portuguesa
A partícula “se” quando pode ser usado como pronome apassivador e também como índice de indeterminação do sujeito, nos dois casos ela vem acompanhada de um verbo na 3ª pessoa, mas o tipo de verbo que usamos junto com ela é que vai nos ajudar a identificar qual das duas funções ela está desempenhando. 
	
Quando usamos a partícula “se” como pronome apassivador, ela serve para indicar que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Para identifica-la como pronome apassivador o verbo pode nos ajudar, pois é necessário que ele seja transitivo direto (aquele que necessita de complemento) e que esteja na 3ª pessoa. 
Exemplo: Aprovou-se o novo candidato.
O verbo ‘aprovou’ está acompanhado da partícula SE, ele é transitivo direto e está conjugado na 3ª pessoa, assim esta frase está na voz passiva, sendo assim o sujeito é passivo, ele recebe a ação, no caso o candidato recebeu a ação de ser aprovado, e a partícula SE foi usada justamente para indicar isso, assim ela é chamada de pronome apassivador. Esse exemplo está na voz passiva sintética, sempre que a partícula SE funcionar como pronome apassivador ela vai aparecer nessa forma de passiva.
Quando usamos a partícula “se” como índice de indeterminação do sujeito, ou seja, não conseguimos identificar quem realizou a ação, o “se” acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Precisa-se de funcionários.
O verbo ‘precisa’ está acompanhado da partícula SE, ele é transitivo indireto (aquele que precisa de uma preposição para liga-lo ao complemento) e esta na 3ª pessoa do singular, sendo assim nessa frase a partícula SE funciona como índice de indeterminação do sujeito. Não conseguimos identificar quem é que precisa de funcionários, assim o sujeito é indeterminado por causa do uso da partícula SE. 
Uma dica para diferenciar esses dois usos da partícula SE é tentar transformas as frases em voz passiva analítica, pois quando SE é pronome apassivador a frase poderá ser transformada, mas quando SE for índice de indeterminação do sujeito não. O exemplo 1 pode ser transformado em: ‘O novo candidato foi aprovado’, e continua tendo o mesmo sentido, já o exemplo 2 ficaria: ‘O professor é precisado’, o que não teria sentido.

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