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HISTÓRIA DOS AVIVAMENTO SETBAN

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1 
SETEBAN 
Seminário Teológico Batista Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho faz parte do programa da 
disciplina História dos Avivamentos, 
Orientada pelo Professor Pr. Elizeu 
Silva. 
Aluno: Rubem Pinheiro Duarte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
ÍNDICE 
 
 
 
1. Conceito .............................................................................. 3 
2. Avivamento no Velho Testamento ....................................... 3 
3. Avivamento no Novo Testamento ....................... 7 
4. Avivamento na História do Cristianismo .............................. 8 
A. O Puritanismo (séculos 16 e 17) ................................... 8 
B. O Pietismo (séculos 17 e 18) ........................................ 8 
C. O Despertamento Evangélico Inglês (século 18) .......... 8 
D. Os Avivamentos Norte-Americanos .............................. 9 
E. Primeiro Grande Despertamento .................................. 10 
5. Conclusão ............................................................................ 12 
6. Bibliografia ........................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
História dos Avivamentos 
 
1. Conceito. 
O fenômeno do avivamento, ou seja, a revitalização e aprofundamento da 
experiência religiosa na vida de indivíduos e grupos, geralmente de modo intenso e 
dramático, é algo comum a todas as religiões. Não é diferente com a tradição judaico-
cristã. O Antigo e o Novo Testamentos mencionam vários eventos dessa natureza (2 Rs 
22.8—23.3; 2 Cr 7.1-3, 14; 32.26; 34.27; Esdras 9 e 10; Neemias 8 e 9; Lc 3.1-14; Atos 
2; etc.) e isso tem se repetido inúmeras vezes na história do cristianismo. O 
protestantismo tem sido um campo fértil para tais ocorrências, inicialmente na Europa e 
depois nos Estados Unidos. 
“A obra do Espírito Santo no sentido de restaurar o povo de Deus a uma vida 
espiritual, testemunho e trabalho mais dinâmicos, mediante a oração e a Palavra, após 
profundo arrependimento por seu declínio espiritual. Os elementos permanentes do 
avivamento são a Palavra, a oração, o Espírito Santo e um Deus soberano que usa o 
ser humano como seu instrumento” (E.E. Cairns). 
“Avivamento é a reanimação daqueles que já possuem vida. No seu sentido 
estrito, diz respeito ao povo de Deus. Reaviva a vida espiritual que se encontra em um 
estado de declínio. É um instrumento de evangelização” (C.E. Autrey). 
O avivamento pode ser caracterizado pelo restabelecimento da verdade bíblica, 
de modo que a igreja seja edificada e capacitada para a obra de Deus em um mundo 
caído. 
Quando ocorre um avivamento genuíno, verifica-se a conversão ou salvação de 
incrédulos e uma forte relação da igreja com o evangelismo. 
Sendo assim o avivamento é caracterizado não apenas por uma ação individual, 
mas também coletiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
2. Avivamento no Velho Testamento. 
No Antigo Testamento o conceito avivar, vem da palavra hebraica Hyh, que 
assume o sentido de "preservar" ou "manter vivo". Porém, "avivar" não significa 
somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é 
uma consequência natural em toda vez que Deus aviva. 
Na história de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, 
livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que estavam impedindo o progresso 
da causa ou da alegria do povo de Deus. 
O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250 vezes no Antigo 
Testamento, das quais, 55 vezes estão num grau chamado piel. 
Um verbo nas formas do Piel, expressa uma ação ativa intensiva no hebraico. 
Neste sentido, o avivamento é sempre indicado como uma obra ativa e intensiva 
de Deus. 
Começando com o termo reavivamento, podemos notar que ele ocorre em 
Gênesis, Juízes, Samuel e Salmos. Segundo esses textos, uma pessoa pode ser 
reavivada ou revivificada em diferentes áreas da vida. 
Em Gênesis 45.27 “Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras de 
José, que ele lhes falara, e vendo ele os carros que José enviara para levá-lo, reviveu o 
espírito de Jacó seu pai”. 
José ordena que trouxessem o seu pai e lemos que o Espírito de Jacó, seu pai, 
reviveu. A palavra hebraica usada significa: "fazer o espírito vivo novamente, vivificado". 
Embora ele não estivesse morto, sem dúvida alguma estava muito abatido de 
espírito, muito triste; e ele reviveu, tornou-se reavivado em seu espírito. É muito difícil 
dizer que foi um reavivamento espiritual nesse caso; pois, ao que tudo indica, o que 
correu foi um reavivamento emocional. 
Em Juízes 15.19, Sansão estava muito faminto e sedento, mas, quando ele 
bebeu água, seu espírito recobrou alento e reviveu. Novamente ocorre a mesma frase, 
mas desta vez referindo-se ao bem estar físico e não apenas emocional. 
Em 1 Samuel 30.12, encontramos Davi que há três dias estava sem comer ou 
beber, então lemos que o seu espírito retornou, reviveu, quando ele comeu novamente. 
A palavra hebraica usada aqui significa "retornar, voltar", portanto, o seu espírito voltou 
a ele. 
Quando olhamos para o Salmo 80, aprendemos que a palavra também se aplica 
a um reavivamento, uma revivificação da alma. No versículo 3, temos: "faze-nos voltar 
(restaura-nos) ó Deus, faze resplandecer o teu rosto e seremos salvos"; no verso 7: 
"faze-nos voltar (restaura-nos) ó Deus dos Exércitos, faze resplandecer o teu rosto, e 
seremos salvos"; no verso 14: "volta-te para nós". O mesmo verbo está usado aqui, mas 
agora, não com o sentido de "restaura", mas de "volta"; no verso 18: "não nos iremos de 
após ti, (reaviva-nos) guarda-nos em vida, e invocaremos o teu nome". Então aqui 
temos o verbo "reaviva-nos" que significa "fazer reviver" em lugar de "retornar" ou 
"voltar". Na verdade este Salmo é uma súplica por uma volta, um reavivamento. 
 
 5 
No Salmo 85:6, a questão colocada é: "não tornarás a vivificar-nos para que o 
teu povo se alegre em ti?". Em hebraico lê-se mais ou menos como se o salmista 
estivesse dizendo: "deixa-me respirar novamente, traze-me o fôlego novamente". 
Mas o Salmo 19:7 diz que "a Lei do Senhor (a Toráh) é perfeita, e refrigera 
(vivifica) a alma". A Lei do Senhor, a Palavra do Senhor, revivifica, reanima 
completamente a minha vida. 
Também em Isaías 57:15 encontramos este termo: "Porque assim diz o alto e o 
sublime que habita na eternidade, cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e 
também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e 
também para vivificar o coração dos contritos". Conforme o contexto desta passagem, 
o Deus Soberano, Sublime, que habita na eternidade, condescende-Se a descer até o 
homem penitente, o homem contrito de espírito, para vivificá-lo. 
Há outras passagens que tratam desta renovação. Em Habacuque 3, por 
exemplo: Deus restaura, Deus vivifica, e Deus renova. E Habacuque ora para que a 
obra de Deus continue e ela seja renovada, restaurada de uma maneira nova. 
Então, sumarizando o ensino bíblico sobre a palavra reavivamento, ou 
vivificação, vemos que ela se aplica ao físico, ao emocional, assim como à situação 
interior do coração do homem penitente. Em Habacuque, e em outras textos, vemos 
Deus descendo até o homem e trabalhando com ele, renovando a Sua obra nele. 
Sendo assim podemos claramente demonstrar pelo texto do Velho Testamento 
que o avivamento ocorreu também nesses tempos registrados pela Sagrada Escritura. 
Precisamos estar atentos como estiveram os profetas e homens de Deus, 
conforme narra o Velho Testamento. 
O livro do profeta Ezequiel é mais um exemplo de chamada de volta a Deus e 
ordem divina por uma comunhão sincera. 
Ezequiel 33.30-32: "Quanto a ti, ó filho do homem, os filhos do teu povo 
falam de ti junto às paredes e nas portas das casas; e fala um com o 
outro, cada um a seu irmão, dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual seja 
a palavra que procede do Senhor. E eles vêma ti, como o povo 
costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as 
tuas palavras, mas não as põem por obra: pois lisonjeiam com a sua 
boca, mas o seu coração segue a sua avareza. E eis que tu és para 
eles como uma canção de amores, canção de quem tem voz suave, e 
que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por 
obra." 
 
 
 
 
 
 6 
De modo geral poderemos destacar situações distintas onde o avivamento ocorreu e 
foi registrado nas Escrituras Sagradas: 
1. Avivamento com Samuel – (1 Samuel 7, com capítulos 1 à 6 mostrando o 
contexto). 
2. Avivamento com Davi – (2 Samuel 6,7) 
3. Avivamento com Asa – (2 Crônicas 14-16) 
4. Avivamento com Josafá – (2 Crônicas 17-20) 
5. Avivamento com Jeoiada – (2 Crônicas 23,24) 
6. Avivamento com Ezequias – (2 Crônicas 29-32) 
7. Avivamento com Josias – (2 Crônicas 34,35) 
8. Avivamento com Zorobabel – (Esdras 1-6) 
9. Avivamento com Esdras – (Esdras 7-10) 
10. Avivamento com Neemias – (Neemias 1-13) 
11. Avivamento com Joel – ( Joel 1, 2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
3. Avivamento no Novo Testamento. 
 
Para tratarmos de avivamento a partir do Novo Testamento iremos apresentar o 
conjunto de palavras gregas que expressam o conceito básico de avivamento. 
São elas: egeíro, anastáso, anázoe e anakaínoo. 
Outras palavras gregas comparam o avivamento ao reacender de uma chama que 
se apaga aos poucos (‘anazopyréo em 2 Timóteo 1:6) – “Por cujo motivo te lembro que 
despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos”. 
No Novo Testamento a Igreja Primitiva apresenta-se como uma igreja avivada, 
mas ainda em Atos, percebemos que Deus precisou despertá-los espiritualmente, os 
pais da igreja ao longo dos séculos seguintes nos deixaram inúmeros relatos de 
avivamentos espirituais que vieram sobre cada geração de cristãos. 
Vemos nos dias relatados no livro de Atos que, no cenáculo, Deus manifestou 
poderosamente seu Espírito Santo, inaugurando assim a Igreja Neo-Testamentária. 
Cada uma das pessoas levantadas por Deus para mobilizar os avivamentos foram 
antes de tudo grandes guerreiros de Intercessão, Jejum e Oração! 
No apogeu de um grande avivamento Jesus aparece e é batizado por João 
Batista, depois de sair de um longo período de jejum e oração no deserto e ter vencido 
as tentações do diabo. Escolhe e treina seus discípulos; ascende aos céus, deixando-os 
na expectativa de receberam a promessa do Espírito (Lc 24.49-53; At 1.1-26). 
O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugura o 
avivamento, aquilo que Jesus havia predito (At 2.1-47). Marca-se, assim, o início de 
uma nova era na história da redenção. Por três anos Jesus trabalhara na preparação 
desse dia: – o dia em que a Igreja, discipulada por intermédio de seu exemplo, redimida 
por seu sangue, garantida por sua ressurreição, sairia em seu nome a proclamar o 
Evangelho “até os confins da terra” (At 1.8). 
O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento. Avivamento em Jerusalém, 
em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. E de lá para cá, são muitos os relatos 
da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, 
O Espírito Santo é o agente divino que usa a Palavra em mãos humanas. O 
Espírito Santo é o autor executivo do avivamento, é Ele que convence o homem de sua 
condição de pecador e o vivifica. Assim é o Espírito quem impulsiona o homem ao 
avivamento. Sem o Espírito Santo os ossos secos continuaram sem vida. Belém que 
literalmente significa “Casa de Pão” continuará sem pão e seus filhos continuarão 
fugindo para Moabe, “terra de morte”, conforme relatado no livro de Rute e os profetas 
não serão impulsionados a pregaram com poder e fervor a Palavra de Deus. 
A ação do Espírito Santo não parou na igreja primitiva. 
Ele continua como um agente ativo trabalhando nas vidas, capacitando homens e 
mulheres ao ministério, atuou e atua na história, proporcionando avivamentos ao redor 
do mundo. 
 
 8 
4. Avivamento na História do Cristianismo. 
Existem muitos registros de avivamentos na história da igreja cristã, mas iremos 
destacar os precursores mais imediatos dos avivamentos norte-americanos, 
influenciados por três movimentos europeus: 
 
A. O Puritanismo (séculos 16 e 17) 
Os puritanos foram os calvinistas ou reformados ingleses dos séculos 16 e 17 que 
visavam purificar a Igreja da Inglaterra em sua teologia, culto e forma de governo. 
Destacaram-se por seu grande apego às Escrituras, preocupação com a glória de Deus, 
ênfase à conversão, à vida espiritual e à santificação, e visão integrada da vida (família, 
igreja e sociedade), sob a autoridade suprema de Deus. Pressionados pelas 
perseguições, milhares de puritanos foram para a América do Norte, onde por um 
século procuraram pôr em prática a sua visão para a igreja e a sociedade. 
Ênfases dos puritanos: 
 A centralidade de Deus – colocavam Deus em primeiro lugar e avaliavam 
tudo o mais em relação a ele. Sua vontade revelada era o interesse 
supremo. 
 Toda a vida é sagrada – não faziam separação entre sagrado e secular; 
faziam da busca da santidade moral e espiritual a grande preocupação da 
vida. 
 Vendo a Deus nas coisas comuns – tudo na vida era um indicador de 
Deus e um condutor da graça; Deus exerce a sua soberania sobre todos 
os aspectos da vida. 
 
B. O Pietismo (séculos 17 e 18) 
Avivamento do luteranismo alemão no final do século 17, tendo como líderes 
iniciais Philip Jacob Spener (autor do livro Pia Desideria = Desejos Piedosos) e August 
Hermann Francke. Ênfases: cristianismo experimental e prático; pequenos grupos para 
comunhão, estudo bíblico e oração (collegia pietatis); importância da conversão e da 
vida espiritual e devocional. Realizaram notável obra missionária, educativa e social; 
influenciaram muitas pessoas e grupos em outras regiões; acenderam a chama do 
avivamento na Inglaterra e no Novo Mundo. 
 
C. O Despertamento Evangélico Inglês (século 18) 
Seus principais líderes foram o ministro anglicano-metodista João Wesley e o 
pregador calvinista George Whitefield. Iniciaram práticas como as pregações ao ar livre 
a grandes auditórios. Ênfases: evangelismo de massa, produção de hinos (Carlos 
Wesley, Isaac Watts), missões transculturais, reforma social. Outros nomes: John 
Newton, William Wilberforce. Alguns historiadores acreditam que o avivamento 
evangélico livrou a Inglaterra de uma revolução sangrenta como a que abalou a França 
(1789). 
 
 9 
D. Os Avivamentos Norte-Americanos 
 
1. Os puritanos da Nova Inglaterra 
 Plymouth (1620) 
 Boston (1630) 
 
2. Convicções 
(a) A soberania de Deus na salvação. 
(b) A autoridade das Escrituras – princípio regulador. 
(c) Ênfase na conversão e na vida santificada. 
(d) Visão unificada da sociedade – igreja e estado; áreas individual e pública. 
(e) Deus se relaciona com as pessoas através de pactos – igreja, comunidade, 
nação 
 
3. Prosperidade e declínio 
Após as dificuldades iniciais, os puritanos prosperaram na nova terra: vida 
confortável, pouca pobreza, educação. 
Com a prosperidade veio o declínio religioso: cristianismo nominal, apatia, 
mundanismo. Influência do racionalismo europeu. 
Crises: “pacto do meio-termo” (1662); guerra contra os índios (1675); julgamentos 
em Salem (1693). 
Anseio por revitalização expresso no púlpito e nas orações. 
 
4. Precursores do avivamento 
 Solomon Stoddard: Pastoreou por 60 anos a Igreja Congregacional de 
Northampton, Massachusetts; “colheitas” de almas em 1679, 1683, 1696, 
1712, 1718. 
 Theodore Frelinghuysen: chegou a Nova Jersey em 1719 vindo da 
Holanda; foi influenciado pelo pietismo alemão. Enfatizou a pregação, 
conversão, ceia somente para os convertidos e reuniões devocionais. 
Esses avivamentos iniciais foram limitados geograficamente, servindo de 
preparação para um evento muito mais amplo. 
 
 
 
 
 10 
E. Primeiro Grande Despertamento 
Essa obra de Deus, à medida que semultiplicou o número dos verdadeiros 
santos, logo produziu uma gloriosa transformação na cidade, de modo que na primavera 
e verão seguintes (ano de 1735), a cidade parecia estar cheia da presença de Deus. Ela 
nunca esteve tão cheia de amor e de alegria, e no entanto tão cheia de angústia, como 
esteve então. Houve notáveis sinais da presença de Deus em quase todos os lares. Foi 
uma ocasião de alegria nas famílias por causa da salvação que chegou até elas... Mais 
de 300 almas foram levadas a Cristo de modo redentor, nesta cidade, no espaço de 
meio ano... Eu espero que a grande maioria das pessoas da cidade, acima de 
dezesseis anos, tenham agora o conhecimento salvador de Jesus Cristo. (Fiel 
Narrativa) 
 
a. Pregadores: 
 
Jonathan Edwards (1703-1758) 
Gilbert Tennent (1703-1764) 
George Whitefield (1714-1770) 
 
 
b. Princípios bíblico-teológicos 
 
 Fundamento – as Escrituras e a fé reformada. 
 Ponto de partida – o Deus soberano em sua majestade, graça e glória. 
 Critério principal – Quem está no centro das atenções: Deus ou o ser 
humano? 
 Senso de incapacidade, pecaminosidade e dependência de Deus. 
 A atuação imprescindível do Espírito Santo. 
 Crítica das teorias de salvação que dão ênfase às obras humanas ou à 
capacidade humana. 
 
 
c. Conhecimento experimental de Deus 
 
 A necessidade de conversão. 
 A fé simplesmente intelectual não é suficiente. 
 Necessidade de entendimento e sentimentos (luz e calor). 
 A importância dos “afetos” ou “afeições” na vida espiritual. 
 Dois erros no avivamento: (a) mero emocionalismo; (b) ênfase não a Deus, 
mas às respostas humanas a Deus. 
 O conhecimento de Deus deve ser sensível, experimental, afetivo. 
 
 
 
 
 11 
d. Jonathan Edwards e o avivamento 
 
Jonathan Edwards defendeu veementemente suas ideias e destacou a 
importância e necessidade do avivamento, declarava a consciência de desvios, 
excessos e até manifestações satânicas, embora esses problemas não invalidam os 
aspectos positivos. 
Frisou também: 
 Critérios de autenticidade – “frutos visíveis”: 
 Convicção de pecado 
 Seriedade nas coisas espirituais 
 Preocupação com a glória de Deus 
 Apego às Escrituras 
 Mudança no comportamento ético 
 Relacionamentos transformados 
 Influência regeneradora na comunidade 
 
 
e. Efeitos do Primeiro Grande Despertamento 
1. Crescimento das igrejas 
2. Reflexão bíblica e teológica 
3. Ênfase em missões e educação 
4. Liberdade política e religiosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
5. Conclusão 
Os grandes avivamentos registrados nas Escrituras Sagradas, no Velho e Novo 
Testamentos, os avivamentos documentados pela história da igreja e em especial as 
reformas realizadas nos reinados de Asa e Josias e no Grande Despertamento da 
Inglaterra, possuem em comum o caos moral e religioso do povo, a mornidão espiritual, 
e a ausência do culto verdadeiro. Portanto, quando verificamos o declínio do 
evangelicalismo brasileiro, a superficialidade da fé cristã contemporânea, a falta de 
embasamento bíblico, o pragmatismo, o pluralismo e o secularismo dominante, não 
podemos nos abater, pois tais contextos foram vencidos em reformas anteriores. Não 
podemos concordar com a tese de Jean Baudrillard, citada por Brian K. Morley, de que 
“estamos condenados infinitamente a pós-modernidade”. 
Cremos que a terra e toda a sua plenitude e os que nele residem ainda pertencem 
o Senhor (Salmos 24.1) e que Ele convergirá tudo e todos em Cristo Jesus (Ef. 1.10). 
Cremos que Deus é o Senhor da história e, sendo assim, Ele próprio a colocará 
sobre seus trilhos. 
Podemos ainda ver erguer-se sobre o Brasil uma igreja de maioria ética, 
comprometida com os valores do Reino, que milite para ser sal e luz nesse mundo. Que 
seja evangelística, profética, referência, portadora de uma mensagem singular, que 
aponte o caminho para o céu, que valorize a cruz, o discipulado, que ensine a oração 
como um meio de nos aproximarmos de Deus e, por Ele, sermos moldados (e não o 
contrário). Uma igreja que ame o testemunho, que lute contra a miséria. Que denuncie 
os males espirituais e sociais, que se posicione sempre do lado de quem está com a 
verdade, que não seja corporativa, que não ajunte tesouros e edifícios na terra, que seja 
uma comunidade do amor, da restauração, e do perdão, que seja teológica, reflexiva e 
madura, que seja movida pelo Espírito Santo, que seja apaixonada por Jesus, seu 
Salvador e que impacte o Brasil, assim como fez em outras épocas e lugares na história 
da redenção. 
Que Deus abençoe o Brasil! 
Soli Deo Glória !!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
6. Bibliografia 
 
1. Centro Apologético Cristão de Pesquisas, no sítio: http://www.cacp.org.br/ 
[consultado em 06-04-2014]. 
2. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 
[on-line].http://www.priberam.pt/dlpo/seita. [consultado em 06-04-2014]. 
3. Hermenêutica: Princípios de Interpretação das Sagradas Escrituras / Eric Lund, 
P. C. Nelson – 2ª Edição revista e atual – São Paulo: Editora Vida, 2006. 
4. As mutações do campo religioso – Leonildo Silveira CAMPOS. Em: 
Caminhando, vol. 7, no. 1, 2002, p. 97-109 [Edição on-line, 2009]. 
5. Artigo: Avivamento Nos Dias De Jonathan Edwards: Relevância Atual. Alderi 
Souza de Matos 
6. Artigo: Lições Dos Avivamentos Americanos. Alderi Souza de Matos 
7. A BÍBLIA SAGRADA. Português. Tradução: João Ferreira de Almeida. 2 ed. 
Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2000. 
8. A BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. Português. Tradução: João Ferreira de 
Almeida. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 
1999. 
9. BOICE, James Montgomery ( Org.). Reforma Hoje. São Paulo: Cultura Cristã, 
1999. 
http://www.cacp.org.br/
http://www.priberam.pt/dlpo/seita.

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