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O Segredo do Reiki
Book · May 2013
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Sandra Ramos and Jorge A. Ramos
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O SEGREDO DO REIKI – REIKI
7
REIKI .................................................................. 15
REIKI ................................................................... 17
O SEGREDO DO REIKI ............................................ 19
PONTOS NOS IS DO REIKI ....................................... 22
COMPLEMENTARIDADE .......................................... 25
OS PRINCÍPIOS DO REIKI ........................................ 28
MEDITAGINAÇÃO ................................................. 33
MEDITAGINAÇÃO ................................................. 35
O PODER DA MEDITAÇÃO ....................................... 37
O PODER DA IMAGINAÇÃO ...................................... 43
\ – VIAGEM AO PARAÍSO .............................................. 54
MAPAS DE AUTOCURA ............................................ 60
O GRANDE QUADRO BRANCO ...................................... 61
O PODER DA LINGUAGEM ....................................... 64
LINGUAGEM E EMOÇÃO ............................................... 65
PSICOSSOMATOLOGIA .................................................. 73
O PODER PESSOAL ................................................. 78
LIMITAÇÕES OU CATAPULTAS? .................................... 80
DESCRISTALIZAÇÕES FÍSICAS ...................................... 80
LIBERTAÇÕES MNÉSICAS ............................................. 81
SISTEMAS DE CRENÇAS ................................................ 81
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O SEGREDO DO REIKI – REIKI
9
KANSHA SHITE .................................................... 161
KANSHA SHITE .................................................... 163
DESIPNOSE ............................................................. 166
\ – CARTA DE UM EU FUTURO .................................... 169
FELICIDADE ............................................................ 176
GOO HAGE ME ..................................................... 179
GOO HAGE ME .................................................... 181
\ – PARAR A AUTOSSABOTAGEM ................................. 186
O CEU ÍNDIGO ......................................................... 192
HITO NI SHINSETSU NI ........................................ 195
HITO NI SHINSETSU NI ........................................ 197
VISÃO DAS VÁRIAS VISÕES ..................................... 205
A TERCEIRA VISÃO ....................................................... 207
A QUARTA VISÃO .......................................................... 207
OS VÉUS DIMENSIONAIS .............................................. 208
A QUINTA VISÃO ........................................................... 208
\ – A VISÃO UNIFICADA................................................ 210
UMA VISÃO DA PERFEIÇÃO .................................... 215
WABI-SABI ........................................................... 219
WABI-SABI ........................................................... 221
PROFESSORES DE REIKI ........................................ 224
A PERFEIÇÃO DA IMPERFEIÇÃO ............................. 227
NECESSIDADE DE SER ACEITE .............................. 229
WABI-SABI APLICADA A CASAIS .............................. 234
\ – DUAS ÁRVORES QUE SE UNIFICAM ....................... 240
NO CENTRO O EQUILÍBRIO ..................................... 246
BEM-ESTAR ......................................................... 249
BEM-ESTAR ......................................................... 251
\ – DURMO ABENÇOADAMENTE .................................. 261
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O SEGREDO DO REIKI – REIKI
17
Se este é o primeiro livro sobre Reiki que o leitor tem 
nas mãos, perguntar-se-á legitimamente do que se trata. 
Eventualmente já leu algum artigo numa revista ou na 
Internet e talvez não tenha ficado completamente eluci-
dado, por isso começamos por definir o Reiki.
No nosso primeiro livro1 definimos muito sinteti-
camente o Reiki desta forma: «Um método que permite a 
qualquer ser vivo ligar-se à energia universal para com ela 
harmonizar a sua própria energia vital, bem como a de outro 
ser vivo.» (RAMOS & RAMOS, 2005: 59)
É esta ligação, ou sintonia, que essencialmente define 
o Reiki. Tentaremos traduzir um pouco melhor. Cientifica-
mente já se sabe que tudo o que existe é energia em diferen-
tes estados vibratórios e que toda a energia tem uma origem 
natural. Por exemplo, uma árvore é formada por um con-
junto de elementos naturais não transformados humana-
mente; já o objeto que o leitor tem nas suas mãos, embora 
seja também formado por elementos da natureza (entre os 
quais a polpa da madeira de árvores), estes são modifica-
dos habilmente pelo ser humano, resultando um livro. Mas 
1 Reiki – As Raízes Japonesas: O Tronco, Ramos, Folhas e alguns 
Frutos, Lisboa, Dinalivro, 2005.
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O SEGREDO DO REIKI – REIKI
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nossa experiência, o Reiki pode mesmo potenciá-las. 
Recordamo-nos a propósito, de uma pessoa que pertence 
à Igreja Católica e que após ser iniciada por nós em Reiki e 
ter desencadeado o seu processo de autocura integrando-o 
com as suas orações diárias, nos disse que «Antes só falava 
com Deus, agora falo com Ele e sinto-o». Lembramo-nos de 
outra pessoa que, encantada, disse-nos: «Não entendo bem 
porquê, mas desde que fui iniciado em Reiki o meu trabalho 
parece que tem rodas, enquanto antes sentia que tinha de 
o arrastar.»Sobre o Segredo do Reiki, Mikao Usui escreveu no 
Reiki Ryoho Hikkei, o manual que dava aos seus alunos 
(USUI, 1926: 12):
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SANDRA RAMOS & JORGE A. RAMOS
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Do texto original em japonês resulta a seguinte trans-
literação e a seguinte tradução para a língua portuguesa:
Transliteração Em Português
Shoufuku no hihoo, O método secreto para 
atrair bênçãos,
Manbyo no ley-yaku. a medicina espiritual 
de muitas doenças.
Kyo dake wa, okoru-na, 
shinpai suna, kansha 
shite, goo hage me, 
hito ni shinsetsu ni.
Só por hoje, não te irrites, 
não te preocupes, sê grato, 
trabalha arduamente e sê 
bondoso para todos os seres.
Asa yuu gassho shite kokoro 
ni neji kuchi ni tonaeyo.
De manhã e à noite, com as 
mãos em oração, canta-os 
com a tua boca e fá-los 
ecoar no teu coração.
Shin shin kaizen, 
Usui Reiki Ryoho.
Método Reiki Usui para 
mudar a tua mente e o 
teu corpo para melhor.
Chosso Usui Mikao. O fundador, Mikao Usui.
Mas como é possível que os Cinco Princípios, um con-
junto de simples sugestões, sejam um «método secreto 
para atrair bênçãos, a medicina espiritual de muitas doen-
ças»? Já abrimos a porta deste segredo, mas é preciso que 
o leitor entre no amplo, talvez infinito, espaço do conhe-
cimento interior e do desenvolvimento pessoal. Não basta 
decorar os Princípios e usá-los como um mantra (a repeti-
ção de palavras às quais é associado um poder específico), 
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SANDRA RAMOS & JORGE A. RAMOS
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As nossas emoções também são energia, ou melhor, 
elas são uma espécie de roupa com que vestimos a ener-
gia. Essa roupa é feita de um material leve e limpo (se 
as emoções são positivas, construtivas ou naturalmente 
baseadas no amor) ou de um material pesado e sujo (se 
são negativas, destrutivas ou baseadas no ódio).
E se nós escolhemos diariamente as roupas com que 
vestimos os nossos corpos físicos, será que também pode-
mos escolher estas outras roupas invisíveis que vestem 
os nossos corpos emocionais? Será possível vivermos em 
sociedade bem vestidos externamente e em simultâneo, 
também bem vestidos em termos emocionais?
Sabemos que não é fácil fazê-lo. Em especial quando 
se está habituado a conviver com indivíduos que usam rou-
pas feitas dos referidos materiais pesados e sujos, que por 
vezes estranhamente contrastam com as roupas gracio-
sas e dispendiosas com que vestem os seus corpos físicos. 
Sabemos que havendo um descuido, se houver contacto, 
as nossas roupas também ficam sujas. Como também 
sabemos que, por vezes, somos nós próprios a sujar as 
roupas leves e limpas de outras pessoas. Poderemos evitar 
estas dinâmicas? Haverá algum país, cidade, lugar onde 
só existam pessoas que vistam roupas leves e limpas?
Este Princípio do Reiki, okoru-na (não te irrites), sugere-
-nos um sítio onde podemos vestir roupas que estão sem-
pre engomadas, leves e limpas, pois lá, existe um roupeiro 
enorme com roupas de todas as cores, com os mais diver-
sos feitios, desenhadas para todas as estações e climas; é 
um roupeiro autorrenovável que existe numa assoalhada 
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O SEGREDO DO REIKI – KANSHA SHITE
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nele pois assumem-no como um (estranho) estado natural, 
eventualmente devido a imagens distorcidas interiorizadas 
em fases prematuras da vida, o que acaba por ser (estra-
nhamente) perfeito para o seu próprio crescimento, embora 
isso seja racionalmente questionável.
Por outro lado este estranho estado hipnótico-letárgico 
em que vivem tantas pessoas, em muitos momentos con-
trasta com a vibração de abundância que vai florescendo 
nos indivíduos que se vão desipnotizando, pois a perma-
nência dos primeiros na energia da carência testa até que 
ponto a escolha e a determinação em viver na vibração da 
gratidão e da abundância é de facto genuína ou é tão-só 
artificial, porque é uma escolha espiritualmente correta e/
ou porque é uma filosofia de vida moderna.
Verifica-se assim que a passagem de um estado de 
carência para um estado de gratidão não é um momento, 
mas um processo. É um processo de crescimento e de 
maturação espiritual onde se experienciam diversos con-
trastes, sendo alguns deles, internos. E por isso usámos 
aspas, no início das nossas reflexões sobre a expressão 
kansha shite, quando escrevemos que este é um Princípio 
do Reiki “muito simples”. É simples de dizer, de entender, 
mas: e incorporá-lo, vivenciá-lo genuinamente?
Conforme já deixámos expresso: «A atitude de gratidão 
implica também saber olhar para “o outro lado da moeda”. 
Quantas vezes algo nos acontece de muito doloroso e fica-
mos magoados com o mundo? Contudo, com o tempo, se 
espreitarmos o outro lado desse acontecimento, talvez con-
sigamos observar os aspetos benéficos dessa situação, e 
aí lembramo-nos deste princípio precioso: só por hoje, sou 
grato.» (RAMOS & RAMOS, 2005: 87). Por experiência 
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O SEGREDO DO REIKI – HITO NI SHINSETSU NI
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O terceiro olho é o olho do espírito, ou visão espiritual, 
cuja ligação à nossa estrutura biológica ocorre através 
do ajna chakra, o vórtice energético conhecido como ter-
ceira visão. Ela apercebe-se de factos que escapam à visão 
humana e sintetiza a energia de ideias e de pensamentos 
de outras pessoas (ainda que não os expressem verbal-
mente), os quais são captados pelo nosso corpo espiritual; 
é uma dinâmica que em geral catalogamos e interpretamos 
no nosso corpo físico como intuições.
Por exemplo, é a visão espiritual que permite saber 
que alguém está prestes a morrer: ela capta essa informa-
ção factual que pode acabar por chegar, ou não, às estru-
turas da personalidade via uma descodificação cerebral, 
a qual pode ser limitada ou amplificada em função dos 
sistemas de crenças e do trabalho espiritual efetuado por 
cada indivíduo.
O quarto olho é o olho da alma, ou visão átmica, 
cuja ligação à nossa estrutura biológica ocorre através do 
anahata chakra, o vórtice energético conhecido como cha-
cra do coração. A quarta visão sintetiza a energia das emo-
ções e dos sentimentos (ainda que não sejam fisicamente 
expressos), que são captados pelo nosso corpo átmico (ou 
alma) e descodificamos no corpo físico através de intuições 
com sentimentos acoplados.
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O SEGREDO DO REIKI – BEM-ESTAR
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\ 
Respiro fundo… e permito-me relaxar um pouco 
mais… respiro agora, um pouco mais fundo… e a cada 
respiração vou desacelerando a minha velocidade de 
leitura, agora… relaxo todos os músculos do meu corpo 
físico… todos os músculos, relaxam, agora… abrando 
o fluxo dos meus pensamentos… todos os pensamentos, 
abrandam, agora… pacifico as minhas emoções con-
tranatura… todas as emoções, pacificam-se, agora… 
e foco-me, somente neste texto, que me vai ajudar a 
relaxar muito profundamente… a dormir abençoa-
damente… e a despertar amanhã, renovado, vitali-
zado, com uma ótima disposição… por agora, volto a 
respirar fundo… e foco-me também, nas minhas bati-
das cardíacas… sinto toda a magia, toda a perfeição, 
deste meu órgão, poderoso, que reside no meu peito… 
e permito-me relaxar, ainda mais profundamente, 
sintonizando-me mais, agora, com a música do meu 
coração… deixando-me envolver, pelo ritmo, hipnó-
tico, deste meu tambor interno… que me encanta… 
me embala… e serena…
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SANDRA RAMOS & JORGE A. RAMOS
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Estes pilares linguísticos ficam também aqui disponí-
veis para quem goste e queira experimentar escrever medi-
taginações, gravá-las com a sua própria voz e desfrutar 
dos seus próprios textos, com as instruções e as imagens 
que considerem ser as mais adequadas.
No que diz respeito aos tempos verbais, predomina 
o presente do indicativo (o que é consubstanciado com a 
imbricação das formas nominais em formas verbais que 
se referem ao tempo presente, adquirindo as primeiras a 
referência temporal das segundas).
Sendo o tempo verbal «a variação que indicao momento 
em que se dá o facto expresso pelo verbo» (CUNHA & CIN-
TRA, 1984: 379), a análise desta caraterística linguística 
leva-nos a concluir que, remetendo maioritariamente os 
verbos para o tempo presente, existe uma tentativa, quase 
permanente, de vinculação da atenção do leitor (ou ouvinte 
no caso dos cds-áudio), para o momento em está a ler (ou 
a ouvir) a meditaginação, algo que se ajusta ao que advoga 
o psicólogo norte-americano Daniel GOLEMAN (1999: 60) 
sobre o centramento que as técnicas de meditação preco-
nizam estimular: «Sistemas diferentes de meditação podem 
adotar pontos de vista totalmente contraditórios entre si (…) 
O único ingrediente que não varia é a necessidade de que 
a pessoa que medita retenha a sua atenção, ou através da 
concentração ou do estado consciente.»
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