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AVALIAÇÃO ESTUDO DICIPLINARES IV

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• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto de Antonio Candido e analise as afirmativas a seguir: 
 
“Em comparação a eras passadas, chegamos a um máximo de 
racionalidade técnica e de domínio sobre a natureza. Isso permite 
imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas 
materiais do homem, quem sabe inclusive o da alimentação. No 
entanto, a irracionalidade do comportamento é também máxima, 
servida frequentemente pelos mesmos meios que deveriam realizar os 
desígnios da racionalidade. Assim, com a energia atômica podemos ao 
mesmo tempo gerar força criadora e destruir a vida pela guerra; com o 
incrível progresso industrial aumentamos o conforto até alcançar níveis 
nunca sonhados, mas excluímos dele as grandes massas que 
condenamos à miséria.” 
Fonte: CANDIDO, Antonio. Direito à Literatura in: Vários Escritos. 
 
I. O autor considera irracionais as tecnologias modernas. 
II. O autor destaca as contradições materiais do nosso tempo, 
afirmando que a racionalidade técnica não implica o fim das 
desigualdades sociais. 
III. O autor afirma que a racionalidade técnica, com o domínio sobre a 
natureza, é suficiente para resolver os problemas da humanidade. 
IV. O autor enaltece a evolução tecnológica, uma vez que ela melhora 
as condições de vida da população, possibilitando confortos nunca 
antes imaginados. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto e a charge a seguir. 
 
Para educar um filho – Rubem Alves 
 
“Era uma sessão de terapia. ‘Não tenho tempo para educar a minha filha’, ela 
disse. 
Um psicanalista ortodoxo tomaria essa deixa como um caminho para a 
exploração do inconsciente do cliente. Ali estava um fio solto no tecido da 
ansiedade materna. Era só puxar o fio... Culpa. Ansiedade e culpa nos levariam 
para o sinistro subterrâneo da alma. 
Mas eu nunca fui ortodoxo. Sempre caminhei ao contrário na religião, na 
psicanálise, na universidade, na política, o que tem me valido não poucas 
complicações. O fato é que eu tenho um lado bruto, igual àquele do Analista de 
Bagé. Não puxei o fio solto dela. Ofereci-lhe meu próprio fio. 
‘Eu nunca eduquei os meus filhos...’, eu disse. 
Ela fez uma pausa perplexa. Deve ter pensado: ‘Mas que psicanalista é esse 
 
que não educa seus filhos?’. ‘Nunca educou seus filhos?’, perguntou. 
Respondi: ‘Não, nunca. Eu só vivi com eles’. Essa memória antiga saiu da sua 
sombra quando uma jornalista, que preparava um artigo dirigido aos pais, me 
perguntou: ‘Que conselho o senhor daria aos pais?’. 
Respondi: ‘Nenhum. Não dou conselhos. Apenas diria: a infância é muito curta. 
Muito mais cedo do que se imagina, os filhos crescerão e baterão as asas. Já 
não nos darão ouvidos. Já não serão nossos. No curto espaço da infância há 
apenas uma coisa a ser feita: viver com eles, viver gostoso com eles. Sem 
currículo. A vida é o currículo. Vivendo juntos, pais e filhos aprendem. A coisa 
mais importante a ser aprendida nada tem a ver com informações. Conheço 
pessoas bem informadas que são idiotas perfeitos. O que se ensina é o espaço 
manso e curioso que é criado pela relação lúdica entre pais e filhos’. 
Ensina-se um mundo! Vi, numa manhã de sábado, num parquinho, uma cena 
triste: um pai levava o filho pra brincar. Com a mão esquerda empurrava o 
balanço. Com a mão direita segurava o jornal que estava lendo... 
Em poucos anos, sua mão esquerda estará vazia. Em compensação, ele terá 
duas mãos para segurar o jornal. 
Fonte: http://www.pingodegente.com.br/2010/01/um-pouco-de-rubem-
alves/. Acesso em 15 dez. 2014. 
 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
Com base nas leituras, analise as afirmativas: 
I. O humor da charge se concentra na contradição entre a afetividade exibida 
em redes sociais e o convívio real entre pai e filho. 
II. O autor sugere que os filhos não devem ser educados, pois o tempo é curto 
e, em poucos anos, eles crescem e não escutam mais os pais. 
III. O comportamento do pai da charge se assemelha ao do pai com o filho no 
parquinho, relatado por Rubem Alves. 
IV. De acordo com Rubem Alves, a falta de informações faz com que os pais 
não saibam educar seus filhos. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
O fim do trabalho? – Thomaz Wood Jr. 
 
O trabalho é ideia milenar nem sempre muito apreciada. A Grécia 
antiga não o tinha em grande conta e o considerava um inimigo da 
virtude, a cercear os homens de suas mais nobres aptidões, as quais 
deveriam ser desenvolvidas na filosofia e na política. As sociedades 
industrializadas modernas, contrariamente aos gregos, celebram o 
trabalho como valor central, algo capaz de gerar riqueza e bem-estar, 
beneficiando o indivíduo e a sociedade. 
Algumas tendências em curso sinalizam o declínio dos empregos 
estáveis, de tempo integral. A crise econômica do fim dos anos 2000 e 
a presente recessão brasileira nos levam a relembrar o drama do 
desemprego. Quando cortam quadros ou encerram atividades, as 
empresas projetam uma sombra sobre as comunidades. A arrecadação 
diminui, o consumo cai, os serviços básicos são afetados, a coesão 
cultural é enfraquecida e multiplicam-se patologias sociais e dramas 
pessoais. 
Os últimos séculos foram marcados por reinvenções sucessivas do 
trabalho, da agricultura para a indústria e desta para os serviços. As 
transições foram traumáticas, mas cada estado final representou uma 
evolução em relação ao seu ponto de partida, com mais empregos e 
mais riqueza. As tendências atuais apontam, entretanto, para a criação 
de uma massa paralela de destituídos, sem emprego ou competências 
para subsistir em um mundo intensivo em tecnologia. 
Podemos identificar três grandes tendências. A primeira delas é a 
superação do trabalho pelo capital. Desde os anos 1980, as empresas 
investiram em reestruturações e em automação industrial, na busca de 
formas eficientes para organizar o trabalho e automatizar seus 
processos. O resultado foi o enxugamento dos quadros e uma perda 
progressiva do poder de barganha do trabalho diante do capital. A 
segunda tendência é o desaparecimento progressivo do trabalhador. 
Estatísticas norte-americanas indicam um aumento inexorável do 
porcentual de homens que não estão trabalhando ou procurando por 
trabalho. A terceira tendência relaciona-se ao avanço das tecnologias 
de informação e comunicação. Os impactos de mudanças tecnológicas 
podem demorar anos para se manifestar, mas, quando ocorrem, são 
 
contundentes. Vendedores, caixas, atendentes e funcionários de 
escritórios são os primeiros na linha de fogo. 
O trabalho preenche três funções sociais: é uma forma pela qual a 
economia produz bens, um meio de as pessoas garantirem seu 
sustento e uma atividade que provê sentido e propósito à vida das 
pessoas. O que ocorrerá se as tendências acima mencionadas se 
aprofundarem? A primeira função social parece cada vez menos 
dependente de trabalhadores. A economia poderá continuar produzindo 
bens, com menor número de empregos. Mas sem salários, quem irá 
consumi-los? A terceira função social poderá ser substituída, uma vez 
que há outras atividades passíveis de prover sentido e propósito para 
os indivíduos. Mas o que ocorrerá com a segunda função social? Como 
continuar a garantir o sustento sem uma oferta condizente de 
empregos? 
Muitas pessoas detestam sua profissão, seu emprego ou ambos. 
Porém perder o ganha-pão pode ser trágico. Nos países desenvolvidos, 
a infraestrutura madura e as redes de proteção social, aliadas a certa 
criatividade individual e doses crescentes de empreendedorismo, 
poderão tornar a vida na informalidade laboral passável, até 
recompensadora. Nos países em desenvolvimento, a transição poderá 
ser mais dura e trágica. Entretanto, o pessimismo necessário deve ser 
temperado com doses homeopáticas de otimismo. Trabalhos estáveis e 
de tempo integral talvez sejam vistos no futuro como peculiaridadede 
uma época. Os nostálgicos lamentarão seu desaparecimento. Outros 
celebrarão seu declínio como uma porta aberta ao cultivo das virtudes, 
como desejavam os antigos gregos. 
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/860/o-fim-do-
trabalho-5512.html. Acesso em 03 ago. 2015 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. Para os gregos, o trabalho era visto como algo ordinário e reservado 
às classes inferiores, e tal visão justifica a crise econômica que a 
Grécia enfrenta, pois, segundo o texto, “as sociedades industrializadas 
modernas, contrariamente aos gregos, celebram o trabalho como valor 
central, algo capaz de gerar riqueza e bem-estar, beneficiando o 
indivíduo e a sociedade”. 
II. Segundo o texto, a redução de trabalhadores põe em risco a 
produção mundial, uma vez que “estatísticas norte-americanas indicam 
aumento inexorável do percentual de homens que não estão 
trabalhando”. 
III. Depreende-se do texto que a virtude humana sempre esteve 
associada ao trabalho e à produtividade, uma vez que o trabalho 
enobrece e dignifica o homem. 
IV. De acordo com o texto, a automação industrial e os avanços 
tecnológicos são responsáveis pela transformação das relações de 
trabalho. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
IV. 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
Garotinha de seis anos dá lição de igualdade de gênero para editora de livros 
infantis 
 
“Aos seis anos de idade, a garotinha Parker Danis costumava ser fã da série 
‘Biggest, Baddest Book of Bugs’. Mas quando percebeu que na mensagem da 
contracapa estava escrito que aquele era um livro ‘para garotos’, ela decidiu enviar 
uma carta com reclamações muito adultas para a editora ABDO. 
‘Queridos publicadores, eu sou uma garota de seis anos de idade e acabei de ler 
‘Biggest, Baddest Book of Bugs’. Eu realmente gostei da seção dos insetos que 
brilham no escuro e das questões no fim. Mas quando vi que a contracapa dizia que 
aquele era um livro para garotos eu fiquei muito triste. Fiquei chateada por existir 
algo como um ‘livro para garotos’. Vocês deveriam colocar ‘para meninos e meninas’ 
em vez de ‘para meninos’, pois algumas garotas também querem ser 
entomologistas’. 
Enviada no dia 20 de abril, a editora respondeu para a garota 20 dias depois com a 
seguinte mensagem: ‘Você tocou em um ponto muito importante: deveríamos ter 
feito ‘Biggest, Baddest Book of Bugs’ para todos. Afinal, garotas podem gostar de 
‘coisas de garotos’ também. Nós decidimos levar em conta o seu conselho e na 
próxima edição o livro se chamará simplesmente ‘Biggest, Baddest Book of Bugs’’. 
Um tempo depois (com Parker completando seus maduros sete anos), a editora 
enviou a nova edição – já alterada – para a garota. Em resposta à mudança, Parker 
disse publicamente: ‘Se quiserem, meninos podem ter cabelos grandes e garotas, 
cabelos curtos’.” 
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/12/garotinha-
de-seis-anos-da-licao-de-igualdade-de-genero-para-editora-de-livros-
infantis.html. Acesso em: 08 dez. 2014. 
 
Com base nas leituras, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
I. A garota da notícia e a da tirinha assumem posturas distintas, uma vez que a 
amiga de Calvin defende que há “coisas de menino e coisas de menina” e, por isso, 
não quer subir na árvore. 
II. A crítica da menina na carta à editora se fundamenta no argumento de que a 
ciência é algo que interessa aos dois gêneros, diferentemente de outros assuntos 
mais específicos. 
III. Os dois textos se posicionam contrariamente à discriminação por gênero, que 
pode se manifestar desde a infância. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia a charge a seguir: 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O objetivo da charge é enaltecer o modo como a internet contribui 
para a construção do conhecimento dos jovens. 
II. Na charge, sugere-se que o contato com as redes sociais pode, 
muitas vezes, fazer com que as pessoas percam o contato com o 
mundo real. 
III. O personagem da charge reconhece, no mundo real, aquilo que 
aprendeu na realidade virtual, o que indica o papel educativo da 
internet atualmente. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Vitória sobre infecções 
 
“O mundo está às vésperas de uma conquista inédita. Em breve, as 
doenças infecciosas, que vêm há milênios dizimando bebês e crianças, 
podem deixar de ser a principal causa de mortalidade infantil. 
Um estudo recente que modelou dados de 194 países mostra que, dos 
6,3 milhões de crianças com até cinco anos de idade que morreram em 
2013, 52% faleceram devido a moléstias infecciosas. Três anos antes, 
eram 64%. A virada está próxima, se é que já não ocorreu. 
Isoladamente, a principal causa de óbito é a prematuridade (15,4%), 
seguida de perto pela pneumonia (14,9%). Grandes vilões do passado, 
notadamente as diarreias, mas também sarampo e tétano, já não 
ocupam as primeiras posições. 
Segundo os autores da pesquisa, publicada no periódico médico 
britânico "The Lancet", a diminuição das mortes em 2013 em relação a 
2000 pode ser atribuída a ganhos no controle da pneumonia, diarreia e 
sarampo. São avanços formidáveis da humanidade. 
A partir desse ponto, contudo, melhorias tendem a ficar mais difíceis. 
Aos poucos, os países esgotam o arsenal de ações fáceis, capazes de 
atingir grandes fatias da população - oferecer água tratada e esgoto, 
fazer campanhas de vacinação e pelo aleitamento materno. 
À medida que se registram reduções nas mortes por infecções, os 
óbitos neonatais (até o 28º dia de vida) tendem a ganhar 
preponderância - e as iniciativas para enfrentá-los se tornam cada vez 
mais individualizadas e caras. 
Se o quadro global, de todo modo, é bastante positivo, há uma nota 
negativa para a qual é preciso chamar a atenção: permanecem abissais 
as diferenças entre as diversas regiões do planeta. 
Enquanto Estados desenvolvidos já baixaram há vários anos a 
mortalidade infantil para faixas inferiores a 10 óbitos por mil 
nascimentos com vida e nações emergentes estão chegando lá, países 
da África subsaariana continuam mal. 
Respondendo por 25% dos nascimentos no mundo e quase 50% dos 
óbitos de crianças até cinco anos, esse grupo eleva a taxa média do 
planeta para 46 óbitos por mil nascimentos com vida. 
Um índice bem melhor que os 200 por mil estimados para a Idade 
Média, mas muito pior do que aquele que seria possível atingir com o 
nível de conhecimento médico e avanço tecnológico do mundo.” 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/12/1555682-
editorial-vitoria-sobre-infeccoes.shtml. Acesso em 03 mar. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa 
correta. 
I. Em 2013, a pneumonia foi a principal causa de morte de crianças de 
até cinco anos, superando, pela primeira vez, o número de óbitos por 
doenças infecciosas. 
 
II. A promoção de água tratada e esgoto, as campanhas de vacinação e 
o estímulo ao aleitamento materno são medidas suficientes para 
erradicar a mortalidade infantil. 
III. Os dados mostram que o índice de mortalidade de crianças até 
cinco anos na África subsaariana é cerca de quatro vezes menor do 
que o estimado para a Idade Média e mais de quatro vezes maior do 
que o observado em Estados desenvolvidos. 
IV. A queda na taxa de mortalidade de crianças de até cinco anos 
provocada por doenças infecciosas não é homogênea no planeta, 
sendo menor nas regiões menos desenvolvidas. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa IV está correta. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Leia os quadrinhos e o texto a seguir. 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo 
Platão e estácontido em “A República”, no livro VII. Na alegoria, narra-se o 
diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. É um dos textos mais lidos no 
mundo filosófico. 
A história narra a vida de alguns homens que nasceram e cresceram 
dentro de uma caverna e ficavam voltados para o fundo dela. Ali 
contemplavam uma réstia de luz que refletia sombras no fundo da parede. 
Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes resolveu voltar-se para 
o lado de fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos 
poucos, vislumbrou outro mundo com natureza, cores, “imagens” 
diferentes do que estava acostumado a “ver”. Voltou para a caverna para 
narrar o fato aos seus amigos, mas eles não acreditaram nele e revoltados 
com a “mentira” o mataram. 
Com essa alegoria, Platão divide o mundo em duas realidades: a sensível, 
que se percebe pelos sentidos, e a inteligível (o mundo das ideias). O 
primeiro é o mundo da imperfeição e o segundo encontraria toda a 
verdade possível para o homem. Assim, o ser humano deveria procurar o 
mundo da verdade para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em 
 
nossos dias, muitas são as cavernas em que nos envolvemos e pensamos 
ser a realidade absoluta. 
Fonte: http://filosofia.uol.com.br. Acesso em 30 nov. 2014 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O personagem da charge afirma que vivemos na caverna de Platão 
porque ele não tem acesso às modernas tecnologias. 
II. A referência ao mito da caverna de Platão alude ao fato de que a vida 
virtual, por meio dos modernos aparelhos, é intensa hoje. 
III. Os quadrinhos enaltecem os modernos aparelhos como forma de ter 
acesso a informações, uma vez que o personagem pôde aprender filosofia 
por meio da internet. 
IV. A expressão “caverna de Platão” na tirinha tem sentido positivo e 
enaltece a sociedade tecnológica contemporânea. 
 
É correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: d. 
II. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Leia a charge e a reportagem a seguir. 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores 
 
“Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 
a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. 
Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de 
agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média 
entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália, com 9,7%. Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero. 
O tema da violência em sala de aula foi destacado por internautas ouvidos pela BBC Brasil como um assunto que deveria receber mais atenção por parte 
dos candidatos presidenciais e vem gerando acirrados debates em posts que publicamos nos últimos dias nas nossas páginas em redes sociais. 
‘A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos’, disse à BBC Brasil Dirk Van Damme, chefe da 
divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE. 
O estudo internacional sobre professores, ensino e aprendizagem (TALIS, na sigla em inglês) também revelou que apenas um em cada dez professores no 
Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade; a média global é de 31%. 
O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que mede a percepção que o professor tem da valorização de sua profissão. O lanterna é a 
Eslováquia, com 3,9%. Em seguida, estão a França e a Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que são devidamente apreciados pela sociedade. Já 
na Malásia, quase 84% (83,8%) dos professores acham que a profissão é valorizada. Na sequência, vêm Cingapura, com 67,6%, e a Coreia do Sul, com 
66,5%. 
A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho, mas ‘não se sentem apoiados e 
reconhecidos pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral’, diz a OCDE. 
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140822_salasocial_eleicoes_ ocde_valorizacao_professores_brasil_daniela_rw. Acesso 
em 03 ago. 2015. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. A charge critica a falta de respeito dos alunos, que, em geral, não foram educados para bater à porta. 
II. Se a charge for lida no contexto apresentado pela reportagem, entende-se a ambiguidade presente na expressão “entre sem bater”. 
III. Com base nos dados, em países asiáticos, o trabalho docente é mais valorizado do que no Brasil. 
IV. De acordo com os dados, o número de professores agredidos no Brasil é cerca de 2,8% maior do que o número de professores agredidos na Austrália. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Educação 2.0: ensino personalizado para cada aluno – Marcelo Brandão 
 
O ensino como forma unificada de transmissão de conhecimento, 
independentemente das características de cada aluno, parece estar com os dias 
contatos. Nada mais de ensinar de um único jeito para alunos distintos. 
A proposta é implementar um “aprendizado adaptativo” por meio de toda a 
tecnologia online disponível para individualizar o ensino a cada estudante. Uma 
proposta ambiciosa, que pretende abarcar toda Espanha e América Latina até o 
final de 2015. Para alcançar esse objetivo, o projeto utilizará todo o potencial da 
Internet e do Big Data - que acumulará todo o histórico do aluno permitindo 
 
conhecer seus talentos e suas fraquezas e definir um plano de ensino que 
melhor se adapte a ele. E com o auxílio de ferramentas de análises em rede, 
proporcionará um conhecimento para o melhor caminho profissional e educativo 
desse aluno. Ou seja, a personalização passa ser a chave de todo o projeto 
educacional. 
No entanto, esse modelo segue tendo como pilar principal o professor. “Por 
exemplo, o programa dirá a ele que: nessa semana foram explicados 32 
conceitos. O aluno assimilou 27. Esses são os cinco que merecem reforço. Ou, 
esse aluno é muito esperto e está aprendendo sem problemas, porém está se 
esforçando ao limite”, explica Manuela Clara, sobre o quão acessível e o quão 
didática é a ferramenta para os professores. 
A nova proposta de ensino já começa a apresentar boa aceitação entre os 
docentes. Segundo uma pesquisa realizada pela Santillana entre professores 
que fizeram alguns testes com a plataforma, 82% dos consultados acreditam 
que a porcentagem de alunos aprovados na matéria aumentaria em 10%. 
A tecnologia como ferramenta educativa já não é mais questionável. Videojogos 
e outros passatempos têm auxiliado, há um bom tempo, o desenvolvimento de 
nossas habilidades e seduzido nossa fome por conhecimento. A novidade aqui, 
no entanto, abre espaço para um avanço e uma discussão mais ampla 
envolvendo percepção e a análise psíquica de cada indivíduo [...]. 
Fonte: http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php/inovacao/novas-
tecnologias. Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. A proposta apresentada no texto se refere ao ensino personalizado a cada 
estudante, de acordo com suas facilidades e dificuldades de aprendizagem, por 
meio da tecnologia online 
disponível. 
II. Essa proposta de ensino minimiza o papel do professor na educação, 
conferindo à tecnologia a capacidade de ensinar. 
III. De acordo com o texto, a plataforma já é aceita e utilizada por 82% dos 
professores. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
I, apenas. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
 
 
Fonte: acervo pessoal 
 
Por uma outra globalização – Milton Santos 
 
“Vivemos num mundoconfuso e confusamente percebido. Haveria nisto um 
paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o 
extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos 
são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a intencionalidade. 
De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea 
e todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, 
porém, são dados de um mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, 
aliás, permite que o mundo se torne esse mundo confuso e confusamente 
percebido. Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. É a maneira 
como, sobre essa base material, se produz a história humana que é a 
verdadeira responsável pela criação da torre de babel em que vive a nossa era 
globalizada. Quando tudo permite imaginar que se tornou possível a criação de 
um mundo veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo de fabulações, 
que se aproveita do alargamento de todos os contextos [...] para consagrar um 
discurso único. Seus fundamentos são a informação e o seu império, que 
encontram alicerce na produção de imagens e do imaginário, e se põem ao 
serviço do império do dinheiro, fundado este na economização e na 
monetarização da vida social e da vida pessoal. De fato, se desejamos escapar 
à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos 
admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a 
existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal 
como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo 
tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro seria o mundo 
como ele pode ser: uma outra globalização.” 
Fonte: SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à 
consciência universal. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. A charge e o texto indicam a impossibilidade de um mundo fora do alcance 
do capital internacional, já que a base material por meio da qual se produz a 
história humana impede críticas ao discurso hegemônico da globalização. 
II. A charge revela a globalização como fábula, uma vez que o fluxo de 
mercadorias e de capital não altera a vida das comunidades rurais e a 
realidade é ignorada pelos seus habitantes. 
III. A charge enaltece o progresso que a globalização promove, o que 
descaracteriza seu caráter perverso, descrito no texto de Milton Santos. 
IV. O foco do texto é apregoar os benefícios da globalização, que permite 
produção em alta velocidade e circulação contínua das informações, com 
extraordinário progresso das ciências e das técnicas. 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa certa. 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma afirmativa está correta.

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