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SRV/DICAS ALFACON - PRF 1 SRV/DICAS ALFACON - PRF 2 SRV/DICAS ALFACON - PRF 3 Alexandre Soares Giancarla Bombonato DICA 1 – QUESTÕES RELACIONADAS AO ENTENDIMENTO DO TEXTO INTERPRETAÇÃO • O objetivo é fazer uma DEDUÇÃO possível sobre o texto. • Busca-se o que está nas entrelinhas, o que está implícito. • Comandos que podem aparecer: Infere-se, Depreende-se, Con- clui-se etc. COMPREENSÃO • O objetivo é verificar as informações explícitas do texto. • Busca-se o que está expresso, comprovado no texto. • Comandos que podem aparecer: Segundo o texto, De acordo com o autor, O texto afirma etc. Obs.: a banca Cespe também pode trazer questões sem co- mando explícito; nesse caso, deve-se avaliar a assertiva em relação a todo o texto, não ficar preso a apenas um trecho. COESÃO • referencial: emprego de pronomes, sinônimos e/ou expressões que retomam algo do texto > não ler apenas a linha indicada na questão; ler, ao menos, o parágrafo. • sequencial: emprego de conjunções>atenção quando ao sentido de cada conjunção; as questões, geralmente, pedem o valor semântico e/ou sugerem a troca de uma conjunção pela outra (a substituição é possível quando o sentido é o mesmo). COERÊNCIA • a coerência diz respeito à LÓGICA, ou seja, quando se pede coe- rência, o objetivo é verificar se o texto permanece com lógica e com a mesma perspectiva quanto à ideia central. DICA 2 – COMANDOS MAIS COBRADOS PELA BANCA CESPE • SENTIDO DO TEXTO: analisar o texto como um todo; identificar a ideia central. • SENTIDO DO TRECHO: analisar o trecho. • SENTIDO DO PARÁGRAFO: analisar o parágrafo. • INFORMAÇÕES ORIGINAIS DO TEXTO: analisar a ideia central do texto. • INFORMAÇÕES VEICULADAS NO TEXTO: analisar a ideia central e as secundárias. • COESÃO: verificar os referentes. Quando houver reescrita, analisar se o referente se mantém ou não. • COERÊNCIA: lógica das ideias; verificar se a perspectiva essen- cial do texto é mantida. Coerência ≠ Sentido. • CORREÇÃO GRAMATICAL: preposições, concordância, pontua- ção, ortografia, crase etc. DICA 3 – QUESTÕES MUITO COBRADAS PELA BANCA CESPE É muito comum que as questões proponham: INSERÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, SUPRESSÃO, DESLOCAMENTO de termos. Nesse caso, deve-se ficar atento ao que a questão exige que seja avaliado: SENTIDO, COESÃO, COERÊNCIA E/OU CORREÇÃO GRAMATICAL. DICA 4 - TIPOLOGIA TEXTUAL • narração: sequência temporal, personagem, verbos no passado • descrição: adjetivos, caracterização. • injunção: ordem, instrução. • dissertação expositiva/informativa: conceitos, dados, estatís- ticas (SEM opinião). • dissertação argumentativa: o texto é construído para mostrar uma OPINIÃO. Janaina Arruda Redação ERROS QUE PODEM ELIMINAR CANDIDATO FUGA: A fuga ao tema é o primeiro erro que merece ser mencionado, pois esse tipo de desvio provoca a eliminação de um candidato. Fugir ao tema é erro grave mencionado, inclusive, em editais pelas bancas organizadoras das provas. É possível também que ocorra uma fuga parcial do tema,o que promove certa aproximação da temática, mas essa não é suficiente para alcançar a pontuação necessária. Generalização: As generalizações são geralmente utilizadas por candidatos que poucos a bem do assunto da redação. São construções que ficam vagas, pouco aprofundadas e que não servem como justificativas adequadas para um posicionamento crítico do candidato. Coesão e Coerência: Esse é um ponto fundamental para garantir a progressão e a unicidade do texto. Os períodos e os parágrafos precisam estar “amarrados” com os conectivos e, ainda, que esses estabeleçam uma relação lógica de sentido entre as ideias defendidas pelo autor. É necessário o uso de elementos que estabeleçam tanto a coesão sequencial quanto a coesão referencial. O QUE EVITAR EM UMA DISSERTAÇÃO 01. Uso da primeira pessoa do singular (EU); 02. Linguagem coloquial, gírias ou qualquer construção que não corres- ponda à norma culta da língua portuguesa; 03. Rasuras ou rabiscos que comprometam a apresentação do texto; 04. Ideias que representem senso comum, pouco aprofundadas ousem conexão com o texto; 05. Uso de palavras rebuscadas, arcaicas ou que comprometam a com- preensão do texto; 06. Períodos muito longos ou sequência de ideias muito curtas, o bom senso é fundamental; 07. Parágrafos desalinhados, distancia diferente do início do parágrafo com a margem; 08. Separação silábica inadequada, o que representa erro gramatical; LÍNGUA PORTUGUESA SRV/DICAS ALFACON - PRF 4 09. Acentuação ausente, pois a falta de um acento pode ser considerada erro; 10. Ultrapassar margens ou quantidade de linhas permitidas pela proposta. Esqueleto de redação: Introdução: Ao se falar sobre _____________________________, é importante entender alguns aspectos que envolvem essa temática. Nesse contexto, discute(m)se___________________________________ __________________________________. Desenvolvimento: Em primeiro lugar, é preciso analisar ___________________________________________________ __________________________________________. Cumpre, ainda, destacar que ___________________________________________________ ___________________________________________________ __________________. Ademais, vale ressaltar ___________________________________________________ ___________________________________________________ _______________________________. Conclusão: A partir das considerações feitas, fica evidente que ______ ________ _______. Daniel Lustosa ANÁLISE COMBINATÓRIA Os elementos podem ser repetidos? Princípio Fundamental da Contagem (P.F.C.) e = multiplicação ou = adição = = São utilizados todos os elementos? PERMUTAÇÃO P n = n! Combinação Arranjo A ordem dos elementos faz a diferença? NÃO NÃO SIM SIM SIM Nas Análises Combinatórias basta verificar sem os ELE- MENTOS podem ser REPETIDOS ou se a ORDEM deles gera resulta- dos diferentes, feito isso basta usar uma das técnicas de contagem dentre o Princípio Fundamental de Contagem, o Arranjo, a Combi- nação e a Permutação. • Arincípio Fundamental da Contagem (PFC): Elementos PODEM repetir OU a “ordem” FAZ diferença: Elementos ligados por E = X (multiplique suas quantidades) Elementos ligados por OU = + (some suas quantidades) • Arranjo: Ordem dos elementos FAZ diferença (gera resultados diferentes): A n,p = n! / (n-p)! • Combinação: Ordem dos elementos NÃO FAZ diferença: C n,p = n! / p! • (n-p)! • Permutação: Organiza TODOS os elementos: P n = n! (sem repetição) P n a,b,... = n! / a! • b!... (com repetição) DICA 2 Na Probabilidade o importante é verificar dentre todas as possibilidades (espaço amostral) as que se quer (evento) e fazer a ra- zão entre elas, o que se QUER pelo que se TEM. • Probabilidade: Evento (o que se QUER) / Espaço Amostral (Tudo que TEM): P = e/Ω Probabilidade Binomial (probabilidade estatística): P = C n,s • (P s )S • (P f )F DICA 3 Na Teoria dos Conjuntos atente para como os dados são apre- sentados pois a organização desses dados implicará na análise corre- ta dos mesmos e na resposta correta das questões. Leitura e Organização dos DADOS, atentando as informações do tipo: SÓ, SOMENTE, APENAS, ... Operações: UNIÃO (TODOS os elementos), INTERSEÇÃO (ele- mentos COMUNS), DIFERENÇA (elementos EXCLUSIVOS) DICA 4 Nas Sequências o importante é a identificação dos padrões para continui- dade dos mesmos ou resolução das ques- tões a partir deles. Dentre os padrões 2 são muito conhecidos, são dos das Progres- sões Aritméticas e Geométricas (PA e PG). Progressão Aritmética (PA): to- da sequência em que de um termo para outro ocorre uma soma – ou subtração – por uma parcela fixa, chamada Razão (r) Termo Geral da PA: a n = a 1 + (n – 1) • r Soma dos termos da PA: S n = (a 1 + a n ) • n / 2 Progressão Geométrica (PG): toda sequência em que de um termo para outro ocorre uma multiplicação – ou divisão – por uma parcela fixa, chamada Razão (q) Termo Geral da PG: a n = a 1 • q(n – 1) Soma dos termosda PG: S n = a 1 • (qn– 1) / q – 1 ou S n = a n • q– a 1 / q – 1 Soma dos termos da PG Infinita (-1 < q < 1): S n = a 1 / 1 – q DICA 1 RLM SRV/DICAS ALFACON - PRF 5 André Arruda Matemática FUNÇÕES Lembre que a função é utilizada para relacionar valores numé- ricos de uma determinada expressão algébrica de acordo com cada valor que a variável x assume. Segue abaixo um resumo dos princi- pais conceitos relacionados a este tópico: • Equação do 1º grau é uma equação que possui o formato ax + b = 0, com a, b ∈ R, e a ≠0. • Equação do 2º grau é uma equação que possui o formato ax2 + bx + c = 0, com a, b e c ∈ R, e a ≠0. Caso a questão apresente um gráfico, devemos verificar o tipo de gráfico e levar em consideração que ele está fazendo uso de duas grandezas. Dessa forma, resta-nos analisá-las para que, junto a uma cuidadosa leitura do enunciado, consigamos ex- trair as informações precisas para chegar a resposta do problema apresentado pela questão. SRV/DICAS ALFACON - PRF 6 ÁREAS E VOLUMES ÁREAS Dentro desse assunto, dê atenção à semelhança entre triângu- los, além do cálculo de áreas de figuras planas de uma forma geral: quadriláteros, triângulos, círculos, etc. Atente, principalmente, para polígonos com “n” lados e procure enxergar figuras mais simples em sua composição, como, por exemplo, o cálculo da área de um hexá- gono, que é visto como seis vezes a área de um triângulo equilátero de lado igual ao lado do hexágono. Procure através dos ângulos nas figuras, que, em geral, são triângulos - identificar a semelhança entre elas e estabelecer uma correspondência entre os lados proporcionais e seus respectivos ângulos. Vale lembrar também o Teorema de Pi- tágoras que diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.” a² = c² + b² (Onde: a é a hipotenusa e b e c são os catetos) VOLUMES Nesse tópico, destaco o Cubo, Paralelepípedo, Pirâmides, Cones, Cilindros e Esfera. Uma dica importante é que existe uma relação comum entre as fórmulas para o cálculo do volume. A re- lação é a seguinte: VOLUME = ÁREA DA BASE X ALTURA No caso do Cone e Pirâmide, deve-se dividir por 3: VOLUME = (ÁREA DA BASE X ALTURA) 3 No caso da Esfera, é um caso particular: Volume = 4 . π . R3 3 Para saber a quantidade de vértices e arestas de uma figura espacial, utilize a Relação de Euler: Onde V: é o número de vértices, F: é a quantidade de faces e A: é a quantidade de arestas, temos: V + F = A+2 NOÇÕES BÁSICAS DE ESTATÍSTICA DESCRITIVA 01. Propriedades da Média Aritmética, Desvio Padrão e Variância QUADRO RESUMO DAS PROPRIEDADES DA SOMA E PRODUTO Se tomarmos todos os elementos de um conjunto e os ... ... somarmos a uma constante ... multiplicarmos por uma constante A nova média será também somada a esta constante também multiplicada por esta constante O novo desvio padrão será Inalterado multiplicado pelo módulo desta constante A nova variância será Inalterada multiplicada pelo quadrado desta constante 02. Medidas de Tendência Central A MÉDIA de um conjunto de dados numéricos obtém-se somando os valores de todos os dados e dividindo a soma pelo número de dados. A MODA é o valor mais freqUente de um conjunto de dados. A MEDIANA Depois de ordenados os valores por ordem crescente ou decrescente, a MEDIANA é: • o valor que ocupa a posição central, se a quantidade desses valores for ímpar; • a média dos dois valores centrais, se a quantidade desses valores for par. MAPAS MENTAIS Geometria das superfícies planas Os principais polígonos e suas respectivas áreas Observações: Perímetro (P): Soma das medidas dos lados Semiperímetro (p): P/2 SRV/DICAS ALFACON - PRF 7 Conjuntos João Paulo Os Princípios Básicos da Segurança da Informação é algo com grandes probabilidades nessa prova. Para lembrar-se dos 4 principais segue a DICA. D isponibilidade: Garante que uma informação esteja disponível para quem precisar. I ntegridade: Garante que o dado não foi alterado. C onfidencialidade: Garante o Sigilo da informação. A utenticidade: Garante que é realmente o autor de uma informação. Mas lembre-se de que relacionado à autenticidade vem o con- ceito de Não Repúdio que se refere à impossibilidade de negar a au- toria de algo, caso esteja criptografado com a chave privada do autor. Segurança da Informação: Malware Contaminação Principal característica Palavras Chave Vírus Precisa ser executado Causa Danos Infecta outros ARQUIVOS Worm Automático Se espalha e controla remotamente o computador Controle remoto, automático Trojan Precisa ser executado Esconde outros malwares dentro de si Presente, Faz o que aparenta, Disfarce Spyware Por outros malwares Espião. Rouba dados do usuário e repassa. KeyLogger ScrennLogger Ransomware Variada Criptografa arquivos do usuário e exige pagamento pelo resgate (normalmente em bitcoins) Sequestro Resgate Operação com arquivos e pastas (Windows e Linux) HD PenDrive Arrastar + ALT Atalho Arrastar + CTRL Copiar Arrastar Arrastar + SHIFT Arrastar C: D: Mover Copiar Mover Para pastas na mesma unidade ou unidade diferente Estrutura de Diretórios Linux /dev (devices): Armazena os drivers dos dispositivos. /bin (binaries): Armazena os binários essenciais para o funcionamento do sistema. Como também comandos básicos do SO como: rm, pwd, su, tar entre outros. /Sbin (binaries): Armazena os binários essenciais para o funcionamento do sistema que sejam vinculados ao Super Usuário (administrador). /mnt (Mount): Conhecido como ponto de montagem padrão, é o local através do qual se tem acesso as unidades de armazenamento, CD-Roms e Pendrives conectados no computador. /etc Armazena os arquivos de configuração do Sistema Operacional. /boot Arquivos necessários para o boot do Sistema. /tmp Arquivos Temporários. /home Armazenas as pastas dos Usuários. /root Diretório do Administrador. Comandos Linux • ls: lista conteúdo do diretório • cd: navegar entre pastas • cp: copiar • mv: mover ou renomear • rm: remover (excluir) INFORMÁTICA SRV/DICAS ALFACON - PRF 8 • mkdir: criar arquivo ou pasta • top: listar processos e percentual de uso da RAM e CPU • htop: similar ao top, mas com mais opções e cores, possível matar processo selecionado com mouse • ps: lista processos em execução • lshw: lista o hardware (memória, cpu, hd) • pwd: lista o caminho da pasta atual • passwd: trocar senha do usuário • find: buscar um arquivo usando seu nome ou propriedade • grep: procura arquivo que contenha a palavra-chave usada na busca Cloud Cloud = Nuvem (serviço acessível por meio de navegador de Internet, ou seja, usuário acessa a um site) A nuvem é a Internet logo serviçodepende completamente de acesso à Internet; Não necessita de instalação, mas pode existir como opcional; Processamento de dados ou Armazenamento (storage); Dinamicamente alocavel; Serviço mensurado, mas existe gratuitamente como amostra; Exemplos: Google Docs, Microsoft Web Apps, Office 365; OneDrive, Dropbox eGoogle Disco(Drive). Protocolos Protocolo Função Porta Usado por HTTP Conteúdo Multimídia 80 ou 8080 Navegadores HTTPS Conteúdo Multimídia Criptografado 443 Navegadores SMTP Envio de e-mail 587 ou 465 Clientes de e-mail POP Recebimento de e-mail 110 Clientes de e-mail IMAP Recebimento de e-mail 143 Clientes de e-mail FTP Transferência de Arquivos 20 e 21 Navegador e Cliente FTP Ítalo Trigueiro DICA 01: ÁREA INCORPORADA PELO TRATADO DE MADRI DICA 02: SUB-REGIÕES NORDESTINAS GEOPOLÍTICA SRV/DICAS ALFACON - PRF 9 DICA 03: PRINCIPAIS REGIÕES METROPOLITANAS DICA 04: ARCO DO DESMATAMENTO DICA 05: HISTÓRICO DAS MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL Século Características XVI e XVII Saída de nordestinos da Zona da Mata, rumo ao Sertão, atraídos pela expansão da pecuária. XVIII Saída de nordestinos e paulistas rumo à região mineradora (Minas Gerais) XIX Saída de mineiros rumo ao interior paulista, atraídos pela expansão do café./Saída de nordestinosrumo à Amazônia para trabalhar na extração da borracha XX – Década de 1950 Saída de nordestinos rumo ao Centro-Oeste (Goiás) para trabalhar na construção de Brasília. Este período ficou conhecido como a Marcha para o Oeste, e os migrantes como candangos. Décadas de 1950-1960 Saída de nordestinos (principalmente) rumo ao Sudeste, motivada pela industrialização. As cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro receberam o maior fluxo de migrantes. Décadas de 1960-1970 Saída de nordestinos que continuaram migrando para o Sudeste, o Centro-Oeste (Mato Grosso) e o Sul (Paraná). A partir de 1967, com a criação da Zona Franca de Manaus, ocorreu uma intensa migração de nordestinos rumo à Amazônia (principalmente Manaus). Esse processo em grande parte foi orientado pelo Governo Federal. Décadas de 1970-1990 Migrações de sulista rumo ao Centro-Oeste (agropecuária) e de nordestinos rumo à Amazônia (agropecuária e garimpos). Em consequência, o Norte e o Centro-Oeste foram, respectivamente, as regiões que apresentam o maior crescimento populacional do Brasil, nas últimas décadas. Fonte: THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005.p.70DIVISÃO DO ATIVO SRV/DICAS ALFACON - PRF 10 Adriane Fauth Direito Constitucional REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS DIREITOS SOCIAIS DIREITO NÃO ASSEGURADO AOS DOMÉSTICOS DIREITOS NÃO ASSEGURADOS AOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS P6 JADI Piso salarial - V Participação nos lucros, ou resultados - XI Proteção do mercado de trabalho da mulher - XX Prescrição dos créditos trabalhistas - XXIX Proteção em face da automação - XXVII Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual - XXXII Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento - XIV ADcional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas - XXIII Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso - XXXIV SRV/DICAS ALFACON - PRF 11 PARTIDOS POLÍTICOS SRV/DICAS ALFACON - PRF 12 ORDEM SOCIAL - FAMÍLIA SRV/DICAS ALFACON - PRF 13 Caio Almeida Física CINEMÁTICA ESCALAR Repouso x Movimento→ Depende do referencial/Simetria. Distância efetivamente percorrida (distância total ou dis- tância)→odômetro Velocidade Escalar Média (Velocidade Média) Definição: v m = ∆s ∆t Aceleração Escalar Média (Aceleração Média) Definição: a m = ∆v ∆t “5 m/s a cada segundo” = 5 m/s² Velocidade Instantânea = velocímetro. Para o controle de ve- locidade nas estradas, os radares dos policiais rodoviários medem a velocidade instantânea dos carros. Movimento Uniforme (M.U.) Para ser um movimento uniforme é necessário atender as se- guintes características: • Velocidade escalar constante e diferente de zero. • Aceleração escalar é zero. • Velocidade escalar média = velocidade instantânea. s = s o + v . t Movimento Uniformemente Variado (M.U.V.) As características do movimento uniformemente variado, são: • Velocidade escalar variável. • Aceleração escalar constante e diferente de zero. • Aceleração escalar média = aceleração instantânea. s = so + vo . t + a . t 2 2 v = vo + a . t v2 = v2º + 2 . a . ∆s vm = v1 + v2 → ∆s = v1 + v2 2 ∆t 2 Propriedade do gráfico velocidade x tempo Movimento Vertical no Vácuo Sem resistência do ar – atua apenas a força peso (cespe: força gravitacional) – a = g – não depende da massa. CINEMÁTICA VETORIAL Para caracterizar um vetor – módulo, sentido e direção. Movimento →V → at → acp MRU Módulo: constanteDireção: constante nula nula MRV Módulo: variávelDireção: constante nula nula MCU Módulo: constanteDireção: variável nula não nula MCV Módulo: variávelDireção: variável não nula não nula Módulo da aceleração centrípeta: a cp = v 2 R Direção: Radial Sentido: Para o centro da curvatura. Módulo da aceleração tangencial: a t = ∆v ∆t Direção: Tangente a trajetória Sentido: mesmo que o v (acelerado) contrário que o v (retardado) Lançamento Oblíquo α = 45° → Amáx= 4.Hmáx A aceleração da gravidade é constante (diferente de zero) em toda a trajetória, na maioria das questões a intensidade da aceleração gravitacional é 10 m/s². A única força atuante no projétil durante todo o movimento é seu peso. O alcance horizontal e altura máxima não depende de sua massa. Movimento Circular Relação de velocidade linear (v) com velocidade angular (ω) v = ω . R Velocidade angular (ω) ω = 2π = 2 πf T → → SRV/DICAS ALFACON - PRF 14 Transmissão de movimento da catraca para a roda traseira: ω catraca = ω Roda traseira . Aplicação do movimento circular para P.R.F. A grandeza medida pelo velocímetro é a velocidade angular (ω) e não a linear (v). Você está numa via onde o limite de velocidade é 60 km/h e no seu velocímetro marca incrível e cravado 60 km/h (lembrando que você trocou o aro de 15 para 17), depois de um tempo chega em sua residência uma notificação que estava acima do permitido, a veloci- dade medida pelo radar é 68 km/h. v medida = 17 v original = 17 . 60 = 68 km 15 15 h Leis de Newton e suas Aplicações 1° Lei de Newton: Lei ( ou princípio) inércia → Cinto de segu- rança e encosto de cabeça no carro. 2° Lei de Newton: Lei ( ou princípio) fundamental da dinâmica → F R =m . a, sentido e a direção da força resultante e da aceleração são os mesmos. 3° Lei de Newton: Lei (ou princípio) da ação e reação → Numa colisão a força que o caminhão aplica no automóvel tem a mesma di- reção o mesmo módulo e sentidos opostos. Força Peso P = m . g Força Elástica Felástica = k . x Força de Atrito Não depende da área de contato!! O sentido é contrário a tendência de escorregamento. Com ABS - µ estático – distância de frenagem MENOR. Sem ABS - µ cinético ou dinâmico – distância de frenagem MAIOR. Dinâmica do movimento circular Ao fazer uma curva plana e horizontal -desprezando a resis- tência do ar – a velocidade escalar INDEPENDE da massa e é propor- cional à raiz quadrada do raio da pista circular. F R;cp = m . a cp → F atrito = m.a cp → N.µ = m .v 2 → m . g . µ = m .v 2 ∴ v = √R . g . µ R R Trabalho, Energia e Potência Energia cinética – Movimento - E cin = m . v 2 2 Energia potencial gravitacional – Posição E pot;grav = m . g . h Energia potencial Elástica – Posição - E pot;elática = k . x 2 2 Energia mecânica - E mec = E cin + E pot Forças conservativas – força peso, força elástica e força elétrica - Todas forças conservativas associam-se a um tipo de energia po- tencial – o trabalho de forças conservativas INDEPENDE da trajetória - Para as forças conservativas, o trabalho realizado ao longo de um trajeto fechado é nulo. E mecânica =constanteO trabalho realizado sob a ação de forças conservativas corresponde à transformação de energia potencial em energia cinética, ou vice-versa, dentro do próprio sistema. Trabalho de força centrípeta é ZERO. Trabalho de uma força com intensidade constante é τ = F . cosθ . ∆s O cos θ é o ângulo formado entre a velocidade e a força. Teorema da Energia Cinética (T.E.C.) τresultante = ∆Ecin IMPULSO, QUANTIDADE DE MOVIMENTO (OU MOMENTO LINEAR) E COLISÕES Impulso de uma força( I ) → Quantidade de Movimento (ou momento linear) Teorema do Impulso - I resultante = ∆Q Um motorista sofre a mesma variação de momento em uma colisão independentemente do seu carro ter ou não air bag. Quando as forças externas foremnula a velocidade do centro de massa será constante. Colisões – Forças externas = Tipo de Colisão Quantidade de Movimento Energia mecânica Coeficiente de Restituição (e) Inelástica se conserva não conserva e -= 0 Parcialmente elástica se conserva não conserva 0< e < 1 Elástica se conserva se conserva e = 1 SRV/DICAS ALFACON - PRF 15 Thállius Moraes Direito Administrativo DICA 1 - PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 01. PODER HIERÁRQUICO→ Subordinação entre órgãos e agentes sempre dentro da estrutura da mesma pessoa jurídica. 02. PODER DISCIPLINAR → Aplicação de penalidades à servidores e à particulares que possuam algum vínculo jurídico com a Administra- ção Pública. 03. PODER REGULAMENTAR → Com base nesse poder a Adminis- tração irá editar atos normativos que irão complementar e regula- mentar a lei, de modo a dar fiel execução à mesma. Esses atos não podem inovar no ordenamento jurídico. 04. PODER DE POLÍCIA → É o poder que possui a Administração de limitar e condicionar a forma pela qual os particulares irão exercer seus direitos, bens e liberdades, objetivando a proteção do interesse público. DICA 2 - ATOS ADMINISTRATIVOS CONCEITO: é toda manifestação unilateral de vontade do Es- tado que, utilizando-se de suas prerrogativas de direito público, tenha por finalidade a produção de efeitos jurídicos determinados. São pra- ticados pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes (como uma con- cessionária de serviço público, por exemplo). ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: Os atos presumem-se verdadeiros e de acordo com a lei até prova em contrário (o ônus da prova é do administrado). Dessa forma, enquanto não tiver sua inva- lidade decretada, o ato, mesmo se for inválido, produzirá seus efeitos normalmente, como se fosse plenamente válido. Todo ato adminis- trativo possui esse atributo. AUTOEXECUTORIEDADE: Possibilidade de executar o ato di- reta e imediatamente, sem necessitar da intervenção do Poder Judi- ciário (não está presente em todos os atos). TIPICIDADE: Os atos devem corresponder aos tipos que foram previamente definidos pela lei como aptos para gerar determinados efeitos. IMPERATIVIDADE (decorre do Poder Extroverso): impõe o cumprimento do ato independente da anuência do administrado (pode criar obrigações e restringir direitos unilateralmente). Alguns atos não possuem essa característica, como os atos negociais, os atos enunciativos e os atos de gestão. DICA 3 - LICITAÇÕES PRINCÍPIOS 01. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCA- TÓRIO - As normas traçadas no instrumento de convocação (edital ou carta-convite) devem ser observadas, nada poderá ser feito ou criado sem previsão no ato convocatório. 02. PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTA - A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura. 03. PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA - O objeto da licitação somente pode ser atribuído ao vencedor, ele possui prevalência na assinatura do contrato. Entretanto, a Adminis- tração pode revogar o ato licitatório, por razões de interesse público, antes da assinatura do contrato (não existe direito ad- quirido à assinatura). INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de com- petição, em especial (rol exemplificativo, sempre que houver inviabi- lidade teremos a inexigibilidade): • Fornecedor exclusivo (vedada a preferência por marca) • Profissional de notória especialização (não pode para publi- cidade e propaganda) • Artista consagrado SRV/DICAS ALFACON - PRF 16 DICA 4 - LEI 8.112/90 - RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor irá res- ponder na esferas: • Administrativa • Civil (obrigação de reparar o dano) • Penal (abrange crime e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade) Essas esferas são independentes, podendo cumular-se. Dessa forma, a absolvição ou condenação em uma delas, como regra geral, em nada influência nas demais. Contudo, a responsabilidade administrativa afastada APENAS em caso de ABSOLVIÇÃO criminal que negue • a existência do fato (o fato não ocorreu efetivamente); ou • a sua autoria (não foi o servidor que praticou aquele ato). A responsabilidade civil do servidor é SUBJETIVA (somente será configurada se ele agiu com dolo ou culpa). Ela decorre de ato omissivo ou comissivo (ação ou omissão), doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Quem pode responder objetivamente (regra geral, que não exige a comprovação de dolo ou culpa, assunto aprofundado em tópico específico) é o Estado, nunca o servidor. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servi- dor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. SRV/DICAS ALFACON - PRF 17 DICA 6 - CONTROLE JUDICIAL E ADMINISTRATIVO ANULAÇÃO ou INVALIDAÇÃO (controle de legalidade) • vícios de ilegalidade (ato ilegal) • Feita pela Administração que praticou o ato ou pelo Poder Judi- ciário (se provocado) • Alcança atos vinculados ou discricionários • Efeitos: Retroativos (“ex tunc”) • Prazo (decadencial): Atos dos quais decorram efeitos favoráveis ao destinatário → 5 anos (salvo comprovada má-fé) REVOGAÇÃO (controle de mérito) • Mérito administrativo: juízo de conveniência e oportunidade (ato legal) • Feita apenas pela Administração que praticou o ato • Alcança apenas atos discricionários • Efeitos: não retroativos (“ex nunc”) • Prazo: em regra a qualquer momento, mas alguns atos não podem ser revogados: • Atos consumados (que já exauriram seus efeitos) • Atos vinculados • Atos que geraram direito adquirido • Atos que integram um procedimento Pedro Canezin Ronaldo Bandeira DICA 01 – RESOLUÇÃO 453 Art. 3º O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, para circular na via pú- blica, deverão utilizar CAPACETE COM VISEIRA, ou na ausência desta, óculos de proteção, em boas condições de uso. § 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que permite ao usuário a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol. § 2º Fica PROIBIDO o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do trabalho (EPI) de forma singular, em substituição aos óculos de proteção. § 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos de pro- teção deverão estar posicionados de forma a dar proteção total aos olhos, observados os seguintes critérios: I. quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente do motivo, A VISEIRA PODERÁ SER TOTALMENTE LEVANTADA, devendo ser imediatamente restabelecida a posição frontal aos olhos quando o veículo for colocado em movimento; II. a viseira deverá estar abaixada de tal forma possibilite a proteção total frontal aos olhos, considerando-se um plano horizontal, permi- tindo-se, no caso dos capacetes com queixeira, pequena abertura de forma a garantir a circulação de ar; III. no caso dos capacetes modulares, além da viseira, conforme inciso II, a queixeira deverá estar TOTALMENTE ABAIXADA E TRAVADA. § 4º No PERÍODO NOTURNO, é obrigatório o uso de viseira no pa- drão cristal. § 5º É PROIBIDA a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de proteção. DICA 02 – SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO TIPO DE SINALIZAÇÃO VERTICAL FORMA E CORES EXEMPLOS Regulamentação Circular (exceto“PARE” e “DÊ A PREFERÊNCIA”)Vermelho, preto e branco Advertência Quadrada, com uma das diagonais na vertical (exceto “sentido ÚNICO, DUPLO ou CRUZ DE SANTO ANDRÉ”) Amarelo e preto (exceto “semáforo à frente” e “Obras”) *OBRAS → fundo laranja Indicação Várias formas (prevalece retangular)Branca, preta, verde, azul, amarelo e marrom Trânsito SRV/DICAS ALFACON - PRF 18 DICA 03 – EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA OBRIGATÓRIOS Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN: I - cinto de segurança, conforme regulamenta- ção específica do CON- TRAN, com EXCEÇÃO dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percurso sem que seja permitido VIAJAR EM PÉ; II - para os veículos de transporte e de CON- DUÇÃO ESCOLAR, os de transporte de passa- geiros com mais de DEZ LUGARES e os de carga com peso bruto total superior a QUATROMIL, QUINHENTOS E TRINTA E SEIS QUILOGRAMAS, equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores, segundo normas estabe- lecidas pelo CONTRAN; IV - (VETADO) V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído, segundo normas estabele- cidas pelo CONTRAN. VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo. VII - equipamento suple- mentar de retenção - AIR BAG FRONTAL para o condutor e o passageiro do BANCO DIANTEIRO. Dispensado para veículos destinados à exportação! DICA 04 – RESOLUÇÃO 289 Art. 2º Compete ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal - DPRF: I. exercer a FISCALIZAÇÃO POR EXCESSO DE PESO nas rodovias federais, isoladamente, ou a título de apoio operacional ao DNIT, apli- cando aos infratores as penalidades previstas no CTB; e II. exercer a FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA DE VELOCIDADE nas rodovias federais com a utilização de instrumento ou MEDIDOR DE VELOCIDADE DO TIPO PORTÁTIL, MÓVEL, ESTÁTICO E FIXO, EXCETO redutor de velocidade, aplicando aos infratores as penalida- des previstas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB. DICA 05 – RESOLUÇÃO 277 Art. 2ºO transporte de criança com idade INFERIOR A DEZ ANOS pode- rá ser realizado no banco dianteiro do veículo, com o uso do dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura, nas seguintes situações: I. quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco; II. quando a quantidade de crianças com esta idade exceder a lotação do banco traseiro; III. quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de cintos de segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos traseiros. Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças com idade SUPERIOR A QUATRO ANOS E INFERIOR A SETE ANOS E MEIO poderão ser trans- portadas utilizando cinto de segurança de dois pontos SEM o dispositivo denominado ‘assento de elevação’, nos bancos traseiros, quando o veí- culo for dotado originalmente destes cintos. DICA 06 – RESOLUÇÃO 396 Art. 7º Em trechos de estradas e rodovias onde NÃO HOUVER PLACA R-19 poderá ser realizada a fiscalização com medidores de velocida- de dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB. § 1º Ocorrendo a fiscalização na forma prevista no caput, quando utiliza- do o medidor do tipo portátil ou móvel, a ausência da sinalização deverá ser informada no campo “observações” do auto de infração. § 2º Para cumprimento do disposto no caput, a operação do equipa- mento deverá ESTAR VISÍVEL aos condutores. Velocidade Regula- mentada (KM/h) INtervalo de Distância (Metros) Via Urbana Via Rural V ≥ 400 a 500 1000 a 2000 V < 80 100 a 300 300 a 1000 DICA 07 - DICAS LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO Resolução 396/11 - Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, reboques e semirreboques, conforme o Código de Trânsito Brasileiro. DICA 08 - DISTÂNCIA ENTRE RADAR FIXO E OS DEMAIS: Quando em determinado trecho da via houver instalado me- didor de velocidade do tipo fixo, os equipamentos dos tipos estático, portátil e móvel, somente poderão ser utilizados a uma distância mí- nima daquele equipamento de: I. quinhentos metros em vias urbanas e trechos de vias rurais com ca- racterísticas de via urbana; II. dois quilômetros em vias rurais e vias de trânsito rápido. DICA 09 - POSSIBILIDADE DE POSSUIR RADAR DO TIPO MÓVEL, ESTÁTICO OU PORTÁTIL EM VIAS RURAIS: Art. 7º Em trechos de estradas e rodovias onde não houver placa R-19 poderá ser realizada a fiscalização com medidores de velocidade dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que observados os limites de ve- locidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB SRV/DICAS ALFACON - PRF 19 DICA 10 - CRIMES DE TRÂNSITO - LESÃO CORPORAL CULPOSA QUANDO SE TORNARÁ PUBLICA INCONDICIONADA: § 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008) I. sob a infl uência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) II. participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) III. transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008). DICA 11 - INFRAÇÕES SIMULTÂNEAS E ESTUDO AO CÓDIGO RAIZ: (MBFT) O agente só poderá registrar uma infração por auto e, no caso da constatação de infrações em que os códigos infracionais possuam a mes- ma raiz (os três primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma infração. Ex.: condutor e passageiro sem usar o cinto de segurança, lavrar so- mente o auto de infração com o código 518-51 e descrever no campo ‘Observações’ a situação constatada (condutor e passageiro sem usar o cinto de segurança). DICA 12 - AS INFRAÇÕES SIMULTÂNEAS PODEM SER CONCORRENTES OU CONCOMITANTES: São concorrentes aquelas em que o cometimento de uma in- fração, tem como conseqüência o cometimento de outra. Por exemplo: ultrapassar pelo acostamento (art. 202) e transi- tar com o veículo pelo acostamento (art. 193). Nestes casos o agente deverá fazer um único AIT que melhor caracterizou a manobra observada. São concomitantes aquelas em que o cometimento de uma infra- ção não implica no cometimento de outra na forma do art. 266 do CTB. Por exemplo: deixar de reduzir a velocidade do veículo de for- ma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista (art. 220, XIII) e não manter a distância de 1,50m ao ultrapassar bici- cleta (art. 201). DICA 13 - RESOLUÇÃO 432/13 – ALCOOLEMIA: Erro Máximo Admitido e calculo da medição considerada e configuração de crime e infração, bem como a recusa administrativa DICA 14 - RESOLUÇÃO 723/17 – DA SUSPENSÃO, CASSAÇÃO E CURSO PREVENTIVO DE RECICLAGEM: Condutor suspenso que cumpre o prazo imposto pela autoridade, porém não realiza o curso de reciclagem: Condutor Porta o Documento de Habilitação Sem lavratura de AI (Auto de Infração) + Retenção do Veículo + Recolhimento do documento de Habilitação Condutor que não porta o documento de Habilitação Autuação pelo artigo 232 (leve + multa e retenção) DICA 15 - RESOLUÇÃO 258/07 – ESTUDO AO EXCESSO DE PESO/DA TOLERÂNCIA Rodrigo Gomes Rafael Medeiros DICA 1 - PRINCÍPIOS PENAIS CONSTITUCIONAIS LEGALIDADE: não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal – previsão tanto da cons- tituição federal (art. 5º, XXXIX, CF) quanto do Código Penal (art. 1º do CP). INTERVENÇÃO MÍNIMA: O direito penal apenas intervém ou regulamenta um situação quando não suficiente atuação dos outros ramos do direito, diz-se que o direito é a ultima ratio (últi- mo recurso a ser utilizado, já que a pena aqui será de privação de liberdade). FRAGMENTARIEDADE: o direito penal protege apenas um grupo/fragmento seleto de bens, considerados mais importantes ou sensíveis do direito. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA: só será considerado culpado após ao trânsito em julgado da sentença penal condenatória (art. 5º, LVII, CF) INTRANSCENDÊNCIA DA PENA: N a pena não passa da pessoa do condenado, salvo reparação do dano e perda dos bens, que atinge os sucessores até o limite da herança. Princípio muito ligado também a individualização da pena, já que serão respei- tadas condições individuais na hora de criar e aplicar uma pena. HUMANIDADE: as penas respeitarão critérios d dignidade da pessoa humana na hora de suas cominações e aplicações, já que não serão permitidaspenas de: MORTE, PERPÉTUA, TRABALHOS FORÇADOS, CRUÉIS e BANIMENTO. (art. 5º, XLVI e XLVII, CF) Ainda lembrar de previsões constitucionais...sobre HEDIONDOS → Então: Não temos: • Fiança • Graça ou Anistia Direito Penal SRV/DICAS ALFACON - PRF 20 DICA 2 - LEI PENAL E CRIME: TEMPO X ESPAÇO TEMPO ESPAÇO Aplicação DA LEI vigente à época do fato Exceção: Retroatividade lei mais benéfica e Ultratividade leis temporárias e excepcionais Exceção: extraterritorialidade (art. 7º, CP) Aplicação da lei no território nacional (art. 5º, CP) Exceção: extraterritorialidade (art. 7º, CP) Tempo do Crime: no momento da ação ou omissão (art. 4º, CP) Lugar do Crime: no local da ação ou omissão, OU lugar onde se deu ou deveria se dar o resultado (art. 6º, CP) Para ambos: TEORIA DA ATIVI- DADE Lei penal no Espaço: TERRITORIA- LIDADE LUGAR do Crime: Teoria de UBIQUIDADE DICA 3 - ESTADO DE NECESSIDADE X LEGÍTIMA DEFESA Estado de Necessidade Legítima Defesa Conflito de Direitos Injusta Agressão Sacrifício de um deles Repelir a agressão Bem próprio ou de terceiro Bom próprio ou de terceiro Conduta humana ou animal Apenas conduta humana Proporcional: responde EXCESSO doloso ou culposo Proporcional: responde EXCESSO doloso ou culposo Perigo atual Perigo atual ou iminente DICAS 4 - TENTATIVA (ART. 14) X DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA / ARREPENDIMENTO EFIZAZ (ART. 15) X ARREPENDIMENTO POSTERIOR (ART. 16) Tentativa (art. 14) Desistência Voluntário e Arrependimento Eficaz (Art. 15) Arrependimento Posterio (Art. 16) • Circunstâncias ALHEIAS • Redução 1/3 a 2/3 • Quem prosseguir, mas não CONSEGUE • Voluntátira PRÓPRIA • Responde só pelos atos praticados, caso sejam crimes • Pode Prosseguir, mas não QUER • Volunetária PRÓPRIA • Requisitos: sem viol. ou ameaça + reparação do dano INTEGRAL + até RECEBIMENTO da denúncia • Redução da Penal: 1/3 a 2/3 DICA 5 - CRIMES CONTRA A VIDA (ARTS. 121/128, CP) • Só há 4 tipos penais: homicício (art. 121), instigação ao suicídio (art. 122), infanticídio (art. 123) e aborto (arts. 124/128) Portanto: não confunda crimes contra a Pessoas e crimes contra Vida (estes sim julgados pelo tribunal do Júri, desde que DOLOSOS) HOMICÍDIO (ART. 121) a) simples b) privilegiado – relevante valor moral / social ou logo após injusta provocação da vítima, estando sob domínio de violenta emoção – redução 1/3 a 1/6. c) qualficado: HEDIONDO PENA NOVA: 12 a 30 ANOS OBS: praticado em grupo de extermínio, ainda que seja he- diondo, NÃO é modalidade de homicídio QUALIFICADO Ainda lembrar de previsões constitucionais...sobre HEDIONDOS → Então: • Não temos: a) Fiança b) Graça ou Anistia DICA 8 - CONCUSSÃO (ART. 316) X CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317) X PREVARICAÇÃO (ART. 319) Concussão (Art. 316) Corrupção Passiva (Art. 317) Prevaricação (Art. 319) • Exigir • Vantagem indevida • Razão cargo • Ainda que fora ou antes de assumir função • SEM VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA • Solicitar/Receber/ Aceitar Promessa • Vantagem Indevida • Razão Cargo • Ainda que fora ou antes de assumir função • Não praticar ou retardar ato de ofício • Interesse ou sentimento pessoal Obs: Não praticar ato ou retardar ato de ofício por VANTAGEM ou pedido - Corrupção PASSAIVA (Art. 317) DICA 9 - FURTO COM FRAUDE (ART. 155, § 4º, II) X APROPRIAÇÃO INDÉBITA (ART. 168) X ESTELIONATO (ART. 171) FURTO COM FRAUDE: CRIA O EN- GANO PARA SUBTRAIR A COISA → APROPRIAÇÃO: NÃO HÁ EN- GANO POSSE LEGÍTI- MA E ANTERIOR AO DOLO DE VIRAR DONO → ESTELIONATO: CRIA O ENGANO PARA ENTREGA DE COISA, MAS GERA UMA POSSE ILEGÍTIMA DICA 10 - ROUBO MAJORADO COM RESTRIÇÃO DA LIBERDADE (ART. 157, § 2º, V) X EXTORSÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE (ART. 158, § 3º - “SEQUESTRO-RELÂMPAGO) ROUBO COM RESTRIÇÃO EXTORSÃO - “SEQUESTRO RELÂMPAGO” SUBTRAIR CONSTRANGER COISA ALHEIA MÓVEL VANTAGEM ECÔMICA NÃO NECESSITA DE VÍTIMA PARA SUBTRAÇÃO DA COISA NECESSITA DA VÍTIMA PARA OBTER VONTAGEM SRV/DICAS ALFACON - PRF 21 Nilton Matos Direitos Humanos OS DIREITOS HUMANOS SÃO CARACTERIZADOS PELA Historicidade: não nasceram todos de uma única vez em um único momento histórico. Surgindo de maneira gradual são resultados de lutas contra o poder vigente, evoluem com o tempo e obedecem a fluxos circunstanciais do contexto a que estão in- seridos sendo assegurados pela positivação jurídica dos Estados. Universalidade: destinam-se para todo ser humano. Não limita, distingue ou separa os homens por conta de sexo, orien- tação política, religião, cor ou nacionalidade, almejando respeitar e considerar o princípio de liberdade e o princípio da dignidade presente em todo e qualquer ser humano só pelo fato de o sê-lo. Inalienabilidade: os direitos não podem ser negociados, não podem ser vendidos. Inexaurabilidade: os Direitos Humanos não são esgotados em si mesmos, não assumem rol taxativo. É admissível a esses direitos sua ampliação (não sua redução), respeitando-se sempre o núcleo essencial de tais direitos. Irrenunciabilidade: os titulares de tais direitos não podem renunciá-los. Os Direitos Humanos são inerentes à existência hu- mana e, tomando consciência disso, o Estado impede que os indi- víduos deliberem sobre direitos de ordem natural. Os principais documentos para afirmação histórica dos Direitos Humanos são: Magna Carta, 1215: documento que limitava o poder mo- nárquico inglês, neste caso o Rei João Sem-Terra, que o assinou afastando qualquer possibilidade de absolutismo, através deste documento o rei reconhecia que sua vontade estava sujeita à lei. A Magna Carta surge como primeiro passo histórico no caminho para o Constitucionalismo. “Habeas Corpus”, 1679: bem antes da Magna Carta o Ha- beas Corpus já era presente em território inglês, no caso de arbi- trariedades cometidas pela justiça. Não tínhamos muita eficácia na realização desse direito até a formulação da lei de 1679 que se defi- nia como: “uma lei para melhor garantir a liberdade do súdito e para prevenção das pressões no ultramar”. Bill ofRights, 1689: o Bill ofRights ou lista de direitos, refe- rentes à Declaração dos Direitos, foi uma proposta de lei aprovada em 1689, pelo Parlamento inglês, imposta aos monarcas, Guilherme III e Maria II. Declaração de Direitos do Povo da Virgínia, 1776: é um do- cumento que emerge em um contexto de luta pela independência dos Estados Unidos. Possuindo em sua essência aspirações ilumi- nistas e contratualistas esse documento precede a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Declaração de Independência dos Estados Unidos, 1776: promovido pelas treze colônias dos Estados Unidos da América, este do- cumento surgiu em resposta à dominação da Grã-Bretanha mobilizando a sociedade estadunidense em busca de sua independência. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 1789: um dos legados mais importantes deixados pela Revolução France- sa, é um dos principais documentos da história garantidores de di- reitos essenciais ao homem e aplicados como garantias inalteráveis nas Constituições democráticas dos tempos atuais. Em 1979, Karel Vasak (primeiro secretário-geral do Instituto Internacional de Direitos Humanos em Estrasburgo), inspirado nos ideais da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternida- de), foi o primeiro a propor uma divisão dos direitos humanos em gerações. TEORIA DAS GE- RALÇOES - KAREL VASAK (1979) Primeira geração Segunda geração Terceira Geração Liberdade Igualdade Fraternidade Ei xo I In te ra çã o de m oc rá tic a e nt re E st ad o e So cie da de C iv il. Ei xo II De se nv ol vi m en to e Di re ito s H um an os . Ei xo II I Un iv er sa liz ar d ire ito s e m u m co nt ex to d e de sig ua ld ad es . • Di ál og o en tre E st ad o e So cie da de C iv il; • Pr es su po siç ão d e qu e a pa rti cip aç ão so cia l es tá n o m on ito ra m en to d as p ol íti ca s pú bl ica s q ue g ar ante m a re al iza çã o do s Di re ito s H um an os e d a le gi tim aç ão d a De m oc ra cia . • Ev id en cia a in clu sã o so cia l; • A am pl ia çã o do e sp aç o da ci da da ni a; • Le va nt a re fle xõ es a ce rc a da s f ut ur as ge ra çõ es ; • Al ém d e at itu de s q ue g ar an ta m o s d ire ito s do s c id ad ão s f ut ur os . • Ev id en cia a n ec es sid ad e de re co nh ec im en to da s d es ig ua ld ad es ; • A co nc re tiz aç ão d a ig ua ld ad e fre nt e a um a so cie da de d es ig ua l; • In ici at iv as p ar a di m in ui çã o ou e rra di ca çã o de p ro bl em as so cia is qu e im pe ça m o d es en - vo lv im en to d os D ire ito s H um an os Ei xo IV Se gu ra nç a P úb lic a, ac es so à Ju st iça e Co m ba te à v io lê nc ia . Ei xo V Ed uc aç ão e Cu ltu ra em D ire ito s H um an os Ei xo V I Di re ito à M em ór ia e à V er da de . • M et as à se re m tr aç ad as n o co m ba te à vi ol ên cia ; • Ap lic aç ão d e m ed id as q ue p ro m ov am m ai s ac es so à ju st iça ; • Tr an sp ar ên cia d a ju st iça e d os in di ví du os qu e a el a pr om ov em ; • At itu de s e m re la çã o à po nt e Ed uc aç ão -D ire ito s h um an os ; • At itu de s e m re la çã o à po nt e Cu ltu ra -d ire ito s Hu m an os . • Va lo riz aç ão d os p rin cíp io s h ist ór ico s c om o va lo riz aç ão d os D ire ito s H um an os ; • Re fle xã o ac er ca d o pr oc es so h ist ór ico d os Di re ito s H um an os , e vi ta nd o o re to rn o a m om en to s d e vi ol aç ão d es se s d ire ito s. SRV/DICAS ALFACON - PRF 22 Rafael Medeiros Norberto Florindo LEI Nº 9.455/97: TORTURA O DELITO DE TORTURA possui apenas 3 (três) modalidades qualifi- cadoras (art. 1º, §3º, Lei nº 9.455/97) e estas são exclusivamente preterdo- losas: espécie de crime qualificado pelo resultado: DOLO no antecedente (de torturar) + CULPA no consequente (resultado agravador). TORTURA QUALIFICADA Lesão Grave: (reclusão de 4 a 10 anos) Lesão Gravíssima: (reclusão de 4 a 10 anos) Morte: (reclusão de 8 a 16 anos) Se o agente pretendia, desde o início, MATAR a vítima ME- DIANTE TORTURA (dolo de torturar + do-lo de matar), então o crime será o de homicídio qualificado pela tortura (art. 121, §2º, III, Código Penal), cuja pena é de reclusão de 12 a 30 anos. Tal pena é bem superior à da tortura qualificada pela morte (art. 1º, §3º, Lei nº 9.455/97), cuja pena é de reclusão de 8 a 16 anos, uma vez que este delito é exclusivamente preterdoloso (dolo de tortu- rar + culpa no resultado morte). Já as majorantes (art. 1º, §4º, Lei nº 9.455/97) — aumento de pena de 1 ⁄6 a 1 ⁄ 3 (um sexto a um terço) — são as seguintes: LEI Nº 4.898/65: ABUSO DE AUTORIDADE • Crimes próprios funcionais. • Ação penal: PÚBLICA INCONDICIONADA (art. 1º da Lei nº 5.249/67). Portanto, não há necessidade de representação por parte do ofendido, o que constitui mera notitia criminis. LEI Nº 10.826/03: ESTATUTO DO DESARMAMENTO O SINARM é órgão vinculado à Polícia Federal e o responsável pelo cadastramento e registro das armas de fogo em território na- cional, salvo as das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as dos ór-gãos que constem em seus registros próprios (art. 2º, parágrafo único): estas serão cadastradas no SIG-MA . Quando se tratar de armas de fogo de uso restrito, o registro será feito no Comando do Exérci-to (Art. 3º, Parágrafo único). Art. 3º, Lei nº 10.826/2003: “É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei.”. Bem como, ao Comando do Exército, cabe a autorização para adquirir as armas de fogo de uso restrito (Art. 27). Art. 27, Lei nº 10.826/2003: “Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisi-ção de armas de fogo de uso restrito. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos Militares. leis Especiais SRV/DICAS ALFACON - PRF 23 Posse x Porte x Uso Permitido x Uso Restrito Bem jurídico tutelado: é a segurança pública e a paz social (incolumidade pública). Preserva-se a coletividade e não apenas uma única pessoa, ou seja, NÃO é a incolumidade física — mas sim a incolumidade pública. LEI Nº 11.343/06: LEI ANTIDROGAS Art. 28 – Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/2006): Uso de drogas: Fato atípico. Posse de drogas p/ consumo pessoal: Obrigatória a apreensão da droga (materialidade). Vedada prisão: São proibidas as prisões em flagrante e judicial. Julgamento pelo JECRIM: Infração de menor potencial ofensivo, admite transação. Despenalização: De acordo com o STF, houve a despenalização, porém ainda é crime. Não ocorreu: Não gerou abolitio criminis, descriminalização ou infração sui generis. Penas: Advertência, Prest. de serviços comunitários ou Medida educativa a curso. Prazo máximo (salvo advertência): 5 meses (se primário) e 10 meses (se reincidente). Prescrição: 2 anos. Medida coercitiva p/ garantia das penas: O juiz poderá e, sucessivamente, submeter o agente que injustificadamente não cumprir as penas a: admoestação verbal e multa. PRIVILEGIADO: Direito subjetivo e cumulativo: o juiz é obrigado a conceder tal benesse ao réu quando ele preencher os requisitos objetivos: ser primário, ter bons antecedentes e não se dedicar às atividades criminosas nem integrar organização criminosa. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO Mín. pessoas: 4 pessoas 3 pessoas 2 pessoas Legislação: Art. 1º, §1º, Lei nº 12.850/13 Art. 288, Código Penal Art. 35, Lei nº 11.343/06 Pena: Reclusão de 3 a 8 anos e multa Reclusão de 1 a 3 anos Reclusão de 3 a 10 anos e multa SRV/DICAS ALFACON - PRF 24 LEI Nº 5.553/68: APRESENTAÇÃO E USO DE DOC. DE ID. PESSOAL Nilton Matos História A “Polícia de Estradas” foi criada pelo decreto nº 18.323/28, durante a República Velha (República Oligárquica ou Primeira Repú- blica) período que se estendeu de 1889 até 1930, quando Getúlio Var- gas, através de um Golpe de Estado inicia um novo período político. A política de sucessão presidencial dará ainda outra denominação ao momento inicial da República Brasileira, conhecida como política do café com leite. Desde 1927 Turquinho já defendia a criação da Polícia de Es- tradas, surgindo daí seu aproveitamento como primeiro Inspetor de Tráfego. Ainda em 1935, Yeddo Fiú za indicou Carlos Rocha Miranda para organizar a estrutura da Polícia das Estradas, auxiliado por Tur- quinho. Juntos criaram, no dia 23 de julho de 1935, o primeiro quadro de policiais da hoje Polícia Rodoviária Federal, denominados, à época, “Inspetores de Tráfego”. Em 1978, 50 anos após a criação da Instituição, houve a primei- ra aprovação de mulheres na PRF por meio de concurso público. Elas foram admitidas no quadro funcional dois anos após a realização do concurso. Naquela época, ingressaram na Polícia Rodoviária Federal cinco mulheres que desenvolviam apenas atividades internas. Após ter sido integrada à estrutura organizacional do Ministé- rio da Justiça, a Polícia Rodoviária Federal teve oito diretores. Inicial- mente, durante a transição, 1991/1992, o órgão foi dirigido por Í talo Mazoni da Silva, servidor do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem; posteriormente, em 1993, passou a ser dirigido pelo Pa- trulheiro Mauro Ribeiro Lopes, primeiro servidor de carreira a chegar ao cargo máximo da instituição, onde permaneceu até 1994, quando se afastou da função para se candidatar a Deputado Federal, assu- mindo, interinamente, o Patrulheiro Adair Marcos Scorsin. Em 1995, foi nomeado o Patrulheiro Lorival Carrijo da Rocha, que permaneceu até 1999. Em1999, foi nomeado o General Álvaro Henrique Vianna de Moraes, que permaneceu até 2003. Em 2003, assumiu a função de Diretor Geral o Patrulheiro Rodoviário Federal Helio Cardoso Derenne, o qual permaneceu até o ano de 2011. Nesse ano, então, assumiu a Policial Rodoviário Federal Maria Alice Nascimento de Souza,primeira mulher a ocupar o cargo, a qual permaneceu na função até o ano de 2017. Já em 2017, o PRF Renato Antônio Borges Dias assumiu o cargo de diretor-geral, sendo o atual gestor máximo da instituição. Áreas especializadas da PRF 1.Escolta, batedor, e motopoliciamento – a Polícia Rodoviá- ria Federal, desde sua criação, em 1928, tem sua imagem vinculada ao serviço com motocicletas. Naquela época, já oferecia à sociedade vigilância e inspeção das estradas brasileiras utilizando a motocicleta como ferramenta de trabalho. 2.Operações em controle de distúrbios – é uma atividade na qual o policial deve utilizar ferramentas psicomotoras e cognitivas em situações complexas, que forçam a tomadas de decisão rápidas e assertivas, em meio a cenários conflituosos, sob demasiado estresse. SRV/DICAS ALFACON - PRF 25 3.Pronto emprego – a Polícia Rodoviária Federal, face à complexidade dos cenários em que atua, tem dedicado cada vez mais atenção à prevenção e ao combate ao crime. Respondendo a diversas situações críticas, a PRF viu-se impelida a criar o Grupo de Resposta Rápida (GRR), com foco em ocorrências criminais comple- xas, em todo o Brasil. O GRR é situado em Brasília e subordinado ao Comando de Operações Especializa- das da PRF (COE). Seu acio- namento é pautado na resposta rápida a situações especiais, ope- rações de grande sensibilidade, relevância e urgência. A rotina das equipes táticas, quando não estão realizando missões, compreende treinamento físico, operacional, instruções táticas individuais e cole- tivas, que mantém a capacidade operacional dos policiais. 4.Policiamento com cães – o trabalho dos cães policiais farejadores da PRF é bastante desafiador. Os animais precisam ser dóceis e bastante sociáveis. O equilíbrio e o destemor também são características marcantes nos cães utilizados pela instituição para este fim, uma vez que os locais de fiscalização são bem diversifi- cados, e vão desde um acostamento de uma rodovia até um movi- mentado terminal rodoviário. 5.Operações aéreas – a Divisão de Operações Aéreas (DOA) da Polícia Rodoviária Federal foi estabelecida em junho de 1999 por meio da Portaria n° 308 do Ministério da Justiça, assinada pelo Ministro Interino Paulo Affonso Martins de Oliveira e publicada no DOU do dia 01/07/1999. 6.Atendimento pré-hospitalar – o Atendimento Pré-Hospi- talar consiste na pronta resposta a urgências e emergências a aci- dentados, fora do ambiente hospitalar, visando à estabilização clíni- ca da vítima até a remoção para uma unidade hospitalar adequada. 7.Perícia – desde a sua implantação em 2013 até os dias atuais, a atividade de perícia tem evoluído de forma notória, com os integrantes cada vez mais aptos, com expertise em investigação de acidentes de trânsito e estudos de segurança viária. Pedro Canezin Processo Penal DICA 01 - NOTITIA CRIMINIS A notitia criminis consiste na forma pela qual a autoridade policial tomou conhecimento acerca da infração penal. Pode ser: • Direta (espontânea ou de cognição imediata) - É o conhecimen- to do crime por meio das próprias atividades policiais ou por meio de imprensa; • Indireta (provocada ou de cognição mediata) – É o noticiamento realizado por terceiros identificados; • Obrigatória ou coercitiva - sempre que houver a prisão em fla- grante. Tipos de Notitia Criminis Indireta Características Requerimento Prestado pela vítima ou representante legal Representação Ocorre em ação penal pública condicionada Delatio Criminis (Delação) Ocorre em ação penal pública incondicionada Requisição Tem natureza de ordem por imposição legal realizada pelo Juiz ou membro do MP ATENÇÃO! Delatio Criminis Postulatória é a comunicação da ocorrência da infração penal ou de seu autor, feita pela vítima à autoridade competente, solicitando providências, como a instau- ração do inquérito. Pode ser, ainda, a comunicação da vítima, nos mesmos termos, fornecendo a representação para que o Ministé- rio Público possa agir nos crimes de ação pública condicionada. CUIDADO! A requisição do Ministro da Justiça não tem nature- za de ordem, mas de condição específica de procedibilidade! ABERTURA: Auto de Prisão em Flagrante, Portaria, Represen- tação etc. Atenção redobrada deve ser dada à Denúncia Anônima (de- lação inqualificada ou apócrifa). De acordo com posicionamentos passados, trata-se de noticiamento direto do crime, ou de cognição imediata. Não é possível dar abertura ao inquérito unicamente com elementos provenientes da denúncia, a não que constitua prova ves- tigial. Para aquilatar a denúncia anônima, realiza-se a Verificação Pre- liminar de Informação (VPI), uma espécie de microinvestigação que avalia a idoneidade da denúncia. DICA 02 - PONTOS IMPORTANTES EM INQUÉRITO POLICIAL De acordo com a lei 9.099/95, em infrações de menor potencial ofensivo (crimes apenados com pena máxima de até 2 anos e todas as contravenções) será realizado o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e não IP (em regra). Assim, não há que se falar em relatório, mas apenas o TCO. Antigamente pairava sobre o MP o medo de solicitar o arqui- vamento, visto que isso trancafiava os fatos investigados. No entanto, com o artigo 18 e a súmula 524 do STF, a polícia poderá produzir novas provas, ainda que o Inquérito seja arquivado. Com isso, caso surjam novas provas, é possível o desarquivamento. Devido à possibilidade de se discutir novamente o fato investigado, diz-se que o arquiva- mento do IP faz coisa julgada FORMAL, em regra, com efeitos endo- processuais (apenas quanto ao fato investigado). No entanto, vale ressaltar um posicionamento dos tribunais su- periores e da doutrina. O inquérito não poderá ser desarquivado, nem mediante novas provas (pois faz coisa julgada MATERIAL), quando houver incidência de fato atípico (STF) ou extinção da punibilidade (doutrina). O mesmo NÃO vale para excludente de ilicitude (STF). SRV/DICAS ALFACON - PRF 26 Por fim, cabe ressaltar algumas modalidades de arquivamento salientado pela doutrina: • Arquivamento ORIGINÁRIO é a solicitação de arquivamento feita diretamente pelo Procurador Geral. Neste caso, não há dis- cricionariedade ao juiz quanto à discordância do arquivamento, devendo este obrigatoriamente arquivar o IP; • Arquivamento IMPLÍCITO é aquele realizado quando o houver oferecimento da denúncia de menos crimes (objetivo) ou menos autores (subjetivo) em relação ao indiciamento. É repudiado pela Jurisprudência do STF e do STJ; • Arquivamento INDIRETO é aquele realizado quando houver in- vestigação criminal acerca de um delito em que o membro do MP e o juiz são incompetentes para apreciar. ATENÇÃO! Não se arquiva investigação provenientes de cri- mes de ação penal privada! DICA 03 – PROVAS DOCUMENTAIS Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, PÚBLICOS OU PARTICULARES. À fotografia do docu- mento, devidamente AUTENTICADA, se dará o MESMO VALOR do original. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em juízo. No entanto, vale dizer que as cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, AINDA QUE NÃO HAJA CONSENTIMEN- TO do signatário. MOMENTO DE APRESENTAÇÃO: qualquer momento do pro- cesso, de forma espontânea ou provocada. Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará, indepen- dentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua jun- tada aos autos, se possível. CUIDADO! A letra e firmados documentos particulares serão submetidas a exame pericial, quando contestada a sua autenticidade. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor pú- blico, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade. As públicas-formas só terão valor quando conferidas com o original, em presença da autoridade. Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos. DICA 04 – BUSCA E APREENSÃO A busca é a diligência que objetiva encontrar o que se deseja, ao passo que a apreensão é medida cautelar que se pretende acaute- lar pessoa ou objeto. NATUREZA JURÍDICA: meio de prova e medida cautelar (dou- trina majoritária). INICIATIVA: de ofício pela autoridade ou a requerimento das partes. A busca domiciliar está abarcada na cláusula de reserva juris- dicional, hipótese que somente mediante mandado, de dia, poderá ser realizada a busca domiciliar. MOMENTO: pode ser durante toda a persecução penal, inclusi- ve na fase recursal ou de execução. Tipos Existem dois tipos de busca: a DOMICILIAR (que ocorre em domicílios, assim entendidos nos termos do art. 150, §4º do CP). Só poderá ser realizada quando houver FUNDADAS RAZÕES, sendo evidenciado um lastro probatório mínimo. Além da busca domiciliar, existe também a BUSCA PESSOAL, a qual poderá ser realizada quan- do houver FUNDADA SUSPEITA acerca dos envolvidos. Mas cuidado: em regra, a busca pessoal também exige mandado, como será visto a seguir. QUEM A DETERMINA? Jamais pode ser determinada por autoridade administrativa (como o Delegado). Para as buscas, exige-se mandado sempre que o Juiz não a fizer pessoalmente. Assim, não existe busca e apreensão determinada pelo Delegado – mas apenas pelo Juiz. O CPP, portanto, nesta parte, deve ser desconsiderado. Art. 241. Quando a própria AUTORIDADE POLICIAL ou JUDICIÁRIA não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado. Não recepcionada pela CF! Cuidado com a inviolabilidade do domicílio! É permitido a realização da busca domiciliar: DE DIA DE NOITE Qualquer momento, com ou sem consentimento mediante mandado judicial Flagrante delito Desastre Prestar Socorro Mediante mandado (quando autorizado) ATENÇÃO! A busca iniciada de dia, caso se estenda até a noite, não será interrompida! Procedimento De posse do mandado (que indica, o mais precisamente possí- vel, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem; traz ainda os motivos e fins da diligência e é assinado pelo escrivão e pelo Juiz), o executor vai até a residência, bate à porta, mostra e lê o mandado e intima quem o atendeu a abrir a porta. Após isto, faz-se a busca, sen- do que, no fim, é necessário produzir auto circunstanciado de busca assinado por 2 testemunhas (fedatárias). Uso da força SIM, é possível! Mas o uso da força sempre tem de ser regrado: em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a en- trada. Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura. SRV/DICAS ALFACON - PRF 27 Serendipidade Trata-se do encontro fortuito de provas. A pergunta aqui é: se, durante a busca determinada para se encontrar a prova X, a polícia encontra a prova Y, tal prova é lícita? De acordo com nossos tribunais superiores, está tudo certo, desde que o encontro seja fortuito mes- mo e o agente esteja de boa-fé. Situação diversa ocorreria se o mandado fosse arranjado, ou seja: mente-se para que o Juiz o determine com um alvo específico, mas já com o intuito de se encontrar outra coisa – neste caso, a busca seria ilícita. Busca e Apreensão em Escritórios de Advocacia Lembre-se que o Advogado tem dever de sigilo, o que se es- tende aos objetos de clientes que lhes são confiados. É por isto que, a princípio, não se expede mandado em escritório de advocacia para apreensão de documentos de clientes do advogado, a não ser que tais objetos constituam corpo de delito. Assim, em regra, o mandado a ser cumprido em escritório de advocacia envolve a busca de objetos DO PRÓPRIO ADVOGADO, ou seja, quando este é o suposto criminoso – mas pode atingir bens de clientes se estes forem coautores ou partícipes de crime cometido também pelo Advogado. Além disto, saiba que o Estatuto da OAB exige que o procedi- mento seja realizado com a presença de representante da OAB. Veja o que ele diz em seu art. 7º, §§ 6º e 7º: § 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá de- cretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreen- são, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de repre- sentante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advo- gado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. § 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. Busca Pessoal A busca pessoal também exige ordem judicial para que ocorra. Porém, há exceções – as situações do art. 244 do CPP: Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver FUNDADA SUSPEITA de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de de- lito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. Busca Pessoal em Mulheres Ela deverá ser feita, PREFERENCIALMENTE, por outra mulher, desde que isso não importe retardamento ou prejuízo da diligência. Cuidado: não é obrigatoriamente! Se não houver policial fe- minina, um policial masculino poderá, sim, efetivar a busca pessoal em mulher. DICA 05 – MODALIDADES DE FLAGRANTE No que tange ao tema de modalidades de flagrante, é preciso bifurcar o entendimento acerca da previsão. O art. 302 do CPP esta- belece algumas hipóteses de flagrante, mas não todas que podem ser cobradas. Por isso, é preciso compreender um posicionamento legal e outro doutrinário. → FLAGRANTES DO CPP (Art. 302) • Flagrante facultativo: realizado por qualquer um do povo. • Flagrante obrigatório: realizado por quem tem o poder-dever de agir, diga-se, pela polícia. • Flagrante próprio: Este tipo de flagrante também é conhecido como perfeito, real ou verdadeiro. Está previsto no Art. 302, I e II, do CPP e se caracteriza pela certeza visual do crime. É aquele em que o indivíduo: • 1) Está cometendo; • 2) acaba de cometer o delito; • 3) Ainda se encontra no local do crime. • Flagrante impróprio: O flagrante impróprio é também conhe- cido como imperfeito, irreal ou quase-flagrante. Está previsto no Art. 302, III, do CPP. Para caracterizar o flagrante impróprio, é preciso: • Perseguição Deve ser ininterrupta (não importa o prazo, nem mesmo o de 24h). Segundo o CPP, há duas situações em que estará caracterizada a perseguição: a) quando se avistar o indivíduo e se iniciar a perseguição, mesmo que o tenha perdido de vista posteriormente; b) quando se descobre que o indivíduo acaba de passar numa ou noutra direção e se segue em seu encalço, pouco impor- tando o conhecimento de quem quer que seja. • Logo após o cometimento do delito: “logo após” é o lapso temporal entre o acionamento da polícia, seu compareci- mento ao local do delito e colheitade elementos necessários para que se dê início à perseguição; • Situação que faça presumir a autoria. • Flagrante presumido: o flagrante presumido é também conhe- cido como ficto ou assimilado. Está previsto no Art. 302, IV, do CPP. Não é necessário haver perseguição, bastando que o indi- víduo seja encontrado com instrumentos que façam concluir ser ele o autor do crime. Além disto, deve-se atentar ao fato de a lei usar a expressão “logo depois”, ao invés de “logo após”, que caracteriza do flagrante impróprio. ESPÉCIES DE FLAGRANTE DA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA • Flagrante esperado: nesse caso, a autoridade policial limita- -se a aguardar o momento da prática do delito para efetuar a prisão em flagrante. Importa frisar que não há induzimento nem agente provocador. Assim, o flagrante esperado é perfei- tamente legal. • Flagrante prorrogado, retardado ou diferido: trata-se da famosa ação controlada. Consiste no retardamento da inter- venção policial, que se deve dar no momento mais oportuno do ponto de vista da colheita de provas, obtenção de informações e efetivação de prisões. Ex.: clássico: deixar de prender a “mula” para também poder prender os traficantes maiores, em momento posterior. Atualmente, a previsão da ação controlada está na Lei das Orga- nizações Criminosas, a atual Lei 12.850/13 (Art. 8º). Outra lei que admite o flagrante postergado é a lei 11.343/06, a famosa lei de drogas. SRV/DICAS ALFACON - PRF 28 • Flagrante forjado: Esse tipo de flagrante é também é conhe- cido como urdido ou maquinado. Ocorre quando autoridades policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente, a fim de legitimar uma prisão em flagrante. Ex.: a patroa com orgulho ferido que coloca suas joias na bolsa da bela empregada e a acusa de furto. • Flagrante preparado: também é conhecido como flagran- te provocado, crime de ensaio e delito putativo por obra do agente provocador. Possui dois requisitos: • Indução à prática do delito: quem induz a pessoa à prática do delito é chamado de agente provocador e pode ser tanto um particular quanto um policial; • Adoção de precauções para que o delito não seja consuma- do, o que torna o crime impossível, razão pela qual a prisão é ilegal. Nesta seara, é importante lembrar o conteúdo da Súmula 145 do STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna im- possível a sua consumação”. ATENÇÃO! O flagrante PREPARADO e FORJADO são tipos ILE- GAIS de flagrante! Thállius Moraes Ética DICA 1 - ÉTICA E MORAL DIFERENÇAS ÉTICA MORAL SIGNIFICADO DO GREGO “ETHOS” SIGNIFICA MODO DE SER, CARÁTER DO LATIM “MORALIS” SIGNIFICA RELATIVO AOS COSTUMES USO TEÓRICAREFLEXIVA PRÁTICO TEMPO PERMANENTEIMUTÁVEL TEMPORAL MUTÁVEL ORIGEM UNIVERSAL CULTURALLOCAL DICA 2 - DECRETO 1.171/94 A função pública → se integra na vida particular de cada ser- vidor público. Os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vi- da privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a for- mação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na presta- ção do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos Toda ausência injustificada do servidor de seu local de traba- lho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. DICA 3 - DECRETO 1.171/94 - VEDAÇÕES AO SERVIDOR a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e in- fluências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquica- mente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; k) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; l) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; m) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; n) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; o) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreen- dimentos de cunho duvidoso. DICA 4 - DECRETO 1.171/94 - COMISSÃO DE ÉTICA → Criação obrigatória por: • Órgãos e entidades da Administração Federal DIRETA • Órgãos e entidades da Administração Federal INDIRETA • Entidades que exerçam ATRIBUIÇÕES DELEGADA S → Composição → 3 Servidores (titulares de cargo efetivo ou emprego permanente) → Penalidade aplicável pela Comissão → CENSURA → Para fins de apuração do comprometimento ético, entende- -se por SERVIDOR público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de na- tureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indi- retamente a qualquer órgão do poder estatal, como as au- tarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. SRV/DICAS ALFACON - PRF 29 SRV/DICAS ALFACON - PRF 30 SRV/DICAS ALFACON - PRF 31 SRV/DICAS ALFACON - PRF 32
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