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Medicina Veterinária 4 Período
Patologia Veterinária Geral
Mastocitoma
Prof: Dra. Lígia Assunção Oliveira
Email: ligia.oliveira@kroton.com.br
Aluna: Hady Kathleen Silva Santos
Email: hadykhatelen13@gmail.com
Mastocitoma
O mastocitoma, a neoplasia maligna de mastócitos, células imunitárias conhecidas pela sua participação nas reações alérgicas. O Mastocitoma surge normalmente na pele (sendo uma das neoplasias de pele mais comuns no cão) ou internamente, por exemplo, no fígado ou baço, Ainda que possa atingir cães de qualquer raça e idade, as raças braquiocefálicas e os de meia idade a idosos podem estar mais predispostos. Pode também ocorrer em gatos, bovinos, suínos e ovinos, mas esses com menor frequência.
Os mastócitos são células com ampla funcionalidade, dentre as quais destaca-se a participação na imunidade inata e adquirida. Os mastócitos são oriundos de células pluripotentes da medula óssea, que expressam o antígeno CD34, e o processo de diferenciação é influenciado por fator de células tronco e IL-3 (KIRSHENBAUM, 2000; RECH & GRAÇA, 2006). Os mastócitos possuem 20-30µm de diâmetro, formato redondo a oval e núcleo esférico, de coloração basofílica. O citoplasma é levemente eosinofílico e contém grânulos metacromáticos com afinidade tintorial ao vermelho ou vinho devido a sua composição por mucopolissacarídeos ácidos (DIAS, 2007). 
Definição
Os mastocitomas são definidos como uma proliferação excessiva de mastócitos, que se originam na derme, estando entre as neoplasias cutâneas caninas mais frequentes (16 a 21% de todos os tumores cutâneos). O mastocitoma pode acometer qualquer região corpórea, mas se verifica maior acometimento em membros, região inguinal e prepucial. Acredita-se que mastocitomas localizados em regiões mucocutâneas e na região inguinal apresentem comportamento mais agressivo, embora não seja consenso entre os estudos (Dobson & Scase 2007, Welle et al. 2008, Mahler 2012). 
O mastocitoma é um tumor sólido composto por uma infiltração densa de mastócitos, espalham-se através da circulação sanguínea e linfática (PATNAIK & EHLER). Aparecem de duas formas distintas, uma consiste numa massa de 1 a 10 cm de diâmetro, bem circunscrita, elevada e firme, podendo ou não ser avermelhada, com bordo assemelhando-se a uma borbulha e o centro amarelando, a segunda forma consiste numa massa mole, pouco definida que geralmente possui pêlos, raramente é ulcerada ou avermelhada. Embora os mastocitomas pareçam macroscopicamente massas bem delimitadas, as suas margens microscópicas estendem-se bastante para além da massa palpável à superfície (MACY & MACEWEN, 1989).
 
 FIGURA 1 – Mastocitoma cutâneo canino. A) Massa alopécica, ulcerada e hemorrágica (seta) na região tóraco-abdominal lateral esquerda de um cão da raça Boxer. B) Fotomicrografia de mastocitoma moderadamente diferenciado, mostrando proliferação de mastócitos neoplásicos em forma de cordões, com citoplasma discretamente granular, moderado pleomorfismo celular, anisocariose, nucléolos evidentes e eosinófilos ocasionais (seta). HE, 400x. Fonte: A) Adaptado de SOUZA (2005) e B) Adaptado de www.cal.vet.upenn.edu/projects/derm/index.html. Acesso em 23 de julho 2015.
O comportamento biológico do mastocitoma é variável, por isso torna-se difícil realizar um prognóstico acurado e determinar a melhor terapia. Diversos fatores já foram utilizados na tentativa de prever o comportamento biológico do mastocitoma canino, tais como idade, raça, sexo, estadiamento clínico e localização do tumor, intervalo entre diagnóstico e tratamento, tempo de evolução, ocorrência de sinais sistêmicos, presença de metástase no momento do diagnóstico e, mais recentemente, marcadores de proliferação celular, entre outros, além da graduação histológica – esta, a mais utilizada inclusive, para a determinação de terapia adjuvante (Seguin et al. 2001, Torres Neto et al. 2008, Costa-Poggiani et al. 2012).
As células neoplásicas exibem graus variáveis de diferenciação, com base na presença e proeminência de seus grânulos citoplasmáticos nas secções histológicas coradas por hematoxilina e eosina. Essa característica, juntamente com o grau de pleomorfismo e índice mitótico das células, tem sido utilizada subjetivamente na classificação desses tumores com finalidades prognósticas, em três graus (SIMOES, 1994).
Vários autores relatam não haver predisposição quanto ao sexo. Já quanto à raça, alguns autores referem ser a raça Boxer a mais predisposta, assim como todas as descendentes do Buldogue, além de Labrador, Dachshund e animais mestiços (De Nardi et al. 2002, Maiolino et al. 2005, Dobson & Scase 2007, Costa-Casagrande et al. 2008, Welle et al. 2008, Strefezzi et al. 2010, Costa-Poggiani et al. 2012). While et al. (2011) ressaltam a predisposição de raças de grande porte de desenvolverem mastocitoma cutâneo.
Diagnostico 
O mastocitomas possui um comportamento clínico de amplo espectro: podemos encontrar desde mastocitomas de comportamento inteiramente benigno, até mastocitomas com comportamento maligno e com ampla disseminação metastática. A graduação histopatológica é o método de eleição para prever o comportamento biológico do mastocitoma. Atualmente, são usadas duas classificações. 
· Na de PATNAIK AL.(1984): o mastocitoma é classificado em três graus de malignidade 
· Grau I: Núcleos redondos e cromatina condensada.
· Grau II: Núcleos hipercromáticos, com aumento de tamanho. Baixo índice mitótico.
· Grau III: Núcleos vesiculosos com um ou mais nucléolos. Índice mitótico mais elevado.
· Na proposta por KIUPEL ET AL. (2011): os tumores são divididos em dois graus de malignidade. 
Os mastocitomas são classificados de acordo com o grau de malignidade em graus I, II e III. Os tumores de grau I são normalmente menos agressivo e são normalmente apenas tratados com cirurgia. Os tumores de grau II possuem uma malignidade moderada e são tratados com cirurgia, com amplas margens de recessão, pois possuem taxa de metástase. Os tumores de grau III são agressivos e metastizam frequentemente (CHÉNIER & DORÉ, 1998).
A principal desvantagem da classificação histológica de Patnaik é a grande predominância de tumores de grau II (intermediário) e a grande variação entre observadores, o que estimulou o desenvolvimento de uma nova forma de classificar os mastocitomas (KIUPEL ET AL. (2011).
Além da graduação histológica, patologistas de todo o mundo têm buscado a identificação de marcadores prognósticos do mastocitoma, a exemplo do índice mitótico. Busca-se, desta forma, prever o comportamento biológico dessa neoplasia e, concomitantemente, delinear tratamentos mais efetivos que repercutam positivamente na sobrevida dos animais afetados (Seguin et al. 2001, Scase et al. 2006, Welle et al. 2008, Strefezzi et al. 2010, Vascellari et al. 2013).
O índice mitótico (IM) é um dos métodos indiretos de mensuração da atividade celular proliferativa, baseado na quantificação das figuras de mitose em uma lâmina de histologia corada com hematoxilina e eosina. Segundo Romansik et al. (2007), após avaliação geral da amostra em microscopia de luz, deve se selecionar a área de maior atividade celular para submetê-la à contagem de figuras de mitose. A contagem é feita em 10 campos de grande aumento (400X) com campos de 2,7 mm2. Comparado a outros fatores prognósticos, o exame constitui um método simples, que não requer colorações adicionais e técnicas de imuno e histoquímicas especiais, apresenta fácil execução e baixo custo (Romansik et al. 2007, Strefezzi et al. 2010).
Sintomas 
Os sinais clínicos podem ser variáveis, ocorrem de acordo com o comportamento do tumor. Alguns tumores podem permanecer por meses ou anos antes de espalhar rapidamente, enquanto outros agem agressivamente desde o seu aparecimento.
Aproximadamente 6% dos cães apresentarão múltiplos mastocitomas cutâneos. A maioria desses tumores não implica em sintomas clínicos, no entanto, podem estar presentes sinais relacionados à liberação de heparina, histamina e outras aminas vasoativas (substâncias responsáveispelos sintomas de inchaço e irritação presentes nas alergias).
O mastocitoma produz substâncias que pode afetar a função de outros tecidos e órgãos, resultando em uma série de sintomas denominados de síndromes paraneoplásicas. A manipulação do tumor ou mudanças extremas temperatura podem levar à degranulação (sensibilização das células, que liberam substâncias responsáveis ​​pela inflamação) dos mastócitos, o que leva a formação de eritema local (pele vermelha) e até úlceras gastrointestinais, causando falta de apetite, vômito e fezes moles com sangue.
O tumor pode aumentar e diminuir o tamanho em 24h, comum no mastocitoma. Pode estar presente nos órgãos sem acometimento cutâneo, apesar de ser incomum, nesse caso o prognóstico é ruim.
O aspeto dos nódulo varia muito: alguns são ulcerados, podem ter um crescimento rápido, ou lento, podem também estar presentes por meses ou anos, podem estar inflamados (vermelhos) e inclusive, podem variar de tamanho devido à resposta inflamatória.
Tratamento
O tratamento dos Mastocitomas é cirúrgico. Perante um nódulo a preocupação é removê-lo com 2-3 cm de margem.
Em mastocitomas de grau I a cirurgia é suficiente e curativa. Em mastocitomas de grau III está indicado o tratamento com quimioterapia adjuvante, ou inibidores c-Kit. Os protocolos de quimioterapia utilizados utilizam como fármacos a vinblastina e/ou a lomustina juntamente com corticosteróides. É também importante a medicação com anti-histamínicos de forma a pevenir o aparecimento de úlceras gástricas provocadas pela libertação de histamina pelo tumor.
A utilização de quimioterapia em mastocitomas de grau II depende da avaliação de vários factores de prognóstico conforme discutido anteriormente.
Conclusão 
O mastocitomas e uma neoplasia maligna, muito recorrente em cães, pode também ocorrer em gatos, bovinos, suínos e ovinos, mas esses com menor frequência. Podendo ter graus diferentes e mais agressivos. Assim percebes como o diagnósticos do histopatológico essencial para direcionamento dessa gral. O tratamento dos Mastocitomas é cirúrgico, perante um nódulo a preocupação é removê-lo com 2-3 cm de margem, e a utilização de quimioterapia em mastocitomas depende da avaliação de vários factores de prognóstico.
· Bibliografia; Webgrafia 	
Fórum: Análise de sobrevida e fatores prognósticos de cães com mastocitoma cutâneo. Fernanda S. Natividade*; Márcio B. Castro; Anahí S. Silva; Letícia B. de Oliveira; Concepta M. McManus; Paula D. Galera. Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília (UnB), Avenida L4 Norte, Setor de Clubes Norte, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília, DF 70910-900, Brasil. DISPONIVEL em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2014000900012&lng=pt&tlng=pt Acesso em: 28 set. 2020
Fórum: Centro Hospital Veterinario. Mastocitoma Canino. Hugo Gregório, MV.. DISPONIVEL em: https://www.chv.pt/pt/unidades/oncologia/mastocitomas/detalhe.html Acesso em: 28 set. 2020
 Fórum: Mastocitoma cutâneo canino: revisão / Canine mast cells tumor: review.
Palma, Heloisa Einloft; Martins, Danieli Brolo; Basso, Paula Cristina; Amaral, Anne Santos do; Teixeira, Luciele Varaschini; Lopes, Sônia Terezinha dos Anjos. DISPONIVEL em: BR68.1 https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/vti-1502 Acesso em: 28 set. 2020
Fórum: Grau de malignidade do mastocitoma cutâneo canino quanto à localização segundo as classificações de Patnaik et al. (1984) e Kiupel et al. (2011)
Ana Letícia Daher Aprígio da Silva; Rodrigo Pereira de Queiroz; Matias Pablo Juan Szabó; Alessandra Aparecida Medeiros. . DISPONIVEL em: file:///C:/Users/jhona/Downloads/7297-31293-1-PB.pdf Acesso em: 28 set. 2020
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Fórum: Vets&clinicss by advance. Mastocitoma canino: comparação de indicadores e atual classificação. DISPONIVEL em: https://www.affinity-petcare.com/vetsandclinics/pt. Acesso em: 28 set. 2020
Fórum: TUMORES DE CÉLULAS REDONDAS EM CÃES: ASPECTOS GERAIS E MARCADORES IMUNOISTOQUÍMICOS Danilo Rezende e Silva , Mariana Batista Rodrigues Faleiro , Veridiana Maria Brianezi Dignani. DISPONIVEL em: https://www.conhecer.org.br/enciclop/2015c/agrarias/tumor%20de%20celulas.pdf . Acesso em: 28 set. 2020

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