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Cassiane Da Silva Ennes
 Jaqueline Marins
 Jéssica Pscodinsk
Tutor Externo²
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como referência analisar através de uma entrevista realizada em uma indústria farmacêutica, de forma resumidamente as ferramentas da qualidade que são aplicadas na indústria, sendo elas, Diagrama de Ishikawa, 5 Porquês e Relatório A3. 
A revolta traz para o mundo grandes situações de problemas, como exemplo guerras, levando muitas vezes grandes empresários, a pensarem em maneiras de voltar a equilibrar o mundo das indústrias, grandes causas da economia de um país. Com este pensamento, levou Kaoru Ishikawa, Taiichi Ono e o Grupo Toyota, homens com o pensamento evoluído a criarem duas ferramentas que veriam a ser utilizadas para auxiliar no controle de qualidade em uma empresa, analisando e eliminando os defeitos de um processo. 
O Diagrama desenvolvido por Kaoru Ishikawa serve para identificar os fatores que podem causar problemas na organização, mostra a relação entre uma característica de qualidade (efeito) e os fatores que a influenciam (causas). 
Uma técnica de analise simples e eficaz, criada por Taiichi Ono, que tem a simplicidade de perguntar 5 vezes o porquê um problema está acontecendo, sempre relacionado a causa anterior, será determinada a causa raiz do problema ao invés da fonte de problemas. 
Um complemento para estas duas ferramentas, temos a ferramenta A3 outra com fácil aplicação. Baseada somente em utilizar uma folha A3, um relatório onde iremos relatar o tema que indica o problema a ser abordado, descreve qualquer informação do contexto que é considerado essencial para o entendimento da extensão e da importância do problema em ênfase. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Abordando neste capítulo os principais conceitos do Diagrama de Ishikawa, ou diagrama causa e efeito, e dos 5 Porquês, e suas qualidades para se aplicar em uma indústria ou empresa. 
A Gestão de Qualidade possui ferramentas que fazem parte de um grupo de métodos estatísticos utilizado na melhoria dos processos. Segundo Montgomery (2004, p. 95), “O controle estatístico do processo (CEP) é uma poderosa coleção de ferramentas de resolução de problemas útil na obtenção da estabilidade do processo e na melhoria da capacidade através da redução da variabilidade”. 
De acordo com Werkema (1995), o Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta que apresenta uma relação entre um processo (efeito) e os fatores (causa), com a finalidade de chegar a um resultado (objetivo). Carpinetti (2012) diz que o Diagrama é estruturado para que se possa identificar as causas que levam a um problema, de forma que possibilite sua correção. E Chiavenato (2010) traduz o a ideia central do Diagrama de Ishikawa que é a eliminação dos erros encontrando a sua fonte, e assim eliminá-lo. 
Para Peinado e Graeml (2007. p. 551), “[…] o diagrama de causa e efeito é uma ferramenta muito útil para permitir que um grupo identifique, explore e exiba graficamente e em detalhe todas as possíveis causas de um problema ou condição, para se descobrir sua verdadeira raiz.” 
Segundo Palladini et al (2008, p.16) Ishikawa entendia que a “qualidade é satisfazer radicalmente ao cliente, para ser agressivamente competitivo”. 
A satisfação do cliente é a mola mestra para a busca constante da qualidade: 
A gestão da qualidade total significa que a cultura da organização é definida pela busca constante da satisfação do cliente através de um sistema integrado de ferramentas, técnicas e treinamento. Isso envolve a melhoria contínua dos processos organizacionais, resultando em produtos e serviços de qualidade (SASHKIN e KISER, 1994, p. 34). 
O Diagrama de Ishikawa é muito usado nas indústrias, mas pode ser também utilizado em outros ramos como comercio ou serviços, porém não é uma tarefa muito simples de ser executada, de forma que Vieira (1999, p. 31) ressalta a importância e a dificuldade de se executar esta ferramenta “[...] Mas criar esse diagrama não é tarefa fácil. Aliás, o sucesso no controle da qualidade depende, em grande parte do sucesso que se tem no uso dessa ferramenta.” 
Os 5 Porquês é uma técnica de análise que parte da premissa que após perguntar 5 vezes o porquê um problema está acontecendo, relacionando-se a causa anterior, será determinada a causa raiz do problema ao invés da fonte de problemas. 
Uma ferramenta bastante utilizada na área de qualidade, mas pode se aplicar em qualquer área, e inclusive pode ser muito útil em seu dia a dia. Sendo muito simples de resolução, que foi desenvolvida por Taiichi Ono, pai do Sistema de Produção Toyota, consiste em formular perguntas perguntando o “Por quê” que acontece o problema. 
São realizadas 5 perguntas para analisar, sendo de acordo com Ono esse número costuma ser suficiente para se chegar à causa raiz. Ao repetimos descartamos as possíveis camadas de um problema, levando assim, a causa do ocorrido. 
Contudo é uma ferramenta limitada, ou seja, não irá substituir uma análise de uma qualidade mais complexa, sendo uma sua principal crítica à ferramenta, é que pessoas diferentes provavelmente chegarão a causas raiz diferentes com estas perguntas. Sendo assim, o ideal é que as perguntas sejam feitas com participação de toda a equipe, para que gere um debate em torno das causas verdadeiras. 
Tendo em vista, esta é uma boa técnica para resolver problemas simples, para então tomar os primeiros passos para resolver problemas mais complexos, desta maneira, não podemos nos acomodar e achar que o problema está resolvido com 5 perguntinhas. 
O relatório A3, como conhecido, é utilizado para solução de problemas, adaptado da Toyota, é uma ferramenta com muito potencial de se utilizar para organização. Ele simultaneamente documenta os resultados. 
Enquanto o relatório sendo uma ferramenta importante, para uma análise mais rápida e eficaz, ocasionando a melhoria no processo, não podemos considera um item magico. Implementar a ferramenta pode requer muitos esforços conscientes e numerosos obstáculos precisam ser ultrapassados, mesmo trabalhando em equipe e grupos para analisar a possível solução. 
Podendo compreender que, o relatório nada mais é um método mais compreensível de se entender, mais não muito complexo. Sendo possível a utilização com em outras ferramentas, tais como as que foram citadas neste trabalho. Porém não é considerado utilizar somente ela pra solucionar uma variada causa. 
Compreendendo então que “A qualidade é a nossa maior segurança na obtenção da fidelidade do nosso consumidor, sendo a nossa maior defesa contra a concorrência e o único caminho para o crescimento.” (Kotler, Philip, 1931, p.64). Finalizando assim, com o conhecimento que a qualidade é o que move o mercado, devemos trata-lhe com cautela, resolvendo solucionado os problemas com as ferramentas certas, para no final, satisfazer as necessidades dos clientes.
3. METODOLOGIA
A consecução do presente estudo emprega como principais ferramentas a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo.
A pesquisa bibliográfica orientou a primeira etapa da pesquisa, onde buscou-se na literatura especializada os recursos teóricos necessários ao tratamento da problemática do estudo, qual seja, as ferramentas da qualidade
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A pesquisa de campo, por outro lado, orientou a realização de uma pesquisa junto a uma Indústria Farmacêutica, a qual encontra-se localizada no município de São Jerônimo.
	
A coleta de dados seguiu a aplicação de um questionário de entrevista com a Supervisora do Setor de Controle de Qualidade. O referido questionário é composto por 6 perguntas, as quais destinam-se a identificar as ferramentas da qualidade empregadas na Indústria Farmacêutica, pontos positivos e negativos e seus maiores desafios advindos de sua implementação.
Durante a entrevista foi afirmadoque a ferramenta mais utilizada na indútria é o diagrama de ishkawa juntamente com a ferramenta A3, e que elas são utilizadas para resolver algum desvio de qualidade ou problemas futuros no produto e elas são utilizadas para identificar a causa raiz do problema.
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O resultado do presente estudo, com base em pesquisas feitas em diversas fontes acadêmicas e literárias, em observações realizadas em uma Indústria Farmacêutica, analisando quais ferramentas da qualidade são utilizadas, seus objetivos, pontos positivos, negativos e seus desafios para sua aplicação. A pesquisa nos mostrou que a empresa participante aplica algumas das ferramentas da qualidade, como o A3, Diagrama de Ishikawa e 5 Porquês. Para aplicar essas ferramentas é necessário um desvio de qualidade, que ocorre quando um produto ou matéria prima não cumpre algum dos parâmetros de qualidade estabelecidos. Devendo se proceder com a investigação. Nesse caso, utiliza-se a ferramenta A3 para auxiliar na condução da investigação e o diagrama de ishkawa, essas três ferramentas se unem para auxiliar o funcionário a detectar o problema o mais rápido possível evitando possíveis atrasos na entrega de liberações do produto para venda, com isso após o funcionário avaliar bem todas as possíveis causas até encontrar a causa raiz após são tomadas ações corretivas e preventivas ou seja corretivas para corrigir o problema e preventivas para prevenir futuros problemas. A gestão do setor afirma que a ferramenta é muito eficaz devido a todos estarem envolvidos ou seja é formada uma equipe com todos envolvidos no desvio de qualidade e juntos eles colocam no diagrama de ishkawa, folha a3 e os 5 porques todas as possíveis causas, isso faz com que a resolução do problema seja mais eficaz e rápida porém existe um fator negativo que é a dificuldade as vezes do colaborador entender a ferramenta e procurar a solução eficaz se o problema não é bem identificado o risco de reincidência no erro é grande a isso acarreta atraso nas liberações. Com base no estudo e na prática que foi nossa pesquisa de campo podemos concluir que as ferramentas apresentadas são utilizadas e mesmo encontrando algumas dificuldades elas são consideradas eficazes.
	
REFERÊNCIAS
ANDRÉ MARQUES, Citações. Blog Administração de Qualidade,2011. Disponível em: <http://admistarndoo.blogspot.com/2011/10/citacoes.html>. Acesso em: Junho, 2020.
BIANCA MINETTO NAPOLEÃO. 5 Porquês. Site Ferramenta da Qualidade, 2019. Disponível em: <https://ferramentasdaqualidade.org/5-porques/>. Acesso em: Abril, 2020.
CARPINETTI, L.C.R. Gestão de Qualidade: Conceitos e Técnicas. 2. Ed. São Paulo: Atlas.2012.
CHIAVENATO. I. Administração dos Novos Tempo, Rio de Janeiro, Campus. 2010.
DURWARD K. SOBEK II & CINDY JIMMERSON. TRADUÇÃO: DIOGO KOSAKA. Relatório A3: ferramenta para melhorias de processos. Site Lean Institute Brasil, 2006. Disponível em: <https://www.lean.org.br/artigos/90/relatorio-a3-ferramenta-para-melhorias-de-processos.aspx>. Acesso em: Maio, 2020
GERAL. Os 5 porquês (5-why) – análise da causa raiz. Site Qualidade Total, 2014. Disponível em: <https://www.apostilasdaqualidade.com.br/os-5-porques-5-why-analise-da-causa-raiz/>. Acesso em: Abril, 2020.
MONTGOMERY, D.C. Introdução ao controle estatístico de qualidade. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
SASHKIN, M; KISER, K.J. Gestão da qualidade total na prática: o que é TQM, como usá-la e como sustentá-la a longo prazo. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
VIEIRA, S. Estatística Para a Qualidade: Como Avaliar Com precisão a Qualidade em Produtos e Serviços. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa