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Introdução à economia 1

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Introdução 
à Economia
E-book 1
Geraldo Cardoso Monteiro
Neste E-book:
Introdução ����������������������������������������������������4
Conceito de economia ���������������������������� 6
A Escassez e os Problemas 
Econômicos Fundamentais ������������������� 8
Problemas Econômicos 
Fundamentais ��������������������������������������������10
Sistemas Econômicos ������������������������������12
Curva de Possibilidades de 
Produção ���������������������������������������������������� 14
Mudança na Curva de 
Possibilidades de Produção ������������������18
Custo de Oportunidade ������������������������������������19
Funcionamento de uma Economia 
de Mercado: Fluxos Reais e 
Monetários ������������������������������������������������� 22
Definição de Bens de Capital, Bens de 
Consumo, Bens Intermediários e Fatores de 
Produção ����������������������������������������������������������26
Argumentos Positivos e 
Argumentos Normativos �����������������������30
2
E-book 
1
Introdução à Economia
E-book 
1
Inter-Relação da Economia com 
outras Áreas do Conhecimento ���������� 32
Divisão do Estudo Econômico �������������34
Considerações finais������������������������������� 35
Síntese ���������������������������������������������������������36
3
INTRODUÇÃO
Olá, estudante! 
Você sabia que, no seu dia a dia, a atividade econô-
mica está presente em todas as situações? Quando 
você compra ou vende alguma coisa, quando ganha 
ou gasta dinheiro e quando trabalha, está participan-
do da economia de seu país.
Além disso, quando você faz a leitura de um jornal, 
escuta um noticiário no rádio ou assiste a um co-
mentário ou noticiário na TV, em muitos casos nos 
deparamos com questões econômicas, tais como, 
aumento de preços de produtos e serviços, cresci-
mento ou queda no crescimento da economia do 
País, emprego, desemprego, ramos de atividades em 
crescimento ou queda, aumento de impostos etc.
Todos esses já são temas do nosso dia a dia, os 
quais são discutidos por nós, seja enquanto cidadãos 
ou empresários.
Além disso, atualmente, o conhecimento sobre as-
suntos econômicos se faz mais necessário do que 
nunca, uma vez que a maior parte dos complexos 
problemas das sociedades modernas, tais como 
globalização, pobreza e a questão do meio ambiente, 
entre outros, está atrelada a problemas de natureza 
econômica.
Entretanto, apesar de a maioria das pessoas parti-
cipar de atividades de natureza econômica, poucas 
4
possuem conhecimentos teóricos que lhes permi-
tam analisar os problemas econômicos que cercam 
nosso cotidiano.
Esse é, sem dúvida, o grande motivo pelo qual deve-
mos estudar economia. O seu estudo proporcionará 
um conjunto de conhecimentos que nos ajudará a 
formar opiniões a respeito dos grandes problemas 
econômicos do nosso tempo, tornando-nos cidadãos, 
de fato, em nossa sociedade.
Dessa forma, o objetivo do estudo da ciência econô-
mica é analisar os problemas econômicos e apresen-
tar formas de solucioná-los, de maneira que melhore 
a vida do cidadão.
Diante disso, neste módulo, você conhecerá um 
pouco do conceito da escassez, e dos problemas 
econômicos fundamentais; o funcionamento da eco-
nomia de mercado, a inter-relação da economia com 
outras áreas do conhecimento e a divisão do estudo 
da economia.
Podcast 1 
5
https://famonline.instructure.com/files/42994/download?download_frd=1
CONCEITO DE 
ECONOMIA 
Antes de nos aprofundarmos nos fundamentos da 
economia, é importante que você saiba de onde se 
origina a palavra: ela deriva do grego OIKONOMIA 
(de Óikos, casa, nómos, lei), que significa a admi-
nistração de uma casa, ou de uma coisa pública ou 
de um estado.
Em economia, estudamos as maneiras pelas quais 
os diferentes tipos de sistemas econômicos admi-
nistram seus limitados recursos com finalidade de 
produzir bens e serviços, objetivando satisfazer as 
ilimitadas necessidades humanas. Com isso, se o 
objetivo é atender, ao máximo, as necessidades da 
população e se os recursos são limitados, então a 
administração desses recursos tem de ser feita de 
maneira cuidadosa, econômica, racional e eficiente, 
ou seja, temos que economizar ou – o que é mais 
comum ouvir na atualidade – temos que otimizar 
os recursos.
Dessa forma, quando falamos que uma pessoa é eco-
nômica, queremos dizer que é cautelosa ou cuidado-
sa no gasto do dinheiro, ou na utilização de recursos, 
o que nos permite afirmar que essa pessoa é bem 
conservadora na administração dos seus recursos.
Assim, podemos definir a economia como a ciência 
social que estuda como os indivíduos decidem (es-
6
colhem) como empregar recursos escassos e que 
poderiam utilizá-lo de forma alternativa, na produção 
de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as 
várias pessoas ou grupos da sociedade, a fim de 
satisfazer as necessidades humanas.
Saiba mais
A economia, portanto, também é uma ciência so-
cial, pois se ocupa do comportamento humano 
e estuda como as pessoas e as organizações na 
sociedade se empenham na produção, troca e 
consumo de bens e serviços.
Dessa forma, a ciência econômica deve oferecer 
soluções, ainda que em partes, sobre:
• Escassez de recursos
• Custo de oportunidade
• Alocação de recursos
• O que é inflação?
• Os motivos da disparidade na distribuição de renda
• Qual o papel do governo no bem-estar da 
população?
• O que ocorre com o emprego e desemprego?
• Como se definem os preços?
• O que determina a existência de relações econô-
micas internacionais?
7
A ESCASSEZ E 
OS PROBLEMAS 
ECONÔMICOS 
FUNDAMENTAIS 
Quando se fala em escassez, isso significa que es-
tamos discutindo o problema central de qualquer 
sociedade, pois, se não houvesse escassez, não teria 
por que estudar economia.
E a escassez só existe porque as necessidades hu-
manas, a serem satisfeitas por meio do consumo dos 
mais variados tipos de bens e serviços, são infinitas 
ou ilimitadas; por outro lado, temos os recursos pro-
dutivos (como mão de obra, terra, matérias-primas, 
dentre outros) que são limitados, ou seja, são insu-
ficientes para produzir e atender o volume de bens e 
serviços necessários para satisfazer as necessidades 
de toda a sociedade, como retratado na figura 1.
8
Figura 1:  A Escassez e o processo de escolha.
Dessa forma, a escassez de recursos está presente 
em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre.
Um exemplo do processo de escolha (escassez): 
quando você recebe seu salário, no final do mês, 
você certamente avalia o que fazer com os recur-
sos, já que o valor do salário (recursos limitados) 
e suas necessidades ou desejos são maiores do 
que a disponibilidade de recursos e, dessa forma, 
você necessariamente terá de fazer a escolha de 
um, em sacrifício de outro.
Podcast 2 
9
https://famonline.instructure.com/files/42995/download?download_frd=1
PROBLEMAS 
ECONÔMICOS 
FUNDAMENTAIS
Diante da escassez de recursos (limitados) e das ne-
cessidades (ilimitadas) da sociedade, naturalmente 
essa mesma sociedade se vê na obrigação de fazer 
escolhas sobre o que, quanto, como e para quem 
produzir.
O que e quanto produzir?
Já que não é possível produzir a quantidade de 
produtos e serviços desejada pela sociedade, ela 
própria deve escolher, entre as várias alternativas, 
quais produtos e serviços serão produzidos e em 
que quantidade. Exemplo disso: devemos produzir 
mais roupas ou mais calçados? Mais aparelhos de 
telefone celular ou aparelhos de TV?
Como produzir? 
A população tem de decidir a maneira pela qual os 
bens serão produzidos; nesse sentido, espera-se que 
seja utilizada a(s) técnica(s) que resulte no menor 
custo por unidade de produto a ser obtido.
Para quem produzir? 
Uma vez definido qual produto deverá ser fabricado, 
a sociedade deverá tomar outra decisão importante 
–para quem o produto será produzido?
10
Fique atento
Problemas econômicos fundamentais:
O que, quanto, como e para quem produzir.
Para a gestão de uma empresa, é de fundamental 
importância conhecer esses conceitos, haja vista que 
umdos focos da economia é a alocação eficiente de 
recursos escassos. Por exemplo, ao comprar matéria-
-prima, empregar mão de obra e tomar decisões so-
bre investimentos, o gestor da empresa é envolvido 
na alocação de recursos. É preciso que se tomem 
decisões em três níveis a saber, conforme a figura 2:
Figura 2: Decisão relativa à produção da empresa.
O modo como as sociedades resolvem os problemas 
econômicos fundamentais depende do sistema eco-
nômico de cada país.
11
SISTEMAS 
ECONÔMICOS
Um sistema econômico pode ser definido como sen-
do a forma na qual uma sociedade está organizada 
em termos políticos, econômicos e sociais para de-
senvolver as atividades econômicas de produção, 
troca e consumo de bens e serviços.
Os elementos básicos de um sistema econômico 
são:
• Estoques de recursos produtivos ou fatores de 
produção: aqui estão os recursos humanos (traba-
lho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as 
reservas naturais e a tecnologia.
• Complexo de unidade de produção: constituído 
pelas empresas.
• Conjunto de instituições políticas, jurídicas, eco-
nômicas e sociais: que são a base da organização 
da sociedade.
Ainda assim, os sistemas econômicos podem ser 
classificados em:
Sistema capitalista ou economia de mercado, que 
é regido pelas forças de mercado, predominando a 
livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores 
de produção.
Sistema socialista ou economia centralizada, ou 
ainda economia planificada: nesse sistema, as ques-
12
tões econômicas fundamentais são resolvidas por 
um órgão central de planejamento, predominando a 
propriedade pública dos fatores de produção, cha-
mados, nessas economias, de meios de produção, 
englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos, 
matérias-primas.
Todavia, na atualidade, praticamente todos os paí-
ses possuem algum tipo de economia de mercado. 
Assim, podemos dizer que a organização econômica 
é realizada a partir de algum sistema intermediário 
entre essas duas formas, combinando a atuação do 
mercado com a intervenção do governo.
Vale ressaltar que apresentamos as principais carac-
terísticas de sistemas econômicos, ou seja, como 
as sociedades se organizam do ponto de vista eco-
nômico. Não confundir com diferenças de regimes 
políticos (democracia, socialismo, comunismo), que, 
embora afetem e sejam afetados pelas questões eco-
nômicas, representam um campo de discussão mais 
amplo, mais apropriado à área da ciência política.
Podcast 3 
13
https://famonline.instructure.com/files/42996/download?download_frd=1
CURVA DE 
POSSIBILIDADES DE 
PRODUÇÃO 
Para ilustrar um pouco mais sobre a questão da es-
cassez de recursos e as alternativas que as socieda-
des dispõem para resolver seus problemas econô-
micos fundamentais, que são: o que, quanto, como 
e para quem produzir, a teoria econômica nos traz 
dois conceitos importantes, são eles: 
• curva de possibilidades de produção e 
• custo de oportunidade.
A curva de possibilidades de produção expressa a 
capacidade máxima de produção da sociedade, su-
pondo o pleno emprego dos recursos ou fatores de 
produção de que se dispõe em determinado período 
de tempo.
Podemos dizer ainda que se trata de um conceito 
teórico, com o qual se ilustra como a escassez de 
recursos impõe limite à capacidade de produzir de 
uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre 
opões de produção. 
Saiba mais
Uma curva de possibilidades da produção mos-
tra a produção máxima de dois bens ou serviços 
que podem ser produzidos, considerando-se o 
14
nível atual de recursos disponíveis e supondo-se 
uma máxima eficiência na produção.
No entanto, há três hipóteses básicas necessárias 
para que possamos desenvolver o modelo de curva 
de possibilidades de produção:
• Existência de uma quantidade fixa de recursos: a 
quantidade e a qualidade dos recursos produtivos 
permanecem inalterada (constante) durante o perí-
odo da análise.
• Existência do pleno emprego dos recursos: a eco-
nomia opera com todos os fatores de produção ple-
namente empregados e produzindo o maior nível de 
produto possível.
• A tecnologia permanece constante.
Para ilustrar melhor a aplicabilidade desse conceito, 
imaginemos uma economia que só produza máqui-
nas e alimentos, e que as alternativas de produção 
de ambos sejam as seguintes, citadas na tabela 1:
Alternativa de 
produção
Motos 
 (Milhares)
Chocolate 
(toneladas)
A 250 0
B 200 300
C 150 470,50
D 100 600
E 0 700
Tabela 1: Possibilidades de produção.
15
Na primeira alternativa (A), todos os fatores de produ-
ção seriam alocados para a produção de motos; na 
última (E), seriam alocados somente para a produção 
de chocolate e, nas alternativas intermediárias (B,C 
e D), os fatores de produção seriam distribuídos na 
produção de um e de outro bem.
Figura 3: Curva de possibilidades de produção.
A curva ABCDE, na figura 3, indica todas as possi-
bilidades de produção de máquinas e de alimentos, 
nesse exemplo hipotético. Qualquer ponto sobre a 
curva significa que a economia irá operar em pleno 
emprego, ou seja, utilizando todos os fatores de pro-
dução disponíveis.
16
No ponto Y, ou em qualquer outro ponto interno à 
curva, quando a economia está produzindo 100 mil 
motos e 300 toneladas de chocolates, dizemos que 
se está operando com capacidade ociosa ou com 
desemprego.
O ponto Z representa uma combinação impossível 
de produção (250 mil máquinas e 500 toneladas de 
chocolates), uma vez que os fatores de produção 
e a tecnologia de que a economia dispõe seria in-
suficiente para obter essas quantidades de bens, 
ultrapassando, assim, a capacidade de produção 
potencial.
17
MUDANÇA 
NA CURVA DE 
POSSIBILIDADES DE 
PRODUÇÃO
No exemplo anterior, observamos que os pontos si-
tuados à direita da fronteira de possibilidades de 
produção (tais como o ponto Z, por exemplo) eram 
inatingíveis, dada a tecnologia existente e a limitação 
de recursos produtivos. 
Ocorre, entretanto, que a capacidade de produzir bens 
e serviços pode aumentar com o passar do tempo, 
devido a aumentos na dotação de recursos produ-
tivos da economia. Assim, o avanço da tecnologia, 
aumento da força de trabalho, aumento do número de 
fábricas e instrumentos de produção etc. podem de-
terminar o aumento nas possibilidades de produção.
Como podemos observar na figura 4, mostrando um 
deslocamento para a direita, indicando que o país 
está crescendo 
18
Figura 4: Deslocamentos da curva de possibilidadesde produção.
É importante observar, também, que assim como 
pode haver o deslocamento da curva para a direita, 
em função do crescimento da economia, o mesmo 
pode ocorrer para a esquerda, mostrando, assim, 
uma queda, ao invés de crescimeneto da economia.
Podcast 4 
Custo de Oportunidade 
Desde cedo, aprendemos que as pessoas têm de 
fazer escolhas porque existe a escassez. Com isso, 
devemos então fazer escolhas. O maior valor da opor-
tunidade ou alternativa não escolhida vem a ser o 
que chamamos de custo de oportunidade. Toda vez 
19
https://famonline.instructure.com/files/42997/download?download_frd=1
que fazemos uma escolha, incorremos em um custo 
de oportunidade.
Como exemplo disso: você teve de fazer uma escolha 
para: estudar ou fazer outra atividade, como ir ao 
cinema, jogar futebol, ou ir ao teatro etc., ou seja, 
você optou por estudar, logo, você teve de abrir mão 
de algumas opções de lazer, então, o custo de opor-
tunidade de você estudar é deixar de jogar futebol, 
ou ir ao cinema, ao teatro etc.
O custo de oportunidade é o valor econômico da me-
lhor alternativa sacrificada, ao se optar pela produção 
de um determinado bem ou serviço. De outra forma, 
podemos expressar que o custo de oportunidade é a 
expressão utilizada para exprimir os custos, no que 
se refere às alternativas sacrificadas.
Como exemplo, podemos explorar a situação citada 
na curva de possibilidades de produção, quando a 
empresa produz 250 mil motos e produz 0 tonelada 
de chocolate; nesse caso, ela sacrificou a produção 
de alimentos emfunção da produção de máquinas, 
ou seja, esse foi o grau de sacrifício, ou ainda cha-
mado (custo de oportunidade) que a empresa fez na 
produção de alimentos, em detrimento à produção 
de máquinas.
O custo de oportunidade também é chamado custo 
alternativo, ou ainda, custo implícito (pois não implica 
dispêndio monetário). 
20
Saiba mais
O custo de oportunidade de qualquer atividade 
é aquilo de que abrimos mão, quando fazemos 
uma escolha, ou seja, é a perda da oportunidade 
ao buscar a alternativa mais atraente, levando-se 
em consideração o mesmo tempo e os mesmos 
recursos. 
21
FUNCIONAMENTO 
DE UMA ECONOMIA 
DE MERCADO: 
FLUXOS REAIS E 
MONETÁRIOS
Antes de nos aprofundarmos no funcionamento de 
uma economia de mercado, é importante definir o 
que é mercado. Entende-se por mercado um local 
ou contexto em que compradores (que compõem 
o lado da procura) e vendedores (que compõem a 
oferta) de bens, serviços ou recursos estabelecem 
contatos e realizam transações.
Do lado dos compradores, é constituído tanto por 
consumidores, que são compradores de bens e ser-
viços, quanto de firmas, que são compradoras de 
recursos (trabalho, terra, capital e capacidade em-
presarial) utilizados na produção de bens e serviços.
Já o lado dos vendedores é composto pelas firmas, 
que vendem bens e serviços aos consumidores e 
pelos proprietários de recursos (trabalho, terra, ca-
pital e capacidade empresarial), que os vendem (ou 
arrendam) para as firmas, em troca de remuneração 
(salários, aluguéis etc.).
Para compreender o funcionamento do sistema eco-
nômico: vamos pensar uma economia de mercado 
22
que não tenha interferência do governo e não tenha 
comercialização com o exterior. Os agentes econô-
micos são as famílias e as empresas. As famílias são 
proprietárias dos fatores de produção e os fornecem 
às unidades de produção (empresas) no mercado 
dos fatores de produção. As empresas, pela com-
binação dos fatores de produção, produzem bens e 
serviços e os fornecem às famílias, no mercado de 
bens e serviços.
A esse fluxo de fatores de produção, bens e serviços 
é o que chamamos de fluxo real da economia, con-
forme demonstrado na figura 5. 
 
Figura 5:  Fluxo real da economia.
23
Nota-se na figura 5 que as famílias e empresas exer-
cem dupla função. No mercado de bens e serviços, 
as famílias demandam bens e serviços, enquanto as 
empresas oferecem os mercados de fatores de pro-
dução, as famílias oferecem os serviços dos fatores 
de produção (mão de obra), enquanto as empresas 
os demandam.
No entanto, o fluxo real da economia só se torna 
possível com a presença de moeda, que é utilizada 
para remunerar os fatores de produção e para o pa-
gamento dos bens e serviços.
Dessa forma, paralelamente ao fluxo real, temos 
também o fluxo monetário da economia, conforme 
a figura 6.
 
Figura 6: Fluxo monetário da economia.
Unindo os fluxos real e monetário da economia, te-
mos o denominado fluxo circular da renda, como 
demonstrado na figura 7.
24
Figura 7:  Fluxo circular da renda.
É importante ressaltar que, em cada um dos merca-
dos, atuam conjuntamente as forças da oferta e da 
demanda, determinando o preço. Assim, no mercado 
de bens e serviços, formam-se os preços dos bens 
e serviços, enquanto, no mercado de fatores de pro-
dução, são determinados os preços dos fatores de 
produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties 
dentre outros).
25
Assim, esse fluxo, também chamado fluxo básico, é o 
que se estabelece entre famílias e empresas. O fluxo 
completo incorpora o setor público, contemplando 
também os efeitos dos impostos e dos gastos pú-
blicos ao fluxo anterior, assim como o setor externo, 
que inclui todas as transações com mercadorias, 
serviços e o movimento financeiro com o resto do 
mundo.
Definição de Bens de Capital, 
Bens de Consumo, Bens 
Intermediários e Fatores de 
Produção
Antes de apresentarmos os bens de capital, bens de 
consumo, bens intermediários e fatores de produção, 
é importante saber primeiramente o conceito de bem.
Pode-se dizer que bem é tudo aquilo que permite 
satisfazer uma ou mais necessidades humanas. 
Os bens podem ainda ser classificados quanto à 
raridade, em bens livres e bens econômicos.
Bens livres são aqueles que existem em quantidade 
ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum 
esforço humano. Como exemplo, citamos a luz solar, 
o ar, o mar etc., que são classificados como bens 
porque satisfazem necessidades, mas cuja utilização 
não implica relações de ordem econômica. Sendo 
26
que a principal característica dos bens livres é a de 
que não possuem preço (têm preço zero).
Já os bens econômicos, ao contrário, são relativa-
mente escassos e supõem a ocorrência de esforço 
humano na sua obtenção. Esses bens apresentam 
como características básicas o fato de terem um 
preço.
Sendo assim, os bens econômicos podem ser clas-
sificados em duas formas: bens materiais e bens 
imateriais ou serviços. Os bens materiais são de 
natureza material, sendo, portanto, tangíveis; toma-
mos como exemplo roupas, geladeiras, livros etc., 
enquanto que os bens imateriais ou serviços são 
intangíveis, ou seja, não podem ser tocados; para 
esses bens temos, também, alguns exemplos: servi-
ços advocatícios, serviços médicos, além de vários 
outros tipos de prestação de serviços.
Quanto ao destino, os bens materiais são classifica-
dos em bens de capital e bens de consumo.
Os bens de capital são utilizados na fabricação de 
outros bens, mas não se desgastam totalmente no 
processo produtivo. Um exemplo são as máquinas 
e equipamentos utilizados no processo de produção 
de bens.
Saiba mais
Toda vez que há aumento na produção de bens 
de capital, significa dizer que a economia tende 
a crescer, já que mais máquinas e equipamentos 
27
estão sendo produzidos e irão contribuir na pro-
dução de mais bens. 
Já os bens de consumo destinam-se diretamente 
ao atendimento das necessidades humanas. E, de 
acordo com sua durabilidade, eles podem ser classi-
ficados em duráveis; como exemplo: mesa, cadeira, 
geladeira, fogão etc.; e os não duráveis – podemos 
utilizar como exemplo: os alimentos, medicamentos, 
entre outros.
Enquanto os bens intermediários são transformados 
ou agregados na produção de outros bens e são con-
sumidos totalmente no processo produtivo (insumos, 
matérias-primas). Diferenciando-se dos bens finais, 
que são vendidos para o consumo ou utilização final.
Por sua vez, os fatores de produção, chamados de 
recursos de produção da economia, são constituídos 
pelos recursos humanos (trabalho e capacidade em-
presarial), terra, capital e tecnologia.
É importante destacar que cada fator de produção 
corresponde a uma remuneração, a saber:
Fator de produção Tipo de remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade empresarial Lucro 
Tabela 2: Fator de produção e tipo de remuneração.
28
Nesse quadro, observa-se que, em economia, con-
sidera-se o lucro também como remuneração a um 
fator de produção, representado pela capacidade em-
presarial ou gerencial dos proprietários da empresa.
Os bens podem ser classificados, ainda, em bens 
privados e bens públicos.
Os bens privados são produzidos e possuídos priva-
damente. Alguns exemplos disso: automóveis, apare-
lhos de telefones, aparelhos de TVs etc. Enquanto os 
bens públicos se referem ao conjunto de bens gerais 
fornecidos pelo setor público, temos como exemplos: 
educação, segurança, transportes, saúde etc.
29
ARGUMENTOS 
POSITIVOS E 
ARGUMENTOS 
NORMATIVOS
A economia é uma ciência social que se utiliza fun-
damentalmente de uma análise positiva, que deverá 
explicar os fatos da realidade. Assim, os argumentos 
positivos estão contidos na análise que não envolve 
juízo de valor, estando restrita e limitada a argumen-
tos descritivos, ou medições científicas. 
Um exemplo de argumentos positivos: “São Paulo é 
o primeiro Estado na produção industrial brasileira”, 
isso é uma análise doque é, sem fazer qualquer 
julgamento de valor.
Já quanto aos argumentos normativos, é uma aná-
lise que contém juízo de valor, seja ela implícita ou 
explícita sobre alguma medida econômica. 
Como exemplo, podemos citar: “o combate ao de-
semprego deveria ser uma prioridade, em relação 
ao combate da inflação”.
Vale ressaltar que a análise econômica positiva e 
a análise econômica normativa estão intimamente 
relacionadas. O economista dificilmente consegue 
adotar uma atitude exclusivamente positiva desvenci-
30
lhando-se de uma realidade social, econômica, cultu-
ral e política. Por outro lado, jamais conseguirá uma 
teoria econômica normativa sem os conhecimentos 
da economia positiva.
31
INTER-RELAÇÃO DA 
ECONOMIA COM 
OUTRAS ÁREAS DO 
CONHECIMENTO
Embora a economia tenha seu núcleo de análise e 
seu objeto bem definidos, ela tem relação com ou-
tras áreas do conhecimento. Afinal, todas estudam a 
mesma realidade e, evidentemente, há muitos pontos 
comuns, como é o caso do Direito, da Sociologia, da 
Antropologia, da Psicologia, entre outras.
Apenas para exemplificar, citamos a relação com 
algumas áreas do conhecimento.
Direito: ciência das normas obrigatórias que dis-
ciplinam as relações dos homens em sociedade;
Sociologia: estudo objetivo das relações que se 
estabelecem, consciente ou inconscientemente, 
entre pessoas que vivem em uma comunidade 
ou em um grupo social, ou entre grupos sociais 
diferentes que vivem em sociedade mais ampla.
Antropologia: ciência que reúne várias disciplinas, 
cujas finalidades comuns são descrever o homem 
e analisá-lo com base nas características bioló-
gicas e culturais dos grupos em que se distribui, 
32
dando ênfase, através das épocas, às diferenças 
e variações entre esses grupos.
Psicologia: ciência que trata da mente e de fenô-
menos e atividades mentais.
Por isso, a economia, também é uma Ciência Social, 
pois se ocupa do comportamento humano e estuda 
como as pessoas e as organizações na sociedade se 
empenham na produção, troca e consumo de bens 
e serviços. 
33
DIVISÃO DO ESTUDO 
ECONÔMICO
A análise econômica, para fins didáticos, é normal-
mente dividida em quatro áreas de estudo:
• Microeconomia: examina a formação de preços em 
mercados específicos, ou seja, como os consumido-
res e empresas interagem no mercado. Preocupa-se 
também com a determinação dos preços e quanti-
dade em mercados específicos.
• Macroeconomia ou teoria macroeconômica: estu-
da a determinação e o comportamento dos grandes 
agregados, como o PIB, consumo nacional, investi-
mento agregado, exportação, etc. com o objetivo de 
delinear uma política econômica.
• Economia internacional: analisa as relações eco-
nômicas entre residentes e não residentes do país, 
as quais envolvem transações com bens e serviços 
e transações financeiras.
• Desenvolvimento econômico: preocupa-se com a 
melhoria do padrão de vida da sociedade ao longo 
do tempo.
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CONSIDERAÇÕES 
FINAIS
Este módulo explicou o conceito da economia como 
a ciência social que estuda como os indivíduos deci-
dem (escolhem) como empregar recursos escassos 
e que poderiam utilizá-lo de forma alternativa, na 
produção de bens e serviços, de modo a distribuí-
-los entre as várias pessoas ou grupos da socieda-
de, a fim de satisfazer as necessidades humanas, e, 
além do conceito de economia, apresentou também 
o conceito e escassez e os problemas econômicos 
fundamentais para qualquer tipo de economia.
Ainda neste módulo foi abordado o sistema econômi-
co e seus elementos e a curva de possibilidades de 
produção, ajudando a reforçar o conceito de escas-
sez e como é praticado esse processo de escolha no 
dia a dia da sociedade; foi discorrido também sobre 
os fluxos real e monetário da economia, chegando 
até o fluxo circular da economia e a importante rela-
ção da economia com as demais ciências do conhe-
cimento e finalizamos mostrando como se divide o 
estudo da economia.
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Síntese
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São 
Paulo: Cengage Learning, 2009.
MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamen-
tos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson Education, 
2009.
MORCILLO, Francisco Mochón. Princípios de eco-
nomia� São Paulo: Pearson, 2008.
PARKIN, Michael. Economia. São Paulo: Pearson, 
2009. 
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 
São Paulo: Atlas, 2000.
TROSTER, Roberto Luis; MORCILLO, Francisco 
Mochón. Introdução à economia. São Paulo: Makron 
Books, 1999.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de 
economia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
	Introdução
	Conceito de economia 
	A Escassez e os Problemas Econômicos Fundamentais 
	Problemas Econômicos Fundamentais
	Sistemas Econômicos
	Curva de Possibilidades de Produção 
	Mudança na Curva de Possibilidades de Produção
	Custo de Oportunidade 
	Funcionamento de uma Economia de Mercado: Fluxos Reais e Monetários
	Definição de Bens de Capital, Bens de Consumo, Bens Intermediários e Fatores de Produção
	Argumentos Positivos e Argumentos Normativos
	Inter-Relação da Economia com outras Áreas do Conhecimento
	Divisão do Estudo Econômico
	Considerações finais
	Síntese
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