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TCC ANA-1

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
sERVIÇO sOCIAL
ANA FELICIA PRADO PêGO
ÁLCOOL E ADOLESCêNCIA
ARAXÁ/MG
2015
ANA FELICIA PRADO PêGO
ÁLCOOL E ADOLESCêNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Serviço Social.
Orientador: Profa. Maria Lucimar Pereira
Araxá/MG
2015
Dedico à minha mãe e ao meu pai (em memória), base da minha vida. Incentivadores da educação e do amor.
À minha irmã, companheira de todas as horas. Incentivadora da seriedade e da descontração
Ao Domingos meu namorado, por todo o apoio, compreensão, amor e carinho. Incentivador da luta constante sem medo de ser feliz.
agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus que me concedeu além da vida, a inteligência e a capacidade de chegar até aqui e concluir está fase universitária.
Atodas as minha amigas, Adriana, Maria Aparecida, Rafaela e Soraria que conheci durante a faculdade e levarei para sempre no coração.Incentivadoras da esperança do sucesso.
A nossa Tutora presencial Telma Hordones que se dedicou ao longo do curso nos orientar e ensinar. Incentivadora da busca pelo saber e aprender.
A minha supervisora de campo Carina Santos por contribuir nas trocas de conhecimentos e experiências. Incentivadora das articulações sociais e profissionais.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela de um novohorizonte.
A todos os meus familiares que direto ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
“Algo só é impossível até que alguém duvide e resolva provar ao contrário.” – Albert Einstein
Pêgo, Ana Felicia Prado. Álcool e Adolescência 2015. 68 folhas Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Serviço Social) - Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Araxá 2015.
RESUMO
Este Trabalho de Conclusão de Curso aborda como tema central “Álcool e Adolescência” identificando o consumo de bebidas alcoólicas entre os adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos, e o que pode - se fazer para diminuir e amenizar esta situação. Por ser uma bebida usada com maior constância na sociedade o álcool e de fácil aquisição, fazendo com que os jovens conheçam, tenha um acesso fácil e experiente muito cedo de forma impulsiva, lembrando que é crime a venda de álcool para menores de 18 anos (Lei n13.106, de 17 de março de 2015).Ante essa problemática, são imprescindíveis medidas de controle de acesso ao álcool e conscientização desses adolescentes acerca das consequências que esta droga acarreta. Utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica e a pesquisa de campo sobre este assunto. 
.
Palavras-chave: Álcool. Adolescência. Serviço Social
Pêgo, Ana Felicia Prado. “Alcohol and Adolescence"2015. 68 folhas.Trabalho Completion of course (Bachelor in Social Work)- Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Araxá 2015.
RESUME
This of course work Conclusion addresses the topic "Alcohol and Adolescence" identifying the consumption of alcoholic beverages among adolescents aged 12-18 years and what can - be done to reduce and alleviate this situation. Because it is a drink used more consistently in society alcohol and easy to purchase, making young people aware, has an experienced and easy access too early impulsively, remembering that it is a crime to sell alcohol to under 18s (law No. 13,106, of March 17, 2015).Faced with this issue, are indispensable access control measures to alcohol and awareness of those teenagers about the consequences that this drug brings. It was used as methodology the literature review and field research on the subject.
Keywords: Alcohol. Adolescence. Social service
ABREVIATURAS E SIGLAS
CEFET - Educação Tecnológica de Minas Gerais 
CEFFS - Conselho Federal de Serviço Social 
CONSEP – Conselho Comunitário de Segurança Pública
CRESS - Conselho Regional de Serviço Social
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
EERP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OMID - Observatório Mineiro de Informações Sobre Drogas
OMS - Organização Mundial da Saúde 
SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas 
	
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Médias do início do consumo de álcool (em anos) – (Figura 15)
Figura 2 - Frequência de consumo x gêneros (em %) – (Figura 16)
Figura 3 - Quantidade usual x gênero (em %) – (Figura 17)
Figura 4 - Intensidade do beber entre os adolescentes segundo o gênero 
(em %) – (Figura 18)
Figura 5 - Frequência que bebeu em “binge” x gênero (em %) – (Figura 19)
Figura 6 - Frequência do “binge” – (Figura 20)
Figura 7 - Tipos de bebida alcoólica segundo o gênero (em %) – (Figura 21)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	09
2.1 CAPÍTULOS 1 - APRESENTANDO OS CONCEITOS QUE ENVOLVEM O TEMA.........................................................................................................................14
2.2 - CAPÍTULOS 2 – COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE O TEMA.........................................................................................................................29
2.3 CAPÍTULOS 3 – CONHECENDO O PROJETO “TODOS CONTRA AS DROGAS A VIDA VALE MAIS” EM Araxá MG..............................................................................................................................43
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	48
REFERÊNCIAS..........................................................................................................50
ANEXOS…………......................................................................................................53
1 – INTRODUÇÃO
O tema do trabalho acadêmico apresentado é “Álcool e Adolescência”, o álcool por ser considerada uma droga lícita representa um grande problema social e de saúde pública, por isso é necessária a intervenção do Assistente Social na orientação e educação sobre as consequências que a bebida alcoólica possa trazer no futuro destes jovens.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apesar das diferenças culturais e socioeconômicas em meio os países, assinala o álcool como substância psicoativa mais consumida no mundo e também como a droga de escolha entre crianças e adolescentes.
No estudo de Cardenal e Adell (2000), 
Além da prevalência do exagero no uso de bebidas alcoólicas na população adulta, esse comportamento está presente igualmente entre adolescentes, repercutindo na sua saúde física e mental. Cardenal e Adell (2000)
Outros autores destacam este exagero salientado por Cardenal e Adell e ainda destacam o início cada vez mais prematuro, estudos indicam que a idade de início ao se consumir álcool está cada vez mais precoce. A média de idade para o primeiro uso de álcool é 12,5 anos no Brasil. Isto é muito relevante e grave, MELONI; LARANJEIRA, (2004) em suas citações relata que; 
Quanto mais cedo a experimentação, pior as consequências e maior o risco de desenvolvimento de abuso e dependência do álcool. MELONI; LARANJEIRA, (2004)
 O stress da vida moderna é um falor agravante, confirmado em pesquisas de MANSUR; MONTEIRO (1983) que em seus estudos apontou:
O consumo de álcool pode ser advindo do estilo de vida atual, dos elevados níveis de estresse, de ansiedade, de baixa autoestima, sentimentos depressivos, susceptibilidade à pressão dos pares e problemas relacionados à escola. MANSUR; MONTEIRO (1983)
1.1 – OBJETIVO GERAL
O Objetivo Geral é descrever os fatores que influenciam os adolescentes a iniciar o consumo de bebidas alcoólicas.
1.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICO
 Os Objetivos Específicos são:
- Investigar as decorrências do uso abusivo de bebidas alcoólicas no organismo do adolescente; 
- Identificar os fatores de riscos e aumentar os fatores de proteção;
- Destacar o papel do Assistente Social na orientação e prevenção do uso do álcool.
1.3 - JUSTIFICATIVAO presente tema justifica-se, pois conhecendo os vários motivos que induzem os adolescentes a abusar do álcool e as consequências deste ato, é imprescindível para a prática de políticas públicas de prevenção e combate ao consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens.
Pechansky (2001; p.44) assegura que o adolescente: 
 “...na tentativa de usufruir das sensações de maturidade se utiliza de uma escala crescente de experimentações com substâncias...” Pechansky (2001; p.44)
Marques e Cruz (2000:p.33), avaliando também a relação da adolescência e o uso de álcool/drogas, citam:
” O uso de drogas por adolescentes traz riscos adicionais aos que ocorrem com adultos em função de sua vulnerabilidade. “Marques e Cruz (2000:p.33),
Vários artigos, inclusive os de Pechansky, Marques e Cruz, vários fatores que podem ocasionar o uso de drogas pelos adolescentes, os mais importantes são:
As emoções e os sentimentos associados a intenso sofrimento psíquico, como depressão, culpa, ansiedade exagerada e baixa autoestima (MARQUES; CRUZ, 2000).
Este estudo vem mostrar que o cuidado a prevenção de riscos e medidas de proteção vem aglomerar um conjunto de ações que podem evitar problemas decorrentes do uso abusivo de álcool entre os adolescentes. 
1.4 - METODOLOGIA
A Metodologia para a realização deste estudo, foi feito um levantamento bibliográfico, e uma pesquisa de campo.
Segundo o importante site http://significados.com.br pesquisa é 
 Um conjunto de ações que visam a descoberta de novos conhecimentos em uma determinada área.
Minayo (1993, p.23), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como:
“Atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”. Minayo (1993, p.23)
 O entendimento dos conceitos de pesquisa, ajudou muito a confecção deste trabalho, muitas orientações de Demo (1996, p.34) foram úteis.
Insere a pesquisa como atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. Demo (1996, p.34)
 Outro autor que coloca as questões práticas da pesquisa com fácil compreenção é Gil (1999, p.42), 
A pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Gil (1999, p.42),
Em vasta pesquisa bibliográfica feita em obras de Boccato, encontra – se esclarecimentos, como: Boccato (2006, p. 266),
Busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. Boccato (2006, p. 266),
Voltando as contribuições de Gil (2007, p.44) a pesquisa bibliográfica,
É desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Gil (2007, p.44)
 Portanto para Gil (2007, p.59) a pesquisa bibliográfica pode ser entendida como processo que envolve as seguintes etapas:
 • Escolha do tema; • Levantamento bibliográfico preliminar; • Formulação do problema; • Elaboração do plano provisório de assunto; • Busca das fontes; • Leitura do material • Fichamento; • Organização lógica do assunto; e
 • Redação do texto. Gil (2007, p.59)
A última etapa de uma pesquisa bibliográfica segundo Gil (2007, p.85);
Éconstituída pela redação do relatório. Não há regras fixas acerca do procedimento aser adotado nesta etapa, pois depende em boaparte do estilo de seu autor. Há, portanto, algunsaspectos relativos à estruturação do texto,estilo e aspectos gráficos que precisam ser considerados. Gil (2007, p.85);
O terceiro capítulo do desenvolvimento desta dissertação monográfica trata – se de um estudo de caso, o qual teve sua metodologia orientada pelo método de específico de pesquisa de campo segundo Fidel,1992;
É compreender o evento em estudo e ao mesmo tempo desenvolver teorias mais genéricas a respeito dos aspectos característicos do fenômeno observado. Fidel,1992
2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 CAPÍTULOS - APRESENTANDO OS CONCEITOS QUE ENVOLVEM O TEMA.
Para melhor compreensão deste assunto estudado necessita – se conhecer alguns conceitos relativos.
Por exemplo, no importante site http://super.abril.com.br encontrou-se um texto publicado em 2008 na renomada revista Super Interessante onde descreve de uma forma lúdica e clara um breve histórico sobre o “Álcool”, texto de Bruno Garattoni (Edição 256/2008) - Dez mil anos de pileque - a história da bebida.
De uns tempos para cá, a bebida alcoólica virou a grande vilã da sociedade. Vicia, engorda, causa acidentes de trânsito. No mundo moderno, o álcool é meio malvisto. Só que nossos antepassados não pensavam assim: todo mundo enchia a cara (em alguns casos, até as crianças), em quantidades chocantes para os padrões atuais – no século 19, as pessoas bebiam o dobro de hoje. Mais surpreendente ainda é descobrir que esse porre histórico teve um papel fundamental: ajudou a humanidade a superar epidemias, desbravar o planeta, construir impérios, vencer guerras, organizar sociedades democráticas e inventar tecnologias essenciais para o dia-a-dia de todo mundo. As pirâmides do Egito, as Grandes Navegações, os EUA, o feminismo, o leite em caixinha... sem bebida, essas coisas não existiriam (ou seriam muito diferentes). Afinal, o pileque é intrínseco ao ser humano: das frutinhas fermentadas que os primatas ingeriam aos últimos avanços da química orgânica – como o álcool que não dá ressaca –, a evolução e a birita andam de mãos dadas. Trocando as pernas, cambaleando e tropeçando de vez em quando. Mas sempre juntas.Um belo dia, alguém descobriu que era possível reaproveitar as sementes das plantas para fazer novas plantas. Nascia a agricultura, e com ela a bebida. A primeira poção alcoólica foi preparada na China, por volta do ano 8000 a.C. A análise de jarros encontrados em Jiahu, no norte do país, mostrou que eles continham um drinque feito de arroz, mel, uvas e um tipo de cereja, tudo fermentado. Não se sabe exatamente a graduação alcoólica dessa poção, mas uma experiência revelou pistas. “Fica entre a cerveja e o vinho”, revela o arqueólogo e químico Patrick McGovern, da Universidade da Pensilvânia, que reproduziu a receita em laboratório e achou o resultado um pouco amargo. A civilização dos sumérios (na confluência dos rios Tigre e Eufrates, atual Iraque) aperfeiçoou a fórmula e criou 19 tipos de bebida alcoólica – 16 deles à base de trigo e cevada. Estava criada a cerveja. Era uma bebida de elite, que os aristocratas sumérios bebiam com canudinhos de ouro. Mas logo chegaria ao povão. Cada um dos trabalhadores que construíram as pirâmides de Gizé, no Egito, ganhava 5 litros de cerveja por dia. Ela era considerada “pão líquido”, um alimento fundamental para que os operários aguentassem uma jornada puxadíssima – e cujas propriedades embriagantes ajudavam a contentar a massa. Dois mil e quinhentos anos antes de Cristo, encher a cara de cerveja já havia se tornado um hábito comum. Talvez por isso, a elite tenha começado a migrar para outro tipo de bebida alcoólica: o vinho. O rei Tutancâmon, que morreu em 1300 a.C., foi sepultado com nada menos que 26 jarrasde vinho, de 15 tipos diferentes, para não passar vontade no além (os egípcios acreditavam em vida após a morte). E a manguaça pegou. “Por volta do ano 1000 a.C., o álcool já era consumido por todas as civilizações, da África à Ásia”, afirma o inglês Iain Gately em seu livro Drink: A Cultural History of Alcohol (“Drinque: Uma História Cultural do Álcool”, sem versão em português). Os gregos cultivavam nada menos que 60 variedades de vinho, e até chegaram a inventar um jogo baseado nele. Era o kottabos, que consistia em despejar numa vasilha o restinho de bebida que sobrasse no copo. Se o líquido não estalasse ao bater na vasilha, isso significava que Afrodite, a deusa do amor, estava de mal com o pinguço. Em Roma, o vinho adquiriu relevância geopolítica. Ele passou a ser produzido em grande escala, pois sua exportação era vital para manter a estabilidade nas províncias do império. E os soldados romanos, que levavam a bebida para desinfetar a água dos lugares por onde passavam, logo descobriram outra grande utilidade do álcool: ele podia servir como uma espécie de arma química contra os inimigos. Quando chegavam a territórios que desejavam conquistar, uma de suas estratégias era fingir amizade e dar vinho para os povos locais beberem. No dia seguinte, quando as vítimas estavam acordando de ressaca, os romanos voltavam e faziam um massacre. “Se você estimular que eles [os inimigos] bebam em excesso, e der a eles quanta bebida quiserem, será mais fácil derrotá-los”, ensinou o historiador romano Tácito. Mas o álcool não servia apenas para incapacitar as pessoas. Ele também era considerado um remédio. No século 14, a peste negra se espalhava pela Europa, matando 90% das pessoas que infectava. Mas, quando a epidemia chegou à cidade de Oudenburg, na Bélgica, o abade local proibiu o consumo de água e obrigou os cristãos a beber só cerveja. Por incrível que pareça, deu certo: muitos deles sobreviveram à peste (pois a cerveja, graças ao álcool, era menos contaminada que a água). O abade foi canonizado, e virou o padroeiro da cerveja – santo Arnoldo. (Bruno Garattoni (Edição 256/2008)
 Conhecer a História e seus fatos ajuda muito a compreensão do problema e criação de programas funcionais de combate. O escritor Bruno Garattoni foi muito lúdico ao escrever este texto tao informativo e interessante, A História continua com o findar da epidemia na Europa e com os planos da expansão das navegações, veja mais uma parte descrita pelo escritor Bruno no site descrito acima:
Com o fim da epidemia, a Europa se recuperou e uma nova aventura começou a se delinear – as Grandes Navegações. Nelas, mais uma vez, o álcool teve um papel central. A expedição comandada pelo português Fernão de Magalhães conseguiu dar, pela primeira vez na história, uma volta completa no globo terrestre. Foi um enorme porre: Magalhães investiu mais em bebida do que em armas, e sua esquadra de 5 navios carregava um gigantesco suprimento de vinho (cujo valor seria suficiente para comprar mais duas caravelas). Já o navio Arbella, no qual os ingleses foram colonizar a América, levava inacreditáveis 40 mil litros de cerveja e 40 mil litros de vinho – contra apenas 12 mil litros de água. Nenhum navegador que se prezasse entrava no mar sem o “tanque cheio”.Nessa mesma época, a produção de cachaça foi proibida no Brasil, pois Portugal queria garantir o mercado local para seus vinhos. Aí os senhores de engenho começaram a exportar, clandestinamente, a bebida para Angola – onde era trocada por escravos. Os ingleses também faziam isso, e muito: entre 1680 e 1713, trocaram 5,2 milhões de litros de bebida por 60 mil africanos (cada escravo valia 86 litros de rum, o que dá R$ 850 em valores atuais). Mas ela não foi só moeda de troca da escravidão; também ajudou o Novo Mundo a se libertar. Em 1764, a Inglaterra restringiu o comércio de bebida alcoólica, que os colonos americanos importavam e exportavam em grande quantidade. Isso gerou uma insatisfação que viria a explodir, 11 anos mais tarde, numa guerra. Liderados pelo general George Washington, que era dono de uma fábrica de uísque, os soldados americanos se embebedavam durante o combate – cada um tomava 1 litro de rum por dia. Em 1776, a Declaração de Independência dos EUA foi escrita por Thomas Jefferson num bar – e o primeiro a assiná-la foi um contrabandista de vinho, John Hancock.A Revolução Industrial mudou completamente a fabricação de bebidas: elas ficaram mais baratas e passaram a ser produzidas (e consumidas) em enorme quantidade. Em 1830, cada americano entornava o equivalente a 10 litros de álcool puro por ano, nível superior ao de hoje (8,5 litros). É muita coisa: dá 250 litros de cerveja ou 90 de vinho. Foi aí que o alcoolismo, até então apenas uma inconveniência, passou a ser visto como doença séria – e surgiram as primeiras campanhas e associações contra a bebida, que rapidamente conquistaram mais de 500 mil adeptos nos EUA. Alheio a tudo isso, na França, o químico Louis Pasteur estava prestes a fazer uma dos maiores invenções da história. Tentando entender a transformação do açúcar em álcool, ele acabou descobrindo uma técnica revolucionária: a pasteurização, que hoje em dia é usada na produção de leite, iogurte, sorvete e sucos industrializados. Ou seja: se Pasteur não tivesse se metido a estudar o goró (ele publicou dois livros sobre a biologia do vinho e da cerveja), os alimentos do mundo moderno seriam bem diferentes. No começo do século 20, os impostos sobre bebidas alcoólicas eram responsáveis por mais de 50% da arrecadação do governo dos EUA. Mesmo assim o país decidiu instituir, em janeiro de 1920, a lei seca – e as pessoas migraram para bares clandestinos. Isso aumentou a criminalidade e fortaleceu as máfias, mas, por incrível que pareça, teve uma consequência positiva: consolidou a igualdade de direitos entre os sexos e mostrou a força dos movimentos feministas. “Durante a lei seca, a presença de mulheres nos bares deixou de ser um tabu”, conta Iain Gately. Elas se mobilizaram para legalizar a prática: em 1932, mais de 1 milhão de americanas já tinham se associado à Women’s Organization for National Proibition Reform (algo como “Liga das Mulheres Contra a Lei Seca”). Adivinhe só o que aconteceu: no ano seguinte, a lei seca foi revogada.Na 2º Guerra Mundial, o fluxo de álcool refletia a ação no front. Assim que dominaram a França, os alemães foram com sede ao pote – as vinícolas de Borgonha, de Bordeaux e de Champagne passaram ao controle dos nazistas. Na Inglaterra, a situação também era dramática: Hitler bombardeou 6 grandes cervejarias (inclusive uma fábrica da famosa Guinness) e destruiu nada menos que 1 300 pubs. Quando o jogo começou a virar a favor dos Aliados, com dificuldades cada vez maiores para os nazistas, a cerveja alemã paga o pato. Sua graduação alcoólica, que antes da guerra era em média de 4,8%, cai para 1,2% em 1943. Em 1944, os alemães param de fabricar cerveja. E, no ano seguinte, perdem a guerra. Com o fim do conflito, começava a Guerra Fria – em que, adivinhe só, a URSS tentou usar o álcool como arma. Os soviéticos criaram um comprimido que supostamente impedia a embriaguez. A ideia era que os espiões russos tomassem esse remédio e fossem encher a cara com diplomatas americanos – que, completamente bêbados, acabariam revelando segredos de Estado. Não deu muito certo (as cobaias ficaram bêbadas), e hoje em dia o remédio é vendido como “atenuador de ressacas”. Falando em ressaca, a busca por uma cura definitiva chegou a duas propostas. Um composto químico chamado Ro15-4513, que foi criado na década de 1970, e a Alcohol Without Liquid (AWOL), uma máquina que destila e vaporiza bebidas alcoólicas – a ideia é que, se o álcool for inalado, não passa pelo estômago e não produz acetaldeído (substância que é uma das principais causadoras da ressaca). Nada disso funcionou. O Ro15-4513 não está no mercado porque tem uma pequena “inconveniência”: pode provocar convulsões. E a AWOL já foi proibida em vários estados americanos porque é considerada ineficaze perigosa – como por via nasal a bebida é absorvida mais facilmente pelo organismo e a pessoa não vomita quando está intoxicada, isso aumenta muito o risco de overdose de álcool. Não há solução mágica. A única saída é beber menos, não beber, ou então invejar o musaranho asiático: um bichinho que vive nas florestas da Malásia e, como comprovam pesquisas recém-publicadas, consegue enfiar o pé na jaca sem nunca ficar bêbado (seu único alimento é um néctar que contém 3,8% de álcool). Será que ele passaria no teste do bafômetro? No século 16, a Inglaterra tinha 16 mil bares o equivalente a 1 bar para cada 187 habitantes hoje, existe apenas 1 bar para cada 529 pessoas. No mundo, cada pessoa consome em média 5 litros de álcool puro por ano o equivalente a 125 l de cerveja 45 l de vinho 12,5 l de vodca. A Declaração de Independência dos EUA, no século 18, foi escrita num bar. Os países onde mais se bebe são: República Checa (cerveja) França (vinho) Moldávia (vodca e destilados).Hitler odiava bebida e queria acabar com os alcoólatras. milhares deles foram esterilizados durante a2a Guerra Mundial. (Bruno Garattoni (Edição 256/2008)
 No texto é interessante o estudo do alcoolismo nas comunidades da época da antiguidade, o homem da pré história já conviviam com o álcool no organismo, claro sem a existência de consumo de bebidas alcoólicas, veja como ocorria:
Macacos 40 milhões a.C. Há indícios de que nossos antepassados se deliciavam comendo frutas “estragadas” – que, graças à fermentação natural, tinham 5% de álcool. Pré-história 8000-4000 a.C.Pessoas do norte da China inventam uma bebida alcoólica feita de arroz. E os sumérios, na Mesopotâmia, criam a cerveja – bem como uma deusa (Ninkasi) para homenageá-la. Egito 3400-3100 a.C.Os egípcios montam a primeira cervejaria do mundo. E o povão aproveita: os trabalhadores que fizeram as pirâmides de Gizé bebiam todos os dias. Grécia 700 a.C.Os gregos bebem vinho diluído com água (a bebida pura é considerada forte demais). Para curar a ressaca, a grande pedida é comer repolho cozido. Império romano 270 a.C.Os soldados se fingem de bonzinhos e oferecem vinho para os povoados que encontram. Quando os inimigos estão bêbados, os romanos os matam. Hunos 446Liderados pelo temível Átila, invadem territórios romanos e destroem as vinícolas – sua bebida preferida é o kumis, leite fermentado com 2% de álcool. Islâmicos 620 A religião restringe o consumo de álcool. Mas os cientistas do mundo islâmico inventam o alambique, que é usado até hoje para fazer bebidas destiladas. Vikings 850 Espalham o terror na Europa – sempre bebendo uma cerveja escura, doce e bem forte, que tinha aproximadamente 9% de álcool (o dobro da comum).Monges 1112 A Ordem dos Cistercianos monta uma vinícola em Borgonha, na França. Dá tão certo que eles viram uma multinacional do vinho, com mais de 250 monastérios. Mesoamericanos séc. 16 Os astecas bebem o pulque, bebida produzida com folhas de agave – e só idosos podem tomar. Os incas preferem cerveja de milho, que dão até a crianças. Brasileiros séc. 17 Os senhores de engenho começam a exportar cachaça – e os negros amotinados em quilombos aprendem a fabricá-la por conta própria. Holandeses séc. 17 Inventam o gim, um destilado de cereais com altíssimo teor alcoólico (mais de 45%). A novidade gera uma explosão do alcoolismo na Europa. Africanos séc. 17/18 Entre 1680 e 1713, senhores tribais trocam 60 mil escravos por bebida alcoólica – cada escravo é vendido por aproximadamente 86 litros de rum. Rev. Industrial séc. 18/19 Fabricada com novas tecnologias e em grande escala, a bebida fica mais barata. A cerveja é produzida em enormes tonéis, com até 500 mil litros de capacidade. Russos séc. 20 Inventam uma pílula que permite beber sem ficar bêbado. A idéia era usá-la na Guerra Fria (para que os espiões russos levassem vantagem). Não funcionou. Ingleses 2004 Lançam uma máquina que permite inalar o álcool em vez de bebê-lo, o que supostamente evita a ressaca e faz o bebum engordar menos. Americanos 2008 Desenvolvem um processo revolucionário, que permite fabricar goró sólido – basta misturar com água e ele vira um drinque com 11% de álcool. (Gotham Books, 2008.Drink: A Cultural History of Alcohol Iain Gately). (Bruno Garattoni (Edição 256/2008)
No ano de 1952 começou a se tratar o alcoolismo como doença, a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1967 introduziu esse conceito à Classificação Internacional das Doenças.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, proíbe, em seu art. 81, II, a venda de bebidas alcoólicas para crianças ou adolescentes e, em seu art. 243, a venda, fornecimento ou entrega de produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, acarreta em detenção de dois a quatro anos, se o fato não constituir crime mais grave.
A ONS Organização Nacional de Saúde, define que na maioria dos indivíduos, a adolescência ocorre entre os 10 e 20 anos de idade, porém existe divergências sobre as etapas, a adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Este período é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo comportamentais. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade (artigo 2o), e, em casos excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto é aplicável até os 21 anos de idade (artigos 121 e 142). O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos 16 anos. O conceito de menor fica subentendido para os menores de 18 anos.
 Destaque para conceitos de adolecencia segundo quatro pesquisadores.
 Eisenstein E. em seu artigo, Adolescência: definições, conceitos e critérios do ano de 2005 definiu adolescência como:
Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da sociedade em que vive. A adolescência se inicia com as mudanças corporais da puberdade e termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade, obtendo progressivamente sua independência econômica, além da integração em seu grupo social(2) (Eisenstein E.)
O autor brasileiro Outeiral (1994) enfatiza; 
A adolescência é uma fase do crescimento humano que se caracteriza pela definição da identidade. Seu início se dá com as transformações do corpo, ou seja, com a puberdade, e se estende até que a maturidade e a responsabilidade social sejam adquiridas pelo indivíduo. A adolescência é dividida, por Outeiral, em três fases: na primeira, o jovem vivencia uma passividade em relação as suas transformações corporais, criando-se a partir daí um sentimento de impotência frente ao mundo e à realidade. Na segunda, a crise se dá por um choque entre gerações, já que a estrutura familiar vivida hoje é muito diferente da estrutura vivida por seus pais. A busca da independência é o foco central, incluindo a busca da definição sexual. Na terceira e última fase, a busca se dá pela identidade profissional e inserção no mercado de trabalho, ou seja, a busca de reconhecimento pela sociedade e a independência financeira. Outeiral (1994)
 Melucci (1997) afirma que a:
Adolescência é a idade da vida em que se começa a enfrentar o tempo como uma dimensão significativa e contraditória da identidade. Nesta idade, o futuro é visto como um conjunto de possibilidades, prevalecendo sua orientação. Essas possibilidades podem se tornar fantasmas, por não haver tempo para realizá-las. Melucci (1997)
 Peralva (1997) coloca a adolescência;
Como uma fase do crescimento, provindo da cristalização das "idades da vida", sendo que estas fases aparecem hierarquizadas. O velho se impõe sobre o novo; o passado informa o futuro e estadefinição cultural da ordem moderna define as relações entre adultos e jovens, estabelecendo o lugar no mundo para cada idade da vida. O jovem é aquele que se integra mal, resiste à socialização, se desvia do padrão, sendo a representação do desvio. Peralva (1997)
 Há aproximadamente 10 anos atrás Santos fez uma interessante construção de conceito partindo de sua pesquisa da construção histórica da infância e da adolescência; Em seu trabalho de mestrado, Santos (1996) cita Morin (1986; 1990);
Acredita que a adolescência, enquanto "classe de idade" surgiu na civilização do século XX, nos anos 50, e hoje, é, praticamente, fenômeno universal. Para ele, a adolescência nasce nos Estados Unidos e depois se espalha rapidamente pelo mundo ocidental, países do leste europeu e centros urbanos do Terceiro Mundo. As explicações para seu surgimento são o declínio da família como unidade de produção e mudança do padrão de vida agrário para o urbano. As ocupações já não passavam de pai para filho, o que criou um gap entre a experiência dos pais e a dos filhos, transformando a idade de teens em época da vida dedicada à escolha profissional. Essa visão ganha força social e passa a ser respaldada por normas legais de proibição do trabalho neste período da vida e de compulsoriedade da educação escolar. Essas medidas acabam conferindo status jurídico para a existência da adolescência como categoria de idade. "A indústria cultural se apropria dos valores e atributos próprios desta fase da vida e contribui para criar uma cultura adolescente. Desse modo, as mudanças econômicas, familiares e culturais transformam a experiência de crescimento e a adolescência tornou-se um importante estágio na biografia individual e, mais do que isso, em um conjunto etário nas sociedades modernas ocidentais" Morin (1986; 1990) /(Santos, 1996, p.154)
Também pratico e objetivo, considera a adolescência um período de transição, Redston-Iselin (2001), se apoiou muito na psicologia moderna para conceituar adolescencia: 
É considerada um período de transição, fase em que o indivíduo não é um adulto, mas também não é mais uma criança, período no qual as emoções vividas são intensas. Redston-Iselin (2001),
 Muito similar com os autores e cientistas citados acima, a linha de conduta dos estudos ligados ao campo do humano e da pisicologia conduziu as escritas de Barbosa Mendes, o qual aponta a adolescência um importante período de transição adolescencia (BARROSO; MENDES; BARBOSA, 2009, p. 347) 
É marcado por complexas transformações biológicas, físicas, comportamentais e sociais, e os comportamentos de alcoolização nessa fase da vida, resultam no encontro do jovem em desenvolvimento com uma substância de efeitos nocivos, em contexto situacional incentivador e promotor do consumo. (BARROSO; MENDES; BARBOSA, 2009, p. 347)
Sendo período de transformação, também é um período de fornecer informações, USDHHS, 1994 afirma que a adolescência é;
Umperíodo para se fornecer informações e condições propícias para promoção da saúde física e mental. Com relação ao abuso de substâncias, a importância da prevenção está justamente em evitar, e quando isto não é possível, retardar o início do uso de drogas, pois quanto mais tarde ocorrer o início do uso de drogas, menos chances o indivíduo tem de tomar-se um usuário regular. USDHHS, 1994
O Serviço Social trabalha ininterruptamente como veiculador de informação dos direitos de cidadania, principalmente a usuários que se encontram em estado de vulnerabilidade social. 
O textode publicação do CEFFS Conselho Federal de Serviço Social -, (2001)mostra que;
O Serviço Social como profissão, em sete décadas de existência no Brasil e no mundo, ampliou e vem ampliando o seu raio ocupacional para todos os espaços e recantos onde a questão social explode com repercussões no campo dos direitos, no universo da família, do trabalho e do “não trabalho”, da saúde, da educação, dos/as idosos/as, da criança e dos/as adolescentes, de grupos étnicos que enfrentam a investida avassaladora do preconceito, da expropriação da terra, das questões ambientais resultantes da socialização do ônus do setor produtivo, da discriminação de gênero, raça, etnia, entre outras formas de violação dos direitos. Tais situações demandam ao Serviço Social projetos e ações sistemáticas de pesquisa e de intervenção de conteúdos mais diversos, que vão além de medidas ou projetos de Assistência Social. (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2011; p. 11).
 A Igreja foi desbravadora do nascimento do Serviço Social que oportunizou relatos com os de Fehlberg (2009) abordou em sua tese sobre esta temática relatando que: 
O Serviço Social é uma profissão que tem em seu nascedouro forte presença religiosa, visto ter, em seus primórdios, a componente caridade, ajuda aos necessitados, que caminha para uma ação social da Igreja mais organizada, até o surgimento da profissão. Esse fato fez com que a religião deixasse na profissão uma marca profunda que, sendo responsável pelas fronteiras pouco definidas entre o trabalho voluntário e o profissional, visto que ambos desenvolvem políticas e programas assistenciais. Tais ações podem dar-se tanto em agências privadas como no Estado, sendo realizadas em parcerias ou terceirizadas entre Estado e organizações e associações privadas. (FEHLBERG, 2009, p. 17).
 Iamamotto (2011) também abordou esta temática e relatou termos que muito contribuem para entender o surgimento e a profissão do Assistente Social acompanhe esta pequena citação;
Serviço Social se constituirá através de frações da classe burguesa que agirão por intermédio da Igreja Católica e posteriormente pelo conjunto das classes dominantes. (Iamamotto – 2011)
 No início deste capítulo, usou – se a História para criar o enteresse na leitura dos conceitos que envolvem o alcolismo, da mesma forma, agora, via Souza (2014), o qual nos felicita com suas citações atentando sobre a história da profissão no mundo e como se deu a política assistencial, também usaremos a História para despertar o interesse pelos conceitos que formal o Serviço Social.
O serviço social surge do movimento católico o processo de profissionalização e legitimação da profissão está articulada as instituições sócio assistenciais estatais surgindo na década de 40. O Estado a partir daí, passa a não intervir na regulamentação do trabalho, mas na política assistencial ligada a organização das classes produtoras na política que controla a ditadura social Varguista ao afirmar a situação de paz social imposta pela condição paternalista da sociedade e do estado. A partir de 64, a profissão passa a assumir posição de destaque no cenário da sociedade com política de ação peculiar com o uso de um perfil mais objetivo, métodos procedimentos de intervenção e metodológicos eficazes que regulamentam a pratica da profissão. No plano político as manifestações sociais intensificam-se de forma a radicalizar as ações públicas e exigindo um desfeito expressivo de mudança a partir do golpe de 64. O Serviço Social liga-se a divisão do trabalho no sentido de agir e lutar com os movimentos sociais de bases ligadas a igreja católica no mundo temporal no início da década de 30. As igrejas católicas junto com a população lutam para defender um sentido missionário e evangelizador para com a sociedade necessitada. A posição da igreja católica é de defender os problemas socais com reivindicações para sanar as questões sociais da sociedade carente. (SOUZA, 2014, p. 1).
 Dando continuidade à souza, e para explicitar um pouco mais sobre a história do serviço social o importante site: http://www.cressrj.org.br/trouxe um breve resumo retirado do site do CFESS; 
O Serviço Social é uma profissão de caráter sociopolítico, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da “questão social”. Isto é, no conjunto de desigualdadesque se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. Assistentes sociais se inserem nas mais diversas áreas: saúde, previdência, educação, habitação, lazer, assistência social, justiça etc. Com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, atuam nas relações entre os seres humanos no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e de prestação de serviços.É uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo e hegemônico, denominado projeto ético-político, que foi construído pela categoria a partir das décadas de 1970 e 1980. Ele expressa o compromisso da categoria com a construção de uma nova ordem societária. Mais justa democrática e garantidora de direitos universais. Tal projeto tem seus contornos claramente expressos na Lei 8662/93, no código de Ética Profissional de 1993 e nas Diretrizes Curriculares.A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. 
O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão. site: http://www.cressrj.org.br/
A leitura mostra que “em virtude das mudanças ocorridas na sociedade e no seio da categoria, um novo aparato jurídico se fez necessário para expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora.”
Hoje, a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8662, de 7 de junho de 1993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais. Em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, a lei define competência e atribuições privativas da assistente social.De acordo com a lei, assistentes sociais:
Realizam estudos e pesquisas para avaliar a realidade e emitir parecer social e propor medidas e políticas sociais;
Planejam, elaboram e executam planos, programas e projetos sociais;
Prestam assessoria e consultoria a instituições públicas e privadas e a movimentos sociais;
Orientam indivíduos e grupos, auxiliando na identificação de recursos e proporcionando o acesso aos mesmos;
Realizam estudos socioeconômicos com indivíduos e grupos para fins de acesso a benefícios e serviços sociais eatua no magistério de Serviço Social e na direção de Unidade de ensino e Centro de estudos.
Além da Lei, contamos também com o Código de Ética Profissional que veio se atualizando ao longo da trajetória profissional. Em 1993, após um rico debate com o conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada a quinta versão do Código de Ética Profissional, instituída pela Resolução 273/93 do CFESS.O Código representa a dimensão ética da profissão, tendo caráter normativo e jurídico Ele delineia parâmetros para o exercício profissional, define direitos e deveres dos assistentes sociais, buscando a legitimação social da profissão e a garantia da qualidade dos serviços prestados. O Código é expressão da renovação e do amadurecimento teórico-político do Serviço Social e evidencia, em seus princípios fundamentais, o compromisso ético-político assumido pela categoria. site: http://www.cressrj.org.br/
Conhecendo um pouco da Trajetória do Serviço Social o texto disserta,
A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 1920 e 1930, sob influência católica europeia. Com ênfase nas ideias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja.Nos anos 1940 e 1950, o Serviço Social brasileiro recebe influência norteamericana. Marcado pelo tecnicismo, bebe na fonte da psicanálise, bem como da sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Sua ênfase está na ideia de ajustamento e de ajuda psicossocial. Neste período há o início das práticas de Organização e Desenvolvimento de Comunidade, além do desenvolvimento das peculiares abordagens individuais e grupais. Com supervalorização da técnica, considerada autônoma e como um fim em si, e com base na defesa da neutralidade científica, a profissão se desenvolve através do “Serviço Social de Caso”, “Serviço Social de Grupo” e “Serviço Social de Comunidade”.Nos anos 1960 e 1970, há um movimento de renovação na profissão, que se expressa em termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo.O Serviço Social se laiciza e passa a incorporar nos seus quadros segmentos dos setores subalternizados da sociedade. Estabelece interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima dos movimentos “de esquerda”, sobretudo do sindicalismo combativo e classista que se revigora nesse contexto.Profissionais ampliam sua atuação para as áreas de pesquisa, administração, planejamento, acompanhamento e avaliação de programas sociais, além das atividades de execução e desenvolvimento de ações de assessoria aos setores populares.Cresce o questionamento da perspectiva técnico-burocrática, por ser esta considerada como instrumento de dominação de classe, a serviço dos interesses capitalistas. Com os ventos democráticos dos anos 1980, inaugura-se o debate da ética no Serviço Social, buscando-se romper com a ética da neutralidade e com o tradicionalismo filosófico fundado na ética neotomista e no humanismo cristão. site: http://www.cressrj.org.br/
A Ética é um dos pilares de sustentação desta profissão, que em 1986 teve aprovado o seu Código de Ética Profissional, a ideia de “compromisso com a classe trabalhadora”. 
O Código traz também outro avanço: a ruptura com o corporativismo profissional, inaugurando a percepção do valor da denúncia (inclusive a formulada por usuários).No âmbito da formação profissional, busca-se a ultrapassar o tradicionalismo teórico-metodológico e ético-político, com a revisão curricular de 1982. Supera-se, na formação, a metodologia tripartite e dissemina-se a ideia da junção entre a técnica e o político.Há ainda a democratização das entidades da categoria, com a superação da lógica cartorial pelo Conjunto CFESS/CRESS, que conquista destaque no processo de consolidação do projeto ético-político do Serviço Social.Nos anos 1990, se verificam, no âmbito do Serviço Social, os efeitos do neoliberalismo, da flexibilização da economia e reestruturação no mundo do trabalho, da redução do Estado e da retração dos direitos sociais. O Serviço Social amplia os campos de atuação, passando a atuar no chamado terceiro setor, nos conselhos de direitos e ocupa funções de assessoria entre outros.Discutindo sua trajetória profissional, ressignifica o uso do instrumental técnico-operativo e cria novos instrumentos, como mediação para o alcance das finalidades, na direção da competência ética, política e teórica, vinculada à defesa de valores sociocêntricos emancipatórios. Partindo do pressuposto da necessidade da capacitação continuada, o Serviço Social busca superar a prática tecnicista, pretensamente neutra, imediatista ou voluntarista.Nos anos 2000, a conjuntura provoca novas disputas em torno da “questão social” e do papel a ser cumprido pelas políticas sociais. Assistimos à diversas formas de precarização da formação profissional, como parte do processo de precarização da educação brasileira. O número de cursos e de vagas para Serviço Social crescem exponencialmente. A capacidade de mobilização em torno de projetos coletivos se reduz. Com isso, surgem novos desafios na luta pela consolidação dos direitos da população usuária dos serviços prestados por assistentes sociais. Esses elementos apontam para a necessidade de fortalecer o projeto ético-politico profissional, que vem sendo construído pela categoria há mais de três décadas. E entendemos que essa luta só é possível com o aprimoramento intelectual e com a organização coletiva de assistentes sociais em suas entidades, bem como com o conjunto da classe trabalhadora. site: http://www.cressrj.org.br/
O profissional de serviço social trabalha na intervenção da realidade humanae social, adequando o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade.
“Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo. (...) Requer, pois, ir além das rotinas institucionais e buscar apreender o movimento da realidade para detectar tendências e possibilidades nela presentes passíveis de serem impulsionadas pelo profissional” (IAMAMOTO, 2007, p. 20-21)
2.2 – CAPÍTULO – COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE O TEMA.
 Estudos recentes sobre o uso de álcool por adolescentes apresentam interessantes resultados, que merecem ser citados neste trabalho acadêmico.
Em leitura sobre o tema supracitado encontrou –se o I levantamento nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira (Copyright © 2007 - Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD).Como bebem os adolescentes brasileiros.
As bebidas alcoólicas são as substâncias psicotrópicas mais utilizadas por adolescentes (Faden, 2005; Galduróz e cols., 2005). 
Adolescentes que consomem bebidas alcoólicas podem ter consequências negativas tão diversas como problemas nos estudos, problemas sociais, praticar sexo sem proteção e/ou sem consentimento, maior risco de suicídio ou homicídio e acidentes relacionados ao consumo (Faden, 2005).
O consumo de bebidas alcoólicas no Brasil só é legalmente permitido após os 18 anos de idade; no entanto, os empecilhos são pequenos para que os adolescentes comprem e consumam álcool(Romanoe cols,inpress). 
Por mais que o consumo de álcool por adolescentes na sociedade possa parecer banalizado (não é incomum a presença de bebidas alcoólicas em festas de adolescentes, patrocínios de bebidas alcoólicas – especialmente cerveja e bebidas “ice”), pesquisas demonstram que começar a beber em idade precoce é um fator muito importante que influenciará problemas futuros como álcool(Maggs e Schulenberg,2005).
 Grande parte dos jovens de 14 a 17 anos, aqui pesquisados, vive a transição de um estado de dependência dos pais para uma condição de autonomia pessoal. Eles estão, por isso mesmo, na fase de sua vida em que mais carecem de apoio e quando mais desafiam essa ajuda. Seus cérebros, ainda em formação, são mais susceptíveis a agentes externos, como o álcool e demais substâncias psicotrópicas, e a diferentes fatores psicossociais. 
“É quando a inserção no grupo se torna fundamental e o beber pode aparecer, por exemplo, como um meio de integração” (Pinskye Bessa, 2004). 
Pelas particularidades desse grupo, a análise dos padrões de consumo inclui algumas variáveis muito importantes. Pesa muito a idade em que começam a beber, o número de doses que tomam em média a cada vez que bebem e a quantidade de bebida ingerida nas ocasiões em que bebem muito. 
Abaixo estão apresentados os principais dados de frequência e quantidade (incluindo o beber em “binge”) e média da idade de início do consumo dos adolescentes. Diferentemente dos adultos, os adolescentes não serão analisados com a separação por variáveis de região e classe socioeconômica porque a amostra, embora representativa do País inteiro, é pequena para a divisão em muitas categorias. O padrão de consumo de álcool entre os adolescentes, revelado nesta pesquisa, é a fotografia de um momento de sua vida. Mas a leitura desse retrato deverá ser feita também, e muito especialmente, em função dos anos que se seguirão.
Apesar de este capítulo se propor a apresentar dados sobre os adolescentes, a Figura 15 mostra os dados dos jovens adultos (18-25 anos), para efeito de comparação. Adolescentes e jovens adultos apresentam diferenças na idade média do início do consumo (na vida, fora 1 ou 2 goles) e no começo do consumo regular, como se pode ver na Figura. 
A opção de utilizar os jovens de 18 a 25 anos de idade como comparação deve-se ao fato de eles terem menor efeito de memória para lembrarem-se do comportamento do beber do que a população mais velha. Houve diferenças significativas em relação ao começo da experimentação e do uso regular. Isso sugere que os adolescentes estão iniciando seu consumo de álcool cada vez mais cedo. Este estudo fornece informações consistentes de que o fenômeno do beber precoce e regular está realmente acontecendo com os jovens.
A Figura 16 mostra que os meninos e meninas consomem bebidas alcoólicas com frequências semelhantes. Cerca de dois terços dos adolescentes de ambos os gêneros são abstinentes. É importante lembrar que o consumo de bebidas alcoólicas é legalmente proibido para menores de 18 anos no Brasil. Mesmo assim, em um universo de adolescentes representativo das várias regiões do País e de áreas urbanas e rurais, quase 35% dos adolescentes menores de idade consomem bebidas alcoólicas ao menos 1 vez no ano. Da mesma maneira, o fato de que 24% dos adolescentes bebem pelo menos 1 vez no mês merece atenção.
Quantas doses os adolescentes bebem usualmente? Especialmente para os jovens, o número de doses que bebem, seja usualmente ou esporadicamente, é tão importante quanto a frequência com que bebem. Se cerca de dois terços dos adolescentes são abstinentes (Figura 16), aqueles que bebem consomem quantidades importantes. A Figura 17 apresenta a quantidade usual consumida pelos adolescentes que beberam ao menos 1 vez no último ano. Quase metade dos meninos adolescentes que beberam no último ano consumiu 3 doses ou mais por situação habitual. Diferentemente da Figura de frequência, há diferenças entre meninos e meninas no que diz respeito à quantidade de álcool ingerida habitualmente. Quase um terço dos meninos que bebem consumiu 5 doses ou mais no último ano, contrastando com 11% para as meninas.
A intensidade do beber A Figura 18 analisa a intensidade do consumo de álcool entre todos os adolescentes da amostra (não apenas os bebedores). Mostra que 13% do total dos adolescentes (17% para os meninos) apresenta padrão intenso de consumo de álcool. Além disso, outros 10% dos adolescentes consomem ao menos 1 vez no mês e potencialmente em quantidades arriscadas. Há uma tendência de diferença entre o consumo de meninos e meninas, mas esta diferença não chega a ser estatisticamente significante.
O beber com maior risco O beber com maior risco em um curto espaço de tempo, ou o beber em “binge”, é a prática que mais deixa o adolescente exposto a uma série de problemas de saúde e sociais. Os riscos vão desde acidentes de trânsito – o evento mais comum e com consequências mais graves – até o envolvimento em brigas, vandalismo e a prática do sexo sem camisinha. A Figura 19 mostra a porcentagem em que a amostra total de adolescentes (incluindo os não bebedores) relata ter consumido bebidas alcoólicas em “binge”. Pouco menos de um quarto dos meninos e 12% das meninas já beberam em “binge” ao menos 1 vez nos últimos 12 meses, o que é uma diferença estatisticamente significativa.
AFigura 20 apresenta comque frequência os adolescentes que beberamem“binge” aomenos 1 vez ao ano relatam essa ocorrência. Entre os meninos e meninas que já beberam 4 ou mais ou 5 ou mais doses em uma única ocasião nos últimos 12 meses, metade o fez menos de 1 vez por mês. Por outrolado, 30%delesbeberamem“binge” 2vezespormêsoumais.Assim,umaparte significativados adolescentesquebebemgrandesquantidadesapresenta tal comportamentocomregularidade.
As bebidas mais consumidas A Figura 21 apresenta as porcentagens de doses por tipo de bebida alcoólica para a população adolescente de bebedores. Aproximadamente, metade das doses consumidas por adolescentes é de cerveja ou chope. Para chegar a essa conclusão, cruzaram-se dados sobre a quantidade de doses consumidas de cada bebida e a frequência com que são consumidas.
Os vinhos tiveram também uma participação importante, com mais de 30% das doses consumidas por adolescentes. Não houve nenhuma diferença significativa entre os gêneros no que diz respeitoaos tipos de bebida (embora os meninos tivessem uma tendência a beber mais destilados do que as meninas).
Em síntese, dos grupos populacionais, os adolescentes são os que apresentam os maiores riscos em relação ao beber. No mundo todo existe uma preocupação especial com esse grupo e a monitoração das taxas de padrão de beber é uma das medidas mais impot1antes a serem desenvolvidas. Não existe um padrão de beber de baixo risco entre os 51 baixo consumo está relacionado com alto risco de acidentes. (LARANJEIRA et ai. 2007). 
No presente estudo encontrou-se uma alta frequência de adolescentes (9%) que bebem mais do que uma vez por semana (12% meninos e 6% meninas). Em relação à dose usual, quase 50% dos meninos beberam mais do que três doses por situação habitual e cerca de um terço deles consumiu cinco doses ou mais. (LARANJEIRA et ai. 2007). 
Em relação ao beber em "binge", os adolescentes apresentaram altas taxas, com 21% dos meninos e 12% das meninas. Embora, como mencionado anteriormente, os adolescentes também apresentam alta taxa de abstinência, ocorre uma situação na qual os que bebem têm a tendência de beber de uma forma problemática. São raros os que conseguem beber pouco e com baixa frequência. Os adolescentes são os que mais mudam o padrão de consumo em curtos espaços de tempo e a monitoração é fundamental. Devem se realizar estudos qualitativos para entender melhor os fatores que influenciam a experimentação inicial e o começo do uso regular do álcool. (LARANJEIRA et ai. 2007). 
Portanto, a tendência ao uso em idade mais precoce parece ser confirmada pelo estudo. Esse dado é importante e estudos futuros poderão mostrar se vai ser possível reverter essa tendência e se as eventuais políticas públicas em relação ao álcool alcançarão essa parte da população, que é a mais vulnerável aos problemas com o álcool. Vale a pena ressaltar também que não houve diferenças entre os sexos quanto à idade de início e ao padrão de consumo entre os adolescentes, mostrando que existe um fenômeno vigoroso ocorrendo nessa faixa etária. Pela vulnerabilidade dessa população, é fundamental monitorar de perto esse fenômeno. (LARANJEIRA et ai. 2007).
O renomado site http://oglobo.globo.com/sociedade/saude publicou o texto: O Consumo excessivo de álcool por jovens está ligado à menção de bebida em músicas, diz pesquisa. Adolescentes são expostos anualmente a mais de 3 mil referências a bebidas enquanto ouvem canções pop. (Mario Tama/afp09/04/2014 6:00 / atualizado 09/04/2014 7:41-Menção a bebidas em músicas está ligada a consumo de álcool por adolescentes).
ITTSBURGH - O consumo excessivo de álcool por adolescentes e jovens adultos está fortemente associado com referências a bebidas em músicas, segundo um estudo conduzido pela Universidade de Pittsburgh e pelo Norris Cotton Cancer Center. O estudo, baseado em uma pesquisa com 2.541 pessoas com idades entre 15 e 23 anos, afirma que políticas públicas e educacionais podem limitar a influência do álcool na música popular e, assim, diminuiriam o consumo de bebida entre jovens. Os resultados do levantamento foram publicados na revista “Alcoholism: Clinical & Experimental Research”. Um adolescente comum é exposto anualmente a cerca de 3 mil referências a bebidas alcoólicas enquanto ouvem música - destaca Brian Primack, autor chefe do estudo e diretor do Programa de Pesquisas de Mídia e Saúde na Escola de Medicina de Pittsburgh. - É importante compreender o impacto negativo que essas referências podem ter em uma faixa etária, induzindo o consumo de álcool. O álcool é considerado a terceira maior causa de morte nos EUA relacionada com o estilo de vida, segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças. - As referências a bebidas podem servir como propaganda, mesmo quando não são pagas pelo mercado - ressalta James Sargent, professor de pediatria da Faculdade de Dartmouth. - Por isso é importante examinar a influência dessas menções. Dos participantes da pesquisa, 1.488 (59%) afirmaram que beberam, de uma vez só, uma grande quantidade de álcool, equivalente a 300 ml de cerveja, 100 ml de vinho ou 37,5 ml de uma bebida destilada. Desse grupo, 18% disseram que se embriagam pelo menos uma vez por mês, e 37% relataram já ter problemas, como lesões, devido ao álcool. No levantamento, os participantes viram o nome de hits cuja letra faz menção ao álcool. Eles responderam se gostam daquelas música e se têm o costume de ouvi-las. Os pesquisadores também perguntaram se eles lembram que tipo de bebida é citada em cada composição. Os participantes que responderam corretamente têm mais do que o dobro de chances de já terem se embriagado, comparado aos outros entrevistados. O resultado é independente da idade, da classe social e do uso de álcool por amigos ou parentes dos entrevistados. Segundo Primack, o resultado da pesquisa ilustra o valor que os jovens dão às opiniões e atitudes de astros da música. Um modo de evitar o uso abusivo de álcool seria estimular as habilidades de pensamento crítico dos adolescentes. - A alfabetização midiática é um método cada vez mais adotado, e que já se provou bem sucedido em ajudar os jovens a tomarem decisões mais saudáveis - lembra. - No caso do álcool, pode ser valioso para que entendam como as menções a bebidas em músicas podem manipular suas emoções para que eles comprem um produto. (Mario Tama/afp09/04/2014
Em recente pesquisa desenvolvida pela enfermeira Betânia da Mata Ribeiro Gomes, em seu trabalho de pós-graduação apresentado à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, Família pode influenciar no consumo de álcool na adolescência – Texto publicado em Sociedade por redação em 7 de março de 2013.
A pesquisadora observou e entrevistou em seus domicílios, 22 membros de dez famílias, entre eles, 11 adolescentes de ambos os sexos, entre 14 e 19 anos, que consumiam álcool. O estudo aconteceu na Unidade de Saúde da Família EmocyKrause, localizada em Recife (Pernambuco), entre julho de 2010 e agosto de 2011.Foram alvo do estudo apenas os familiares que moravam com o adolescente e tinham um laço mais próximo, como, pais, irmãos, tios. Em cada família, o convite se estendeu aos familiares que estavam presentes no primeiro encontro, realizado pelo estudo. “E no decorrer da pesquisa, a interação e os discursos indicaram a necessidade ou não de incluir outros familiares”, comenta Betânia, que se ateve a temas como: estrutura, desenvolvimento e funcionamento das famílias; crenças que podem influenciar o consumo de álcool; as interações familiares que protegem ou que expõem os adolescentes ao consumo ou abuso de álcool; e o sentido da religião.A maioria dos entrevistados possuía renda menor que um salário mínimo. Alguns recebiam ajuda do governo e não tinham completado seus estudos, além de presenciar, em suas próprias casas, a prática do uso do álcool. Muitos adolescentes ainda presenciaram separações de seus pais ou morte de algum deles devido ao consumo de bebida alcoólica. Quanto ao relacionamento em família, Betânia verificou que a maioria sofria com desentendimentos, desafetos, problemas de comunicação, agressão, conflitos, violência e falta de interação.Prazer e prejuízos - Para a pesquisadora, a decisão pelo consumo de bebida alcoólica foi associada ao prazer e diversão, principalmente relacionada às músicas, as quais, segundo ela, estão no contexto de vida desses adolescentes, incentivando o consumo. “É uma válvula de escape para as dificuldades e problemas familiares do cotidiano”.Betânia percebeu que, mesmo com sentimento de alívio, relaxamento, distração e dos momentos de lazer, os adolescentes não ignoravam os prejuízos do uso abusivo da bebida alcoólica, principalmente porque presenciaram os problemas que a bebida causou em seus próprios domicílios.As famílias, apesar de não se relacionarem adequadamente com os adolescentes, apoiaram seus membros e mantiveram esperança por meio de motivação ou da religião, pensando em um futuro melhor. “A religião pode favorecer o sentimento de esperança e, com ela, o gosto pela vida”,afirma. Ela notou ainda que os adolescentes se preocupavam em manter viva a motivação para uma vida melhor, para a conquista de trabalho qualificado e da casa própria, além de tentar realizar os sonhos que não foram possíveis para seus pais.Betânia concluiu que os familiares influenciam os adolescentes de forma positiva e negativa quanto ao uso e abuso do álcool. “A estrutura e composição da família, o padrão de interação familiar, a comunicação entre seus membros, a religião e a esperança são componentes que se articulam diretamente com a prática do consumo de álcool pelos adolescentes”. (A tese A influência da família no consumo de álcool na adolescência foi orientada pela professora Lucila Castanheira Nascimento e defendida em setembro de 2012, na EERP.). Betânia da Mata Ribeiro Gomes
O Observatório Mineiro de Informações Sobre Drogas - OMID em artigo escrito por Super publicado no importante site: http://www.omid.mg.gov.br/ quinta, 08 maio 2014 - 12:18 - Violência contra crianças e adolescentes pode levar ao uso de drogas, diz estudo.
Estudo feito pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), indica que a violência física contra a criança ou adolescente pode ser um fator que leva ao consumo de drogas lícitas, como o álcool, ou ilícitas.Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), dos 4.607 indivíduos pesquisados em 149 municípios, 21,7% relataram terem sido vítimas de alguma violência na infância ou na adolescência. A ocorrência entre as meninas foi de 20,5%, enquanto entre os meninos, de 17,8%. Adolescentes ou adultos que presenciaram agressões físicas entre pais ou cuidadores também podem ter sido influenciados a consumir tais substâncias, conforme o estudo. Entre os adolescentes pesquisados, 8,4% daqueles que consomem drogas viram discussões no ambiente doméstico. Entre maiores de 18 anos, o número chega a 11,1%.O estudo aponta que, entre os que sofreram agressão, 12,4% foram empurrados, arranhados ou beliscados; 11,9% apanharam até ficarem com marcas; 9,3% foram insultados e humilhados; 5,9% foram machucados com objetos; 1,7% foram ameaçados com armas ou facas e 0,7% foram queimados com água quente. Em 20% desses casos, o causador da violência havia bebido. E em 8%, o fato de os pais ou alguém da convivência dessas pessoas usarem substâncias ilícitas foi fator de risco para que eles passassem a usar também.Quando se fala em violência sexual, o Lenad revelou que 5,3% dos entrevistados foram molestados em algum momento, sendo que 33% disseram que o abusador foi um parente e, em 25% dos casos relatados, um amigo. Entre as mulheres, a violência sexual doméstica é maior (7%) do que entre os homens (3,4%). 1,3% dos participantes da pesquisa afirmaram terem sido vítimas de exploração sexual para obtenção de lucro.Os atos de violência física ou psicológica intencionais e repetitivos na escola, o chamado bullying, atingiram 13% dessa população, sendo a agressão verbal (12%) e o isolamento social (5%) os mais comuns. Aparecem na lista também agressão física (3,2%), racismo (1,3%), ofensas pela internet (0,1%) e homofobia (0,1%).A coordenadora do Lenad, Clarice Sandi Madruga, defendeu a prevenção como um primeiro passo para que essas crianças não sofram abusos. “A prevenção tem que ser primária, em escolas, como o treinamento de professores e qualquer pessoa que tenha contato com os alunos para que saibam o que é abuso. Profissionais dos serviços de saúde devem saber identificar, [saber] o que fazer nesses casos e para onde encaminhar essas vítimas”. Os estudos mostraram associação entre a exposição ao abuso físico e psicológico na infância com consequências negativas para a saúde mental e emocional na vida adulta, como maior predisposição à depressão e ao uso de psicotrópicos. “O abuso sexual está muito mais vinculado com o consumo de substâncias ilícitas, aumentando em até quatro vezes a chance de abuso dessas drogas. Pessoas com mais predisposição para o consumo de álcool também têm predisposição para a depressão”, segundo a coordenadora do Lenad. (Fonte: Agência Brasil)
O artigo “Prevenção do uso nocivo de álcool entre os jovens” publicado pelo renomado Centro de Informações sobre saúde e Álcool (CISA); escrito por Arthur Guerra de Andrade Psiquiatra e Presidente Executivo do CISA
Embora existam evidências científicas de potenciais benefícios do consumo de álcool em níveis leves a moderados*, principalmente no sistema cardiovascular, o impacto do consumo nocivo na saúde pública é considerável, tanto em termos de morbidade como mortalidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60 tipos de doenças e lesões estão relacionados direta ou indiretamente ao uso dessa substância, incluindo prejuízos agudos (como acidentes de trânsito) e crônicos (doenças cardíacas, hepáticas e dependência alcoólica, por exemplo). 
No Brasil, apesar de ser proibida a venda, a oferta, o fornecimento, e a permissão do uso de álcool entre menores de 18 anos de idade, levantamentos nacionais apontam que o consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes é realidade bastante difundida. O álcool é a principal substância de abuso entre jovens, sendo que aproximadamente 50% dos jovens com idades entre 12 e 17 anos já fizeram uso na vida. Segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 67% dos escolares do 9º ano do ensino fundamental, com 13 a 15 anos de idade, relataram já ter experimentado alguma bebida alcoólica, sendo que 32% dos adolescentes com idade de 15 anos tomaram a primeira dose com 13 anos ou menos e 22% dos escolares já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. Neste momento, torna-se essencial reforçar um dado científico bem consolidado: quanto mais precoce o consumo de álcool, maior o risco de desenvolvimento de problemas relacionados. Nos Estados Unidos, estima-se que indivíduos que iniciam o consumo antes dos 15 anos têm até 7 vezes mais chance de desenvolver problemas relacionados ao uso de álcool do que aqueles que começam a beber após os 21 anos de idade. 
Ainda é preciso considerar o próprio contexto da adolescência: esses jovens estão passando por uma fase importante da vida, repleta de mudanças (físicas, psicológicas e sociais), oportunidades e, consequentemente, vulnerabilidades associadas a comportamentos de risco, que podem ter efeitos importantes para a saúde e bem-estar. Por isso, é necessário um olhar diferenciado para esse grupo e, apesar da complexidade deste tema, o trabalho preventivo é fundamental, uma vez que as consequências negativas do uso de álcool podem (e devem) ser evitadas. 
Felizmente, o Brasil tem avançado nos últimos anos em matéria de prevenção e educação. Em São Paulo, por exemplo, um projeto-piloto que realizamos por meio de uma parceria entre as Secretarias de Estado da Saúde, Educação e Comunicação, com quase 2 mil estudantes de 28 escolas públicas, teve como foco a inibição do consumo de álcool por menores de 18 anos. A principal estratégia foi utilizar os próprios jovens como protagonistas no desenvolvimento de intervenções e na disseminação das mensagens de prevenção aos seus pares – afinal, quem melhor para falar com os jovens senão eles mesmos? Com o sucesso alcançado, a ideia é expandir o projeto para toda a rede estadual. Ações como esta são essenciais para dar aos jovens a oportunidade de serem agentes na promoção de mudança de comportamentos e de desenvolvimento da comunidade. 
Acredito que, em paralelo ao trabalho de prevenção com os jovens menores de 18 anos de idade, é preciso investir em intervenções para outra população ainda mais exposta ao álcool: os universitários. Quase 90% deles referem o uso na vida e um em cada quatro relata ao menos uma ocasião de consumo pesado nos últimos 30 dias (ingestão de mais de 4/5 doses alcoólicas dentro de um período de 2 horas), de acordo com o I Levantamento Nacionalsobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras. Neste caso, em que a maioria já tem a idade mínima para comprar bebidas alcoólicas, é preciso prevenir no sentido de que o consumo em níveis leves a moderados não progrida para um uso de risco. Por último, mas não menos desafiador, trabalhar com intervenções direcionadas àqueles que já bebem de maneira nociva, a fim de evitar que o mesmo resulte em problemas maiores, como a dependência. 
De maneira geral, ferramentas têm sido desenvolvidas para prevenir o uso precoce do álcool, bem como os prejuízos decorrentes do uso nocivo, tanto para o bebedor como para a sociedade, como é o caso do endurecimento da chamada “Lei Seca”. Contudo, é importante frisar que ações isoladas ou implementação de novas leis não poderão resolver este sério problema enquanto a população também não se envolver e apoiar. Apenas através de um trabalho em conjunto, que contemple governantes, pais e familiares, profissionais da saúde, academia, educadores, instituições privadas e a sociedade como um todo, poderemos nos aproximar de uma solução eficaz para este desafio que permeia o Brasil e o mundo. 
* O consumo moderado é um termo impreciso para um padrão de consumo que implicitamente se contrapõe ao beber pesado. Significa beber quantidades moderadas que não causam problemas ao indivíduo. Contudo, vale ressaltar que OMS esclarece que não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Se a pessoa bebe, há risco de problemas de saúde e outros, especialmente se o consumo excede 2 doses por dia e se o indivíduo não deixa de beber pelo menos dois dias na semana. Arthur Guerra de Andrade
2.3 CAPÍTULOS – CONHECENDO O PROJETO “TODOS CONTRA AS DROGAS A VIDA VALE MAIS” EM Araxá MG.
Este capítulo consiste em fazer uma apresentação de algo feito e vivenciado na realidade, pois será a descrição de uma pesquisa de campo.
Neste capítulo será apresentadoo trabalho desenvolvido do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Araxá/MG – CONSEP, através do projeto “Todos contra as drogas; a vida vale mais!”
Antes de discorrer sobre oprojeto, faz-se necessário uma breve apresentação da cidade de Araxá/MG e da Instituição CONSEP/Araxá/MG.
Araxá é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, população estimada pelo IBGE em 2015 de 102.238 habitantes ainda de acordo com dados Araxá tem aproximadamente 7.425 número de idosos e os IDH municipal - 0,772, IDH-M de Longevidade - 0,858, IDH-M de Renda – 0,756, IDH-M de Educação – 0,709, evolução do IDH Municipal - 0,77. Araxá ocupa a 210ª posição, ficando no nível de alto desenvolvimento humano, o IDH Municipal varia de 0 a 1, considerando indicadores de longevidade (saúde), renda e educação. 
O importante site de pesquisa https://pt.wikipedia.org/wiki/Arax%C3%A1, traz um pouco da História de Araxá.
 "Araxá" significa terreno elevado e plano, planalto, chapadão, região mais elevada do que qualquer sistema orográfico.
Os primeiros povoados da região foram para o Desemboque, distrito de Sacramento, atraídos pela exploração do ouro. Posteriormente, com a decadência da mineração, esses moradores dedicaram-se à criação de gado. Entre 1770 e 1780, Araxá recebeu seus primeiros moradores, e surgiram as primeiras fazendas da região.
Descoberta a fertilidade da terra e o sal mineral nas águas do Barreiro, o povoamento de Araxá se intensificou. Em 1780 surge um povoado em um pouso de tropeiros na passagem de gado que ia ao Barreiro salitrar. Em 1791, foi criada a Freguesia de São Domingos do Araxá e nomeado o primeiro vigário.
Araxá é a cidade mais antiga de todo o Sertão da Farinha Podre, isto é, todo o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Conta com 235 anos em 2015.
Em 1795, teve a construção da primeira Igreja Matriz de São Domingos por Alexandre Gondin, que teve suas obras concluídas em 1800. A edificação da Igreja de São Sebastião, por José Pereira Bom Jardim, ocorreu em 1820.
A Capitania de São Paulo e Minas do Ouro foi criada em 1709 e desmembrada em 1729, com a delimitação da Capitania deMinas Gerais. Na segunda metade do século XVIII, a região do Triângulo Mineiro foi anexada a Goiás, atendendo a um movimento dos moradores do Desemboque.
A Freguesia de São Domingos é elevada a Julgado de São Domingos de Araxá, em 20 de dezembro de 1811, desmembrando-se do Julgado do Desemboque. A partir de janeiro de 1812, começou a exercer jurisdição civil e criminal, possuindo seu Juiz Ordinário.
Em 1816, graças ao movimento dos moradores da Campanha do Araxá (Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba), a região e separada de Goiás e anexada a Minas Gerais, ficando sob jurisdição de Paracatu.
Em 1830, Araxá se declara independente de Paracatu, constitui sua câmara e elege seu primeiro presidente, Mariano de Ávila. Em 4 de abril de 1831, o governo acata o que acontecera e o julgado é elevado à vila. E em 19 de dezembro de 1865, a Lei Provincial nº 1259 eleva a Vila de São Domingos de Araxá à categoria de cidade. Em 1915 foi criada a Prefeitura.
Os museus da cidade de Araxá mostram muito da sua interessante história.O nome Araxá é um nome indígena que significa "Um lugar onde primeiro se avista o sol". Araxá era uma pequena tribo aculturada, que foi aldeia nas margens do Rio Grande para tentar dar proteção aos passantes. A ameaça eram os índios caiapós que habitavam a região. Em nove anos a indefesa tribo Araxá foi dizimada e extinta pelos caiapós.
Demarcação da Sesmaria do Barreiro. "Aos 25 dias do mês de agosto de 1785, nesta paragem dos Sertoins dos Arachás, debaixo da serra do mesmo nome, fincamos uma pedra em sentido perpendicular com quatro testemunhas para os 4 pontos cardeais. Daí partimos em direção ao oeste, medindo 2722 cordas de 2 braças cada uma, onde fincamos o 2º marco; daí seguimos em direção ao norte onde fincamos o 3º marco defronte a Fazenda do Campo Aberto; daí seguimos em direção ao nascente, na Fazenda Pão de Açúcar onde fincamos o 4º marco, e deste 4º marco em linha reta até o marco peão na Boca da Mata". (Termo de Demarcação da Sesmaria do Barreiro).
Araxá tem na sua formação geológica riquezas minerais como as águas sulfurosas e radioativas, o nióbio e a apatita. Na Bacia do Barreiro, viveram mamíferos pré-históricos há milhares de anos.
Nessa região, formou-se um dos maiores quilombos de Minas Gerais, o Quilombo do Ambrósio.
O colonizador aqui foi atraído pelo sal natural das águas do Barreiro. A prática da pecuária foi o motivo básico dessa ocupação, seguida por atividades paralelas como o comércio dos tropeiros e mercadores e a agricultura. Como todo esse legado cultural Araxá é, ainda, uma cidade turística e o valor das suas águas e da lama termal a fez tornar-se uma estância hidromineral.
Enquanto cidade histórica, Araxá possui águas e lama medicinais, famosa pelos banhos terapêuticos. Alta e fria, florida e burguesa, serviu nos anos 1980 de cenário para a novela da Rede Manchete "Dona Beja", personagem mito da cidade, interpretada por Maitê Proença, baseada no romance de Agripa Vasconcelos.
Têm no Hotel do Barreiro e no "Cristo redentor" seus pontos turísticos mais conhecidos e apreciados. Sem contar nos seus produtos artesanais, como tapetes de tear, delicados bordados, sabonetes e cremes com a lama negra, doces e as quitandas.(https://pt.wikipedia.org/wiki/Arax%C3%A1).
Na educação a cidade conta com uma universidade Uniaraxá, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), escolas estaduais, municipais e creches.
Com a saúde os habitantes podem contar com 03 hospitais, 17 unidades e postos de saúde ligados ao SUS, 01 pronto atendimentos 24 horas, 01 Policlínica de especialidades, 06 laboratórios de análises clinica sendo 01 municipal, 134 estabelecimentos farmacêutico sendo 01 municipal.
O CONSEP - Conselho Comunitário de Segurança Pública é uma entidade de direito privado, com reconhecimento de utilidade pública, sem finalidades lucrativas, apolítica, com vida própria e independente, que atua

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