Buscar

A epistemologia genética de Piaget e o Construtivismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A epistemologia genética de Piaget e o Construtivismo 
A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. O desenvolvimento é observado pela sobreposição do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Assim, nesta formulação, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à ao conhecimento já existente que ele tem. O processo de modificação de si próprio é chamado de acomodação.
 A assimilação ocorre quando a informação é incorporada às estruturas já pré-existentes nessa dinâmica estrutura cognitiva e nela a mente não se modifica, enquanto que a adaptação ocorre quando o organismo se modifica de alguma maneira de modo a incorporar essa nova informação. Quando isso acontece, ocorre então a acomodação, levando a construção de novos esquemas de assimilação e resultando no processo de desenvolvimento cognitivo.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos, ou seja, a aprendizagem não acontece de forma passiva pelo aluno, cabendo ao professor a tarefa de criar possibilidades enquanto sujeito mediador da aprendizagem e promover situações problema que permitam o conflito e consequentemente avanço cognitivo de cada aluno na sua individualidade. O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem.
Nesse sentido, a discussão proposta a partir da obra de Piaget e da qual o construtivismo se apropriou é bastante atual, ao passo em que afirma que uma educação de qualidade é aquela que promove o desenvolvimento global do indivíduo em seus aspectos cognitivos, sociais e afetivos. Em função disso, a prática construtivista também demanda uma metodologia de trabalho e uma organização curricular previamente planejada, pois crianças e jovens em idade escolar não se encontram no mesmo ponto de partida e nem aprendem ao mesmo tempo e da mesma maneira, mesmo que se encontre em uma mesma turma ou ano/ série. Assim, o aluno em sua individualidade deve ocupar o centro do processo de aprendizagem, através de uma metodologia ativa que tenha por objetivo a construção do conhecimento a partir dos conhecimentos prévios que cada indivíduo carrega consigo.
Bibliografia:
ABREU, Luiz Carlos de et al. A epistemologia genética de Piaget e o construtivismo. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. [online]. 2010, vol.20, n.2, pp. 361-366. ISSN 0104-1282.
BECKER, Fernando. O que é Construtivismo? Série Idéias, n. 20. São Paulo: FDE, 1994. 
SANCHIS, Isabelle de Paiva e MAHFOUD, Miguel. Interação e construção: o sujeito e o conhecimento no construtivismo de Piaget. Revista Ciência e Cognição, volume 12, 2007. 
LEÃO, Denise Maria Maciel. Paradigmas Contemporâneos de Educação: Escola Tradicional e Escola Construtivista. Cadernos de Pesquisa, n. 107, julho/1999.

Continue navegando