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PSICOPATOLOGIA II Unidade 4: Transtornos relacionados à afetividade: UNIDADE 4- TRANSTORNOS RELACIONADOS À AFETIVIDADE: • 4.1- Conceituação de afetividade através da psicopatologia fenomenológica. • 4.2- Tipos de depressão e seus transtornos: reativa, química, distimia. • 4.3- Tipos de mania e seus episódios: mania e hipomania • 4.4- Transtorno afetivo bipolar e seus tipos. • 4.5- Ciclotimia • 4.6- A hipermedicação dos transtornos afetivos. NA CID 10, OS TRANSTORNOS DE HUMOR [AFETIVOS] INCLUEM: • F30 – Episódio Maníaco • F31 – Transtorno afetivo bipolar • F32 – Episódios depressivos • F33 – Transtorno depressivo recorrente • F34 – Transtornos de humor [afetivos] persistentes • F38 – Outros transtornos do humor [afetivos] • F39 – Transtorno do humor [afetivo] não especificado F30 EPISÓDIO MANÍACO • F30.0 - Hipomania • F30.1 - Mania sem sintomas psicóticos • F30.2 - Mania com sintomas psicóticos • F30.8 - Outros episódios maníacos • F30.9 - Episódio maníaco não especificado F31 - TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR • F31.0 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco • F31.1 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos • F31.2 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos • F31.3 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo leve ou moderado • F31.4 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos • F31.5 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos • F31.6 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto • F31.7 - Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão • F31.8 - Outros transtornos afetivos bipolares • F31.9 - Transtorno afetivo bipolar não especificado F32 - EPISÓDIOS DEPRESSIVOS • F32.0 - Episódio depressivo leve • F32.1 - Episódio depressivo moderado • F32.2 - Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos • F32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos • F32.8 - Outros episódios depressivos • F32.9 - Episódio depressivo não especificado F33 - TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE • F33.0 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve • F33.1 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual moderado • F33.2 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas psicóticos • F33.3 - Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos • F33.4 - Transtorno depressivo recorrente, atualmente em remissão • F33.8 - Outros transtornos depressivos recorrentes • F33.9 - Transtorno depressivo recorrente sem especificação F34 - TRANSTORNOS DE HUMOR [AFETIVOS] PERSISTENTES • F34.0 - Ciclotimia • F34.1 - Distimia • F34.8 - Outros transtornos do humor [afetivos] persistentes • F34.9 - Transtorno do humor [afetivo] persistente não especificado TIPOS DE DEPRESSÃO E SEUS TRANSTORNOS: “ ” DIFERENTEMENTE DO DSM-IV, ESTE CAPÍTULO (DO DSM 5) “TRANSTORNOS DEPRESSIVOS” FOI SEPARADO DO CAPÍTULO ANTERIOR “TRANSTORNOS BIPOLARES E TRANSTORNOS RELACIONADOS”. OBS: Na CID 10, eles ainda prosseguem agrupados nos Transtornos de Humor [Afetivos] (F30 – F39) NO DSM 5 OS “TRANSTORNOS DEPRESSIVOS” INCLUEM • transtorno disruptivo da desregulação do humor, • transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior), • transtorno depressivo persistente (distimia), • transtorno disfórico pré-menstrual, • transtorno depressivo induzido por substância/medicamento, • transtorno depressivo devido a outra condição médica, • outro transtorno depressivo especificado e • transtorno depressivo não especificado. TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR 296.99 (F34.8) • A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem e ou pelo comportamento que são consideravelmente desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação. • B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento. • C. As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana. • D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na maior parte do dia, quase todos os dias • E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse tempo, o indivíduo não teve um período que durou três ou mais meses consecutivos sem todos os sintomas dos Critérios A-D. • F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três ambientes (p. ex., em casa, na escola, com os pares) e são graves em pelo menos um deles. • G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou após os 18 anos de idade. • H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes dos 10 anos. • I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual foram satisfeitos todos os critérios de sintomas, exceto a duração, para um episódio maníaco ou hipomaníaco. • J. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um episódio de transtorno depressivo maior e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno do espectro autista, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade de separação, transtorno depressivo persistente [distimia]). • K. Os sintomas não são consequência dos efeitos psicológicos de uma substância ou de outra condição médica ou neurológica. DEPRESSÃO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR CRITÉRIOS DIADNÓSTICOS: • A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. Nota: Não incluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica: 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outra pessoa (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. 4. Insônia ou hipersonia quase diária. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias. 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR CRITÉRIOS DIADNÓSTICOS: • B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. • C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. • D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia..., • E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (“DISTIMIA” F34.1) • NO DSM 5 “Este transtorno representa uma consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno distímico definidos no DSM-IV”. A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos. Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano. B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: • 1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso. • 2. Insônia ou hipersonia.• 3. Baixa energia ou fadiga. • 4. Baixa autoestima. • 5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. • 6. Sentimentos de desesperança. TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (“DISTIMIA” F34.1) • C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses. • D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos. • E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico. • F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia,... • G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo). • H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (“DISTIMIA” F34.1) • Como os critérios para um episódio depressivo maior incluem quatro sintomas que estão ausentes da lista de sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia), um número muito limitado de indivíduos terá sintomas depressivos que persistiram por mais de dois anos, mas não irá satisfazer os critérios para transtorno depressivo persistente. • Caso tenham sido satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior em algum momento durante o episódio atual da doença, tais indivíduos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ- MENSTRUAL 625.4 (N94.3) • C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar presente para atingir um total de cinco sintomas quando combinados com os sintomas do Critério B. 1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho, escola, amigos, passatempos). 2. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar. 3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada. 4. Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez por alimentos específicos. 5. Hipersonia ou insônia. 6. Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle. 7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de peso. • Nota: Os sintomas nos Critérios A-C devem ser satisfeitos para a maioria dos ciclos menstruais que ocorreram no ano precedente. TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ- MENSTRUAL 625.4 (N94.3) • D. Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo ou a interferência no trabalho, na escola, em atividades sociais habituais ou relações com outras pessoas (p. ex., esquiva de atividades sociais; diminuição da produtividade e eficiência no trabalho, na escola ou em casa). • E. A perturbação não é meramente uma exacerbação dos sintomas de outro transtorno, como transtorno depressivo maior, transtorno de pânico, transtorno depressivo persistente (distimia) ou um transtorno da personalidade (embora possa ser concomitante a qualquer um desses transtornos). • F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias durante pelo menos dois ciclos sintomáticos. (Nota: O diagnóstico pode ser feito provisoriamente antes dessa confirmação.) • G. Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância ou de outra condição médica. TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR E TRANSTORNOS RELACIONADOS: O transtorno bipolar e transtornos relacionados são separados dos transtornos depressivos no DSM-5 e colocados entre os capítulos sobre: • os transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos e • os transtornos depressivos em virtude do reconhecimento de seu lugar como uma ponte entre as duas classes diagnósticas em termos de sintomatologia, história familiar e genética. TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS NO DSM 5 • transtorno bipolar tipo I, • transtorno bipolar tipo II, • transtorno ciclotímico, • transtorno bipolar e transtorno relacionado induzido por substância/medicamento, • transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição médica, • outro transtorno bipolar e transtorno relacionado especificado • transtorno bipolar e outro transtorno relacionado não especificado. TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I Critérios diagnósticos e seus episódios CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS • A. Foram atendidos os critérios para pelo menos um episódio maníaco (Critérios A-D em “Episódio Maníaco” descritos anteriormente). • B. A ocorrência do(s) episódio(s) maníaco(s) e depressivo(s) maior(es) não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico com outras especificações ou não especificado. • OBS: É necessário preencher o critério para um episódio maníaco para se fazer o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I, mas não há necessidade de haver episódios hipomaníacos ou depressivos maiores. Eles podem, contudo, anteceder ou seguir um episódio maníaco. TRANSTORNO BIPOLAR I (EPISÓDIO MANÍACO) • A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária). • B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 2. Redução da necessidade de sono 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado. 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora; 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos). • C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas. • D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. TRANSTORNO BIPOLAR I (EPISÓDIO HIPOMANÍACO) • A. (idem ao episódio maníaco) • B. (idem ao episódio maníaco) • C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático. • D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. • E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. • F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância Nota: Os Critérios A-F representam um episódio hipomaníaco. Esses episódios são comuns no transtorno bipolar tipo I, embora não necessários para o diagnóstico desse transtorno. TRANSTORNO BIPOLAR I (EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR) • A. A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. Nota: Nãoincluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica: 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outra pessoa (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. 4. Insônia ou hipersonia quase diária. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias. 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias. 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. • B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. • C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II Critérios diagnósticos e seus episódios TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II • A. Foram atendidos os critérios para pelo menos um episódio hipomaníaco (Critérios A-F em “Episódio Hipomaníaco”). • B. Jamais houve um episódio maníaco. • C. A ocorrência do(s) episódio(s) hipomaníaco(s) e depressivo(s) maior(es) não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. • D. Os sintomas de depressão ou a imprevisibilidade causada por alternância frequente entre períodos de depressão e hipomania causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outra área importante da vida do indivíduo “TRANSTORNO CICLOTÍMICO” (DSM 5) OU CICLOTIMIA (CID 10) F34.0 “CICLOTIMIA” (CID 10: F34.0) • Instabilidade persistente do humo r que comporta numerosos períodos de depressão ou de leve elação, nenhum deles suficientemente grave ou prolongado para responder aos critérios de um transtorno afetivo bipolar(F31) ou de um transtorno depressivo recorrente (F33). O transtorno se encontra frequentemente em familiares de pacientes que apresentam um transtorno afetio bipolar. Algumas pessoas ciclotimias apresentarão elas próprias, ulteriormente, um transtorno afetivo bipolar. TRANSTORNO CICLOTÍMICO • A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior. • B. Durante o período antes citado de dois anos (um ano em crianças e adolescentes), os períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos. • C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos. • D. Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por outros transtornos (especialmente os transtornos psicóticos). • E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). • F. Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento do indivíduo. “A HIPERMEDICAÇÃO DOS TRANSTORNOS AFETIVOS” Reflexões e diálogo • Vem ocorrendo “a hipermedicação dos pacientes, notadamente das classes menos favorecidas, que desconhecem o porquê, tempo de duração e possíveis efeitos indesejados do tratamento farmacológico”. • “Não é um problema somente do sistema brasileiro, há evidências disso no mundo inteiro. Muitas vezes, o tratamento em saúde mental está reduzido aos psicotrópicos, sendo que a comunicação entre os profissionais da saúde e os usuários é deficiente. A qualificação da utilização de psicofármacos e a qualificação de pessoal têm sido pontos sensíveis da expansão da rede.” (Onocko-Campos) • “Os usuários são os únicos que podem falar da experiência do adoecimento, de como é estar com psicose ou depressão. No diabético, o médico mede a glicose e verifica se é preciso reduzir ou aumentar a dose. Mas se a pessoa sofre de transtorno do humor, como saber se a dosagem está boa, a não ser confiando no que ela diz? A valorização da palavra do outro é condição para a qualidade do tratamento. O médico que não faz isso, não é bom clínico.” (Onocko-Campos) REFERÊNCIAS: • https://www.unicamp.br/unicamp/ju/530/p esquisas-revelam-hipermedicacao-de- pacientes-com-transtorno-mental https://www.unicamp.br/unicamp/ju/530/pesquisas-revelam-hipermedicacao-de-pacientes-com-transtorno-mental
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