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Usos de Drones em Estudos Ambientais

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
RODRIGO CELLA BORGES 
SÁVIO TORRES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USOS DE DRONES EM ESTUDOS AMBIENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande – MS 
2018 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 
 
 
 
USOS DE DRONES EM ESTUDOS AMBIENTAIS 
 
 
BORGES, R. C.; DA SILVA, S. T. 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
exigência para a obtenção do grau de Bacharel em 
Engenharia Sanitária e Ambiental pela 
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), sob a 
orientação do Prof. Esp. Frederico Luiz de Freitas 
Junior. 
 
 
 
 
Banca examinadora: 
 
Prof. Dr. Fernando Jorge C. M. Filho 
UCDB 
Prof. Me. Luiz Antônio Paiva 
UCDB 
 
Prof. Esp. Frederico Luiz de Freitas Junior 
Orientador 
 
Campo Grande – MS 
2018 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos nossos pais, por estarem comprometidos conosco 
durante nossa caminhada. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos primeiramente a Deus, por ser a base da nossa amizade e por estar sempre 
nos abençoando e guiando nessa jornada. 
Principalmente aos nossos pais, Ema e Neilton, Expedita Maria e José Hélio, que 
contribuíram e contribuem com muito amor, carinho e dedicação. São nossos grandes exemplos 
de seres humanos, nos inspirando para que nos formemos como grandes profissionais, mas 
acima de tudo, como pessoas honestas e éticas. 
Aos nossos demais familiares, por também apoiarem e compreenderem que a nossa 
caminhada exigiu uma dedicação maior, fazendo com que não compartilhássemos de momentos 
de confraternização, mas que mesmo assim, estiveram nos incentivando. 
Ao nosso Professor Esp. Frederico Luiz de Freitas Junior, por ter aceito o desafio de nos 
orientar, pela inenarrável paciência e pelo conhecimento compartilhado, nos quais foram de 
suma importância em nossa formação. Agradecemos também pelos momentos de descontração, 
nos quais puderam fortalecer nossa amizade. 
Aos integrantes da nossa banca, Prof. Dr. Fernando Jorge Corrêa Magalhães Filho e ao 
Prof. Me. Luiz Antônio Paiva, por terem aceito o nosso convite de avaliar e colaborar com o 
nosso trabalho, visando contribuir com o meio acadêmico. 
Aos demais professores que estiveram conosco durante nossa graduação, nos 
transmitindo seus conhecimentos a fim de que nos tornássemos profissionais qualificados. 
Aos nossos amigos, por estarem conosco durante esses momentos de aprendizado, nos 
apoiando grandemente mesmo que alguns estivessem distantes. Aos amigos que conquistamos 
durante a graduação, pelo apoio, dedicação e colaboração, que diretamente ou indiretamente 
contribuíram para o nosso trabalho. 
A todos, de coração, o nosso muito obrigado. 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“É o grau do comprometimento que determina o sucesso, 
não o número de seguidores.” 
R.J. Lupin. 
 
 
RESUMO 
 
 
Palavras-chave: Drones, revisão, estudos ambientais, agricultura, legislação. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Keywords: Drones, review, environmental studies, agriculture, legislation. 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1: Fluxograma ilustrativo representando denominações. .............................................. 21 
Figura 2: Típicos componentes em um drone (quadricoptero). ............................................... 23 
Figura 3: Tipos de drones de acordo com o número de hélices. .............................................. 27 
Figura 4: Drone tricoptero HJ-Y3 construído com componentes unitários. ............................ 28 
Figura 5: Drone Bullray, produzido pela Rapid Composites. .................................................. 28 
Figura 6: Drone quadricoptero DJI Phantom 4 PRO. .............................................................. 29 
Figura 7: Drone quadricoptero Parrot AR Drone 2.0 Power Edition. ..................................... 30 
Figura 8: Drone hexacoptero DJI Spreading Wings S900. ...................................................... 30 
Figura 9: Drone octocopero DJI Spreading Wings S1000. ...................................................... 31 
Figura 10: General Atomics MQ-1 Predator. .......................................................................... 31 
Figura 11: Drone Parrot Disco - PRO AG. .............................................................................. 32 
Figura 12: Fluxograma ilustrativo da metodologia utilizada para a execução da revisão. ....... 44 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Caracterização dos drones e preços médios de cada modelo. .................................. 33 
Tabela 2: Preço e utilidade de plataformas de softwares.......................................................... 37 
Tabela 3: Principais aplicações do uso de drones. ................................................................... 39 
Tabela 4: Principais informações dos estudos inclusos, para a realização da revisão. ............. 46 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 
$ Cifrão 
3D Três dimensões 
4D Quatro dimensões 
AGL Altitude de operação 
AIC Circular de Informações Aéreas 
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil 
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações 
APP Área de Preservação Permanente 
ARP Aeronave Remotamente Pilotada 
BVLOS Beyond Visual Line Of Sight 
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
CIA Central Inteligence Agency 
ConOps Concept of operations 
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo 
Dr. Doutor 
EIA Estudo de Impacto Ambiental 
ESC Eletronic Speed Controller 
Esp. Especialista 
et al. E outros 
EUA Estados Unidos da América 
FAB Força Aérea Brasileira 
h Horas 
HD High Definition 
ICA Instrução do Comando da Aeronáutica 
ICE Image Composite Edition 
kg Quilograma 
km Quilômetro 
LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde 
LiPO Líthio Polímero 
m Metro 
m.s-1 Metros por segundo 
m² Metro quadrado 
 
 
mAh Miliampére-hora 
Me. Mestre 
MS Mato Grosso do Sul 
nº Número 
p. Página 
PA Pará 
PNMA Programa Nacional do Meio Ambiente 
Prof. Professor 
R$ Reais 
RBAC-E Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial 
RETA Responsabilidade Civil do Explorador ou Transportador Aéreo 
RIMA Relatório de Impacto Ambiental 
RPA Aeronave Remotamente Pilotada 
SciELO Scientific Electronic Library Online 
SISANT Sistema de Aeronaves Não Tripuladas 
UAV Unmanned Aerial Vehicle 
US$ Dólar 
V Volts 
VANT Veículo Aéreo Não Tripulado 
VTOL Vertical Take-Off and Landing 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 15 
2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 17 
2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 17 
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 17 
3 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................... 18 
3.1 Estudos ambientais ................................................................................................ 18 
3.1.1 Levantamento de dados para a caracterização de um empreendimento 18 
3.1.2 Diagnóstico ambiental .................................................................................. 19 
3.1.3 Planos e programas de monitoramento dos impactos ............................... 20 
3.2 O que são os drones? .............................................................................................. 20 
3.3 Principaiscomponentes dos drones ...................................................................... 22 
3.3.1 Frame ............................................................................................................. 23 
3.3.2 Motores e hélices ........................................................................................... 24 
3.3.3 ESC e bateria ................................................................................................. 24 
3.3.4 Controlador de voo e rádio .......................................................................... 25 
3.3.5 GPS ................................................................................................................ 25 
3.3.6 Barômetro...................................................................................................... 26 
3.3.7 Gimbal ........................................................................................................... 26 
3.4 Principais modelos de drones ................................................................................ 26 
3.4.1 Multirotor ...................................................................................................... 27 
3.4.2 Asa fixa .......................................................................................................... 31 
3.5 Principais softwares utilizados com drones .......................................................... 33 
3.5.1 Agisoft PhotoScan ......................................................................................... 33 
3.5.2 DJI FlightHub ............................................................................................... 34 
3.5.3 DroneDeploy .................................................................................................. 34 
3.5.4 Menci Software .............................................................................................. 34 
3.5.5 Microsoft ICE ................................................................................................ 35 
3.5.6 Pix4d ............................................................................................................... 35 
3.5.7 SisCob ............................................................................................................ 35 
3.5.8 SkyDrones ...................................................................................................... 36 
3.5.9 Trimble Inpho ................................................................................................ 36 
3.6 Principais áreas de aplicações para drones .......................................................... 38 
 
 
3.7 Legislação brasileira aplicada a drones ................................................................ 40 
4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 42 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 45 
5.1 Resultados para o uso de drones em estudos ambientais .................................... 45 
5.2 Resultados para o uso de drones em outros segmentos ....................................... 54 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 60 
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 62 
 
15 
 
1 INTRODUÇÃO 
A história dos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTS) teve início com um ataque 
realizado pelo exército austríaco a cidade de Veneza no ano de 1849, utilizando balões com 
vários explosivos. Na Segunda Guerra do Golfo, que teve início em 2003, os VANTS foram 
utilizados pelas forças norte-americanas para o monitoramento dos seus inimigos e como 
armamento guiado. A partir desse conhecimento, começou-se a se desenvolver novos tipos de 
tecnologias dentre as áreas militares de diversas nações, para que esses veículos pudessem ser 
utilizados como aliados em suas práticas. 
O termo drone ficou popularmente conhecido por inicialmente ser utilizado por uso civil 
para filmagens e fotografias. Os drones têm chamado atenção de diversos segmentos, fazendo 
com que as empresas entrem nesse mercado promissor buscando melhorias na execução dos 
seus serviços, e claro, sempre visando que suas aquisições tenham custos viáveis quanto aos 
seus usos. 
Como apresentado por Maurício et al. (2016), “o desenvolvimento tecnológico 
representado pelos drones supera, em vários aspectos, o emprego das aeronaves convencionais 
tripuladas, e isso vem contribuindo muito para a sua disseminação nas forças policiais de vários 
países. E mais, em um horizonte não muito distante, as aeronaves não tripuladas estarão cada 
vez mais adaptadas às necessidades judiciárias e militares, já que o desenvolvimento de novas 
tecnologias é ininterrupto.” 
Atualmente, pretende-se utilizar o drone até mesmo para entregas em domicílios, como 
apontado pela Amazon PrimeAir (2015), ela prevê a operação segura de pequenos sistemas de 
aeronaves não tripuladas, como combinação de planejamento em tempo real e automação de 
veículos a bordo. Com esta abordagem, os graus necessários de planejamento e automação 
variam de acordo com as capacidades do veículo, com base no comando e controle e ConOps. 
Espera-se que esses recursos estejam online, com rede capaz de se adaptar em tempo real a 
situações variadas, como mudanças no clima e necessidades de acesso de emergência. 
Entretanto, o ramo em que os drones ganharam maiores proporções na atualidade, foi 
na agricultura. No ramo da agricultura sempre se teve grandes dificuldades de manter a lavoura 
em boas condições, seja durante o plantio ou na colheita. “O setor agrícola é um dos mais 
importantes para a economia brasileira e, foi responsável por quase R$ 100 bilhões em 
exportações junto com a pecuária.” (ARTIOLI & BELONI, 2016). 
Juntamente com a agricultura, foram surgindo as problemáticas no meio ambiente, com 
isso a aplicabilidade de drones foi tendo maior visibilidade no monitoramento ambiental. O 
16 
 
fato de haver grandes problemas causados pelas más práticas do homem ao longo do tempo, 
geram amplas complicações e refletem no meio ambiente e, faz com que se busque alternativas 
para monitorar esses impactos ambientais. 
Na área ambiental, pode-se ter diversas práticas para monitoramento utilizando o 
aerolevantamento com drones, assim obtendo diversas vantagens na execução das atividades, 
refletindo em uma quantidade menor de técnicos necessários para a realização do serviço, 
minimizando a interferência de grupos para a supervisão e, deste modo, sendo imperceptíveis 
no local monitorado, como concluído por Guilherme Brasil (2012). 
É possível também realizar captura de imagens através de satélites, para a realização de 
fotogrametrias. Entretanto, estas imagens podem apresentar qualidade insatisfatória para 
determinadas aplicações, e isso se deve ao fato de depender de fatores climáticos, ou ainda do 
tempo necessário para realizar a coleta, podendo levar até meses (HORUS, 2015). 
Para um melhor proveito do que os drones são capazes de oferecer como tecnologia e 
equipamento, todas essas imagens e dados capturados podem ser analisados utilizando 
diferentes softwares existentes que, possibilitam o uso de técnicas e metodologias capazes de 
fornecer ao seu usuário condições para uma melhor tomada de decisão. 
Este trabalho visa levantar e apresentar os diferentes usos dos drones relatados na 
literatura e suas principais aplicações atualmente, quais os principais modelos, como é 
constituída sua tecnologia, quais os softwares existentes, qual a legislação vigente brasileira e, 
de quais maneiras são utilizados na prática dos estudos ambientais. 
 
17 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral 
Efetuar um levantamento bibliográfico dos usos de drones em estudos ambientais, 
apontando quaisos softwares utilizados e a legislação vigente no Brasil. 
2.2 Objetivos Específicos 
• Levantar e descrever o que são os drones e seu histórico; 
• Identificar e descrever os principais tipos e modelos de drones disponíveis no mercado 
nacional; 
• Caracterizar e descrever os softwares mais utilizados para a automatização de voos e 
processamento de dados obtidos por drones; 
• Levantar e apresentar a legislação em vigor aplicável aos drones no Brasil; 
• Verificar e relatar as principais áreas de utilização de drones, com ênfase em estudos 
ambientais. 
18 
 
3 REVISÃO DA LITERATURA 
3.1 Estudos ambientais 
Estudos Ambientais, segundo o Artigo 1º, inciso III, da Resolução CONAMA 237 
(1997), “são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à 
localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, 
apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, 
plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, 
plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.” 
Quando é feito qualquer tipo de aferição do meio, se averigua e observa com objetivo 
de constatar algum tipo de dano ou alteração causada ao meio ambiente, seja antropicamente 
ou natural, é denominado monitoramento ambiental. 
Entende-se por monitoramento ambiental o conhecimento e acompanhamento 
sistemático da situação dos recursos ambientais dos meios físico e biótico, visando a 
recuperação, melhoria ou manutenção da qualidade ambiental. A qualidade ambiental 
está relacionada ao controle de variáveis ambientais, que se alteram, seja em função 
das ações antrópicas, seja em função de transformações naturais. (MMA, 2009). 
Todo e qualquer estudo ambiental têm, independentemente de sua natureza, aspectos 
semelhantes, uns com mais especificidades que outros, porém com eixos de desenvolvimento 
semelhantes. Para que fique claro, serão apresentados esses principais enfoques que qualquer 
estudo ambiental contém de modo a esclarecer onde exatamente poderão ser aplicados os usos 
de drones nesses estudos. 
Um estudo completo que seja capaz de oferecer a apresentação desses aspectos, é o 
EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), que é capaz de 
apresentar as principais vertentes em sua configuração, de modo que qualquer outro estudo 
possa ter pelo menos um desses aspectos. 
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA é a modalidade mais complexa com berço 
constitucional, sendo incumbência do Poder Público, a fim de assegurar a efetividade do direito 
fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, “exigir, na forma da lei, para 
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade” (BRASIL, 1988). 
3.1.1 Levantamento de dados para a caracterização de um empreendimento 
A primeira etapa a ser executada ao elaborar um estudo ambiental, é fazer a 
caracterização do empreendimento onde é um levantamento de todos os dados referentes ao 
que será implantado. Identificar a localização exata da área de estudo, relatar as características 
19 
 
geográficas da região tanto da parte geológica como os mananciais, entre outros aspectos e, 
ainda, como a distribuição populacional da região é determinada e quais os recursos ali 
existentes. 
Fazer um levantamento planialtimétrico da área onde será implantado o 
empreendimento, e fazer a caracterização de suas atividades, elaborar uma análise de impacto 
no entorno do local de implementação e pontuar esses locais que serão afetados pelo 
empreendimento, verificar também, as vias de acesso existentes ao local e suas condições em 
geral. 
Descrever os processos que serão executados no empreendimento, os equipamentos e 
insumos utilizados em cada etapa do processo, a matéria-prima em questão, um manual 
operacional dessas etapas, as plantas baixa e fluxogramas de cada uma das etapas de todo o 
sistema. Apresentar todo o sistema de proteção da atividade que será feita pelo 
empreendimento, e como será feita a sua segurança para que não haja risco aos operadores e as 
suas áreas de influência. 
3.1.2 Diagnóstico ambiental 
O diagnóstico ambiental é a ferramenta do estudo ambiental que, após feito o 
levantamento da situação e caracterização do empreendimento, auxiliará na identificação dos 
impactos ambientais que a atividade irá gerar, isso dentro de uma visão geral da área de 
influência em que o processo se encontra, de forma a identificar esses impactos no meio físico, 
no meio biológico e no meio socioeconômico da área em implementação do empreendimento. 
Portanto, o diagnóstico ambiental irá caracterizar a qualidade ambiental da área de 
implantação do empreendimento e de sua abrangência no estudo em questão, tanto na área 
física, como mananciais superficiais e subterrâneos, o solo e subsolo do local, o clima na região, 
o regime hidrológico e as correntes atmosféricas. 
No meio biológico, será o levantamento das espécies nativas da flora e da fauna e, 
através do diagnóstico, destacar quais dessas espécies tem um valor significativo na qualidade 
do ambiente, as espécies que são raras e que também estão ameaçadas de extinção, o bioma em 
evidência no local e nas áreas de influência do entorno do empreendimento e também, as áreas 
de preservação existentes na região. 
Já no meio socioeconômico, os fatores que o diagnóstico irá auxiliar para a identificação 
dos impactos causados pelas atividades do empreendimento são os recursos como uso e 
ocupação do solo, a utilização dos recursos hídricos, tendo também uma preocupação com os 
sítios arqueológicos, histórico e culturais da comunidade estabelecida no local em questão. 
20 
 
Serão analisadas as condições da sociedade local, dos recursos ali encontrado e a dependência 
dessa sociedade para com os recursos, e também qual o potencial de utilização deles. 
3.1.3 Planos e programas de monitoramento dos impactos 
Os planos e programas apresentados como solução desses problemas, podem ter uma 
função correspondente para prevenir futuras implicações de mesmo viés desses impactos 
identificados. Portanto, cada plano e cada programa tem influência direta de cada impacto 
identificado, assim também dependendo do tipo de estudo apresentado. 
Um PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas) é um comum exemplo de um 
plano que pode ser realizado em diversos locais de forma a recuperar uma determinada área 
onde um empreendimento foi instalado. Esse tipo de trabalho, tem como aspecto a utilização 
dessas questões para o desenvolvimento do plano. Segundo o Caderno de Licenciamento 
Ambiental, Brasil (2009): 
O PRAD foi concebido para a recomposição de áreas degradadas pela atividade de 
exploração de recursos minerais. No entanto, tem sido utilizado para os diversos tipos 
de empreendimentos, e geralmente, é previsto no escopo dos Estudos Ambientais. 
Assim sendo, temos caracterizado cada etapa desses estudos com esses aspectos que têm 
especificidades bem definidas, sendo na maioria das vezes necessária uma tecnologia para o 
seu desenvolvimento. Em estudos ambientais, são utilizadas diversas ferramentas que facilitem 
os serviços dos profissionais que estiverem executando, fornecendo maiores benefícios aos 
serviços, visando a caracterização dos estudos, a elaboração do diagnóstico ambiental e assim, 
identificando seus impactos e, por fim, a determinação de planos e programas que vão auxiliar 
no monitoramento das atividades implantadas. 
Uma tecnologia que vem crescendo no auxílio dessas atividades e facilitando a execução 
dessas etapas e aspectos, é a utilização de drones, para realizar o levantamento desses dados 
com uma melhor qualidade para a caracterização do empreendimento e, consequentemente, 
favorecendo a identificação dosimpactos e, posteriormente, trabalhando de forma eficaz no 
monitoramento desses planos e programas. 
3.2 O que são os drones? 
Segundo a Força Área Brasileira (2015), drone “é apenas um nome genérico. Drone (em 
português: zangão, zumbido) é um apelido informal, originado nos EUA, que vem se 
difundindo mundo a fora, para caracterizar todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja 
ele de qualquer propósito (profissional, recreativo, militar, comercial, etc.), origem ou 
característica.” 
21 
 
Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) – do inglês UAV (Unnamed Aerial Vehicle) – 
no Brasil, “segundo a legislação pertinente (Circular de Informações Aéreas AIC N 21/10), 
caracteriza-se como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo. Esta, 
porém, há de ser de caráter não recreativo e possuir carga útil embarcada.” (FAB, 2015). 
Entretanto, existem dois diferentes VANTS, o mais conhecido é a Aeronave 
Remotamente Pilotada (ARP) – do inglês RPA (Remotely-Piloted Aircraft). Nesse modelo, o 
veículo aéreo será pilotado através de um controle remoto, computador, ou outro dispositivo. 
O outro modelo diferente de VANT é conhecido como “Aeronave Autônoma” que, quando 
programada, não há intervenção por pilotagem externa durante o seu voo. 
Todavia, não é permitido utilizar Aeronaves Autônomas em território brasileiro. Ou 
seja, os VANTS que não tiverem seus usos estabelecidos para hobby, são estes conhecidos 
como ARP (RPA), que, segundo a Força Área Brasileira (2015), “é a terminologia correta 
quando nos referimos a aeronaves remotamente pilotadas de caráter não-recreativo”. 
Para uma visão mais clara do conceito, apresenta-se a Figura 1 a seguir. 
Figura 1: Fluxograma ilustrativo representando denominações. 
 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. 
 
22 
 
Deste modo, entende-se que nem todo drone pode ser considerado como VANT, pois 
se um drone for utilizado para lazer, será enquadrado na legislação vigente dos aeromodelos, e 
não na de um VANT. 
“Criado em meados de 1888, este aparelho forneceu grande desempenho nos campos de 
guerra e atualmente vem sendo utilizado no monitoramento de áreas de interesse internacional 
e aplicações no campo ambiental.” (Xavier, 2013, p. 05). 
No estudo de Schreiber & Ostiari (2014), demonstra-se que, o maior mercado para o 
uso dos drones, é na prática das forças armadas, entretanto, se tem um grande potencial de 
desenvolvimento na área da publicidade (imobiliárias de luxo, por exemplo), agricultura, 
eventos, engenharia, mapeamento, ou seja, os drones têm amplos domínios para progredir com 
essa tecnologia. 
García (2017) apura que a utilidade mais comum de um drone atualmente, é o 
entretenimento. Sabe-se, entretanto, que é a vasta a aplicação desta tecnologia. Nesta 
diversidade, pode-se destacar o uso na área abrangente da segurança que, por exemplo, pode 
ser aplicada no controle fronteiriço e de resgate de pessoas, controle do tráfico, controle fiscal, 
vigilância de infraestrutura ferroviárias, luta contra incêndios e emergências. García (2017) 
mostra ainda que, as aplicações de drones estão sendo úteis para a agricultura, urbanismo, 
arqueologia e, ainda, para os recursos minerais. 
Como apontado por France et al. (2017), atualmente os drones são utilizados com maior 
intensidade para as práticas de vigilância, fotografias e lazer. Todavia, uma aplicabilidade 
apresentada por France e outros em seu trabalho, é o uso dos drones em ciências da terra. Os 
autores mostram que, a principal fundamentação para isso é o fato do drone ser capaz de reduzir 
custos para a execução dos serviços, e coletar dados de alta qualidade. 
Quando se busca atividades práticas das aplicações dos drones, pode-se obter variadas 
utilidades. Entre elas, como apresentado no estudo de Gallacher (2016), uma aplicação possível 
é da coleta de amostras de qualidade do ar e da água para análise em laboratório, ou ainda, 
avaliada in situ (no local), com sensores a bordo. 
3.3 Principais componentes dos drones 
Mesmo que os drones tenham peças vendidas separadamente (como no caso do modelo 
tricoptero, apresentado anteriormente), com o intuito de prover a prática de hobby para amantes 
do aeromodelismo, um drone que seja comercializado pronto para o uso, necessita de alguns 
componentes para que seja possível executar o voo. 
23 
 
De acordo com o estudo de Dias (2017), os principais componentes de um drone são 
estes: Frame, motores, ESCs, controlador de voo, rádio, GPS, bateria e hélices. Cada um destes 
componentes, tem sua função específica para que de maneira conjunta, possam colocar em 
prática a utilização do equipamento. 
Na Figura 2 abaixo, apresenta-se através de uma ilustração os componentes com maior 
preponderância nos drones. 
Figura 2: Típicos componentes em um drone (quadricoptero). 
 
Fonte: Adaptado de midronepro, 2016. 
3.3.1 Frame 
Dias (2017) define o Frame sendo: “[...] a base de um multirotor, pois todos os outros 
componentes serão fixados nele.” É nos frames que se diferenciam os modelos apresentados 
anteriormente, cujo os formatos podem ser por exemplo, tricoptero, quadricoptero, hexacoptero 
ou ainda, octocoptero. 
O Frame é exatamente a região central do drone. É nessa estrutura que serão acoplados 
os braços e onde serão fixados os sensores, controlador de voo e as baterias. Nas extremidades 
dos braços, ficam instalados os motores, que farão com que as hélices girem para que o drone 
possa executar os movimentos (DEMOLINARI, 2016). 
24 
 
3.3.2 Motores e hélices 
Os dois principais componentes de um drone: motores e hélices. Sem esses dois 
componentes, o drone não é capaz de colocar em prática sua funcionalidade. Para os motores 
elétricos, existem dois principais tipos, aqueles que são com escova e os sem escova 
(Brushless). “Este último, também conhecido como motor de indução magnética, é 
frequentemente mais utilizado devido sua eficiência e durabilidade.” (DIAS, 2017). 
Segundo Demolinari (2016), “as hélices de um VANT multirotor são os componentes 
que trabalham sob as mais severas condições.” As hélices são os componentes fundamentais 
para que o drone possa sofrer rápidas acelerações e rápidas desacelerações, fazendo com que o 
mesmo possa ficar estável durante o voo. 
Conforme apontado e exemplificado por Dias (2017), “as hélices são indicadas pelo 
fabricante e variam de acordo com a bateria utilizada. Para uma voltagem de 7,4V a hélice 
indicada é 11x7, que significa 11 polegadas de diâmetro e um passo de 7 polegadas [...].” 
3.3.3 ESC e bateria 
A sigla ESC é proveniente do inglês Eletronic speed controller, que quando traduzida 
para o idioma português significa Controlador Eletrônico de Velocidade. Como o próprio nome 
sugere, este componente é o responsável por realizar o controle da velocidade dos giros dos 
motores do equipamento. 
Segundo Dias (2017), os ESCs são responsáveis também para realizar a distribuição de 
energia para outros componentes do drone, como por exemplo, o receptor de rádio. Dias destaca 
ainda que “para a escolha correta do ESC é preciso levar em consideração a corrente máxima 
do motor escolhido”. 
Sem a bateria, o motor não é capaz de realizar seu funcionamento e, consequentemente, 
as hélices são impossibilitadas de girar. Entretanto, como dito anteriormente, o drone sofre 
rápidas acelerações e desacelerações, o que causa um maior consumo de energia, exigindo 
maior capacidade da bateria para tal. 
Segundo Demolinari (2016), “as baterias de LiPO atuais são as líderes em utilizações de 
aeromodelos e VANT pelo mundo. Entre as características que as tornaram tão comuns, destaca-se 
a versatilidade e a variabilidade de modelos, existem baterias que vão, desde cargas baixas como 
30 ou 50mAh, até 30000 mAh.” 
25 
 
3.3.4 Controlador de voo e rádio 
A principal função do controlador de voo, é fazer com o que o drone possa ser colocado 
em prática de modo que, a operaçãoseja conduzida de maneira segura e econômica. O 
controlador de voo tem capacidade de funcionar como um piloto automático, durante a 
utilização do equipamento. 
Conforme apresentado por Dias (2017), o controlador de voo “trabalha de forma a 
processar os sinais de entrada e gerar saídas adequadas durante as diversas fases do voo, e assim, 
mantendo a estabilidade.” Este componente possui um sistema de percepção através de sensores 
que, durante o voo, é capaz de perceber obstáculos podendo realizar respostas adequadas. 
Outro importante componente para o drone é o rádio controle, conhecido também como 
enlace de rádio. É através do rádio que será realizado o controle do drone durante sua operação. 
Como apontado no estudo de Demolinari (2016), “rádios modernos para controles de drone 
utilizam as mais diversas técnicas e protocolos de transmissão para se tornarem mais estáveis, 
confiáveis e seguros.” 
Tradicionalmente, os drones montados e prontos para o uso, são comercializados com 
o acompanhamento do rádio controle. Entretanto, quando se objetiva realizar a montagem de 
um drone, uma das fabricantes popularmente conhecida dentro deste ramo, é a Spektrum, cujo 
principal rádio transmissor de dados é chamado de DSMX. 
3.3.5 GPS 
O GPS, nada mais é que Global Positioning System que, quando traduzido para a língua 
portuguesa significa Sistema de Posicionamento Global. O GPS permite que o piloto do drone 
acompanhe o seu trajeto, mesmo que este já tenha sido estabelecido e programado no instante 
anterior ao voo, pois, se o drone for atingindo por uma corrente forte de vento ou qualquer outra 
anomalia que faça com que ele saia de sua rota, possa retornar novamente a sua rota. 
O receptor GPS funciona através de mensagens previamente estabelecidas pelo seu 
fabricante, em que os sinais são gerados, armazenados e reproduzidos para o drone. Deste 
modo, coloca-se em prática o sistema de navegação do drone, onde outros sistemas de 
componentes do drone são combinados com o receptor GPS 
Alvané (2014) apresenta que o sistema de navegação de um drone, consiste num suporte 
de hardware e software, sendo o seu principal objetivo, guiar os drones por trajetórias 
previamente introduzidas, ou navegar através de WP (Waypoint), sendo que um sistema de 
navegação autônomo funcional deverá ter a capacidade de controlo do drone em todas as suas 
etapas: controle de altitude; controle de velocidade; decolagem e aterrisagem automática; 
26 
 
controle de ângulo de pitch; controle de ângulo de roll; coordenação de rotação; e, controle de 
direção. 
3.3.6 Barômetro 
Outro componente necessário para que o drone possa executar o serviço pelo qual está 
sendo proposto, é o barômetro. Esse componente é responsável por pressentir a mudança 
climática de maneira eficaz, indicando ao piloto do drone se será possível continuar o voo 
programado, ou se será melhor o retorno à base e garantir os cuidados ao equipamento. 
Segundo Demolinari (2016), [...] “sensores como altímetros, barômetros e ultrassom são 
ferramentas bastante utilizadas por serem de preços relativamente baixos e de respostas com 
considerável precisão até em ambientes fechados”. 
3.3.7 Gimbal 
Durante os percursos no qual o drone percorre, é normal que tenha trepidação por conta 
da motorização ocasionando em acelerações e desacelerações e, de acordo com o serviço que 
está sendo praticado, pode-se obter imagens trêmulas ou sem foco. O gimbal é o acessório para 
o drone que permite que a câmera fique estável durante a utilização do equipamento. 
Segundo o manual do Phantom 3 da DJI (2015), “o gimbal de 3 eixos oferece uma 
plataforma estável para a câmera conectada, permitindo capturar imagens e vídeo estabilizados. 
O gimbal pode inclinar a câmera em até 120 graus.” É apresentado ainda pela fabricante que, o 
gimbal pode ser operado em diferentes modos, através do aplicativo DJI Pilot. 
3.4 Principais modelos de drones 
Segundo a ANAC (2017), os drones que são utilizados com fins comerciais, 
corporativos ou experimentais têm suas categorias divididas em: Classe I (acima de 150 kg); 
Classe II (acima de 25 kg e abaixo ou igual a 150 kg); Classe III (abaixo ou igual a 25 kg). 
Os drones podem ser diferenciados por dois tipos: asa fixa ou rotativa. Os drones de asa 
fixa tem o fator aerodinâmico em favorecimento, pois utilizam asas similares as dos aviões, 
obtendo maior sustentação e, fazendo com que a rentabilidade de energia seja maximizada. 
Os drones de asa rotativa, são classificados como multirotores. Estes, mais populares, 
são capazes de voar em alturas mais baixas e mais lentamente, além de possuírem maior 
facilidade para operação. 
27 
 
3.4.1 Multirotor 
De acordo com Jorge & Inamasu (2014), “o veículo aéreo não tripulado do tipo 
multirotor é uma plataforma aérea com sofisticada eletrônica embarcada que permite 
transportar diferentes sistemas de captura de imagens”. Os autores apresentam ainda que, pelo 
fato dos multirotores possuírem um tamanho compacto, facilidade de operação, segurança e 
custo operacional reduzido, tornam essa classe a mais interessante. 
Os multirotores oferecem um conjunto de vantagens tecnológicas que otimizam sua 
performance, tais como: Estabilização autônoma das atitudes em voo da plataforma 
obtido pelo acionamento direto de quatro ou mais hélices e sistema de controle 
embarcado; Pouso e decolagem vertical (VTOL) permitindo uso em espaço restrito, 
necessitando apenas 1m² de área; Possibilidade de programação de voo estacionário 
ou avanço em alta velocidade até pontos predeterminados (coordenadas geográficas), 
por computador; Comando de retorno autônomo para a base operacional; Baixo peso 
da plataforma e alto potencial de carregamento (sensores e câmeras embarcados); 
Possibilidade de uso de câmeras especiais, como infravermelho (FLIR) e de alta 
resolução (HD) de foto e vídeo; Estação Base (em terra) com integração de dados de 
voo, captura de imagem e cartografia; Alta capacidade de customização para 
diferentes aplicações. (JORGE & INAMASU, 2014). 
Um drone multirotor pode conter diferentes quantidades de hélices. Disponíveis no 
mercado, existem os drones tricopteros, quadricopteros, hexacopteros, octocopteros, onde, 
respectivamente, apresentam três, quatro, seis e oito hélices em sua motorização, como 
apresentado na Figura 3. 
Figura 3: Tipos de drones de acordo com o número de hélices. 
 
Fonte: Adaptado de LOPES, 2017. 
O tricoptero é o modelo com menor quantidade de aparições em aplicações 
profissionais. A Drone Central (2015) mostra que, essa modelo tem seu uso, geralmente, para 
práticas de lazer, por hobby, como o modelo HJ-Y3 exibido na Figura 4. A empresa DJI realiza 
28 
 
a comercialização de kits populares com componentes separados para que os praticantes possam 
construir seus drones do zero. 
Figura 4: Drone tricoptero HJ-Y3 construído com componentes unitários. 
 
Fonte: Fun Tech, 2018. 
Entretanto, como apurado no site Doctor Drone (2015), um drone tricoptero anfíbio já 
é produzido pela Rapid Composites. Este foi denominado Bullray (Figura 5), que teve seu 
desenvolvimento e construção adequados para o mercado militar, de segurança pública e 
mercado comercial. Este drone é a prova d’água, capaz de realizar decolagens e pousos em 
superfícies de água. 
Figura 5: Drone Bullray, produzido pela Rapid Composites. 
 
Fonte: Doctor Drone, 2015. 
29 
 
Os drones quadricopteros (Figura 6) possuem quatro hélices, são os mais conhecidos 
popularmente e utilizados para diversas aplicações. Os quadricopteros são movidos, 
geralmente, por quatro motores, sendo que dois destes giram em sentido horário e, os outros 
dois, no sentido anti-horário. Os quadricopteros contém uma grande variedade de modelos, 
tamanhos e preços. 
Segundo o estudo de Agrawal & Shrivastav (2015), o quadricoptero (também chamado 
de quadrotor) têm os quatro motores montados em simetria, com cadabraço estando a 90 graus 
de distância. Os autores destacam que, a configuração do quadricoptero é o tipo que contém 
maior popularidade pelo fato de ser estável, simples e fácil de compreender. 
Entre os drones quadricopteros, existem alguns modelos concorrentes. A escolha do 
melhor modelo varia de acordo com qual a prática aplicada. A marca DJI é a que comercializa 
os modelos mais populares: Phantom, Spark e Mavic. 
Figura 6: Drone quadricoptero DJI Phantom 4 PRO. 
 
Fonte: DJI, 2018. 
Outro modelo destaque dos multirotores quadricopteros é o AR Drone 2.0 Power 
Edition, produzido pela Parrot. Este modelo demonstrado na Figura 7, em estética, apresenta-
se ser um pouco diferente dos tradicionais, pois uma possui alças ao redor de suas hélices para 
proteção das mesmas, porém, não causa interferência em seu desempenho. Entretanto, a Parrot, 
além do AR Drone, também apresenta outros modelos, como o Bebop e Mambo. 
 
30 
 
Figura 7: Drone quadricoptero Parrot AR Drone 2.0 Power Edition. 
 
Fonte: Parrot, 2018. 
Pegoraro & Philips (2011), apresentam o drone MD4 – 1000 da marca Microdrone que, 
como mostrou-se no estudo, este quadricoptero realizou imagens aéreas obtidas com o uso de 
geosensores onde, posteriormente, foi aplicado no cadastro territorial. No site da própria 
fabricante Microdrones (2018), aponta que, dentre as atividades nas quais foram pensadas, uma 
função do drone para execução, é justamente a de documentação de terra. 
Os outros dois modelos de drones multirotores são os de seis e oito hélices, ambos são 
utilizados profissionalmente, por possuírem maior estabilidade, capacidade de carga e 
autonomia, como o hexacoptero DJI Spreading Wings S900 (Figura 8) e octocoptero Spreading 
Wings S1000 (Figura 9). Segundo publicado no site Drone Central (2015), o drone de oito 
hélices é o utilizado pela National Geographic, pois é capaz de suportar até 13 kg, podendo 
voar e carregar o peso de uma câmera cinematográfica. 
Figura 8: Drone hexacoptero DJI Spreading Wings S900. 
 
Fonte: DJI, 2018. 
Os drones com seis e oito hélices, são os considerados profissionais e são empregados, 
geralmente, no mercado da aerofotogrametria e, como dito anteriormente, na cinematografia. 
31 
 
Como apresentado no próprio site da DJI (2018), uma aplicação para o drone octocoptero é no 
ramo da agricultura. A DJI apresenta o modelo AGRAS MG-1, que é preparado para a aplicação 
de pesticidas. Segundo a indústria, este drone é capaz de carregar até 10 kg de líquido e pode 
realizar o serviço em apenas 10 minutos, cobrindo uma área de 4.000 a 6.000 m². 
Figura 9: Drone octocopero DJI Spreading Wings S1000. 
 
Fonte: DJI, 2018. 
3.4.2 Asa fixa 
Os drones de asa fixa assemelham-se, esteticamente, aos aviões. São utilizados com 
finalidades específicas, pois seu custo é elevado, assim como seu desempenho. Como 
apresentado no site Doctor Drone (2016) um multirotor precisa de, no mínimo, três motores 
para garantir seu funcionamento enquanto voa. Diferentemente do drone de asa fixa, no qual 
precisa apenas de um único motor, resultando em economia de bateria e, desta forma, ficando 
mais tempo no ar, podendo realizar o serviço em uma área maior. 
Figura 10: General Atomics MQ-1 Predator. 
 
Fonte: Gielow, 2017. 
32 
 
Um drone de asa fixa conhecido mundialmente é o General Atomics MQ-1 Predator, 
apresentado anteriormente na Figura 10, que foi utilizado pelas Forças Aéreas dos EUA e pela 
CIA (Central Intelligence Agency). Segundo Gielow (2017), o Predator entrou em operação 
em 1995, onde fez o reconhecimento visual na Bósnia. 
Em 2001 foi testado pelo militarismo americano como arma ofensiva e, em 2002, 
estreou no Afeganistão. O Predator tem uma autonomia de 14h de voo e retorno à base. Pode 
percorrer uma distância de até 740 km nesse tempo. Deixou de ser utilizado pelos EUA, após 
22 anos. 
Neto (2017), destaca a respeito desses modelos de drone, que: 
Com as aeronaves do tipo asa fixa não é possível parar em cima de um objeto por 
exemplo, o que acaba limitando a sua utilização para este fim. Porém, neste mercado 
também há a necessidade de verificar as faixas de servidão, que nada mais é que o 
monitoramento das linhas para verificar se a vegetação está invadindo as linhas, nestes 
casos é recomendado o uso de uma asa fixa devido às grandes extensões de áreas. 
 
Figura 11: Drone Parrot Disco - PRO AG. 
 
Fonte: Parrot, 2018. 
Outro modelo de drone com asa fixa é o Parrot Disco-Pro AG, apresentado na Figura 
11. Segundo o próprio site da fabricante Parrot (2018), este drone é capaz de cobrir uma área 
de 80 hectares voando a 120 metros de altura. Sua publicidade é feita inteiramente para as 
práticas no ramo da agricultura. 
Para obter uma base média dos preços dos drones de acordo com sua classificação, 
apresenta-se a Tabela 1 a seguir. 
 
33 
 
Tabela 1: Caracterização dos drones e preços médios de cada modelo. 
MODELO 
FABRI-
CANTE 
NÚMERO 
DE HÉLICES 
CLASSIFI-
CAÇÃO 
PREÇO MÉDIO (2018) 
EM DÓLAR (US$) 
Trifecta Quanum 03 Tricoptero 80,42 
Spark DJI 04 Quadricoptero 549,00 
AR Drone 2.0 Parrot 04 Quadricoptero 636,00 
Phantom 3 Advanced DJI 04 Quadricoptero 695,00 
Mavic Air DJI 04 Quadricoptero 1.088,00 
Phantom 4 PRO DJI 04 Quadricoptero 1.599,00 
Spreading Wings S900 DJI 06 Hexacoptero 3.189,00 
Disco PRO-AG Parrot 01 Asa fixa 4.800,00 
Spreading Wings S1000 DJI 08 Octocoptero 4.834,00 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. 
Os modelos apresentados na Tabela 1 são aqueles descritos anteriormente, entretanto, 
outros modelos foram colocados para que se possa apresentar a diferença entre os preços dos 
drones, de acordo com sua classificação. 
3.5 Principais softwares utilizados com drones 
Os principais softwares (ou aplicativos) utilizados com drones se subdividem em dois 
tipos: aplicativos para automatização e planejamento de voos; aplicativos para processamento 
de imagens obtidas pelos drones. A seguir é apresentada a descrição dos principais softwares 
utilizados. 
3.5.1 Agisoft PhotoScan 
O software PhotoScan é capaz de fazer triangulação fotogramétrica processando vários 
tipos de imagens com calibração automática de quadros. Assim edita e classifica nuvens de 
pontos densos obtendo resultados precisos, capaz de fazer uma exportação ortomosaica 
georreferenciada. 
O programa possui ainda, ferramentas embutidas com capacidade de executar medições 
de distâncias, áreas e volumes, processando também imagens multiespectrais, com costura 
panorâmica e modelando as imagens em 3D com imagens texturizadas e 4D para modelagem 
de cenas dinâmicas. 
34 
 
3.5.2 DJI FlightHub 
Um software desenvolvido pela DJI com intuito de automatizar a execução usando a 
tecnologia de controle de voo, permitindo informações em tempo real com dados de voo, 
podendo ser realizada através de uma transmissão ao vivo, possibilitando que a pilotagem seja 
executada de forma segura, não gerando riscos. 
Essa plataforma foi desenvolvida sob medida para os equipamentos da DJI, ela tem a 
capacidade de operar simultaneamente o software enquanto o drone ainda estiver sobrevoando 
a área de estudo, tendo acesso a dados reais e instantâneos. Dados como coordenadas 
geográficas, tempo de voo, altitude, velocidade, entre outros. Assim, tendo um controle total de 
sua operação. 
3.5.3 DroneDeploy 
Dentre os principais softwares para a realização do mapeamento de voos, um dos mais 
populares é o DroneDeploy. Esta plataforma conta com um aplicativo capaz de criar mapas 
precisos e de alta resolução, relatórios e modelos 3D, tal como mapas em tempo real em 2D, 
para uma análise no próprio local em que o voo está sendo realizado. 
Entretanto, este software é disponibilizado apenas para drones produzidos pela 
fabricante DJI. Mas como apurado pela Drone Central (2015), a DroneDeploy criou uma 
ferramenta chamada Map Engine, onde é disponibilizada para qualquer proprietário dedrone 
para criar mapas e modelos 3D, fazendo apenas o upload de seus dados no software. 
3.5.4 Menci Software 
A Menci Software é uma empresa de origem italiana, líder europeia na produção de 
softwares para fotogrametria. A principal representativa neste segmento da marca, é o APS 
Photogrammetric. Este programa é capaz de proporcionar alta precisão e capacidade de 
processamento dos dados obtidos pela execução de drones. O software é capaz de atender todas 
as classes de usuários. 
Este programa é capaz realizar o processamento de imagens aéreas com tamanhos 
variando em mapas 2D e 3D, podendo atingir centímetros de precisão. Este software é dividido 
em quatro extensões, StereoCAD, Ferramentas de Terreno, APS Check e OPK, para aplicar o 
uso diretamente na ferramenta que melhor proporcionar o desempenho. 
35 
 
3.5.5 Microsoft ICE 
O Microsoft Image Composite Editor (ICE) é um software gratuito, capaz de criar 
imagens panorâmicas. Após a inserção das imagens no programa, o mesmo reconhece as 
imagens e utiliza uma série de mecanismos para que as fotos se unam e fiquem sincronizadas, 
de acordo com a realidade. 
O Microsoft ICE, apresenta ser um software intermediário, não tendo as funções 
profissionais como nos softwares apresentados anteriormente. Todavia, é um programa gratuito 
e de livre acesso. Se o objetivo for obter panorâmicas através de um programa sem 
complicações, o Microsoft ICE se mostra ideal. No próprio site da Microsoft (2018), o 
download do programa é disponibilizado para interessados. 
3.5.6 Pix4d 
Pix4Dmapper 
Este software processa imagens de diversos ângulos extraindo quadros estáticos de 
vídeo para assim, criar um projeto que o torna excelente com fotogrametria para mapeamento. 
Com sua configuração ele detecta e visualiza pontos de controle no solo georreferenciando 
assim os pontos visualizados. 
Contudo esse software tem alta capacidade de processamento das imagens capturadas 
pelo drone obtendo bons resultados em seu mapeamento. 
Pix4Dmodel 
Este software permite realizar a modelagem em 3D das imagens geradas através dos 
drones. Com o uso dele é possível conseguir inserir suposições de texturas sobre as imagens, 
indicando, por exemplo, diferentes tipos de solos. O software permite ainda, calcular distâncias 
e áreas de superfície das imagens geradas com os drones. 
3.5.7 SisCob 
Como a própria Embrapa (2018) define, “O Siscob é um software para análise da 
cobertura sobre o solo. As imagens adquiridas são classificadas, possibilitando a quantificação 
de alterações e geração de mapas temáticos.” 
Suas aplicações principais são realizadas em análise de imagens aéreas com o objetivo 
de determinar zonas diferenciadas, estimativa de produção agrícola e, avaliação especializada 
da propriedade. Uma grande vantagem deste software é o fato de conter sua licença gratuita. 
36 
 
O software, focado principalmente no ramo da agricultura, utiliza técnicas avançadas 
para realizar o processamento, obtendo análises rápidas e precisas. Através deste programa, 
podem ser analisadas imagens terrestres e aéreas orbitais visando diferentes aplicações. 
3.5.8 SkyDrones 
A SkyDrones desenvolveu e lançou em 2016 um software que automatiza e auxilia o 
drone em seu voo, proporcionando ao operador um maior controle do seu planejamento de voo. 
O software possui características diversas com configurações amplas para ser ajustado 
adequadamente, essas configurações abrangem o ângulo da câmera, selecionando a 
sobreposição tanto lateral quanto frontal, é estipulada a velocidade em que o drone fará o voo 
variando entre 4,0 e 6,0 m.s-1. Pode-se alterar o modo de captura e regular o homepoint, que 
seria o local de decolagem. 
3.5.9 Trimble Inpho 
A Trimble é a empresa na qual comercializa o grupo software Inpho, que foi separado 
em categorias de softwares, de acordo com a aplicação que será realizada. O Inpho é capaz de 
realizar georreferenciamento, captura geográfica e modelagem geográfica. Segundo o próprio 
site da empresa, o software possui técnicas de fotogrametria e sensoriamento remoto de última 
geração. 
Segundo a própria Trimble (2018), o Inpho foi projetado para que as imagens geradas 
por drones, pudessem ser transformadas de maneira precisa, através dos recursos 3D oferecidos 
pelo software, em mosaicos ortomosaicos georreferenciados. 
Para cada aplicação, existe um tipo de software. Se o objetivo da aplicação for realizar 
através da captura geográfica, pontos densos para mapeamento, o software do grupo Inpho que 
melhor se encaixa para essa execução é o MATCH-T DSM. 
Entretanto, outro software que conseguiria realizar a mesma atividade é o Summit 
Evolution, sendo que este ainda é capaz de gerar arquivos compatíveis com ArcGIS, AutoCAD, 
Global Mapper ou MicroStation. 
Existem ainda, no grupo Inpho, outros softwares para diferentes práticas, no qual, são 
eles, DTMaster, SCOP++, Building Generator and Building Add-on, OrthoMaster, OrthoVista, 
e o MATCH-AT. 
Com intuito de demonstrar os preços médios dos softwares de acordo com as suas 
funcionalidades mencionadas anteriormente, apresenta-se a Tabela 2 na página seguinte. 
 
37 
 
Tabela 2: Preço e utilidade de plataformas de softwares. 
NOME DO SOFTWARE FABRICANTE UTILIDADE 
PREÇO MÉDIO 
(2018) EM DÓLAR 
(US$) 
DroneDeploy Business DroneDeploy 
Processamento de 
imagens 
3.000,00/ano 
DroneDeploy Pro DroneDeploy 
Planejamento e 
automatização do 
voo 
996,00/ano 
FlightHub Advanced DJI 
Planejamento e 
automatização do 
voo 
2.999,00/ano 
FlightHub Basic DJI 
Planejamento e 
automatização do 
voo 
999,00/ano 
Menci Software Aps Menci Software 
Processamento de 
imagens 
4.111,44/ano 
Menci Software 
StereoCAD 
Menci Software 
Processamento de 
imagens 
3.426,12/ano 
Menci Software Terrain 
Tools 
Menci Software 
Processamento de 
imagens 
2.055,72/ano 
PhotoScan Professional 
Edition 
Agisoft 
Processamento de 
imagens 
3.499,00/versão 
PhotoScan Standard 
Edition 
Agisoft 
Processamento de 
imagens 
179,00/versão 
Pix4Dmapper Pix4D 
Processamento de 
imagens 
3.504,00/ano 
Pix4Dmodel Pix4D 
Processamento de 
imagens 
504,00/ano 
Microsoft ICE Microsoft 
Processamento de 
imagens 
* 
SisCob Embrapa 
Processamento de 
imagens 
* 
SkyDrones app SkyDrones 
Planejamento e 
automatização do 
voo 
* 
Inpho Trimble 
Processamento de 
imagens 
** 
* Gratuito; 
** Necessita de orçamento. 
Fonte: Elaborada pelos autores, 2018. 
 
38 
 
De acordo com as informações apresentadas na Tabela 2, pode-se observar que o custo 
médio para software de processamento de imagens é de US$ 2.534,91 e para planejamento e 
automatização de voos é de US$ 1.664,66. 
O software que realiza processamento de imagens e representa o maior custo é o Menci 
Software APS, que é capaz de realizar Mosaico de Ortofoto, Modelo Digital de Superfície e 
Modelo Digital do Terreno, que são os três principais produtos oferecidos por softwares 
disponíveis no mercado. 
Assim, foi possível observar que existem softwares que processam as imagens como o 
Microsoft ICE por exemplo, mas que não é capaz de realizar bases cartográficas, ou seja, é um 
software com capacidade apenas de editar as imagens capturadas por drones de forma simples. 
Há softwares que realizam também o processamento de imagens, porém não 
disponibilizam esses três produtos em sua plataforma de uso, como por exemplo o PhotoScan 
Standard Edition, tornando o seu custo mais acessível. Em contrapartida, o PhotoScan 
Professional Edition, produzido pelo mesmo fabricante, permite maiores aplicações para o 
processamento das imagens, no entanto, com um custo mais elevado. 
Entretanto, existem softwares gratuitos capazes de realizar o planejamento e 
automatização do voo, como o SkyDrones que é um software capaz de programar o voo, 
determinando os pontos de captura de imagens necessários, a velocidade no qual o drone irá 
percorrero trajeto pré-determinado e realizando a sua decolagem de maneira automática, assim 
como o seu retorno ao ponto de partida. 
3.6 Principais áreas de aplicações para drones 
As principais aplicações mencionadas na literatura sobre a utilização de drones, foram 
encontradas nas seguintes áreas: agricultura, jornalismo e comunicação, segurança e estudos 
ambientais. 
A Tabela 3 apresentada na sequência expõe os autores referente à revisão da literatura, 
separados por suas aplicações. Os estudos dos autores a seguir serão apresentados como 
resultado deste trabalho. 
 
39 
 
Tabela 3: Principais aplicações do uso de drones. 
ASSUNTO QUANTIDADE DE AUTORES AUTORES 
Agricultura 06 
Pacheco & Da Silva (2014); Marchioni & Trevisan (2017); Otake (2017); Nunes & Lopes 
(2016); Jesus et al. (2015); Jorge & Inamasu (2014). 
Jornalismo e comunicação 05 
Pase & Goss (2013); Simões et al. (2016); Chinea & Abreu (2015); Hongkeun (2015); 
Camacho & Lavín (2016). 
Segurança 10 
Nunes (2017); Andrade et al. (2013); Cezne et al. (2016); Cardoso (2015); Nascimento et 
al. (2018); Chaves (2013); Peron (2016); Mauricio et al. (2016); Da Silva & Dutra (2015); 
Lemos et al. (2014). 
Estudos ambientais 18 
Faria & Costa (2015); Xavier (2013); Lozano et al. (2016); Araújo et al. (2017); Cândido 
et al. (2015); Felix et al. (2017); Brasil (2012); Hoerlle et al. (2015); Machado et al. 
(2017); Neto & Coelho (2018); Junior (2017); Pegoraro & Philips (2011); De Sousa 
(2017); Chaves et al. (2015); Borges et al. (2017); Longhitano (2010); Silva (2013); Silva 
et al. (2017). 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. 
 
40 
 
3.7 Legislação brasileira aplicada a drones 
As normas e leis existentes abordam as regras gerais para aeronaves não tripuladas, onde 
se estabelece condições operacionais no Brasil. O principal regulamento para o uso de drones 
é o RBAC-E nº 94 da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que cita de maneira 
detalhada, quais os principais requisitos sobre VANTS para o uso civil. A documentação 
necessária para colocar o equipamento em voo, são apresentados pela ANATEL, ANAC e 
DECEA. É necessário ainda que o equipamento contenha seguro e que seja realizada uma 
avaliação de risco operacional, designando diretrizes de voo. 
Recentemente a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – regulamentou através 
da Resolução nº 419, de 2 de maio de 2017, os Requisitos Gerais para Aeronaves Não 
Tripuladas de Uso Civil. Esse regulamento se aplica justamente às aeronaves como os VANTS: 
aeronaves não tripuladas de uso civil, capazes de se auto sustentar ou circular no espaço aéreo 
na prática de reações aerodinâmicas. Essa regulamentação é explicitada através do RBAC-E nº 
94, que apresenta as diretrizes e requisitos de uma forma a mostrar quais os deveres de quem 
adquiri uma aeronave dessa e também seus direitos, até mesmo limites e dados como, VANTS 
de até 25 kg e maiores que 250 gramas seu voo não pode ultrapassar os 120 metros de altura. 
O cadastro no Sistema de Aeronaves não Tripuladas (SISANT) é obrigatório 
para aeronaves não tripuladas, de uso recreativo (aeromodelo) ou não recreativo 
(RPA), com peso máximo de decolagem superior a 250g e limitado a 25kg e que não 
voará além da linha de visada visual (BVLOS) ou acima de 400 pés (120 metros) 
acima do nível do solo (AGL). Deve ser feito 1 (um) cadastro por aeronave e cada 
equipamento deve estar vinculado a uma pessoa ou empresa no Brasil, que será a 
responsável legal pela aeronave (ANAC, 2017). 
O ICA 100-40 que trata sobre os sistemas de aeronaves remotamente pilotadas e o 
acesso ao espaço aérea brasileiro, mostra de forma clara quais as disposições necessárias como, 
qual a finalidade de se realizar o voo, quais as intenções. Procura também apresentar 
abreviaturas e definições sobre as nomenclaturas relacionadas ao sistema, mostra os deveres e 
direitos de se utilizar do espaço aéreo brasileiro e suas premissas básicas. 
Apresenta juntamente com todas essas informações as certificações necessárias, 
registros e toda documentação para que se possa obter a autorização de voo. E todos esses dados 
apresentados pelo ICA 100-40 tem como base a lei 7.656/86 que dispões sobre o Código 
Brasileiro de Aeronáutica. Essa autorização de voo deve ser solicitada ao DECEA 
(Departamento de Controle do Espaço Aéreo), que é o órgão responsável por emitir essa 
solicitação, isso pode ser realizado de maneira fácil e rápida online. 
41 
 
O seguro RETA (Responsabilidade Civil do Explorador ou Transportador Aéreo), é um 
seguro obrigatório que toda e qualquer aeronave deve ter, independentemente de sua atividade 
ou operação para garantir a proteção de suas bagagens e passageiros, podendo também 
assegurar que caso a aeronave sofra danos possa estar amparada pelo seguro. Esse seguro é 
fiscalizado pela ANAC, podendo ser feito em qualquer corretora especializada em seguros 
aeronáuticos. 
Quando essas diretrizes não forem obedecidas, ou os drones forem utilizados de maneira 
errônea, existem enquadramentos nos quais podem gerar penalidades para os responsabilizados. 
Como previsto no Código Penal (Lei nº 2848/1940), no Artigo 132, “expor a vida ou saúde de 
outrem a perigo direto e iminente”, e no Artigo 261, “expor a perigo embarcação ou aeronave, 
própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, 
fluvial ou aérea [...].” 
Outra Lei que realiza esses enquadramentos e tipificações é a nº 3688 de 1941 na qual, 
o Artigo 33 indaga que “dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado” e no Artigo 35 que 
diz “entregar-se à prática da aviação fora de zona em que a Lei o permita.” 
Entretanto, praticar o voo com os drones sem que essas diretrizes sejam respeitadas, 
podem trazer consequências severas, seja para o contratante do serviço ou para a empresa ou 
operador que esteja prestando o serviço com o drone. Entre as principais sanções, se destacam: 
pagamentos de multas que podem chegar a R$ 30.000,00; apreensão do equipamento; cassação 
de licenças; processo criminal (neste caso, crime contra o espaço aéreo); prisão do operador do 
equipamento. 
 
 
42 
 
4 METODOLOGIA 
Como bem nos assegura Oliveira (2004, p. 117), pode-se dizer que pesquisa é a prática 
de buscar novos conhecimentos através de questionamentos que envolvam o meio onde o ser 
humano vive e, tudo a sua volta. Nesse contexto, fica-se claro que é através da pesquisa que se 
pode adquirir os resultados daquilo que se procura. O mais preocupante, contudo, é constatar 
que a pesquisa deve ser realizada com conhecimentos metodológicos, dificultando esse 
processo. 
Segundo Marconi & Lakatos (2003, p. 160) “Estudo descritivo, de caráter informativo, 
explicativo ou preditivo” tem como natureza a caracterização de problemas de estudos 
acadêmicos. Para Oliveira (2004, p. 134), “Ênfase dada à descoberta de práticas ou diretrizes 
que precisam modificar-se e na elaboração de alternativas que possam ser substituídas.”, assim 
a classificação é caracterizada como exploratória. 
Como verificado por Gil (2008, p. 175), a análise dos dados em pesquisas bibliográficas 
se caracteriza predominantemente por ser uma análise qualitativa, pois tem uma grande 
dependência da capacidade de entendimento do pesquisador, já que não se baseia em dados 
métricos estatísticos de pesquisas com propriedades quantitativas. 
Conforme citado acima, esta revisão apresenta propriedade qualitativa através do 
entendimento de conteúdos analisados relacionados ao tema. Como conceito para a coleta de 
dados, um fator importante para esse procedimento é o levantamento bibliográfico que é 
baseado em fontes diversas, sendo assim identificada as utilizadas para a realização deste 
trabalho. 
O método utilizado para a realização deste trabalho é o da revisão bibliográfica 
narrativa, empregando uma análise qualitativa dos dados coletados. A revisão bibliográfica 
narrativa consisteem uma maneira simples para abordar um determinado assunto. A seleção 
das fontes de informações e da interpretação fica sujeita a interpretação total dos autores. 
Sendo assim, o procedimento de coleta de dados, tem como fonte de suas informações 
e dados os trabalhos acadêmicos, estudos científicos, revistas, livros, sites e periódicos. 
Estabeleceu-se para a realização deste trabalho, a sequência a ser efetuada em basicamente 
cinco itens: formulação da questão de pesquisa; buscas na literatura; verificação dos estudos 
inclusos na revisão; interpretação dos resultados; e por fim, apresentação da revisão. 
• Formulação da questão de pesquisa: o trabalho iniciou-se definindo o tema 
revisado. Após a identificação do assunto tratado, estabeleceu-se perguntas para a 
43 
 
pesquisa, como: Quais as principais aplicações de drones? Quais os usos 
pertinentes de drones para os estudos ambientais? 
• Busca na literatura: considerou-se palavras chave para busca de artigos em meios 
eletrônicos. Essa busca se efetuou em determinados sites especializados em artigos 
científicos e de livros relacionados ao assunto determinado e descrito a seguir. 
• Verificação dos estudos inclusos na revisão: após realizar essa busca relacionada 
ao tema escolhido, verificou-se se atendem aos critérios estabelecidos e, assim, 
mantendo no trabalho apenas os artigos que atenderam aos critérios determinados 
para a verificação. 
• Interpretação dos resultados: de acordo com a verificação realizada, apurou-se as 
diferentes aplicações dos drones nos trabalhos e pesquisas levantados. Com estes 
resultados obtidos, apresenta-se as aplicações referentes aos setores mencionados, 
com ênfase nos estudos ambientais. 
• Apresentação da revisão: após ter a base de trabalho definida, cria-se, portanto, a 
síntese do conhecimento que nada mais é que, um resumo dos destaques disponíveis 
apresentadas através de um documento que descreva esta revisão. 
Adotou-se alguns critérios para realizar as buscas. O assunto definiu-se como sendo 
“drones em estudos ambientais”. Para a pesquisa, utilizou-se palavras-chave como: drones, 
monitoramento ambiental, agricultura, segurança, jornalismo, comunicação e legislação. 
Outro critério empregado, foi a data de publicação, que se fixou de acordo com 
disponibilização nos meios eletrônicos sendo originária do ano de 2010 a 2018 para os artigos 
relacionados ao tema, tendo um intervalo de tempo de 8 anos devido ao fato do 
desenvolvimento e crescimento acelerado desta tecnologia. A bibliografia utilizada para 
elaboração de conceitos e critérios relacionados a estrutura desta revisão, não teve determinação 
de data limite. 
A busca dos artigos relacionados ao tema, no entanto, realizou-se através de sites de 
pesquisa acadêmica e de trabalhos científicos, como Google Acadêmico, SciELO, CAPES, 
LILACS e ResearchGate, assim como também ocorreu uma pesquisa na literatura impressa, 
tanto no assunto relacionado aos usos de drones em estudos ambientais quanto na realização da 
metodologia e do desenvolvimento do trabalho. Pelo fato de o assunto ser uma tecnologia em 
ascensão, as pesquisas realizaram-se também em sites de notícias. 
44 
 
Como último critério, adotou-se a aplicação do estudo, que se refere ao que será tratado 
especificamente dentro do assunto, que se teve como foco os artigos e notícias de acordo com 
as palavras-chaves utilizadas. 
A seleção concretizou-se verificando se havia a integração entre os assuntos nos quais 
busca-se realizar na revisão bibliográfica. Se os que foram escolhidos não atenderam aos 
critérios adotados citados anteriormente, eles foram excluídos do trabalho. A Figura 12 na 
sequência, expressa toda a metodologia aplicada para a realização deste trabalho, em forma de 
um fluxograma. 
Figura 12: Fluxograma ilustrativo da metodologia utilizada para a execução da revisão. 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. 
45 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Para a realização deste trabalho, procurou-se conhecer e posteriormente apresentar, a 
aplicabilidade dos drones em diversos segmentos, principalmente aqueles que demonstraram 
sua maior inserção desde o início de sua utilização. 
Apresenta-se a seguir, os estudos selecionados e relacionados a área ambiental, que é 
tida como ênfase deste trabalho. Sequencialmente, é exibida uma visão geral da aplicação do 
uso de drones nas diversas áreas em que se encontrou resultados relacionados ao mesmo. 
5.1 Resultados para o uso de drones em estudos ambientais 
Os estudos apresentados a seguir foram inclusos de acordo com a metodologia proposta 
neste trabalho e, seguindo as diretrizes expressas no mesmo, essas pesquisas apontam 
determinados resultados que são discutidos nesta revisão de forma a apresentar os proveitos 
que obtiveram utilizando essa ferramenta e as dificuldades que experienciaram. 
Diversos trabalhos na área ambiental nos últimos tempos vinham adotando e sendo 
aprimorados diversas ferramentas em suas metodologias, que auxiliavam na resolução dos 
problemas encontrados nessa área, tal como afirma Neto & Coelho (2018). Dentre os que foram 
revisados e que compõem este trabalho, estes também apresentam os drones como ferramenta 
de auxílio. 
Portanto, nesse capítulo contém interações entre os pontos positivos e negativos que os 
diversos autores apresentam, expondo os desafios e benefícios da utilização do drone como 
ferramenta em suas atividades. Para facilitar o entendimento e simplificar a visualização dos 
pontos de interação entre eles, apresenta-se a seguir a Tabela 4 com os autores de cada estudo 
de forma a auxiliar na apresentação dos resultados desta revisão. 
46 
 
Tabela 4: Principais informações dos estudos inclusos, para a realização da revisão. 
AUTORES TÍTULO DO ESTUDO LOCAL ÁREA INSTITUIÇÃO PERIÓDICO CATEGORIA ANO 
ORIGEM DA 
BUSCA 
Faria & 
Costa 
A inserção dos Veículos 
Aéreos Não Tripuláveis 
(drones) como tecnologia 
de monitoramento no 
combate ao dano ambiental 
Santa 
Catarina, 
(Brasil) 
Monitoramento 
ambiental 
ACORS – 
Associação de 
Oficiais 
Militares de 
Santa Catarina 
Revista Ordem 
Pública 
Artigo 2015 
Google 
Acadêmico 
Xavier 
A utilização do VANT em 
levantamento ambientais 
Paraná, 
(Brasil) 
Análise de 
plataforma 
Universidade 
Federal do 
Paraná 
Acervo Digital - 
UFPR 
Monografia 2013 
Google 
Acadêmico 
Lozano et al. 
Drones: Nuevas 
aplicaciones geomáticas en 
el campo de las Ciências de 
la Tierra 
Salamanca, 
(Espanha) 
Fotogrametria 
Universidad de 
Salamanca 
IX Congreso 
Geológico de 
España 
Artigo 2016 ResearchGate 
Araújo et al. 
Estudo de uso de drones 
para monitoramento de 
barragens 
Minas 
Gerais, 
(Brasil) 
Monitoramento 
de 
infraestrutura 
UNIPAM – 
Centro 
Universitário de 
Patos de Minas 
Congresso 
Mineiro de 
Engenharia e 
Arquitetura 
Trabalho de 
evento 
2017 
Google 
Acadêmico 
Cândido et al. 
Imagens de Alta Resolução 
Espacial de Veículos 
Aéreos Não Tripulados 
(VANT) no Planejamento 
do Uso e Ocupação do Solo 
Mato 
Grosso, 
(Brasil) 
Planejamento 
ambiental 
UFMS – 
Universidade 
Federal do Mato 
Grosso do Sul 
Anuário do 
Instituto de 
Geociências - 
UFRJ 
Artigo 2015 
Google 
Acadêmico 
Felix et al. 
Mapeamento da cobertura 
vegetal a partir de imagens 
de alta resolução obtidas 
por VANT 
Minas 
Gerais, 
(Brasil) 
Monitoramento 
ambiental 
Instituto de 
Geociências - 
Unicamp 
I Congresso 
Nacional de 
Geografia 
Física 
Trabalho de 
evento 
2017 ResearchGate 
47 
Continuação da Tabela 4. 
AUTORES TÍTULO DO ESTUDO LOCAL ÁREA INSTITUIÇÃO PERIÓDICO CATEGORIA ANO 
ORIGEM DA 
BUSCA 
Brasil 
Monitoramento ambiental 
com a utilização de 
Veículos Aéreos Não 
Tripulados (VANTs) 
Paraná, 
(Brasil) 
Monitoramento 
ambiental 
Universidade 
Federal do 
Paraná 
Acervo Digital 
UFPR 
Dissertação 2012 
Google 
Acadêmico 
Hoerlleet al. 
Monitoramento de Áreas 
de Preservação Permanente 
através de ortofotos 
geradas por VANTs e 
Fotogrametria 
Rio Grande 
do Sul, 
(Brasil) 
Monitoramento 
e fotogrametria 
Universidade 
Federal do Rio 
Grande do Sul 
VI Congresso 
Brasileiro de 
Gestão 
Ambiental 
Trabalho de 
evento 
2015 ResearchGate 
Machado et 
al. 
Monitoramento de Áreas 
de Preservação Permanente 
no Córrego do Sabão no 
Município de Serra do 
Salitre/MG utilizando 
Veículo Aéreo Não 
Tripulado (VANT) e 
Técnicas de Sensoriamento 
Remoto e 
Geoprocessamento 
Minas 
Gerais, 
(Brasil) 
Monitoramento 
ambiental 
UNIPAM – 
Centro 
Universitário de 
Patos de Minas 
Congresso 
Mineiro de 
Engenharia e 
Arquitetura 
Trabalho de 
evento 
2017 
Google 
Acadêmico 
Neto & 
Coelho 
O uso de drones na 
fiscalização do processo de 
abastecimento de navios no 
porto de Santos 
São Paulo, 
(Brasil) 
Fiscalização 
Universidade do 
Sul de Santa 
Catarina 
Revista Gestão 
& 
Sustentabilidade 
Ambiental 
Artigo 2018 
Google 
Acadêmico 
Junior 
O uso de VANT no 
monitoramento ambiental: 
estudo de caso do rio 
M’Boicy 
Paraná, 
(Brasil) 
Monitoramento 
ambiental 
Universidade 
Federal da 
Integração 
Latino-
Americana 
Repositório 
Institucional 
UNILA 
Monografia 2017 
Google 
Acadêmico 
48 
Continuação da Tabela 4. 
AUTORES TÍTULO DO ESTUDO LOCAL ÁREA INSTITUIÇÃO PERIÓDICO CATEGORIA ANO 
ORIGEM DA 
BUSCA 
Pegoraro & 
Philips 
Quadrirotores/Microdrone 
como Portadores de 
Geosensores aplicados ao 
Cadastro Territorial 
Santa 
Catarina, 
(Brasil) 
Análise de 
plataforma 
UFSC – 
Universidade 
Federal de Santa 
Catarina 
XV Simpósio 
Brasileiro de 
Sensoriamento 
Remoto 
Artigo 2011 
Google 
Acadêmico 
De Sousa 
Sensoriamento Remoto 
com VANTs: uma nova 
possibilidade para a 
aquisição de 
geoinformações 
Vila Real, 
(Portugal) 
Sensoriamento 
remoto 
Universidade do 
Estado do Rio 
de Janeiro 
Revista 
Brasileira de 
Geomática 
Artigo 2017 
Google 
Acadêmico 
Chaves et al. 
Uso de VANTs e 
processamento digital de 
imagens para a 
quantificação de áreas de 
solo e de vegetação 
São Paulo, 
(Brasil) 
Análise e 
monitoramento 
ambiental 
USP – 
Universidade de 
São Paulo 
XVII Simpósio 
Brasileiro de 
Sensoriamento 
Remoto 
Artigo 2015 
Google 
Acadêmico 
Borges et al. 
Utilização de drones de 
pequeno porte como 
alternativa de baixo custo 
para caracterização 
topográfica da 
infraestrutura de 
transportes no Brasil 
Tocantins e 
Distrito 
Federal, 
(Brasil) 
Monitoramento 
de 
infraestrutura 
Departamento 
Nacional de 
Infraestrutura 
em Transportes 
DNIT 
XXVII 
Congresso 
Brasileiro de 
Cartografia 
Artigo 2017 
Google 
Acadêmico 
Longhitano 
VANTs para sensoriamento 
remoto: aplicabilidade na 
avaliação e monitoramento 
de impactos ambientais 
causados por acidentes com 
cargas perigosas 
São Paulo, 
(Brasil) 
Monitoramento 
ambiental 
Escola 
Politécnica da 
Universidade de 
São Paulo 
Biblioteca 
Digital USP 
Dissertação 2010 
Google 
Acadêmico 
 
49 
Continuação da Tabela 4. 
AUTORES TÍTULO DO ESTUDO LOCAL ÁREA INSTITUIÇÃO PERIÓDICO CATEGORIA ANO 
ORIGEM DA 
BUSCA 
Silva 
Veículos aéreos não 
tripulados: panorama atual 
e perspectivas para o 
monitoramento de 
atividade ilícitas na 
Amazônia 
Amazonas, 
(Brasil) 
Monitoramento 
e fiscalização 
CENSIPAM – 
Centro Gestor e 
Operacional do 
Sistema de 
Proteção da 
Amazônia 
XVI Simpósio 
Brasileiro de 
Sensoriamento 
Remoto 
Artigo 2013 
Google 
Acadêmico 
Silva et al. 
Zoneamento ecológico 
econômico através de 
geotecnologias como 
subsídio para gestão 
territorial na Vila de 
Algodoal, Maracanã – PA 
Pará, 
(Brasil) 
Planejamento e 
gestão 
ambiental 
Universidade 
Federal Rural da 
Amazônia 
Sociedade 
Brasileira de 
Cartografia, 
Geodésia, 
Fotogrametria e 
Sensoriamento 
Remoto 
Artigo 2017 
Google 
Acadêmico 
Fonte: Elaborado pelos autores, 2018. 
 
50 
 
Como já apresentado neste trabalho, quando se trata de meio ambiente, as ações 
atenuantes que uma atividade ou serviço devem compreender e abranger a problemática como 
um todo e, para isso, entra a utilização de drones e, como aponta Xavier (2013), esse 
equipamento faz com eficácia o levantamento de dados para uma melhor análise da situação, e 
assim, facilitando a tomada de decisão. 
Portanto, a inserção dos drones no mercado de aerolevantamento tem se mostrado cada 
vez mais promissor, devido a qualidade dos dados com que se pode obter através dessa 
ferramenta, como conclui Xavier (2013). 
Os estudos ambientais que foram pesquisados neste trabalho apresentam quais os 
benefícios de se aplicar o drone como ferramenta de auxílio, como é retratado por Faria & Costa 
(2015). A inserção dessa tecnologia no Batalhão da Polícia Militar Ambiental, visa colaborar 
no rastreio de danos ambientais através do monitoramento em determinadas áreas e regiões. 
O trabalho de Faria & Costa (2015) mostra a importância de a Polícia Militar Ambiental 
ter a seu dispor ferramentas e equipamentos tecnológicos que possam ajudar em suas atividades, 
para que seus serviços possam garantir principalmente a preservação do meio ambiente contra 
possíveis danos. 
Na busca pela preservação ambiental o drone tem se destacado pelas suas 
características, sendo sua utilização avaliada por Brasil (2012), que analisa três metodologias 
de aplicação de drones em monitoramento de Áreas de Preservação Permanente (APP). 
Brasil (2012) através de seu estudo busca concluir se realmente as qualidades das 
imagens geradas contribuem para o monitoramento e controle dessas áreas. Sua análise 
apresenta que a fotointerpretação é determinada como eficiente garantindo assim a qualidade e 
eficácia desse experimento. 
Logo, pode-se verificar que a utilização de drones para obtenção de imagens de alta 
qualidade é comprovada, e o uso dessas imagens começa a ser mais elaborado para que dessa 
forma possa ser mais proveitoso. Um exemplo disso é apresentado por Hoerlle et al. (2015), 
onde se utilizam imagens coletadas por drones por meio de técnicas como a de MDS (Modelos 
Digitais de Superfície), ortofotos e fotogrametria para criação do cenário de análise. Isso é o 
que auxilia o técnico a acompanhar a recuperação de uma APP. 
Esse monitoramento de APP em córregos tem obtido bons resultados com a utilização 
dessa tecnologia em suas análises, tanto quando se tem um melhor uso da imagem como 
mostrado anteriormente no estudo do Hoerlle et al. (2015), como também é apresentado por 
Machado et al. (2017), que expõe um diagnóstico ambiental através de imagens geradas por um 
drone, utilizando o modelo Phantom 4 comercializado pela fabricante DJI, onde o mesmo 
51 
 
utiliza técnicas de sensoriamento remoto juntamente com geoprocessamento, conseguindo 
atingir os resultados estabelecidos para o monitoramento da APP do córrego. 
A degradação de certos corpos hídricos pode ser identificada e monitorada por meio de 
dados obtidos por essa tecnologia. Junior (2017) afirma que a urbanização tem grande 
responsabilidade por essa degradação, que vem ocorrendo nos últimos trinta anos, e conclui 
sugerindo formas de mitigação que essa urbanização causa ao córrego do estudo, como por 
exemplo uma melhoria no contorno da bacia hidrográfica. 
O trabalho realizado por Silva (2013) representa uma especificidade de suma 
importância para o Brasil, onde é demonstrado que por meio dessa tecnologia, é possível 
apontar atividades ilegais na Amazônia. Isso mostra que essa ferramenta tem um grande valor 
para essa área do monitoramento de modo geral, mostrando diversas possibilidades de ação, 
pelos dados que se é capaz de coletar com esse instrumento. 
Como foi apresentado, essa tecnologia vem sendo utilizada de modo geral no 
monitoramento, ou também em áreas específicas para supervisão,

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