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- -1
INTRODUÇÃO A ATIVIDADE NOTARIAL E 
REGISTRAL
UNIDADE 4 – EXERCÍCIO DA ATIVIDADE 
NOTARIAL E REGISTRAL
Samantha Caroline Ferreira Moreira
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Introdução
Nesta unidade, vamos começar nossos estudos apresentando as infrações e penalidades inerentes ao exercício
da atividade notarial e registral. Aprenderemos sobre as hipóteses de perda da delegação e as demais causas de
extinção da atuação de notários e registradores. Neste sentido, serão abordadas as seguintes questões: Quais são
as infrações e penalidades oriundas do exercício das atividades extrajudiciais de oficiais e tabeliães? Notários e
registradores podem perder suas delegações em decorrência de infrações ou penalidades? Como funciona a
perda da delegação? Com efeito, serão demonstradas todas as hipóteses de infrações e suas respectivas punições
pela legislação e os procedimentos para a incidência da aplicação de penalidade infracional aos oficiais das
serventias extrajudiciais.
O estudo da unidade possibilitará distinguir a aplicação da responsabilidade civil e criminal, bem como da
responsabilidade civil objetiva e subjetiva nas atividades praticadas. Cumpre ressaltar que os notários e
registradores não são considerados servidores públicos, mas exercem atividade pública delegada pelo Estado,
após respectiva aprovação em concurso público, de forma que podem responder civilmente e criminalmente por
eventuais danos que causarem aos usuários dos serviços extrajudiciais ofertados pela sua respectiva serventia.
Por fim, serão apresentadas novas tecnologias aplicadas à função exercida pelos titulares de cartórios, tais como
o teletrabalho.
Compreender as particularidades do exercício da atividade notarial e registral é fundamental para a conclusão
do estudo proposto. Vamos lá? Acompanhe com atenção!
4.1 Infrações, penalidades e fiscalização
O exercício da atividade registral é uma prática que merece muita atenção e cuidado, visto que se trata de serviço
público exercido por um particular que responde civil, criminal e administrativamente. Neste sentido, tem-se
que os registradores, ainda que investidos de autonomia no exercício de suas funções, quando cometem
infrações disciplinares, respondem de forma análoga aos servidores públicos, obedecendo aos princípios do
devido processo legal, considerados o contraditório e a ampla defesa.
A infração disciplinar é o choque com aquilo que a lei determina. Nas palavras de Lourival Gonçalves de Oliveira
(2009, p. 209), “é o desatendimento de norma hierárquica ou de comportamento, determinada por lei ou por
regulamento, editados no interesse da regularidade dos serviços e das relações funcionais”.
- -3
Figura 1 - A perda da delegação nunca é uma boa notícia.
Fonte: Evgeny Atamanenko, Shutterstock, 2019.
A Lei n. 8.935/94, que dispõe sobre os serviços notariais e de registro, regulamenta também as suas infrações
disciplinares:
Art. 31. São infrações disciplinares que sujeitam os notários e os oficiais de registro às penalidades
previstas nesta lei:
I - a inobservância das prescrições legais ou normativas;
II - a conduta atentatória às instituições notariais e de registro;
III - a cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, ainda que sob a alegação de urgência;
IV - a violação do sigilo profissional;
V - O descumprimento de quaisquer dos deveres descritos no art. 30.
(BRASIL, 1994)
A infração disciplinar seria o descumprimento de alguma regra ou norma legal relacionada à prestação dos
serviços notariais e registrais. O descumprimento de quaisquer dos deveres elencados no art. 30 da Lei n. 8.935
/94 gera uma infração disciplinar. São deveres dos notários e registradores, pelo art. 30 da Lei n. 8.935/94:
I - Manter em ordem os livros, papéis e documentos de sua serventia, guardando-os em locais
seguros;
II - Atender as partes com eficiência, urbanidade e presteza;
III - atender prioritariamente as requisições de papéis, documentos, informações ou providências
que lhes forem solicitadas pelas autoridades judiciárias ou administrativas para a defesa das pessoas
jurídicas de direito público em juízo;
IV - manter em arquivo as leis, regulamentos, resoluções, provimentos, regimentos, ordens de
serviço e quaisquer outros atos que digam respeito à sua atividade;
V - proceder de forma a dignificar a função exercida, tanto nas atividades profissionais como na vida
privada;
VI - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenham
conhecimento em razão do exercício de sua profissão;
VII - afixar em local visível, de fácil leitura e acesso ao público, as tabelas de emolumentos em vigor;
VIII - observar os emolumentos fixados para a prática dos atos do seu ofício;
IX - dar recibo dos emolumentos percebidos;
- -4
IX - dar recibo dos emolumentos percebidos;
X - observar os prazos legais fixados para a prática dos atos do seu ofício;
XI - fiscalizar o recolhimento dos impostos incidentes sobre os atos que devem praticar;
XII - facilitar, por todos os meios, o acesso à documentação existente às pessoas legalmente
habilitadas;
XIII - encaminhar ao juízo competente as dúvidas levantadas pelos interessados, obedecida a
sistemática processual fixada pela legislação respectiva;
XIV - observar as normas técnicas estabelecidas pelo juízo competente.
(BRASIL, 1994)
A cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, que algumas pessoas chamam de taxa de urgência, é ilegal.
Os serviços prestados devem ser cobrados de acordo com a Lei de Emolumentos e dentro dos prazos
determinados legalmente.
Notários e registradores são profissionais do direito com atribuições delegadas pelo Estado para aplicação da lei
em cada caso concreto. Eles são aptos a analisar os títulos que lhes são apresentados, qualificando-os
devidamente, dentro dos ditames legais que norteiam a atividade notarial e registral. Segundo Dip (2016, p. 97),
caso haja “divergência de interpretação da lei entre o titular da serventia e a parte interessada, a dúvida é
remetida ao Juiz para que este se manifeste e decida a questão”.
Se a divergência ocorrer entre titular da serventia e órgão fiscalizador, o tema deverá ser objeto de orientação.
Se não houve qualquer orientação específica sobre o assunto em contexto, extingue-se a caracterização da
infração disciplinar. Os órgãos fiscalizadores das atividades notariais e registrais possuem o dever de orientar a
prática correta, observando-se sempre o caso concreto.
Neste sentido, qualquer infração ética disciplinar realizada pelo oficial titular da serventia extrajudicial será
devidamente apurada. Após instaurado o processo, com a observância do direito ao contraditório e à ampla
defesa, se constatada de fato a infração haverá a respectiva punição. Ainda vale lembrar que o oficial está sujeito
às responsabilidades civil e criminal, sem prejuízo da punição administrativa.
4.1.1 Perda da delegação e demais causas de extinção
Se verificada a prática de infração administrativa, a perda da delegação é uma das possíveis penalidades
atribuídas aos notários e registradores no processo administrativo disciplinar.
Figura 2 - A perda de delegação é crise grave para o profissional.
Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2019.
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A perda da delegação é a mais severa punição prevista na legislação. Neste sentido, cumpre ressaltar os arts. 32 a
35 da Lei n. 8.935/94, que estabelecem as infrações e suas respectivas penas.
Os demais casos de extinção da atividade registral por prática de infração disciplinar são os previstos no art. 32
da Lei n. 8.935/94, que, além da perda da delegação, apresenta as penas de repreensão, para faltas leves; multa,
em casos de reincidência ou de infração que não configure falta mais grave; e suspensão por noventa dias,
prorrogáveis por mais trinta, em casos reincidentes de falta grave ou descumprimento dos deveres legais.
O art. 36 da Lei n. 8.935/94 menciona a possibilidade de suspender ou afastar o oficial pelo período em que as
infrações disciplinares são averiguadas. Não se trata de perda da delegação, mas sim de um afastamento por
períodosuficiente para reunir provas que possam ou não confirmar a prática de faltas graves ou o
descumprimento dos preceitos normativos.
Enquanto o oficial ou tabelião estiver afastado, quem assume as responsabilidades para com a serventia é o
substituto mais antigo. Se este também for afastado, um interventor será nomeado pelo juiz, conforme
determina o art. 36 da Lei n. 8.935/94:
Quando, para a apuração de faltas imputadas a notários ou a oficiais de registro, for necessário o
afastamento do titular do serviço, poderá ele ser suspenso, preventivamente, pelo prazo de noventa
dias, prorrogável por mais trinta.
§ 1º Na hipótese do caput, o juízo competente designará interventor para responder pela serventia,
quando o substituto também for acusado das faltas ou quando a medida se revelar conveniente para
os serviços.
§ 2º Durante o período de afastamento, o titular perceberá metade da renda líquida da serventia;
outra metade será depositada em conta bancária especial, com correção monetária.
§ 3º Absolvido o titular, receberá ele o montante dessa conta; condenado, caberá esse montante ao
interventor. (BRASIL, 1994)
Verifica-se, pois, que a perda da delegação está baseada na seriedade das violações praticadas. A decisão que a
estabelece é judicial e será rigorosamente fundamentada dentro dos limites da lei, observadas as
particularidades de cada caso concreto. Seja no âmbito administrativo ou na esfera judicial, deverão ser
observados os princípios da ampla defesa e do contraditório, exigindo-se o trânsito em julgado.
VOCÊ QUER LER?
Em 2014, o Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) multou, suspendeu e determinou a perda da
vaga de comando de vários cartórios em Pernambuco devido a problemas de registros e
sonegação de taxas. Para saber mais, leia a notícia completa do Jornal do Commercio: <
>.http://www.tjpe.jus.br/documents/10180/0/-/3fb630cc-1099-455c-a69a-4ef90625bec6
http://www.tjpe.jus.br/documents/10180/0/-/3fb630cc-1099-455c-a69a-4ef90625bec6
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4.2 Responsabilidade civil e criminal
Notários e registradores trabalham exercendo uma atividade pública. Entretanto, todo o necessário é adquirido
de forma privada, ou seja, pelo titular do cartório, que se torna tabelião ou oficial registrador após aprovação em
concurso público. Funciona da seguinte forma: o Poder Público disponibiliza as serventias extrajudiciais vagas e
as oferece por meio de concurso de provas e títulos. Quem for aprovado estará apto a assumir o cartório.
A estrutura da serventia, bem como a contratação dos empregados, é feita de forma administrativa e com o
dinheiro do titular, demonstrando o caráter privado da atividade. Todavia, o serviço fornecido aos usuários pelas
serventias extrajudiciais é público. Sendo assim, a responsabilidade civil e criminal dos notários e registradores 
é monitorada e fiscalizada pelo Poder Público. Neste sentido, vejamos o que diz o art. 236, § 1º da Constituição
Federal de 1988:
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do
Poder Público.
§ 1º. Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos
oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
(BRASIL, 1988)
O que se delega efetivamente é a fé pública a ser aplicada no exercício de suas atividades. Verifica-se que a
Constituição Federal não definiu a responsabilidade civil dos notários e registradores, atribuindo a matéria para
ser regulamentada pela lei infraconstitucional. Trata-se, portanto, de uma norma constitucional de eficácia
limitada, ou seja, deverão ser criadas outras leis que regulamentem este tipo de função.
4.2.1 Distinção entre responsabilidade civil e criminal
Existem diferenças entre a responsabilidade civil e a responsabilidade criminal dos notários e registradores, que
podem, inclusive, ser condenados nas duas esferas. Como já vimos, a Lei n. 8.935/94 foi instituída para
regulamentar o artigo 236, § 1º da Constituição Federal de 1988.
Da mesma forma, o art. 28 da Lei n. 6.015/73 (Lei de Registros Públicos) trata das responsabilidades dos oficiais
de registro:
Além dos casos expressamente consignados, os oficiais são civilmente responsáveis por todos os
prejuízos que, pessoalmente, ou pelos prepostos ou substitutos que indicarem, causarem, por culpa
ou dolo, aos interessados no registro. Parágrafo Único. A responsabilidade civil independe da
criminal pelos delitos que cometerem. (BRASIL, 1973)
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Figura 3 - O rigor das normas jurídicas marca a responsabilização dos oficiais.
Fonte: tlegend, Shutterstock, 2019.
A Lei n. 6.015/73 deixa claro que oficiais são civilmente responsáveis por todos os prejuízos feitos pessoalmente
ou pelos prepostos ou substitutos indicados, e que a responsabilidade civil independe da responsabilidade
criminal. Esta lei regulamenta não só a atividade dos oficiais de Registro de Imóveis, mas também os de Registro
Civil das Pessoas Naturais, Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas. Para os tabeliães, existe a
Lei n. 9.492/97, conhecida como Lei de Protestos, que, em seu art. 38, estabelece as regras atinentes à sua
responsabilidade civil.
Quando se fala especificamente da Lei n. 8.935/94, que veio regulamentar o § 1º do art. 236 da Constituição
Federal, disciplinando as responsabilidades dos notários e registradores, é importante notar que ela acabou
sofrendo alterações trazidas pela Lei n. 13.286/16. Dessa forma, atualmente, a responsabilidade civil e criminal
dos notários e registradores é regulamentada pelos art. 22 a 24 da Lei n. 8.935/94.
A Lei n. 13.286/16 trouxe um prazo específico para reparação da responsabilidade civil: três anos, a contar a
data da prática do ato notarial ou registral. Ficou também destacado que a responsabilidade civil dos notários e
registradores igualmente independe da responsabilidade criminal.
A responsabilidade civil possui algumas diferenças em relação à responsabilidade penal. Na esfera criminal, será
utilizada e legislação relativa à punição por crimes contra a administração pública. Esta individualização entre
esferas civil e criminal significa dizer que nenhuma punição será transmitida de uma pessoa para outra, cabendo
unicamente ao autor do delito a punição pela prática de atos infracionais. Neste sentido, o conteúdo do art. 24, 2ª
parte, da Lei n. 8.935/94 admite equiparar, quanto à sua responsabilidade, notários e registradores a servidores
públicos.
4.2.2 Responsabilidade civil objetiva e subjetiva
Quando observamos as responsabilidades dentro do âmbito da reparação civil, verifica-se a existência de duas
responsabilidades, ou seja, a responsabilidade civil aquiliana, fundada no dolo ou na culpa do agente e conhecida
como subjetiva, e a responsabilidade civil objetiva. De acordo com o art. 927 do Código Civil Brasileiro:
Aquele que por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo Único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem. (BRASIL, 2002)
Para identificar a responsabilidade objetiva, basta compreender que ela se perfaz, independentemente de dolo
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Para identificar a responsabilidade objetiva, basta compreender que ela se perfaz, independentemente de dolo
ou culpa, bastando a existência do dano. Já para perceber a responsabilidade civil subjetiva, deve-se observar os
seguintes elementos: conduta (ação ou omissão); dolo ou culpa do agente; dano; e nexo causal entre conduta e
dano. Logo, deve haver, na modalidade subjetiva, um nexo de causalidade entre a conduta do agente e o dano
provocado. Carlos Roberto Gonçalves (2007) descreve a responsabilidade subjetiva nos seguintes termos:
Diz-se, pois, ser “subjetiva” a responsabilidade quando se esteia na ideia de culpa. A prova da culpa
do agente passa a ser pressuposto necessário do dano indenizável. Dentrodesta concepção, a
responsabilidade do causador do dano somente se configura se agiu com dolo ou culpa.
(GONÇALVES, 2007, p. 48)
Já na responsabilidade civil objetiva existem: conduta (ação ou omissão); dano; e nexo causal entre conduta e
dano. Essa responsabilidade objetiva significa que não será necessário avaliar a intenção do agente, ou seja, se
ele tinha ou não a intenção de gerar a conduta danosa. Logo, a intenção do agente é desconsiderada – ainda que
não haja nenhuma intenção, o agente será responsabilizado.
Sendo assim, na responsabilidade civil subjetiva existe a necessidade de se comprovar dolo ou culpa do agente
na prática do dano. Já a responsabilidade civil objetiva independe de haver dolo ou culpa por parte do agente,
devendo ser observadas as seguintes teorias (clique para ler):
Teoria do
risco integral
Não existe nenhum excludente de responsabilidade, ou seja, o agente sempre será
responsável pelo dano, em qualquer circunstância. Segurador/indenizador universal. É
aplicada excepcionalmente. Exemplo: acidente de trabalho.
Teoria do
r i s c o
administrativo
É a mais utilizada pelo ordenamento jurídico brasileiro. Nela, exclui-se a análise de dolo
ou culpa do agente na prática da conduta, sem necessidade de demonstrá-los. Admite
excludentes de responsabilidade, uma vez que não se considera a causalidade. Força
maior: acontecimento involuntário, imprevisível e incontrolável (exemplo: forças da
natureza). Caso fortuito não afasta a responsabilidade objetiva, pois decorre de um ato
humano ou falha. Culpa exclusiva da vítima. Culpa de terceiro.
4.2.3 Responsabilidade civil do Estado
Dentro da concepção de responsabilidade civil do notário e do registrador, é necessário verificar a
responsabilidade civil do Estado, isso porque esses profissionais são delegatários de uma função pública, para
exercê-la em caráter privado. Mas como a responsabilidade civil do Estado é aplicada?
Na Constituição Federal, a responsabilidade civil do Estado é objetiva. Ao falar de Estado, refere-se às pessoas
jurídicas de direito público, como União, Estados Membros, Distrito Federal, municípios, autarquias, etc. De
acordo com a Constituição, em seu art. 37, existe a regulamentação do regime jurídico administrativo:
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
(...)
§ 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável no caso de dolo ou culpa. (BRASIL, 1988)
Verifica-se no § 6º que a própria Constituição Federal disciplina sobre a responsabilidade civil objetiva do
Estado, ou seja, trata-se de norma constitucional de eficácia plena, que nem precisou de lei específica para
regulamentar suas atribuições. O Código Civil reafirma a responsabilidade civil objetiva do Estado no art. 43:
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa
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As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa
qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por
parte destes, culpa ou dolo. (BRASIL, 2002)
O Estado, como delegatário do serviço público prestado na serventia, tem direito de propor uma ação de
regresso, desde que comprovada a conduta dolosa ou culposa do registrador ou de seus prepostos.
A responsabilidade civil objetiva do Estado adota a teoria do risco administrativo, ou seja, vão existir causas que
poderão afastar sua responsabilidade, como casos fortuitos, culpa exclusiva da vítima ou culpa de terceiros.
Ademais, ela se aplica a condutas comissivas, que dependem de uma ação do sujeito, sendo que, para os casos de
omissão, não existe responsabilidade objetiva do Estado. Em relação às omissões que acarretam dano, devem ser
comprovados dolo ou culpa do agente que agiu com omissão.
4.2.4 Responsabilidade civil dos notários e registradores
Como vimos, de acordo com a Constituição Federal, em seu art. 236, § 1º, quem disciplina sobre a
responsabilidade civil dos notários e registradores é a lei infraconstitucional.
A Lei n. 8.935/94 (Lei dos Notários e Registradores) disciplina claramente que a responsabilidade é subjetiva,
pois há necessidade de se analisar dolo ou culpa por parte do agente que provocou o dano.
Art. 22. Os notários e oficiais de registros são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que
causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou
escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso. (BRASIL, 1994)
Desta forma, aplica-se a regra da responsabilidade civil prevista nas Leis n. 8.935/94 e 9.492/97, que considera
como subjetiva a responsabilidade dos notários e registradores.
CASO
José Antônio solicitou certidões no Serviço Registral de Imóveis para lavratura de sua escritura
de compra e venda. As certidões fornecidas são negativas de ônus e demonstram que o imóvel
está livre e desembaraçado de quaisquer pendências. Ciente de que o imóvel não possui
impedimentos, José Antônio faz o pagamento ao vendedor e se dirige ao tabelionato de notas
para lavratura da escritura de compra e venda. Depois da escritura pronta, o comprador
comparece novamente junto ao Serviço Registral de Imóveis para proceder o registro. É
quando tem uma surpresa: o imóvel possui uma averbação de indisponibilidade de bens que,
por equívoco, deixou de ser mencionada na certidão. Diante do fato, José Antônio fica
impossibilitado de registrar sua escritura e decide ajuizar uma ação contra o Estado, por
entender que se trata de um dano causado pelo serviço público.
Ao ajuizar a ação, ele imputou a responsabilidade somente ao Estado. Entretanto, é o Serviço
Registral de Imóveis quem deve ser responsabilizado, na pessoa do representante legal,
delegatário da função pública ou qualquer um de seus prepostos que tenha praticado a
conduta danosa. José Antônio teve seu pedido negado.
- -10
4.3 Novas tecnologias aplicadas à função
A atividade notarial e registral evolui com a sociedade, e as mudanças tecnológicas certamente têm influenciado
os cartórios. Estas transformações trazem inúmeros benefícios, tanto para notários e registradores quanto para
a sociedade como um todo, visto que os atos praticados pelas serventias alcançam celeridade, eficiência e maior
segurança jurídica quando acrescidos de avanços tecnológicos.
A começar pela tecnologia da automação, tem-se que a maioria dos cartórios no Brasil já possuem computadores
e softwares que automatizam grande parte dos serviços oferecidos pelas serventias e tabelionatos. Muitos
cartórios fazem a opção pela digitalização de seus livros e arquivos para a conservação digital dos documentos.
Isso permite que o fornecimento de certidões e cópias de arquivos sejam emitidos com rapidez e segurança.
Figura 4 - A tecnologia pode otimizar o trabalho nas serventias.
Fonte: Shutterstock, 2019.
Outra tecnologia incorporada às práticas registrais é o Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (SREI),
previsto na Lei n. 11.977/09 e constituído pelo Provimento n. 47/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Trata-se de instrumento que objetiva promover a troca de informações entre o Serviço Registral de Imóveis, o
Poder Judiciário, a Administração Pública e o público em geral, fornecendo alguns serviços pela internet, como
pedido de certidões online, visualizações eletrônicas de matrícula do imóvel, pesquisa de bens por meio do CPF
ou CNPJ, entre outros.
VOCÊ SABIA?
Para o compartilhamento de informações através do SREI, existem as Centrais Eletrônicas de
Registro de Imóveis, que se encontram espalhadas por diversas cidades do Brasil. Basta uma
pesquisa rápida na internet paralocalizar quais delas estão em pleno funcionamento em cada
estado brasileiro.
- -11
Algumas das solicitações tecnológicas mais comuns são:
Penhora
Online
Eesta funcionalidade funciona somente para o acesso de órgãos públicos. Neste sentido, a
Penhora Online permite que o magistrado determine a pesquisa de bens, solicite certidões
e emita ofícios e mandados de penhora de forma célere e segura. Pode ser realizado
através das Centrais de Serviços Eletrônicos Compartilhados.
Pesquisa
Eletrônica de
Bens
Permite pesquisar, mediante busca pelo número de CPF ou CNPJ, a existência ou não de
bens junto aos arquivos dos Serviços Registrais de Imóveis disponíveis nas Centrais
Eletrônicas.
Matrícula
Online
Também é possível solicitar a visualização da imagem eletrônica do conteúdo das
matrículas imobiliárias. A cobrança para visualização de uma matrícula corresponde ao
valor cobrado de acordo com a respectiva lei de cada município.
Certidão
Eletrônica
As Centrais Eletrônicas permitem a realização do pedido de certidões de inteiro teor da
matrícula, certidão de ônus e ações reipersecutórias, certidão (negativa ou positiva) por
nome do proprietário, por endereço do imóvel e certidões constantes do Livro 03 –
Registro Auxiliar.
Protocolo
Eletrônico
O e-Protocolo é a ferramenta que possibilita ao interessado requerer o registro ou
averbação de títulos relativos a bens imóveis por meio das Centrais Eletrônicas. Para o
acesso, é necessário possuir certificação digital.
A Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB) é uma nova tecnologia aplicada ao exercício da atividade
notarial e registral, criada e regulamentada pelo Provimento n. 39/2014 do CNJ. Destina-se a integrar todas as
indisponibilidades de bens decretadas por autoridades administrativas e judiciais. A decretação de
indisponibilidade de bens atinge a possibilidade de alienação e a oneração de todos os bens do indivíduo, sejam
eles imóveis ou não.
A CNBI é uma tecnologia que permite que o Serviço Registral de Imóveis alcance maior legitimidade ao certificar
que um imóvel está livre e desembaraçado de ônus reais e ações pessoais reipersecutórias – lembrando que não
é possível transmitir um bem gravado com indisponibilidade. Para os tabelionatos de notas, também é
importante saber que um o imóvel objeto da escritura não está gravado com uma indisponibilidade de bens, ou
seja, tal informação traz segurança jurídica para a lavratura da escritura de transmissão.
- -12
Figura 5 - Novas tecnologias modernizam os serviços oferecidos aos cidadãos.
Fonte: Shutterstock, 2019.
Também existe a tecnologia do Blockchain, que tem trazido inovações para a atividade notarial. Trata-se de uma
ferramenta de compartilhamento de informações relativas à validação de transações eletrônicas. Estes blocos
estão conectados por redes digitais, transformando dados com capacidade para validar, certificar e assegurar
modalidades de negociações contratuais.
No Serviço Registral de Imóveis, o Blockchain ainda não foi bem recebido, haja vista que sua idealização não
condiz com a realidade dos serviços notariais e registrais. A ideia da tecnologia é justamente descentralizar
informações – diferentemente do Serviço Registral, que trabalha para os dados de determinadoconcentrar
imóvel em uma mesma matrícula. Todavia, no tabelionato, o Blockchain já foi adotado para promover
autenticações digitais.
4.3.1 Teletrabalho
Você já ouviu falar em , também conhecido como teletrabalho? Trata-se de uma alternativa parahome office
executar o trabalho sem sair de casa, com as atividades exercidas por conta própria, como ou para afreelancer 
uma empresa. O teletrabalho pode ser praticado por escreventes, prepostos e funcionários das serventias
extrajudiciais, sendo, porém, vedado aos titulares das serventias e seus substitutos.
A possibilidade de utilização do teletrabalho foi trazida pelo Provimento n. 69/2018 como medida alternativa,
VOCÊ O CONHECE?
O cartório Azevêdo Bastos, de João Pessoa (PB), é o primeiro do país a adotar autenticação
digital por Blockchain. Fundado em 1888, o cartório trabalhava desde 2001 com autenticação
digital de documentos para pessoas jurídicas. Desde fevereiro de 2018, graças a uma parceria
com a OriginalMy, passou a oferecê-lo também a pessoas físicas. Mais de 200startup
documentos já foram autenticados desta maneira, informou Válber Azevêdo, titular do
cartório, em entrevista ao site Mobile Time. Para saber mais, leia a reportagem: <https://www.
mobiletime.com.br/noticias/11/10/2018/blockchain-e-adotada-para-autenticacao-de-
>.documentos-em-cartorio-de-joao-pessoa/
https://www.mobiletime.com.br/noticias/11/10/2018/blockchain-e-adotada-para-autenticacao-de-documentos-em-cartorio-de-joao-pessoa/
https://www.mobiletime.com.br/noticias/11/10/2018/blockchain-e-adotada-para-autenticacao-de-documentos-em-cartorio-de-joao-pessoa/
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extrajudiciais, sendo, porém, vedado aos titulares das serventias e seus substitutos.
A possibilidade de utilização do teletrabalho foi trazida pelo Provimento n. 69/2018 como medida alternativa,
cabendo aos titulares das serventias optarem ou não pela medida. Na hipótese de adoção, os titulares deverão
comunicar ao tribunal respectivo o nome dos empregados autorizados a trabalhar na categoria.
A execução das atividades notariais e registrais em regime de teletrabalho tem por objetivo auxiliar a prestação
do serviço praticado de forma presencial e deve ser praticada sem que haja prejuízo à qualidade do trabalho,
visto que a serventia é obrigada a manter a continuidade do atendimento presencial aos usuários.
Síntese
Finalizamos mais uma unidade, cujo estudo nos permitiu conhecer as modalidades de infrações disciplinares e
penalidades previstas em lei a que se sujeitam os profissionais da atividade notarial e registral. Além disso,
vimos como a tecnologia pode impactar de diferenças maneiras na prestação de serviços e nos atos praticados
pelas serventias.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• diferenciar a responsabilidade civil da criminal, bem como a responsabilidade objetiva da subjetiva, 
referente aos notários e registradores.
• identificar que o Estado, como delegatário da função pública, também possui sua parcela de 
responsabilidade junto ao exercício das atividades notariais e registrais.
• aprender que, na responsabilidade civil subjetiva, existe a necessidade de se comprovar dolo ou culpa do 
agente na prática do dano, ao contrário da responsabilidade civil objetiva.
• entender e problematizar, no contexto atual da atividade notarial e registral, o papel das novas 
tecnologias aplicadas à função.
Bibliografia
ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. . 24. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.Direito Administrativo descomplicado
ALMG. Lei Complementar 59, de 18 de janeiro de 2001. Disponível em: <https://www.almg.gov.br/consulte
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/08/2019.
______. Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis
VOCÊ QUER VER?
Neste vídeo, a Martins Sociedade Individual de Advocacia explica de forma bastante didática
como funciona o teletrabalho. Você pode assisti-lo aqui: <https://www.youtube.com/watch?
>.v=sUsndqlAFpI
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https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa-nova-min.html?tipo=LCP&num=59&ano=2001
https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa-nova-min.html?tipo=LCP&num=59&ano=2001
https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa-nova-min.html?tipo=LCP&num=59&ano=2001http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm
https://www.youtube.com/watch?v=sUsndqlAFpI
https://www.youtube.com/watch?v=sUsndqlAFpI
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PAIVA, F. Blockchain é adotado para autenticação de documentos em cartório de João Pessoa. , 11Mobile Time
out. 2018. Disponível em: <https://www.mobiletime.com.br/noticias/11/10/2018/blockchain-e-adotada-para-
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PEDROSO, R.; LAMANAUSKAS, M. F. . Rio de Janeiro: Método, 2015.Direito Notarial e Registral Atual
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http://www.tjpe.jus.br/documents/10180/0/-/3fb630cc-1099-455c-a69a-4ef90625bec6
http://www.tjpe.jus.br/documents/10180/0/-/3fb630cc-1099-455c-a69a-4ef90625bec6
https://www.youtube.com/watch?v=sUsndqlAFpI
https://www.youtube.com/watch?v=sUsndqlAFpI
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	Introdução
	4.1 Infrações, penalidades e fiscalização
	4.1.1 Perda da delegação e demais causas de extinção
	4.2 Responsabilidade civil e criminal
	4.2.1 Distinção entre responsabilidade civil e criminal
	4.2.2 Responsabilidade civil objetiva e subjetiva
	4.2.3 Responsabilidade civil do Estado
	4.2.4 Responsabilidade civil dos notários e registradores
	4.3 Novas tecnologias aplicadas à função
	4.3.1 Teletrabalho
	Síntese
	Bibliografia

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