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Enfermidades cardiovasculares parte 01 (1)

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ENFERMIDADES CARDIOVASCULARES
(PARTE 1)
Profº. Msc. Rebeca Rocha de Almeida
Centro Universitário Estácio de Sergipe
Departamento de Nutrição
Fisiopatologia e Dietoterapia II
http://portal.estacio.br/unidades/centro-universit%C3%A1rio-est%C3%A1cio-de-sergipe/
Conteúdo Programado
◦Dislipidemia, 
◦Doença arterial coronariana – processo aterosclerótico, 
◦ síndrome metabólica.
Essa tal de uma dor no peito...
◦ Paciente do sexo masculino, 47 anos, branco, motorista, procedente de Neves Paulista,
SP, iniciou acompanhamento ambulatorial em 2019, apresentado quadro de dores no
peito de alta intensidade, ocasião na qual foram realizados os diagnósticos de HAS, DM
tipo 2 e dislipidemia. Negava tabagismo e etilismo e referia possuir pai hipertenso e
coronariopata, além de irmã hipertensa e mãe diabética. Na ocasião estava assintomático,
com pressão arterial (PA) = 150 x 100 mmHg (média de 3 medidas), índice de massa
corpórea (IMC) = 35 kg/m² e os seguintes parâmetros bioquímicos: colesterol total=258
mg/dL, HDL-colesterol = 32 mg/dL, LDL-colesterol = 163 mg/dL, triglicerídeos = 315
mg/ dL, creatinina = 1,2 mg/dL, glicemia jejum = 204 mg/dL e hemoglobina glicada
(HbA1c) = 7,2%.
Conduta médica: Foi realizada orientação dietética, estimulada a prática de exercícios
físicos e iniciado tratamento com propranolol (80 mg/ dia), captopril (75 mg/dia),
metformina (1 g/dia); atorvastatina (10 mg/dia) e aspirina (81 mg/dia) e encaminhamento
para o nutricionista.
Epidemiologia das DCV
É a principal causa de morte no mundo
Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças 
cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes em nível 
global
Das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) 
por DCNT’s, 82% acontecem em países de baixa e média renda e 37% 
são causadas por DCV
A maioria das DCV pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores 
comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e 
obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool –, utilizando 
estratégias para a população em geral
Fonte: OPAS, 2017
Metabolismo Lipídico
Metabolismo Lipídico
Metabolismo Lipídico
Classificação das Dislipidemias
◦ As dislipidemias podem ser classificadas em hiperlipidemias (níveis elevados de
lipoproteínas) e hipolipidemias (níveis plasmáticos de lipoproteínas baixos).
Classificação etiológica
Tanto as hiper quanto as hipolipidemias podem ter causas primárias ou
secundárias:
• Causas primárias: são aquelas nas quais o distúrbio lipídico é de origem
genética.
• Causas secundárias: a dislipidemia é decorrente de estilo de vida
inadequado, de certas condições mórbidas, ou de medicamentos
Classificação das Dislipidemias
Classificação das Dislipidemias
Classificação das Dislipidemias
Classificação laboratorial
◦ As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com a fração lipídica alterada em:
◦ Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL).
◦ Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou
≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
◦ Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥
150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL,
se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela
fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista
quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.
◦ HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL)
isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
LDL e não-HDL
◦ Fórmula de Friedwald
LDL-c = CT – HDL – TG/5 
(todos em mg/dL)
Obs: A fórmula não deve ser usada 
quando TG > 400 mg/dL
◦ Cálculo não-HDL-c: 
não- HDL: Colesterol total –
HDL
Obs: Pode ser usado nas situações 
de TG > 400 mg/dL
Qual o significado do não-HDL?
1. Busca identificar individuos
assintomáticos com 
predisposição
2. É a somatória de fatores de 
risco
3.Estima risco para infarto, 
AVC, IC em 10 anos
Escore de Framingham (mais 
usado)
Escore global de risco 
(recomendado pela Diretriz)
Estratificação do risco cardiovascular
Exames de Prevenção
◦ Fibrinogênio:
◦ Influencia agregação plaquetária
◦ Participa da formação do trombo
◦ Indica processo CRÔNICO da aterosclerose
◦ Homocisteína:
◦ Seu aumenta está relacionado disfunção 
endotelial
◦ Trombose
◦ Maior gravidade da aterosclerose
Marcadores inflamatórios do risco 
cardiovascular
◦ Moléculas de adesão - ICAM, VCAM, E-selectina
◦ Citocinas inflamatórias: Interleucina 6 e TNF-alfa, 
Proteína C reativa
◦ Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-us)
Ferramentas de Diagnóstico
Laboratoriais:
◦ Hemograma, Na, K, Ureia, Creatinina, glicose
◦ Casos graves de IC encontra-se situações de elevação 
da creatinina, ureia, anemia, hiponatremia
◦ Eletrocardiograma: todos casos de DCV
◦ Ressonância magnética e Tomografia 
computadorizada
Avaliação antropométrica
◦ Circunferência da cintura
◦ Índice de conicidade
Ponto de corte do IC de 1,25 para homens e
de 1,36 para mulheres
Interpretação do IC:
Se o indivíduo apresenta, por exemplo, um
IC igual a 1,8, isso significa que a CC é 1,8
vezes maior do que ela seria, caso não
houvesse a gordura abdominal.
Avaliação antropométrica
◦ Circunferência do pescoço
Entre ponto médio da coluna
cervical até o meio anterior do pescoço,
com auxílio de trena antropométrica. Em
homens com proeminência laríngea, a CP
foi aferida abaixo da proeminência.
Ponto de corte > 35 cm são considerados
de risco DCV
Razão cintura-estatura (Rcest)
Apresenta vantagem em relação ao
perímetro da cintura (PC) isolado, já
que possui regulação direta pela altura e
permite, dessa forma, utilizar um ponto
de corte único, independente do sexo e
etnia
Fórmula: Cintura (em metros)/estatura 
(em metros)
Inadequados os índices acima de 0,5
Figura 1 - Manifestações da hipercolesterolemia familiar. A: Xantelasma e arco corneal. B: 
Xantomas tendíneos. Associam-se com hipercolesterolemias graves e podem ser reversíveis 
com o tratamento.
Sinais da dislipidemia
Tratamento 
Não 
Medicamentoso 
das 
Dislipidemias
Medidas no controle da hipercolesterolemia:
Grandes estudos preconizam (DASH, o 
INTERHEART e o PREDIMED)
Diretrizes nutricionais que preconizam dieta isenta de 
ácidos graxos trans, 
< 10% do VET de ácidos graxos saturados para 
indivíduos saudáveis e 
< 7% do VET para aqueles que apresentarem risco 
cardiovascular aumentado
Ácidos Graxos Trans
Os ácidos graxos trans devem ser 
excluídos da dieta por aumentarem a 
concentração plasmática de LDL-c e 
induzirem intensa lesão aterosclerótica, 
condições que culminam em maior 
risco cardiovascular, conforme 
demonstrado em estudos 
experimentais, clínicos e 
epidemiológicos.
(Grau de Recomendação: III; Nível de 
Evidência: A).
Colesterol 
Alimentar
As atuais diretrizes 
internacionais sobre prevenção 
cardiovascular mostram que 
não há evidências suficientes 
para estabelecimento de um 
valor de corte para o consumo 
de colesterol.
Medidas no controle da hipertrigliceridemia 
Terapia nutricional
◦ Hipertrigliceridemia primária grave - baseia-se na redução gordura na dieta, no máximo,
10% do VET-;
◦ Hipertrigliceridemia moderada recomendam-se aproximadamente 25 a 35% das calorias
na forma de gorduras e controle da ingestão de açúcares;
◦ Hipertrigliceridemia de causa secundária (obesidade e no diabetes) gorduras (30 a 35%
das calorias) e a adequação no consumo de carboidratos, com ênfase na restrição de
açúcares.
Em comum, todos estes estudos reafirmam a relevância de se manterem quantidades
moderadas de gordura na dieta, eliminar ácidos graxos trans, controlar o consumo de
saturados, priorizar poli-insaturados e monoinsaturados, reduzir açúcares e incluir carnes
magras, frutas, grãos e hortaliças na dieta.
Medidas no controle da 
hipertrigliceridemia 
Controle de peso corporal
◦ Controle de calorias na dieta(défice de 500 a 1.000 Kcal);
◦ Enfatiza-se a relevância da qualidade dos nutrientes em aspectos 
relacionados ao desenvolvimento da obesidade, como saciedade, 
resposta insulínica, lipogênese hepática, adipogênese, gasto 
energético e microbiota.
Redução de bebida alcoólica 
◦ A combinação de um consumo excessivo de etanol e ácidos graxos 
saturados potencializa a elevação da trigliceridemia;
◦ O consumo de bebida alcoólica não é recomendado para 
indivíduos com hipertrigliceridemia.
Medidas no controle da 
hipertrigliceridemia 
Redução de açúcares e de carboidratos 
◦ A OMS (2015) começou recomendar o consumo
máximo de 5% em Kcal do valor energético da dieta na
forma de açucares de adição (sacarose e o xarope de
milho);
◦ O guia alimentar americano publicado 2015 incluiu
ainda como açúcares de adição os sucos de frutas
concentrados, mesmo que não adoçados;
◦ Estudos mostram que o consumo superior a 50 g de
frutose ao dia eleva o TG pós-prandial.
Medidas no controle da 
hipertrigliceridemia 
Substituição parcial de ácidos graxos saturados por 
mono e poli-insaturados 
◦ Ácidos graxos ômega 3
◦ ALA (C18:3), de origem vegetal (soja, canola e 
linhaça), 
◦ EPA (C20:5) e DHA (C22:6), provenientes de peixes e 
crustáceos de águas muito frias dos oceanos Pacífico 
e Ártico.
◦ É recomendada a utilização de padrões alimentares 
saudáveis, que incluam, no mínimo, duas porções 
deles por semana;
Medidas no controle da hipertrigliceridemia 
Prevenção primária alto risco 500 mg de EPA + DHA está 
relacionado à redução de 39% do 
risco de DCV fatal e de 46% do 
risco de DAC fatal.
Prevenção primária independente 
do grau de risco cardiovascular
O consumo diário de 250 mg de 
EPA e DHA pela alimentação está 
relacionado à redução de 35% da 
morte súbita
Como adjuvante no tratamento da hipertrigliceridemia, a suplementação
de ômega 3 (EPA e DHA) entre 2 a 4 g ao dia, pode reduzir a
concentração plasmática de TG em até 25 a 30%.
Medidas no controle da hipertrigliceridemia 
Fibras solúveis
Probióticos
Entre as cepas utilizadas que mostraram reduções significativas estão os Lactobacillus acidophilus, 
uma mistura de L. acidophilus e Bifidobacterium lactis, e Lactobacillus plantarum , sendo a dose 
usual de 10 9 UFC /8 semanas.
Psyllium 7 a 15 g ao dia estão associadas com uma 
redução de 5,7% a 20,2% de ldl-c e redução de 
2 a 14,8% de CT
Betaglucanas 3 g
Ingestão recomendada mínima de fibras por 
dia
25 g, a fim de proteger contra DCV e câncer 
Doença arterial coronariana – processo 
aterosclerótico 
Disfunção Endotelial
Fatores de risco: DM, Dislipidemia, HAS, Obesidade, Inflamação, fumo, Idade, 
Sedentarismo
Endotélio 
Fatores genéticos+ 
ambientais > ou < 
suscetibilidade
Disfunção endotelial
Estado pré-trombótico e pró-inflamatório 
Formação e progressão da lesão 
aterosclerótica 
Formação/ ruptura da placa
Aterosclerose: um protótipo da doença 
vascular 
Ácidos Graxos
▪ Cadeia carbônica não ramificada
Pode ser:
▪CURTA – 2 a 4 átomos de carbono
▪MÉDIA – 6 a 10 átomos de carbono
▪ LONGA – mais de 12 átomos de carbono
▪SATURADA – ligações simples (configurações infinitas)
▪ INSATURADA – ligações duplas C = C
▪ ISÔMEROS CIS – cadeia em forma de U
▪TRANS – isômero assemelhado à configuração saturada ags cis e trans.
Ácidos Graxos Monoinsaturados (MUFA)
Ácidos Graxos Monoinsaturados (MUFA)
➢Tais ácidos são encontrados no azeite de oliva, no óleo de
canola, na azeitona, no abacate e nas oleaginosas.
Ácidos Graxos Monoinsaturados (MUFA)
Dieta do mediterrâneo
Rica em MUFA
Associa-se a modificações discretas
do HDL-c (aumento de 1,17 mg/dl), triglicérides (redução
De 6,14 mg/dl),
pequena redução da glicemia (3,89 mg/dL) e diminuição de
31% no risco de síndrome metabólica
Efeitos Sobre o Metabolismo - MUFAS
A melhorias da função endotelial
Menor da adesão monocitária 
Reduções de marcadores 
inflamatórios
Redução da agregação plaquetária
Proteção contra trombogênese
Estresse oxidativo
➢Para a recomendação do consumo de MUFA para prevenção de DM e
HAS pela falta de estudos randomizados e controlados em longo
prazo.
➢Além disso, existem evidências de que o consumo de MUFA dentro do
contexto da dieta do Mediterrâneo associa-se à redução do risco de
eventos CV e mortalidade.
Ácidos graxos poli-insaturados (PUFA)
Ácidos graxos poliinsaturados (PUFA)
▪Presença de duas ou mais insaturações;
▪São ácidos graxos essenciais (age), para os mamíferos, aqueles
que não podem ser sintetizados pelo organismo e devem ser
fornecidos através da dieta;
▪As investigações científicas têm comprovado que as dietas com
quantidades adequadas de PUFAS n-3 E n-6 desempenham papel
importante na prevenção:
▪ Doenças cardiovasculares e aterosclerose,
Ácidos graxos poliinsaturados (PUFA)
▪Doenças inflamatórias crônicas,
▪ Inibição da vasoconstrição e agregação plaquetária,
▪No crescimento fetal e desenvolvimento neural,
▪Ação anti-inflamatória e antitrombótica,
▪Ação sobre a prevenção do câncer,
Ácidos graxos poliinsaturados (PUFA)
▪Participação nas funções imunomoduladoras,
▪ Baixas concentrações ou ausência desses componentes aceleram
o processo de envelhecimento,
▪Aumentam a probabilidade de desenvolvimento de várias doenças
degenerativas e cardiovasculares.
Ácidos graxos poliinsaturados (PUFA)
W-3
W-3
W-6
W-9
W-9
Ácidos graxos poliinsaturados (PUFA)
W-3 
(DHA e EPA)
W- 3
W-6
Ácidos graxos poliinsaturados (PUFA)
Ácidos graxos poli-insaturados: Ômega-3 de 
origem marinha DHA e EPA
◦ Efeitos sobre o metabolismo lipídico
Estudo 
clínico
Suplementação com 2 a
4 g de EPA/DHA ao dia
Níveis de TG em até 25% a 30%, aumentar 
discretamente os de HDL-c 1% a 3% e elevar os de LDL-c 
em até 5%
a 10%.
A capacidade de reduzir os níveis de TG depende da dose,
com uma redução aproximada de 5% a 10% para cada 1 g
de EPA/DHA consumido ao dia
Ácidos graxos poli-insaturados: Ômega-3 de 
origem marinha DHA e EPA
◦ Efeitos sobre a aterosclerose
▪É possível também que o ácido graxo Ômega-3 exerça papel
protetor de eventos cardiovasculares através da modulação das
características da placa aterosclerótica, tornando-a mais estável.
Notas sobre suplementos de Ômega-3
▪A quantidade de EPA e DHA por cápsula de óleo de peixe é variável,
alcançando 90% ou 1000 mg nas apresentações mais concentradas;
▪ O restante da cápsula é composto por outros ácidos graxos poli-
insaturados, monoinsaturados e saturados, além de gelatina e glicerina
com veículos;
▪Preparação mais purificada, com 85% de EPA-DHA, é comercializada
no exterior, e formulação semi-sintética de EPA está sendo avaliada em
estudos clínicos.
Efeitos colaterais
◦Os efeitos colaterais da suplementação de ácido graxo ômega-3
mais comumente relatados:
➢ Trato gastrointestinal ( ~4% em dosagens < 3 g/dia e em até ~20%
em dosagens de 4 g/dia),
➢A sensação de “cheirar peixe” é causa frequente de descontinuação
do suplemento,
➢Podem contribuir para melhor aderência: congelar o óleo de peixe,
consumir durante as refeições, modificar o horário da ingestão ou
mudar para outra formulação.
Segurança
➢ Efeitos antiplaquetários e a preocupação com a possibilidade de facilitar
sangramentos.
➢Estudos clínicos não têm revelado aumento do risco de hemorragias
induzido por ácido graxo ômega-3, mesmo quando prescritos em altas
doses (~3-4 g/d), por tempo prolongado (> 2 anos) e mesmo quando
associados a aspirina e clopidogrel ou varfarina.
➢A preocupação com ingestão de contaminantes, como mercúrio, também
não se justifica.
➢De forma semelhante ao que ocorre para a maioria das espécies de
peixe, o óleo de peixe comercializado contém pouco ou nenhum mercúrio.
Ácido graxo poliinsaturado w-6
◦ Efeitos sobre o metabolismo lipídico
Níveis plasmáticos de 
PUFAS da razão CT e HDL-c
Substituição de 10% de 
calorias provenientes de 
SFA por PUFAS n-6
associa-se a uma redução de 
18 mg/dL no LDL-c
Ácido graxo poliinsaturadow-6
◦ Efeitos sobre eventos cardiovasculares
▪Nos países ocidentais ou ocidentalizados em relação à dieta, a
substituição de 1% do consumo de energia a partir de SFA por
PUFA tem sido associada com uma redução de 2%-3% na
incidência de doença coronariana. Esse benefício ainda pode estar
subestimado em razão da grande quantidade de SFA que ocorre em
algumas fontes de alimentos com PUFA.
A relação Ômega-6/Ômega-3
▪Mudanças drásticas na sua alimentação em relação à ingestão de
ácidos graxos nos últimos milênios;
▪Relação ômega-6/ômega-3, originalmente em torno de 1:1 a 2:1,
hoje se situa de 15:1 a 40:1 na dieta ocidental;
Revolução agrícola
Aumento do consumo
de cereais, óleos e grãos
ricos em ômega-6
Uma diminuição 
paralela da ingestão 
ômega-3
A relação Ômega-6/Ômega-3
O aumento da ingestão de ômega-6
Elevar a geração de mediadores inflamatórios
Implicados com diversas processos patológicos
Aterosclerose, HAS, Diabetes e Obesidade
Modo de conservação, manipulação e preparo dos
alimentos ricos em gorduras mono e 
poliinsaturadas e suas fontes alimentares
▪ “Insaturação” desses lipídios são ligações extremamente sensíveis a diversas condições
físico-químicas como temperaturas elevadas, exposição a luz e oxigênio;
▪ A desestabilização e oxidação dessas insaturações culminam com o surgimento e
incorporação de isômeros trans nesses alimentos – características potencialmente
deletérias;
▪ Óleos como os de soja, milho, girassol, canola e amendoim apresentam razoável
estabilidade quando mantidos sob temperaturas abaixo de 25°C, mesmo depois de abertos
pelo consumidor, pois são estabilizados pelas vitaminas lipossolúveis.
▪ Óleos de linhaça, açafrão, gergelim e prímula, ricos em ácidos graxos poli-insaturados,
necessitam de cuidados extras. Geralmente comercializados em embalagens protegidas da
luz (frascos âmbar), devem ainda ser armazenados, depois de abertos, dentro de geladeiras
e bemvedados, protegendo-os então da temperatura e do oxigênio;
Modo de conservação, manipulação e preparo dos 
alimentos ricos em gorduras mono e poli insaturadas 
e suas fontes alimentares
▪ No caso dos azeites extravirgem, a luz pode rapidamente danificar os especiais compostos
fenólicos presentes nesses óleos, os quais apresentam importantes características
funcionais especialmente relacionadas às atividades antioxidantes;
▪ Linhaça triturada normalmente encontrada em supermercados é armazenada em
embalagens plásticas transparentes e em contato direto com a luz ultravioleta da
iluminação artificial dos ambientes;
▪ A recomendação aqui adotada é para a aquisição da semente em seu estado bruto, e nunca
triturada. A trituração pode ser feita por meio de liquidificador, mixer ou pilões
tradicionais. Contudo, deve-se rapidamente armazenar esse pó em frascos plásticos opacos
(abrigando-se da luz), adequadamente tampados (abrigando-se do oxigênio) e mantidos sob
congelador (preferencialmente) ou geladeira (abrigando-se da temperatura).
Modo de conservação, manipulação e preparo dos 
alimentos ricos em gorduras mono e poliinsaturadas
e suas fontes alimentares
▪ O ponto de fumaça é uma característica crucial que marca o surgimento de compostos
tóxicos no óleo, além de ser indicativo da isomerização e oxidação dos ácidos graxos
(variação de 120-230ºc);
▪ Os óleos adequados para o cotidiano de frituras são os de soja e canola, com quantidades
semelhantes de ácidos graxos mono e poli-insaturados em sua composição;
▪ Recomenda-se o aquecimento do óleo em fogo moderado e nunca alto. Orienta-se para que,
de forma alguma, se fumegue o óleo, com o objetivo de não alcançar o ponto de fumaça;
▪ Recomenda-se a não reutilização do óleo aquecido. Além disso, mesmo filtrando-se
posteriormente ao uso, pequenos fragmentos de alimentos são capazes de acelerar sua
degradação.
▪Peixes mais velhos e mais pesados acumulam mais gorduras em
seus tecidos, havendo mecanismos evolutivos e de sobrevivência
que direcionam maior acúmulo de ácidos graxos ômega-3 para
tecidos como cérebro, fígado, ovas, e olhos, dos peixes de água
fria.
▪Não mesmo sendo o filé fonte restrita de ômega 3, o seu consumo é
incentivado, uma vez que, além de ser uma carne magra é fonte de
proteínas de altíssimo valor biológico, como também de
micronutrientes.
Recomendações de consumo de ácido graxo
saturado
Coco e óleo de coco 
◦ Fontes naturais de gorduras saturadas, especialmente
de ácido láurico (C12:0);
◦ Gorduras sólidas saturadas ricas em ácido láurico
resultam em perfil lipídico mais favorável do que uma
gordura sólida rica em ácidos graxos trans;
◦ Em relação aos demais tipos de gorduras saturadas,
especialmente ácido mirístico e palmítico, o ácido
láurico apresenta maior poder em elevar LDL-C, bem
como HDL-C;
◦ Os estudos experimentais comprovam o efeito
hipercolesterolêmico do coco e seus subprodutos,
como o recente estudo com cobaias que comparou
óleo de coco com azeite de oliva e óleo de girassol. O
grupo tratado com óleo de coco apresentou aumento
significativo da fração não HDL e triglicérides.
Coco e óleo de coco 
Óleo de palma
◦ Além de apresentar baixo ponto de fusão, o óleo de
palma apresenta grande resistência à oxidação em
razão do elevado teor de ácidos graxos saturados,
especialmente de ácido palmítico (cerca de 40%).
◦ dietas com alto teor de ácido palmítico elevam o teor
desse tipo de gordura no sangue;
◦ Estudos em humanos e animais, que comparam o
efeito metabólico de diferentes dietas, entre elas dieta
com alto teor de óleo de palma, observaram aumento
significativo de LDL-c e do colesterol total.
◦ Em macacos, o óleo de palma foi fator desencadeador
de aterosclerose em comparação ao óleo de cártamo
Óleo de Palma
Carnes
Carnes
Queijos
Síndrome metabólica ou cardiometabólica
Critério para Diagnóstico
Recomendações nutricionais
Referências
SANTOS, Raul D. et al. I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde
cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 100, n. 1, p. 1-40,
2013.
FALUDI, André Arpad et al. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e
prevenção da aterosclerose–2017. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 109,
n. 2, p. 1-76, 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Alimentação Cardioprotetora: manual de
orientações para os profissionais de saúde da Atenção Básica / Ministério da
Saúde, Hospital do Coração. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
XAVIER, Hermes T. et al. V Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da
aterosclerose. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 101, n. 4, p. 1-20, 2013.
Rosa, Glorimar. Nutrição de Doenças Cardiovasculares - Baseada em
Evidências. 1º ed- Rio de Janiero: Atheneu, 2017.
Essa tal de uma dor no peito...
◦ Paciente do sexo masculino, 47 anos, branco, motorista, procedente de Neves Paulista,
SP, iniciou acompanhamento ambulatorial em 2019, apresentado quadro de dores no
peito de alta intensidade, ocasião na qual foram realizados os diagnósticos de HAS, DM
tipo 2 e dislipidemia. Negava tabagismo e etilismo e referia possuir pai hipertenso e
coronariopata, além de irmã hipertensa e mãe diabética. Na ocasião estava assintomático,
com pressão arterial (PA) = 150 x 100 mmHg (média de 3 medidas), índice de massa
corpórea (IMC) = 35 kg/m² e os seguintes parâmetros bioquímicos: colesterol total=258
mg/dL, HDL-colesterol = 32 mg/dL, LDL-colesterol = 163 mg/dL, triglicerídeos = 315
mg/ dL, creatinina = 1,2 mg/dL, glicemia jejum = 204 mg/dL e hemoglobina glicada
(HbA1c) = 7,2%.
Conduta médica: Foi realizada orientação dietética, estimulada a prática de exercícios
físicos e iniciado tratamento com propranolol (80 mg/ dia), captopril (75 mg/dia),
metformina (1 g/dia); atorvastatina (10 mg/dia) e aspirina (81 mg/dia) e encaminhamento
para o nutricionista.

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