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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIEL TAVARES CARDOSO DE GÓIS 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS E EMPREGABILIDADE DA 
TECNOLOGIA BUBBLEDECK COMO FATOR COMPETITIVO 
ECONÔMICO E AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO – RJ 
NOVEMBRO/2016 
GABRIEL TAVARES CARDOSO DE GÓIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS E EMPREGABILIDADE DA TECNOLOGIA 
BUBBLEDECK COMO FATOR COMPETITIVO ECONÔMICO E 
AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia de Graduação do aluno 
Gabriel Tavares Cardoso de Góis, 
apresentado ao Departamento de 
Engenharia Civil da Universidade Veiga 
de Almeida, como requisito parcial para 
obtenção do Título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. D.Sc. Glauco José de 
Oliveira 
Coordenador: Prof. M.Sc. Marcio Alves 
Suzano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO – RJ 
NOVEMBRO/2016
GABRIEL TAVARES CARDOSO DE GÓIS 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS E EMPREGABILIDADE DA TECNOLOGIA 
BUBBLEDECK COMO FATOR COMPETITIVO ECONÔMICO E 
AMBIENTAL 
 
 
Monografia de Graduação do discente Gabriel Tavares Cardoso de Góis, 
apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Veiga de 
Almeida, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Aprovada em ___, de___________ de 2016. 
 
 
 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Prof. D.Sc. Glauco José de Oliveira 
Universidade Veiga de Almeida - UVA 
Orientador 
 
 
 
___________________________________________ 
Prof. M.Sc. Danielle Malvaris Ribeiro 
Universidade Veiga de Almeida - UVA 
Examinador 
 
 
 
___________________________________________ 
Prof. M.Sc. Alan da Silva Sirqueira 
Universidade Veiga de Almeida - UVA 
Examinador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A tarefa não é tanto ver aquilo 
que ninguém viu, mas pensar o que 
ninguém ainda pensou sobre aquilo 
que todo mundo vê.” 
(Arthur Schopenhauer) 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus que me deu forças para enfrentar meus desafios. 
A minha mãe por ser tudo na minha vida e por me apoiar em todos os momentos. 
A minha namorada por me motivar e me dar alegria nos momentos difíceis. 
Ao meu orientador pelo seu empenho e excelente suporte. 
E a todos que contribuíram de alguma forma para conclusão deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Neste trabalho é apresentado o sistema de lajes Bubbledeck, que se mostra uma 
tecnologia recente no mercado nacional apesar de décadas de estudos e aplicação 
internacional. São expostas as características técnicas, detalhes construtivos, etapas 
produtivas, normas e as vantagens desta tecnologia em comparação com estruturas 
de concreto usuais utilizadas nacionalmente. Sob o enfoque nos aspectos 
econômicos e ambientais, são feitas diversas análises que demonstram como as 
lajes Bubbledeck se mostram uma solução que proporciona vantagem competitiva a 
partir da redução da utilização de materiais junto de uma expressiva redução no 
tempo de construção, alinhados a um reduzido impacto ambiental que confere 
fortalecimento do compromisso ambiental das empresas que a aplicam. Também 
são expostos exemplos de aplicações nacionais e internacionais que reforçam o 
potencial econômico e ambiental desta tecnologia. Ao final, conclui-se consolidando 
as reflexões e análises feitas durante este trabalho. 
 
 
Palavras Chave: (Bubbledeck; Lajes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
In this work, the system of Bubbledeck Slabs is presented, which shows a recent 
technology in the national market despite decades of studies and International 
application. The technical characteristics, constructive details, production steps, 
norms and the advantages of this technology are presented in comparison with the 
usual concrete structures used nationally. Under the focus on economic and 
environmental aspects, several analyzes are carried out to demonstrate how 
Bubbledeck slabs are a solution that provides a competitive advantage by reducing 
the use of materials along with a significant reduction in construction time, in line with 
a reduced environmental impact, that reinforces the environmental commitment of 
the companies that apply it. Also, examples of national and International applications 
are presented that reinforce the economic and environmental potential of this 
technology. At the end, it concludes by consolidating the reflections and analyzes 
made during this work. 
 
 
Keywords: (Bubbledeck; Slabs) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Laje Bubbleck com suas esferas posicionadas ....................................... 14 
Figura 2 - Corte ilustrando arranjo das esferas ....................................................... 16 
Figura 3 - Fachada da Millenium Tower .................................................................. 17 
Figura 4 - Distribuição de esforços da laje sob carregamento ................................. 19 
Figura 5 - Disposição do sistema: Esfera, armaduras e camada de concreto ......... 20 
Figura 6 - Seção e ilustração do Tipo A – Pré-lajes ................................................ 27 
Figura 7 - Seção e ilustração do Tipo B - Módulos .................................................. 28 
Figura 8 - Seção e ilustração do Tipo C - Painéis Acabados ................................... 29 
Figura 9 - Seção da laje com esferas BD230 .......................................................... 30 
Figura 10 - Detalhamento da seção da laje com esferas BD230 ............................. 30 
Figura 11 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD280A ............................ 31 
Figura 12 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD340A ............................ 32 
Figura 13 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD390A ............................ 33 
Figura 14 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD450A ............................ 34 
Figura 15 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD600 ............................... 35 
Figura 16 - Tipo A – Pré-laje sendo içada ............................................................... 36 
Figura 17 - Esferas de Polietileno reciclado em pátio de planta .............................. 36 
Figura 18 - Armador amarrando os reforços entre as telas ..................................... 37 
Figura 19 - Formas com desmoldante aplicado ....................................................... 38 
Figura 20 - Equipamento de concretagem em linha de produção ........................... 38 
Figura 21 - Vibração após lançamento do concreto ................................................ 39 
Figura 22 - Pré-laje estocada após atingir resistência necessária ........................... 39 
Figura 23 - Transporte do elemento pré-laje de Bubbledeck ................................... 40 
Figura 24 - Içamento do elemento pré-laje de Bubbledeck ..................................... 40 
Figura 25 - Elemento de pré-laje sendo acomodado na estrutura ........................... 41 
Figura 26 - Armador realizando reforço entre os módulos de pré-laje ..................... 41 
Figura 27 - Conduítes embutidos na laje ................................................................. 42 
Figura 28 - Passagem para instalações prediais ..................................................... 42 
Figura 29 - Sistema de piso radiante à agua quente ............................................... 43 
Figura 30 - Mangueira conduz água em elevadas temperaturas ............................. 43 
Figura 31 - Concretagem após todas etapas estarem verificadas ........................... 44 
Figura 32 - Planta de arquitetura e de forma (Pavimento tipo) ................................ 50 
Figura 33 - Painéis Bubbledeck ...............................................................................52 
Figura 34 - Canteiro de obra do Centro Administrativo do Distrito Federal ............. 65 
Figura 35 - Layout da estrutura logística e produtiva no CADF ............................... 66 
Figura 36 - Otimização de espaços a partir de longos vãos .................................... 67 
Figura 37 - Mona Campbell Building – Dalhousie University ................................... 70 
Figura 38 - Le Coie Housing .................................................................................... 76 
Figura 39 - Millenium Tower .................................................................................... 77 
Figura 40 - WP Hotel ............................................................................................... 78 
Figura 41 - Novo Centro Administrativo do Distrito Federal ..................................... 79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 - Resultados obtidos da Resistência ao Esforço Cortante entre lajes ...... 23 
Gráfico 2 - Capacidade do Bubbledeck por diferentes vãos e espessura de laje .... 23 
Gráfico 3 - O benefício da Inovação ........................................................................ 47 
Gráfico 4 - Comparativo carga permanente e capacidade de carga relativa ........... 48 
Gráfico 5 - Comparativo carga permanente e capacidade de carga absoluta ......... 49 
Gráfico 6 - Ciclo Rápido de concretagem em horas (Escoramento não incluso) ..... 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Percentual do custo médio das fases da obra ........................................ 15 
Tabela 2 - Tipos de lajes ......................................................................................... 20 
Tabela 3 - Dados técnicos por tipo de esfera .......................................................... 21 
Tabela 4 - Comparativo da Resistência ao esforço cortante entre lajes (1) ............ 22 
Tabela 5 - Comparativo da Resistência ao esforço cortante entre lajes (2) ............ 22 
Tabela 6 - Comparativo de capacidade de carga, rigidez e volume ........................ 24 
Tabela 7 - Resistência ao fogo da laje em função do cobrimento ........................... 24 
Tabela 8 - Resultado de teste de Isolamento Acústico ............................................ 25 
Tabela 9 - Resultado de teste de Isolamento Térmico ............................................ 25 
Tabela 10 - Comparativo de taxas de armadura e esforços máximos ..................... 51 
Tabela 11 - Comparativo do volume de concreto e flechas máximas...................... 51 
Tabela 12 - Comparativo do volume de concreto total entre lajes ........................... 54 
Tabela 13 - Custo do m³ de concreto usinado (SINAPI/Agosto 2016) ..................... 56 
Tabela 14 - Comparativo do custo para lançamento e bombeamento de concreto . 57 
Tabela 15 - Comparativo da demanda de trabalho em função do volume .............. 58 
Tabela 16 - Custo da mão de obra para concretagem (incluindo vibrador) ............. 58 
Tabela 17 - Mão de Obra para concretagem da laje maciça de 18cm .................... 59 
Tabela 18 - Mão de Obra para concretagem da laje maciça de 23cm .................... 59 
Tabela 19 - Mão de Obra para concretagem da laje Bubbledeck (BD230) ............. 60 
Tabela 20 - Comparativo de fornecimento c/ bombeamento e mão de obra ........... 60 
Tabela 21 - Horas calculadas decorrentes da produtividade assumida................... 61 
Tabela 22 - Vãos máximos por tipo de laje e seus preços correspondentes ........... 62 
Tabela 23 - Emissão de CO2 e Energia Incorporada por tipo de laje ...................... 71 
Tabela 24 - Parametrização de cálculo para neutralização de CO2 ........................ 72 
Tabela 25 - Árvores necessárias para neutralização ............................................... 72 
Tabela 26 - Dificuldades enfrentadas na obra do CADF ......................................... 74 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
TCPO Tabelas de Composições de Preços Para Orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 13 
2 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 14 
2.1 História da Tecnologia Bubbledeck ............................................................... 16 
2.2 Aplicação ao redor do mundo ....................................................................... 17 
3 OBJETIVO .......................................................................................................... 18 
4 TECNOLOGIA BUBBLEDECK .......................................................................... 19 
4.1 Conceito ........................................................................................................ 19 
4.2 Composição e Especificações Técnicas ....................................................... 20 
4.2.1 As Esferas ........................................................................................... 20 
4.2.2 Resistência ao Esforço Cortante ......................................................... 21 
4.2.3 Resistência ao Momento Fletor ........................................................... 23 
4.2.4 Resistência ao Fogo ............................................................................ 24 
4.2.5 Isolamento Acústico ............................................................................. 25 
4.2.6 Isolamento Térmico ............................................................................. 25 
4.3 Aprovações e Normatização ......................................................................... 26 
4.4 Apresentações dos Elementos ..................................................................... 27 
4.4.1 Tipo A – Pré-lajes ................................................................................ 27 
4.4.2 Tipo B – Módulos ................................................................................. 28 
4.4.3 Tipo C – Painéis Acabados ................................................................. 29 
4.5 Detalhamento de Projeto .............................................................................. 30 
4.6 Etapas Produtivas e Método Construtivo ...................................................... 36 
4.7 Vantagens Competitivas ............................................................................... 45 
5 ESTUDO DE ANÁLISE COMPARATIVA SOB ENFOQUE ECONÔMICO E 
AMBIENTAL ............................................................................................................. 47 
5.1 Aspectos Econômicos ................................................................................... 47 
5.1.1 Eficiência do concreto .......................................................................... 48 
5.1.2 Cálculo do consumo de concreto ......................................................... 50 
5.1.2.1 Impacto nos Custos ................................................................ 55 
5.1.2.2 Custo vs Performance............................................................. 61 
5.1.3 Produtividade e Ciclo de concretagem ................................................ 63 
5.1.4 Planejamento Logístico de Canteiro .................................................... 65 
5.1.5 Condições Arquitetônicas .................................................................... 67 
5.2 Aspectos Ambientais ..................................................................................... 68 
5.2.1 Compatibilidade para obtenção de certificações verdes e suas 
vantagens ..................................................................................................... 68 
5.2.2 Emissão de CO2 e EnergiaIncorporada .............................................. 70 
5.2.3 Utilização do Plástico ........................................................................... 73 
5.3 Dificuldades e desafios no mercado brasileiro .............................................. 74 
6 CASES................................................................................................................ 76 
6.1 Internacional ................................................................................................. 76 
6.2 Brasil ............................................................................................................. 79 
6.3 Reconhecimentos e Premiações................................................................... 80 
7 CONCLUSÕES ................................................................................................... 81 
8 SUGESTÃO PARA NOVOS TRABALHOS ....................................................... 82 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
1 JUSTIFICATIVA 
O interesse pelo desenvolvimento de um estudo sobre lajes Bubbledeck 
decorreu-se pelos efeitos que esta tecnologia proporciona, indo de encontro com 
tendências ambientais e econômicas do século XXI, momento este em que 
empresas, governos e sociedade buscam serviços e produtos de custo reduzido que 
promovam qualidade e baixo impacto ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
2 INTRODUÇÃO 
Como um dos maiores setores econômicos do país, a construção civil se 
evidencia um setor de altíssima importância na economia, que além de gerar muitos 
empregos, produz uma larga receita tributária e trabalhista. Tendo em vista elevados 
gastos e a constante necessidade de evolução, a área cada vez mais investe em 
inovações que possam: agregar qualidade ao produto final, viabilizar os custos de 
produção, ser altamente produtivas, e tudo isso visando ser ambientalmente 
sustentável. 
A construção civil também se caracteriza como uma das áreas mais férteis e 
propícias a inovações, muitas tecnologias que apresentem boa performance aos 
olhos de grandes empreiteiras são absorvidas rapidamente, no entanto, outras são 
vistas com certo ceticismo e “medo de se aventurar” no pouco explorado. 
 
Figura 1 - Laje Bubbleck com suas esferas posicionadas 
 
Fonte: www.licogi168.com 
 
O conceito da laje Bubbledeck entra nesse contexto, uma vez que, estruturas 
de concreto são uma das linhas de custos mais onerosas de uma obra. 
A seguir, na Tabela 1, se evidencia a importância das estruturas no 
orçamento, a partir de um levantamento da curva ABC junto de outros serviços que 
 
 
 
15 
são comumente encontrados em obras civis, A tabela não engloba todas as etapas 
de uma obra. 
 
Tabela 1 - Percentual do custo médio das fases da obra 
Fase da Obra 
% em relação ao 
custo total 
Estruturas 19,34 
Gerenciamento 10,35 
Revestimento de paredes e forros 8,68 
Esquadrias de alumínio 6,67 
Alvenaria 6,55 
Pisos Internos 5,84 
Aparelhos, louças e metais 2,04 
Esquadrias de ferro 1,77 
Isolamento térmico 1,41 
Escavação 1,16 
Impermeabilização e tratamentos 1,07 
Vidros 0,82 
Ferragens 0,28 
Fonte: Custos médios dos serviços em edificações baseados em série 
histórica de orçamentos reais, 5º Encontro de engenharia e tecnologia dos 
campos gerais. [3] 
 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente[1], “[...]o setor da construção 
civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos globais do 
desenvolvimento sustentável. O Conselho Internacional da Construção – CIB aponta 
a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome 
recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis 
impactos ambientais.” 
O MMA, ainda aborda sobre os desafios do setor “[...]em síntese, consistem 
na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos 
resíduos gerados[...], posteriormente listando recomendações como: busca de 
 
 
 
16 
soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis, 
redução do uso de materiais com alto impacto ambiental e a redução da construção 
com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que 
permitam a reutilização de materiais que vão de encontro com as premissas que 
envolveu o invento da tecnologia Bubbledeck. 
2.1 História da Tecnologia Bubbledeck 
Na década de 50, o surgimento das lajes alveolares deu origem às estruturas 
de concreto mais leves. Com certa semelhança como ocorre nas lajes alveolares e 
nervuradas, as lajes de concreto com esferas plásticas, conhecidas como “Voided 
biaxial slab” na literatura internacional, substituem o concreto nas regiões centrais da 
laje por esferas plásticas de alta densidade que tem como objetivo criar vazios na 
região interna, dispensando o concreto que existiria ali que por sua vez aumenta a 
eficiência da estrutura. Isso é possível devido à baixa incidência de esforços de 
tração e compressão nesta região da laje. 
Conhecidas pelo nome de Bubbledeck, uma metonímia onde produtos são 
reconhecidos pela marca, assim como ocorre com Laminas de Barbear (Gillete), 
Hastes de Algodão (Cotonete), Esponja de aço (Bombril). A tecnologia começou a 
ser desenvolvida pelo engenheiro dinamarquês Jorgen Breuning na década de 80 a 
partir de um concurso do governo dinamarquês em promover novas técnicas 
construtivas que fossem ecológicas e sustentáveis com possibilidade de produção 
em larga escala. 
 
Figura 2 - Corte ilustrando arranjo das esferas 
 
Fonte: https://patents.google.com/ (Patent Number: US5396747A), Breuning 
 
 
 
 
 
17 
2.2 Aplicação ao redor do mundo 
Com aplicação mundial crescente, a tecnologia se mostra presente em todos 
os continentes, sendo mais de 400 edificações que totalizam mais de 2.000.000 m² 
executados. Grandes projetos que demandaram velocidade, economia e 
sustentabilidade, são eles: hotéis, prédios governamentais e residenciais, 
universidades, teatros, museus, aeroportos, muitos com certificações e 
reconhecimentos em eficiência energética. 
O primeiro projeto de um edifício arranha céu utilizando a tecnologia 
Bubbledeck foi executado em Rotterdam, chamado Millennium Tower, trata-se de 
um empreendimento que agrega hotelaria, apartamentos e escritórios. 
 
Figura 3 - Fachada da Millenium Tower 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
Em menor presença, na América do Sul, a tecnologia Bubbledeck está 
presente em três edificações no Brasil, são elas: Novo Centro Administrativo do 
Distrito Federal localizada em Brasília, Ampliação do Aeroporto Tom Jobim no Rio 
de Janeiro e a ampliação da Sede da Construtora Norberto Odebrecht em Salvador. 
 
 
 
 
 
18 
3 OBJETIVO 
Este trabalho tem como objetivo: analisar as vantagens deste sistema que se 
mostrem competitivas economicamente e ambientalmente ao mercado através de 
sua utilização. 
Economicamente, visa-se a partir de comparações, levantamentos, 
estimativas de custos e dados de produtividade, criar uma reflexão sobre uma 
oportunidade de se obter um menor custo produtivo com a aplicação deste sistema 
de lajes otimizadas. 
Ambientalmente, tem-se como ponto essencial, abordar as características 
ecológicas e seus impactos em paralelo com as tendências ambientais da 
atualidade, conduzindo a um raciocínio que demonstre o sistema como uma solução 
diferenciadora num mercado que cada vez mais se busca por alternativas que 
fortaleçam o compromisso ambiental das empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
4 TECNOLOGIA BUBBLEDECK 
4.1 Conceito 
O Bubbledeck é um sistema construtivo que se baseia na utilização de 
esferas plásticas, geralmente recicladas, contidas entre uma pré-laje de concreto e 
umatela armada superior e inferior, tem por objetivo criar cavidades internas na laje 
onde o concreto não exerce função estrutural, de modo que alivie a carga de peso 
próprio da laje que compõe as cargas permanentes. Dessa maneira é gerado uma 
economia de concreto e um melhor aproveitamento da capacidade da estrutura, 
além dos ganhos em produtividade, sustentabilidade e demais que serão abordados 
a frente deste trabalho. 
Segundo Breuning[2], a carga permanente dessas regiões estruturalmente 
inativas, são usualmente 2-4 vezes mais pesadas que a capacidade de carga útil 
das regiões onde o concreto é solicitado. Esta situação resultou em inúmeras 
tentativas em tornar as construções mais leves, na maioria das vezes criando-se 
cavidades internas. 
Com a aplicação do Bubbledeck, o projeto permite inúmeras possibilidades 
arquitetônicas a partir de vãos maiores, menor consumo de materiais (concreto, 
formas, escoras) e menores cargas sobre as fundações. 
 
Figura 4 - Distribuição de esforços da laje sob carregamento 
 
Fonte: Bubbledeck Internacional, 2016 
 
 
 
 
20 
4.2 Composição e Especificações Técnicas 
4.2.1 As Esferas 
As esferas utilizadas no sistema Bubbledeck são feitas de polietileno de alta 
densidade (HDPE) e podem ser geradas a partir de polietileno reciclado, o que 
confere um grau de sustentabilidade à tecnologia. 
 
Figura 5 - Disposição do sistema: Esfera, armaduras e camada de concreto 
 
Fonte: Bubbledeck Malaysia (traduzido) 
 
Na Tabela 2, é apresentado os tipos de esferas bem como suas 
características técnicas. 
Tabela 2 - Tipos de lajes 
Esfera 
Espessura da 
laje (mm) 
Diâmetro das 
Esferas (mm) 
Vão 
Livre (m) 
Carga PP 
(kgf/m²) 
Concreto 
(m³/m²) 
BD230 230 180 7 a 10 370 0,15 
BD280 280 225 8 a 12 460 0,19 
BD340 340 270 9 a 14 550 0,23 
BD390 390 315 10 a 16 640 0,25 
BD450 450 360 11 a 18 730 0,31 
Fonte: Bubbledeck Brasil 
 
 
 
21 
 Os modelos das esferas apresentadas abrangem diversos tipos de projetos e 
necessidades com capacidades distintas. 
 
Tabela 3 - Dados técnicos por tipo de esfera 
Diâmetro da Esfera (cm) 18,00 22,50 27,00 31,50 36,00 40,50 45,00 
Mín. Intereixos das Esferas 
(cm) 
20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 
Máx. Número de Esferas (1/m²) 25,00 16,00 11,11 8,16 6,25 4,94 4,00 
Espessura Mínima da Laje (cm) 23,00 28,00 34,00 40,00 45,00 52,00 58,00 
Redução de carga p/ Esfera 
(kN) 
0,08 0,15 0,26 0,41 0,61 0,87 1,19 
Red. Máx de Carga/m² (kN/m²) 1,91 2,39 2,86 3,34 3,82 4,29 4,77 
Fator para Rigidez (-) 0,88 0,87 0,87 0,88 0,87 0,88 0,88 
Fator para Cortante (-) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 
Fonte: Bubbledeck International 
 
4.2.2 Resistência ao Esforço Cortante 
Segundo a NBR 6118, a Força Cortante Resistente é diretamente 
proporcional a distância d (altura útil), isto é, influenciada pela espessura da laje 
(maciças), logo, as lajes Bubbledeck por possuir um menor volume de concreto 
quando comparadas a uma laje maciça de mesma espessura, apresentam uma 
menor resistência ao cisalhamento. Em geral a capacidade de resistência cortante 
da laje Bubbledeck é em média 81% da capacidade de uma laje maciça de mesmas 
características e 91% na Resistência à Punção. No dimensionamento é utilizado um 
Fator de Redução (-) de 0.6 (-40%) garantindo uma margem de segurança. 
Na tabela 4, a partir de um estudo realizado pela Eindhoven University of 
Technology, uma laje maciça é comparada com dois tipos de laje Bubbledeck, um 
com treliças amarradas e outro com treliças soldadas – espessura de 340mm. A 
Resistência ao esforço cortante é afetada pela razão da distância da carga até o 
apoio entre a espessura da laje. 
 
 
 
 
22 
Tabela 4 - Comparativo da Resistência ao esforço cortante entre lajes (1) 
Resistência ao esforço cortante (em % de laje maciça) a/d = 2,15 a/d = 3,0 
Laje maciça 100 100 
Bubbledeck, treliças soldadas 91 78(81)¹ 
Bubbledeck, treliças amarradas 77 - 
Legenda: 
¹ Correção para elementos de lajes com maior tempo de endurecimento 
a – Distância da carga até o apoio 
d – Espessura da laje 
 
Fonte: Eindhoven University of Technology, Bubbledeck UK [5] 
 
 Em outro estudo realizado pela The Engineering School in Horsens / 
Denmark, é feita uma análise comparativa entre uma laje maciça e uma laje 
Bubbledeck sem utilização de treliças, apenas se utilizando de arames recozidos, 
como mostra a tabela 5. 
 
Tabela 5 - Comparativo da Resistência ao esforço cortante entre lajes (2) 
Resistência ao esforço cortante (em % de laje maciça) a/d = 2,3 
Laje maciça 100 
Bubbledeck, sem treliças 76 
Legenda: 
a – Distância da carga até o apoio 
d – Espessura da laje 
Fonte: The Engineering School in Horsens / Denmark , Bubbledeck UK [5] 
 
 O Gráfico 1 apresenta, a partir dos resultados obtidos, a recomendação de se 
dimensionar com fator de redução de 60%, que representa 40% a menos de uma 
laje maciça. 
 
 
 
 
23 
Gráfico 1 - Resultados obtidos da Resistência ao Esforço Cortante entre lajes 
 
Fonte: Bubbledeck UK [5] 
 
 
4.2.3 Resistência ao Momento Fletor 
As lajes Bubbledeck permitem, de acordo com cada modelo, diferentes 
tamanhos de vãos livres e momentos fletores, como é ilustrado no Gráfico 2. 
 
Gráfico 2 - Capacidade do Bubbledeck por diferentes vãos e espessura de laje 
 
Fonte: Bubbledeck Brasil 
 
 
 
 
24 
A Tabela 6, resume a eficiência da laje Bubbledeck frente a laje maciça na 
relação: capacidade de carga e rigidez, como também a utilização do concreto. 
 
Tabela 6 - Comparativo de capacidade de carga, rigidez e volume 
Laje Bubbledeck vs. Laje maciça 
Em % de laje maciça 
Mesma capacidade 
de carga 
Mesma rigidez 
Mesmo volume 
de concreto 
Capacidade de Carga 100 105 150 
Rigidez 87 100 300 
Volume de Concreto 66 69 100 
Fonte: Bubbledeck UK [18] 
 
4.2.4 Resistência ao Fogo 
Segundo a Bubbledeck UK [18], a resistência ao fogo da laje depende da 
capacidade do aço em reter a força suficiente durante um incêndio. A temperatura 
do aço é controlada pelo fogo e o isolamento do aço, e na medida em que ele é 
superaquecido, ele perde resistência. 
 Existe um padrão adotado através de testes realizados em que estabelecem o 
tempo de resistência da laje em função da camada de cobrimento das armaduras, 
como mostra a Tabela 7: 
 
Tabela 7 - Resistência ao fogo da laje em função do cobrimento 
Cobrimento (mm) Tempo de resistência (min) 
20 60 
25 90 
30 120 
Fonte: Bubbledeck UK [18] 
 
 
 
 
25 
4.2.5 Isolamento Acústico 
De acordo com os testes de certificação das autoridades para a supervisão de 
construções P-SAC 02/IV-065, MPFA Leipzig e. V: 
 
Tabela 8 - Resultado de teste de Isolamento Acústico 
Esfera 
Índice de 
redução 
de som 
[dB] (Rw) 
Nível acústico 
equivalente ao 
passo [dB] 
(Ln,w,eg,R) 
Espessura da 
laje (mm) 
Diâmetro da 
Esfera (mm) 
BD230 55 77 230 180 
BD340 57 73 340 270 
Fonte: Bubbledeck Brasil 
 
4.2.6 Isolamento Térmico 
A resistência térmica é determinada por cálculo de acordo com a norma 
europeia BS EN ISO 6946:1997, na condição de esferas alocadas num formato 
cúbico (aproximado) com a mesma área e proporção na comparação entre lajes. 
 
Tabela 9 - Resultado de teste de Isolamento Térmico 
Esfera 
Espessura 
da laje 
(mm) 
Resistência 
Térmica 
(Bubbledeck) 
m²k/W 
Resistência Térmica 
(Laje maciça comum) 
m²k/W 
Vantagem 
Bubbledeck 
BD230 230 0.1546 0.1111 +39% 
BD280 280 0.1847 0.1375 +34% 
BD340 340 0.2102 0.1659 +27% 
BD390 390 0.2325 0.1905 +22% 
BD450 450 0.2583 0.2205 +17% 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
 
 
26 
4.3 Aprovações e Normatização 
Holanda – Em novembro de 2001, Bubbledeck é incorporada a norma Holandesa 
NEN 6720 pelo CUR (Civiltechnisch Centrum Research en Regelgeving) a partir da 
CUR Recommendation 86 – Bubbledeck slabs. 
 
Reino Unido – De acordo com o CRIC (Concrete Research & Innovation Centre), 
para efeitos decalculo e dimensionamento, o sistema Bubbledeck pode ser 
considerado como uma laje maciça comum apoiada sob colunas pela norma 
BS 8110 que padroniza e regulamenta o uso estrutural do concreto. 
 
Dinamarca – O Directorate of Building and Housing, (Municipality of Copenhagen) 
permite que o Sistema Bubbledeck seja calculado a partir de princípios reconhecidos 
das normas já existentes. 
 
Alemanha – O DIBt (Deutsches Institut fur Bautechnik) reconhece que o Sistema 
Bubbledeck pode ser dimensionado a partir de técnicas e métodos já existentes, 
estando aprovada pela norma DIN 1045 
 
Europa – O Sistema Bubbledeck está incorporado diretamente na norma européia 
EN 13747:2005+A1:2008 
 
Brasil – Atualmente o Brasil não aborda em suas normas o sistema Bubbledeck. Os 
projetos devem se balizar na norma NBR 6118:2014 (Projeto de Estruturas de 
Concreto), onde lajes planas convencionais são normatizadas, porém devem sempre 
estar em alinhamento com as recomendações de normas internacionais que já 
abrangem o Bubbledeck. No âmbito da utilização, a tecnologia também está de 
acordo com a norma NBR 15.575/2010 “Edifícios habitacionais de até cinco 
pavimentos – Desempenho”, que aborda sobre, entre outros, padrões mínimos para 
conforto térmico e acústico. 
 
 
 
 
 
27 
4.4 Apresentações dos Elementos 
As lajes Bubbledeck contam com três tipos de elementos que atendem a 
diferentes exigências ou mesmo limitações de um determinado projeto, seja por falta 
de espaço, distância de usinas de concreto, prazo curtos e demais fatores que 
envolvam o planejamento de uma obra. 
4.4.1 Tipo A – Pré-lajes 
Constituí uma laje previamente armada com telas de aço na parte superior e 
inferior, com as esferas posicionadas no centro e uma camada de concreto de 60mm 
na parte inferior do módulo que age como o assoalho de forma para concretagem 
dispensando o mesmo e necessitando apenas da utilização de longarinas e escoras. 
Após o lançamento do módulo, deve ser adicionado aço para reforços de junta, 
pilares e perímetro de acordo com as necessidades do projeto. Necessita de grua/ 
guindaste para suspensão dos elementos até o local de concretagem. 
 
Figura 6 - Seção e ilustração do Tipo A – Pré-lajes 
 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
 
28 
4.4.2 Tipo B – Módulos 
Trata-se de painéis previamente armados com telas de aço na parte superior 
e inferior e com as esferas posicionadas no centro, são transportados e içados, 
sendo lançados no assoalho de formas comuns, as mesmas de uma laje maciça. 
Após o lançamento do módulo, deve ser adicionado aço para reforço de 
acordo com as necessidades do projeto. Normalmente são armados em locais que 
possibilitem o fluxo logístico dos materiais (esferas e aço), isso permite que sejam 
armados num local predeterminado na obra (caso a mesma disponha do espaço 
físico) a fim de reduzir custos de frete. 
 
Figura 7 - Seção e ilustração do Tipo B - Módulos 
 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
4.4.3 Tipo C – Painéis Acabados 
Baseia-se no mesmo conceito de lajes pré-moldadas, o processo de armação 
e concretagem é inteiramente realizado numa linha produtiva, seja ela localizada na 
obra ou não, com infraestrutura adequada, são transportados para o local e içados 
por gruas/guindastes, como acontece com as lajes Pre-Moldadas, necessita de vigas 
de apoio ou paredes estruturais como também ocorre com estruturas de concreto 
pre-moldado usuais. 
Este tipo de laje Bubbledeck é recomendado para vãos menores e 
construções com prazos reduzidos. (Bubbledeck-UK). 
 
Figura 8 - Seção e ilustração do Tipo C - Painéis Acabados 
 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
4.5 Detalhamento de Projeto 
Para um maior entendimento sobre os características construtivas e as 
disposições dos elementos que compõe o sistema, neste capítulo serão expostos 
projetos de detalhamento de alguns tipos de laje Bubbledeck 
Na figura 9, como exemplo, é ilustrado em detalhe as condições técnicas do 
sistema BD230, ilustrando as dimensões necessárias do intereixo esférico, 
recobrimento de concreto inferior/superior, detalhe de chanfro na junta e a camada 
de 6cm de concreto pré-lançada na parte inferior da laje em conjunto com a união de 
telas soldadas na parte superior e inferior da laje. 
 
 
Figura 9 - Seção da laje com esferas BD230 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
Figura 10 - Detalhamento da seção da laje com esferas BD230 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
 
 
 
31 
Figura 11 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD280A 
 
Fonte: Bubbledeck UK [18] 
 
 
 
 
32 
 
Figura 12 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD340A 
 
Fonte: Bubbledeck UK [18]
 
 
 
33 
Figura 13 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD390A 
Fonte: Bubbledeck UK [18]
 
 
 
34 
Figura 14 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD450A 
 
Fonte: Bubbledeck UK [18] 
 
 
 
35 
Figura 15 - Seção e detalhamento da laje com esferas BD600 
 
Fonte: Bubbledeck UK [18]
 
 
 
36 
4.6 Etapas Produtivas e Método Construtivo 
Considerando o Tipo A – Pré-laje, a seguir serão descritas as etapas 
construtivas dos módulos com algumas diferenças para os outros Tipos, B e C, que 
serão observadas. 
Figura 16 - Tipo A – Pré-laje sendo içada 
 
Fonte: Bubbledeck Brasil 
 
O processo de produção das lajes Bubbledeck inicia-se a partir da fabricação 
das esferas de polietileno de alta densidade reciclado (HDPE) em indústrias 
petroquímicas. 
 
Figura 17 - Esferas de Polietileno reciclado em pátio de planta 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 
 
37 
 
As lajes são previamente armadas como módulos em um local apropriado. As 
esferas são posicionadas simetricamente entre elas na região central da laje, telas 
de aço são soldadas com reforços, travando e formando a “rede de bolhas” que irá 
impedir que as regiões de concreto não solicitadas sejam concretadas. 
 
Figura 18 - Armador amarrando os reforços entre as telas 
 
Fonte: Harvey Mudd College [4] 
 
 
As treliças colaboram com o reforço e travamento das esferas entre as telas. 
Esta etapa ocorre igualmente para os Tipos B (Módulos de Armação) e C (Painéis 
Acabados) de lajes Bubbledeck. 
Com os módulos armados, as formas são limpas e preparadas com 
desmoldantes químicos na linha de concretagem da fábrica. Esta etapa ocorre para 
o Tipo A (Painéis Acabados) porém não ocorre no Tipo B (Módulos de Armação), 
pois as mesmas são encaminhadas diretamente à obra, onde são concretadas in 
loco. 
 
 
 
38 
Figura 19 - Formas com desmoldante aplicado 
 
Fonte: Harvey Mudd College [4] 
 
 
Figura 20 - Equipamento de concretagem em linha de produção 
 
Fonte: BFT International 
 
Com as formas prontas, os módulos armados são içados e depois 
concretados, seja por uma linha com máquinas automatizadas, como é mostrado na 
Figura 13, ou mesmo manualmente com baldes içados por pórtico. 
No Tipo C (Painéis Acabados) as lajes são concretadas completamente, como 
ocorre em elementos pré-moldados comuns, o Tipo A (pré-lajes) é apenas 
parcialmente concretado até a altura de 6cm, a fim de formar uma camada 
suficientemente resistente que dispense formas e consiga suportar a carga do 
concreto lançado in loco com escoramento. Este tipo de elemento apresenta um 
 
 
 
39 
custo de frete e de operação (içamento, carga útil) menor que o Tipo C (Painéis 
Acabados) por ser mais leve e de fácil manuseio. Em linhas de produção modernas 
o concreto é vibrado por equipamentos através de grandes placas vibratórias. 
Figura 21 - Vibração após lançamento do concreto 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
Após a vibração, a camada de concreto da pré-laje deve curar até atingir 
resistência necessária para o armazenamento e transporte, nos dois processos as 
lajes são empilhadas. 
 
Figura 22 - Pré-lajeestocada após atingir resistência necessária 
 
Fonte: J3 Engineering Group, LLC 
 
 
 
 
40 
O carregamento, transporte e descarga é feito por meio de caminhões com o 
suporte de gruas/guindastes que içam os módulos através de pontos de ancoragem 
localizados na Pré-laje próprios para esta operação, que deve ser realizada com 
muita cautela. 
 
Figura 23 - Transporte do elemento pré-laje de Bubbledeck 
 
Fonte: http://www.ecopedia.com 
 
 
Figura 24 - Içamento do elemento pré-laje de Bubbledeck 
 
Fonte: http://www.treehugger.com 
 
 Os elementos de pré-laje devem ser acomodados cuidadosamente entre eles 
e os pilares para que não haja problemas na ancoragem, como mostra na Figura 25. 
 
 
 
41 
 
Figura 25 - Elemento de pré-laje sendo acomodado na estrutura 
 
Fonte: http://www.nadaaa.com/blog/ 
 
A armação da laje deve ser reforçada com barras de aço integrando aos 
outros elementos para se criar uma laje monolítica, há reforço nas extremidades da 
laje com grampos e por dentro dos pilares, o reforço é feito de acordo com as 
especificações de cada projeto. 
 
Figura 26 - Armador realizando reforço entre os módulos de pré-laje 
 
Fonte: Bubbledeck Malasysia 
 
 
 
 
42 
 
É possível embutir conduítes para instalações elétricas e caixas para 
passagens de tubulações. Em áreas onde se passam muitos conduítes, pode ser 
retirado algumas esferas, com o consentimento e aval do projetista calculista. 
 
Figura 27 - Conduítes embutidos na laje 
 
Fonte: http://www.nadaaa.com/blog/ 
 
Figura 28 - Passagem para instalações prediais 
 
Fonte: http://www.nadaaa.com/blog/ 
 
 
 
 
43 
Em países com clima temperado onde se há variações bruscas de 
temperatura ao longo do ano, é comum a utilização de sistemas de aquecimento nas 
residências. A laje Bubbledeck permite a utilização de pisos aquecidos conhecidos 
também como pisos radiantes à agua quente, como é mostrado na Figura 29 
(mangueiras vermelhas). 
 
Figura 29 - Sistema de piso radiante à agua quente 
 
Fonte: http://www.nadaaa.com/blog/ 
 
Figura 30 - Mangueira conduz água em elevadas temperaturas 
 
Fonte: https://www.larrysgroj.wordpress.com 
 
 
 
44 
Concluindo-se todos reforços e implantações exigidas por projetos distintos, a 
laje deve ser concretada. Não há quaisquer observações ou restrições que a 
diferencie de uma laje maciça neste ponto. 
 
Figura 31 - Concretagem após todas etapas estarem verificadas 
 
Fonte: http://www.nadaaa.com/blog/ 
 
O vibrador deve passar entre a malha de aço e ser vibrado da mesma 
maneira que é exigido em uma laje comum. 
Em virtude de espaços quase enclausurados devido as esferas, a vibração 
deve ser feita com muita atenção para evitar a ocorrência de brocas no concreto, o 
que pode vir a afetar negativamente a laje. 
Para lajes que utilizam o Tipo B – Módulos, quando é apenas a armação sem 
nenhuma camada de concreto previamente lançado, a laje deve ser concretada em 
duas etapas para evitar que as esferas façam a armação flutuar. Não é necessário 
interromper a concretagem, porém o enchimento completo num determinado ponto 
da laje só deve ser feito após a primeira camada ter dado a pega, ou seja, se 
apresentando com uma consistência maior que impeça a armadura subir. 
 
 
 
 
45 
4.7 Vantagens Competitivas 
A tecnologia Bubbledeck ganhou notoriedade não só através de seu potencial 
de tecnologia verde sustentável mas também por outros aspectos muito bem vistos 
pelo mercado como otimização do tempo de construção e custos devido a sua 
performance e melhor aproveitamento dos insumos que a compõe. É possível 
produzir lajes com desempenho semelhante ou superiores a lajes maciças de 
concreto armado utilizando muito menos concreto. 
 Com base em informações técnicas disponibilizadas pela Bubbledeck 
International [17] e pelos representantes nacionais, a Bubbledeck Brasil, essas 
vantagens são inúmeras. 
No universo de materiais e perdas que são presentes na maioria das obras, 
temos as seguintes vantagens com a utilização da tecnologia Bubbledeck: 
 
 35% em média de redução da utilização de concreto na laje devido às 
cavidades internas criadas pelas esferas 
 
 Redução considerável do peso próprio, que permite a redução das seções de 
vigas, pilares e fundações. 
 
 Redução de escoramento em 60% em comparação com lajes maciças lisas. 
 
A partir da economia na utilização de materiais, há economia nos custos de 
execução, mas não só oriundos do material como também de serviços indiretos e a 
mão de obra que o acompanham, como: 
 
 Menores custos de frete devido ao peso reduzido quando comparado à outros 
sistemas de lajes Pre-moldadas 
 
 Equipamentos para içamento com capacidade reduzidas 
 
 Redução de mão de obra e material para serviços posteriores como 
acabamento 
 
 
 
46 
 
 Redução nos custos de execução para Alvenaria e Instalações devido à 
planicidade do fundo da laje pela ausência de vigas 
 
 Dispensa/diminui a quantidade de regularizações e arremates 
 
Em relação ao tempo, que é um fator que acompanha e influência diretamente 
os custos de uma obra, é possível: 
 
 Redução no cronograma de 40% em média do tempo para execução da 
estrutura devido a menor quantidade de pilares e vigas. 
 
 Rápida instalação da infraestrutura de instalações elétricas, hidráulicas e 
especiais devido a planicidade do fundo das lajes. 
 
Na abordagem de tecnologias que seguem tendências ecológicas, o sistema 
Bubbledeck permite: 
 
 Redução próxima de 41% de emissão de carbono na produção e transporte 
quando comparado com lajes maciças 
 
 Possibilidade de implantação de sistema arrefecimento internamente na laje 
para reduzir o consumo operacional de energia 
 
 Utilização de plástico (PEAD/HDPE) reciclável 
 
 Redução da utilização de madeira para formas e retalhos devido à ausência 
de vigas e assoalhos. 
 
 
 
 
 
 
47 
5 ESTUDO DE ANÁLISE COMPARATIVA SOB ENFOQUE 
ECONÔMICO E AMBIENTAL 
O presente estudo visa comparar e analisar de maneira sucinta e direta a 
aplicabilidade da laje Bubbledeck com enfoque econômico e ambiental ao compara-
la com lajes maciças lisa, que são amplamente utilizadas no Brasil, analisando, a 
partir de cálculos e citações de estudos, as vantagens apresentadas no capítulo 3.7. 
 
5.1 Aspectos Econômicos 
Nos aspectos econômicos serão abordadas as virtudes que propiciam 
vantagens econômicas através de demonstrações e análises parciais dos custos de 
insumos e da execução, como também de sua produtividade, condições logísticas e 
arquitetônicas. 
Segundo Porter [24], a tecnologia como arma competitiva deve trazer de 
alguma forma uma liderança de custo, uma diferenciação do produto e um novo 
enfoque no mercado. 
 
Gráfico 3 - O benefício da Inovação 
 
Fonte: Blog Arquitetura de Soluções [25] 
 
 
 
 
 
48 
O Gráfico 3, apesar de extraído de um contexto da área de TI, vale para 
qualquer indústria como o mesmo aborda, pois a vantagem competitiva que este 
estudo tem como um dos objetivos expor, é justamente a diminuição nos custos com 
a redução de recursos que possibilita e viabiliza a comercialização de unidades de 
imóveis à preços competitivos comparado com ofertas de outras empresas. 
 
5.1.1 Eficiência do concreto 
As lajes Bubbledeck são conhecidas majoritariamente pelo seu efeito principal 
de aumentar a eficiência da utilização do concreto na laje ao se reduzir concreto que 
não exerce função estrutural. Em números, o Gráfico 4 e o Gráfico 5 compara a 
carga permanente e a capacidade de carga de uma laje maciça lisa com lajes 
Bubbledeck, uma com mesma espessura e outra com a mesma capacidade 
respectivamente. 
 
Gráfico 4 - Comparativo carga permanente e capacidade de carga relativa 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
Como visto anteriormente, a redução de concreto ocorre em regiões onde o 
concreto não é solicitadosignificativamente para seu devido fim, logo, a laje maciça 
 
 
 
49 
por ter concreto nestas regiões, compromete em parte a sua capacidade de 
carregamento. A ausência desta parcela de carga de peso próprio que é o concreto 
sem função estrutural, permite que a laje aumente sua capacidade de carregamento 
na mesma grandeza em que foi reduzido o peso, como mostra Grafico 4 pela Laje 
Bubbledeck de mesma espessura. Há um alívio de 25% de Carga Permanente e um 
ganho em 25% na Capacidade de carregamento. 
Na condição de se dimensionar uma laje de mesma capacidade, a laje 
Bubbledeck permite uma economia de 50% na redução de concreto em média, como 
será demonstrado mais a frente neste estudo. Em valores absolutos comparados 
com a laje maciça, as lajes Bubbledeck se mostram expressivas. 
 
Gráfico 5 - Comparativo carga permanente e capacidade de carga absoluta 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
 A redução de 35% de concreto da laje maciça permite que a capacidade de 
carregamento dobre na laje Bubbledeck pelo uso eficiente do concreto que chega a 
300% de eficiência quando comparada a uma laje de mesma espessura e 200% em 
eficiência numa laje de mesma capacidade, que consequentemente teria uma 
espessura menor. 
 
 
 
50 
5.1.2 Cálculo do consumo de concreto 
Como base de estudo, será utilizado o layout de um projeto de pavimento 
típico de edificação comum com cargas usuais proposto por SILVA [6] como também 
seus cálculos obtidos que tiveram como objetivo comparar o desempenho de lajes 
maciças com lajes Bubbledeck. 
 
Figura 32 - Planta de arquitetura e de forma (Pavimento tipo) 
 
Fonte: SILVA [6] 
 
 SILVA [6] estabeleceu um estudo comparativo entre a laje Bubbledeck BD230 
com espessura de 230mm e lajes maciças com espessura respectivas de 180mm e 
230mm. Dados Técnicos em comum de ambas lajes (maciça e Bubbledeck): 
 
 Concreto Estrutural Fck=30Mpa 
 Aço CA-50 
 Painéis - 8,0m x 8,0m 
 Pilares - dimensões de 30cm x 30cm com 3,5m de altura 
 Alvenaria - 15cm de espessura 
 Sobrecarga (SC) – 2kN/m² em todo o pavimento 
 
 
 
51 
 Revestimento – 0,5 kN/m² em todo o pavimento 
 Alvenaria - 5,85 kN/m em toda extensão linear da alvenaria 
 
Tabela 10 - Comparativo de taxas de armadura e esforços máximos 
Tipo de laje 
Armadura 
inferior do 
painel 
Armadura 
superior entre 
painéis 
Armadura 
superior sobre os 
pilares 
Armadura 
de punção 
Laje 
Bubbledeck 
(BD230) 
0,304% 
(55kN.m/m) 
0,219% 
(41kN.m/m) 
0,97% 
(160kN.m/m) 
0,00% 
(715kN) 
Laje maciça de 
18cm 
0,546% 
(56kN.m/m) 
0,436% 
(43kN.m/m) 
2,254% 
(170kN.m/m) 
0,175% 
(754kN) 
Laje maciça de 
23cm 
0,427% 
(71kN.m/m) 
0,341% 
(58kN.m/m) 
1,366% 
(197kN.m/m) 
0,146% 
(888kN) 
Fonte: Silva [6] 
 
A laje Bubbledeck é menos solicitada por possuir uma combinação de cargas 
menor quando comparada com as outras duas, devido a seu Peso Próprio reduzido 
em função das cavidades. 
O cálculo do volume do concreto foi realizado considerando painéis de 8,0m 
x 8,0m armados in loco e seu resultado é referente à 1 (um) painel como mostra a 
Tabela 11. 
 
Tabela 11 - Comparativo do volume de concreto e flechas máximas 
Tipo de laje Volume de concreto (m³) Flecha máxima (cm) 
Laje Bubbledeck (BD230) 10,08 2,22 
Laje maciça de 18cm 12,24 4,05 
Laje maciça de 23cm 14,72 2,84 
Fonte: SILVA [6] 
 
A laje Bubbledeck obteve uma redução de 32% de volume de concreto em 
relação à laje maciça de 23cm e 18% de redução em relação a laje maciça de 18cm, 
o que representa uma grande economia. 
 
 
 
52 
Segundo, Bubbledeck AU [7], as dimensões típicas dos painéis de Bubbledeck, 
podem variar com larguras de 2,4m à 3,0m e comprimento de 9m até 10m. 
Reproduzindo o mesmo cálculo, porém, agora somando a laje inteira em 
módulos de pré-laje de 3,0m x 10,0m. São calculados descontos de 1,8m x 1,8m nas 
proximidades do pilar e 30 cm nas extremidades da laje e entre painéis como mostra 
a Figura 33 que são referentes a regiões onde não haverão esferas, apenas 
concreto maciço. 
 
Figura 33 - Painéis Bubbledeck 
 
Fonte: SILVA [6] (Modificado) 
 
Estes descontos próximos aos apoios ocorrem pelo fato da resistência ao 
cisalhamento estar intimamente ligada ao volume de concreto na seção, e as 
proximidades dos apoios normalmente são as regiões mais solicitadas pelo esforço 
 
 
 
53 
cortante, dessa maneira, as esferas são dispensadas a fim de se criar um maior 
volume de concreto na região e consequentemente agregar maior resistência 
cortante neste ponto crítico, quanto as extremidades, ocorre pela necessidade de 
reforços como grampos ou qualquer outra exigência em projeto. 
 
 
 Área da Laje descontando vãos abertos 
 
A = 40*24 – (8*8) – (8*4) = 864m² 
 
 Volume de concreto da laje maciça de 18cm 
 
Vlaje maciça18 = 864*0,18 = 155,52m³ 
 
 Volume de concreto da laje maciça de 23cm 
 
Vlaje maciça23 = 864*0,23 = 198,72m³ 
 
 Cálculo de Volume de Concreto para Laje Bubbledeck BD230 
 
 Descontos de regiões maciças próximas aos pilares 
 
D = 1,8 * 1,8 (6+(4 * 0,25+8 * 0,5 + 4 * 0,75) = 45,36m² 
 
 Área para aplicação de esferas, descontado extremidades maciça e 
pilares 
 
Aesferas = (40-0,60)*(24-0,60) – (8*8) – (8*4) = 825,96m² - 45,36m² = 780,6m² 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 Redução de Volume de Concreto 
 
A partir da Tabela 3, adota-se para a laje Bubbledeck BD230, a quantidade de 25 
esferas/m² para ser multiplicado à área útil de aplicação das esferas. 
 
Nesferas = Aesferas * 25 = 780,6*25 = 19.515 Esferas 
 
O volume de uma esfera única é de: 
 
Vesfera = 4/3 * π * R³= 4/3 * π * (0,09)³ = 0,003054m³ 
 
 Volume de concreto que será reduzido: 
 
Vredução = Nesferas * Vesfera = 19.515 * 0,003054 = 59,6m³ 
 
 Volume de concreto da laje Bubbledeck BD230 
 
Vlaje Bubbledeck = Vlaje maciça23 – Vredução = 198,72 – 59,6 = 139,12m³ 
 
A partir disso, são obtidos os seguintes resultados: 
 
Tabela 12 - Comparativo do volume de concreto total entre lajes 
Tipo de laje 
Volume de 
Concreto (m³) 
Peso Próprio 
(kN) 
Peso Próprio 
(kN/m²) 
Laje Bubbledeck (BD230) 139,12 3478 4,03 
Laje maciça de 18cm 155,52 3888 4,50 
Laje maciça de 23cm 198,72 4968 5,75 
Fonte: Autoria Própria 
 
Logo, calculando com o Tipo A – Pré-lajes em módulos de 3,0m de largura 
por 10,0m de comprimento e descontando as regiões maciças da laje Bubbledeck, é 
possível obter uma economia de 30% de concreto. 
 
 
 
55 
Segundo a NBR 6120, o peso específico do concreto é de 25kN/m³. 
Multiplicando pelo volume de 59,6m³ que deixou de ser lançado na laje, há um alivio 
de carga, como mostra a Tabela 12, resultando em solicitações menores como 
também visto na Tabela 10. 
 
 Redução do Peso Próprio = Vredução * 25 = 59,6 * 25 = 1490kN 
 
 Consequentemente, este alívio de carga, permite o dimensionamento de 
estruturas menos robustas, como vigas, pilares e fundações com menores seções, 
gerando também uma economia indireta. 
 
5.1.2.1 Impacto nos Custos 
Os custos e composições apresentados a seguir, se baseiam em dados do 
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) [9] 
referentes à Agosto/2016 disponíveis no site da Caixa Econômica e na 13ª Edição 
da Tabela de Composição de Preços para orçamento (TCPO 13) [11]. 
Segundo a Caixa Econômica, “A gestão do SINAPI é compartilhada entre 
Caixa e IBGE. A Caixa é responsável pela base técnica de engenharia 
(especificação de insumos, composições de serviços e orçamentos de referência) e 
pelo processamento de dados, e o IBGE, pela pesquisa mensal de preço, tratamento 
dos dados e formação dos índices.”. 
O TCPO é uma tabela de dados de Composição de Preços da Construção 
Civil utilizado em todo território brasileiro para orçamentos de obras, disponível em 
versões digitais e físicas, foi criado e calculado pelo departamento de Engenharia do 
Grupo PINI.Neste capítulo será dada continuidade ao cálculo do consumo de concreto, 
porém analisando financeiramente o quantitativo de concreto lançado. 
 O Concreto utilizado é o “Concreto Estrutural C30 (Fck=30Mpa)” como é 
mostrado no capítulo 4.1.2 deste trabalho e identificado na tabela do SINAPI [10] 
pelo código “00001525” 
 
 
 
 
56 
Tabela 13 - Custo do m³ de concreto usinado (SINAPI/Agosto 2016) 
Código Descrição do Insumo Unidade 
Origem 
do 
Preço 
Preço 
Mediano 
00001525 
FCK 30MPA e CA50 - CONCRETO 
USINADO BOMBEAVEL, CLASSE DE 
RESISTENCIA C30, COM BRITA 0 E 1, 
SLUMP = 100 +/- 20 MM, INCLUI SERVICO 
DE BOMBEAMENTO (NBR 8953) 
M³ CR 
R$ 
316,15 
CR – para preço obtido por meio do coeficiente de representatividade do insumo (ver 
Manual de Metodologia e Conceitos); 
Fonte: Tabela SINAPI Preço de Insumos [10] 
 
 Para efeito de cálculo é proposto a adição da seguinte informações do projeto 
em análise a fim de simular o custo na grandeza de uma obra: 
 
 Edificação Residencial Multifamiliar com 11 Pavimentos Tipos 
 
 Cálculo de custos para fornecimento e bombeamento de concreto 
 
 Laje Bubbledeck BD230 
Custo (R$/Pav. Tipo) = 139,12*316,15 = 43.982,79 
 
 Laje maciça de 18cm 
Custo (R$/Pav. Tipo) 155,52*316,15 = 49.167,65 
 
 Laje maciça de 23cm 
Custo (R$/Pav. Tipo) = 198,72*316,15 = 62.825,33 
 
 
 
 
 
 
 
57 
Tabela 14 - Comparativo do custo para lançamento e bombeamento de concreto 
Tipo de laje 
Volume de Concreto 
(m³/Pav. Tipo) 
Custo 
(R$/Pav. Tipo) 
Custo Total 
(R$) 
Laje Bubbledeck (BD230) 139,12 R$ 43.982,79 R$ 483.810,67 
Laje maciça de 18cm 155,52 R$ 49.167,65 R$ 540.844,13 
Laje maciça de 23cm 198,72 R$ 62.825,33 R$ 691.078,61 
Fonte: Autoria Própria 
 
A laje Bubbledeck BD230 em comparação com a laje maciça de mesma 
espessura produziu uma economia de R$ 207.267,94, apenas no fornecimento e 
bombeamento de concreto por parte de uma concreteira sem considerar os custos 
da equipe responsável por lançamento, adensamento e acabamento. 
 Para se calcular o custo de operação da equipe, será utilizada a tabela TCPO 
13 [11], onde informa na Pág. 183, que a produtividade da equipe de concretagem 
composta por 50% ajudantes e 50% oficiais feita utilizando concreto bombeado é 
descrita numa faixa de: mínimo=0,6Hh/m³, media=1,54Hh/m³ e máximo= 4,23Hh/m³. 
Logo quanto menor o valor, mais produtivo a equipe é. Esta faixa está parametrizada 
por situações favoráveis (mínimo) e situações desfavoráveis (máximo). 
Neste caso, será considerado uma equipe composta por 6 ajudantes e 6 
pedreiros para trabalharem no lançamento, adensamento e acabamento da laje 
numa situação favorável de produção que permita uma produtividade de 0,8Hh/m³, 
correspondendo a 1,25m³ produzido para cada Homem-hora. 
 Com 9 horas de trabalho diário, cada operário produz 9Hh por dia, totalizando 
108Hh da equipe/dia e 135m³/dia. 
 Deve-se lembrar que pelo fato dos módulos pré-laje já possuírem 6cm de 
concreto pré-lançado de fábrica, o volume à ser concretado é menor, logo: 
 
 VBBconc = 864*(0,23-0,06) – Vredução = 146,88 – 59,6 = 87,28m³ 
 
Este cálculo não engloba operações de montagem dos módulos, esferas, 
transporte, içamento, ajustes, ou quaisquer outros serviços que não sejam a 
 
 
 
58 
concretagem (lançamento, adensamento e acabamento de concreto), podendo 
variar devido a desvios de produtividade, preço ou mesmo eventos não planejados. 
Os custos referentes ao bombeamento foram previamente calculados junto do 
fornecimento de concreto. 
 
Tabela 15 - Comparativo da demanda de trabalho em função do volume 
Tipo de laje 
Volume à ser 
Concretado 
(m³) 
Produtividade 
(Hh/m³) 
Hh 
necessário 
(Hh) 
Hh necessário por 
operário 
Laje Bubbledeck 
(BD230) 
87,28(*) 0,8 111,30 7,27 
Laje maciça de 18cm 155,52 0,8 124,42 10,37 
Laje maciça de 23cm 198,72 0,8 158,97 13,25 
(*) – Descontado camada de 6cm lançada na fabricação. 
Fonte: Autoria Própria 
 
Tabela 16 - Custo da mão de obra para concretagem (incluindo vibrador) 
Código Descrição do Insumo Unidade 
Origem do 
Preço 
Preço 
Mediano 
88242 
AJUDANTE DE PEDREIRO COM 
ENCARGOS COMPLEMENTARES 
H CR R$ 17,74 
88309 
PEDREIRO COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
H CR R$ 22,12 
73331 
VIBRADOR DE IMERSAO MOTOR GAS 
3,5CV (CP) C/MANGOTE 
H PROD CR R$ 3,09 
CR – para preço obtido por meio do coeficiente de representatividade do insumo (ver 
Manual de Metodologia e Conceitos); 
Fonte: Tabela SINAPI Custo de Composições [10] 
 
 
 
 
 
 
 
59 
Tabela 17 - Mão de Obra para concretagem da laje maciça de 18cm 
Descrição do Insumo Qtd Horas 
Preço 
(R$/h) 
Custo Por 
laje 
Custo Total 
AJUDANTE DE PEDREIRO 
COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
6 10,37 R$ 17,74 R$ 1.103,78 R$ 12.141,61 
PEDREIRO COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
6 10,37 R$ 22,12 R$ 1.376,30 R$ 15.139,37 
LOCAÇÃO VIBRADOR DE 
IMERSAO MOTOR GAS 3,5CV 
(CP) C/MANGOTE 
1 10,37 R$ 3,09 R$ 32,04 R$ 352,48 
Total R$ 2.512,13 R$ 27.633,46 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
Tabela 18 - Mão de Obra para concretagem da laje maciça de 23cm 
Descrição do Insumo Qtd Horas 
Preço 
(R$/h) 
Custo Por 
laje 
Custo Total 
AJUDANTE DE PEDREIRO 
COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
6 13,25 R$ 17,74 R$ 1.410,33 R$ 15.513,63 
PEDREIRO COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
6 13,25 R$ 22,12 R$ 1.758,54 R$ 19.343,94 
LOCAÇÃO VIBRADOR DE 
IMERSAO MOTOR GAS 3,5CV 
(CP) C/MANGOTE 
1 13,25 R$ 3,09 R$ 40,94 R$ 450,37 
Total R$ 3.209,81 R$ 35.307,94 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
 
 
 
 
 
60 
Tabela 19 - Mão de Obra para concretagem da laje Bubbledeck (BD230) 
Descrição do Insumo Qtd Horas 
Preço 
(R$/h) 
Custo Por 
laje 
Custo Total 
AJUDANTE DE PEDREIRO 
COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
6 7,27 R$ 17,74 R$ 773,82 R$ 8.512,01 
PEDREIRO COM ENCARGOS 
COMPLEMENTARES 
6 7,27 R$ 22,12 R$ 964,87 R$ 10.613,62 
LOCAÇÃO VIBRADOR DE 
IMERSAO MOTOR GAS 3,5CV 
(CP) C/MANGOTE 
1 7,27 R$ 3,09 R$ 22,46 R$ 247,11 
Total R$ 1.761,16 R$ 19.372,73 
Fonte: Autoria Própria 
 
Tabela 20 - Comparativo de fornecimento c/ bombeamento e mão de obra 
Tipo de laje 
Custo de 
fornecimento e 
bombeamento de 
concreto 
 (R$) 
Custo de Mão de 
Obra para 
concretagem 
(R$) 
Custo Total 
(R$) 
Laje Bubbledeck 
(BD230) 
R$ 483.810,67 R$ 19.372,73 R$ 503.183,40 
Laje maciça de 18cm R$ 540.844,13 R$ 27.633,46 R$ 568.477,59 
Laje maciça de 23cm R$ 691.078,61 R$ 35.307,94 R$ 726.386,55 
Fonte: Autoria Própria 
 
 Ao final do custo total, houve um acréscimo de economia de 1%, tornando-a 
31% mais em conta que a laje maciça de 23cm. Na grandeza de uma obra com 11 
pavimentos tipos com a aplicação da laje Bubbledeck BD230 neste exemplo, é 
possível obter uma economia de R$ 223.203,15 no que diz respeito a fornecimento, 
bombeamento, lançamento, adensamento e acabamento do concreto da laje. Não 
foi comparado ou levado em consideração armação, forma e outros custos que 
compõe a estrutura. 
 
 
 
61 
 
Tabela 21 - Horas calculadas decorrentes da produtividade assumida 
Tipo de laje 
Horas necessárias 
p/ se concretar 1 laje 
com equipe 
Total de Horas 
necessárias p/ 
concretar todas 
11 lajes com 
equipe 
Total de Horas 
convertidos em 
Dias Trabalhados 
Laje Bubbledeck 
(BD230) 
7,27 79,97 9 
Laje maciça de 18cm 10,37 114,07 13 
Laje maciça de 23cm 13,25 145,75 17 
Fonte: Autoria Própria 
 
 Além da redução de concreto devido à utilização do Bubbledeck, o Tipo A – 
Pré-lajes é concretado previamente em fabrica com 6cm de camada inferior, que é 
utilizado como uma forma de laje permanente. Neste caso, os 6cm de concreto 
representou 51,84m³ de concreto à menos à ser concretado por laje. Aliado à isso, 
obteve-se um ganho de aproximadamente 8 dias no cronograma frente a laje maciça 
de 23cm. 
 
5.1.2.2 Custo vs Performance 
A redução de custos obtida através da economia de concreto pela utilização 
da laje Bubbledeck em relação às lajes maciças, evidencioua capacidade de se 
viabilizar tecnicamente uma laje com mesma capacidade utilizando-se menos 
recursos. 
A partir de resultados de pesquisas obtidos pela AEC Consulting Engineers 
Ltd – Professor M.P. Nielsen, nesta etapa do estudo, será analisado a capacidade 
de vencer grandes vãos da laje Bubbledeck em comparação com lajes maciças, 
porém, utilizando-se a mesma quantidade de recursos (concreto e aço) que se 
utilizaria nas lajes maciças. 
 
 
 
62 
A Tabela 22, compara através de 5 modelos distintos, os vãos máximos de 
lajes maciças e lajes Bubbledeck e seus respectivos custos, demostrando a 
performance da laje Bubbledeck frente à laje maciça, onde ambas possuem: 
 
 Mesma quantidade de concreto 
 Mesma quantidade de aço 
 Mesma área 
 
Portanto; 
 
 Espessuras diferentes 
 
Tabela 22 - Vãos máximos por tipo de laje e seus preços correspondentes 
Laje maciça Laje Bubbledeck 
Pilar 
(m) 
Vão 
livre 
Preço 
kr/m² 
Modelo 
Pilar 
(m) 
Vão livre Preço 
m % kr/m² % 
0,30 6,0 498 1 0,30 8,3 +38 413 -17 
0,40 7,2 568 2 0,45 10,1 +40 473 -17 
0,55 8,5 646 3 0,60 11,9 +40 554 -14 
0,75 9,9 724 4 0,85 13,8 +39 618 -15 
1,20 12,2 914 5 1,40 16,9 +39 762 -17 
Fonte: Report from AEC Consulting Engineers Ltd. / Professor M.P. Nielsen: 
Bubbledeck International 
 
A diferença em porcentagem é calculada por: 
 
 
% = Laje Bubbledeck – Laje Maciça 
 Laje Maciça 
 
 
 
 
 
63 
A moeda utilizada é o kr (Coroa Sueca), referente ao país de origem desta 
pesquisa, o valor da moeda pode se encontrar desatualizado em razão de índices 
de correção monetária do país, portanto, não foi realizada nenhuma conversão para 
o Real (BRL) como também por questões econômicas divergentes entre os países. 
O custo deve ser analisado em função de proporcionalidade na comparação 
com a laje maciça. 
 Em média, as lajes Bubbledeck superaram em 39% a distancia entre os 
apoios, ou seja, suscetíveis a vencerem vãos 39% maiores, possibilitando a redução 
de pilares e sendo 16% mais baratas. 
 
5.1.3 Produtividade e Ciclo de concretagem 
A produtividade é uma variável indexada aos custos da obra e que compõe 
um fator a ser analisado em qualquer estudo de viabilidade, pois uma tecnologia 
com demanda e custos de insumos relativamente baixos que apresente uma 
operação complexa e demorada, pode se tornar inviável, portanto, a produtividade é 
um fator importantíssimo à ser estudado. 
Segundo a CBIC [14]; “Um conceito mais amplo para a produtividade é 
obtenção de uma produção maior com uma mesma quantidade de recursos 
empregados ou, de outra maneira, quando se emprega menos recursos para obter 
uma mesma produção”. A tecnologia Bubbledeck se enquadra nesta reflexão, uma 
vez que, sua execução se mostra mais rápida que lajes convencionais com a 
utilização de recursos como concreto, aço e forma em menor quantidade. 
O Gráfico 6, exibe o tempo de execução em horas de uma laje Bubbledeck do 
momento em que ela é içada e acomodada na estrutura provisória (formas e/ou 
escoras) até a sua concretagem. 
 
 
 
 
64 
Gráfico 6 - Ciclo Rápido de concretagem em horas (Escoramento não incluso) 
 
Fonte: Bubbledeck International [15] 
 
 Para ciclos ainda mais agressivos, é possível iniciar a concretagem junto do 
andamento do reforço de extremidades (dependendo da quantidade de reforços a 
serem feitos), embora não seja ideal e recomendado por dificultar o controle de 
qualidade e pelo risco de se interromper a concretagem, é uma prática comum na 
execução de lajes convencionais a realização de ajustes e reforços horas antes ou 
durante uma concretagem. 
 Segundo a Bubbledeck International [15], a operação de içamento e 
acomodação dos elementos é rápida, dada suas produtividades de acordo com o 
tipo de laje Bubbledeck: 
 
 Tipo A – Pré-laje Bubbledeck, um guindaste pode içar e acomodar de 8 
a 12 elementos por hora. 
 
 Tipo B – Módulos Bubbledeck, um guindaste pode içar e acomodar de 
10 a 15 elementos por hora. 
 
 
 
 
65 
5.1.4 Planejamento Logístico de Canteiro 
Como ocorre em qualquer obra, é imprescindível a realização de um 
planejamento logístico de modo que a produção flua sem qualquer empecilho ou 
gargalo produtivo. 
Segundo a Bubbledeck Brasil [16]; “O método Bubbledeck possibilita uma 
menor logística de transporte de materiais, o que consequentemente minimiza os 
riscos operacionais e de segurança de trabalho, já que reduz a força humana”. 
O canteiro deve dispor de espaço suficiente para estocagem e movimentação, 
dos insumos que compõe a laje Bubbledeck. Dependendo da solução adotada, o 
layout do canteiro pode demandar uma parcela de área significativa. Um exemplo 
prático é o Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF), onde os elementos 
foram produzidos no próprio canteiro por uma linha produtiva com pontes rolantes e 
uma usina de concreto exclusiva como mostra a Figura 34. Em vermelho a linha 
produtiva de elementos de pré-laje Bubbledeck e a usina de concreto logo ao lado 
destacada em amarelo. 
 
Figura 34 - Canteiro de obra do Centro Administrativo do Distrito Federal 
 
Fonte: Google Maps (2016) 
 
 
 
66 
 Para o caso do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF), a partir de 
um estudo de caso feito por PARCIANELLO [16], a estrutura logística desta linha 
produtiva esteve definida como mostra a Figura 35: 
 
Figura 35 - Layout da estrutura logística e produtiva no CADF 
 
 
Legenda: 
1 – Estocagem, pilhas de 8 peças; 
2 – Estoque de esferas; 
3 – Administração; 
4 – Fabricação 
5 – Ponte rolante; 
6 – Estoque de armaduras. 
 
Fonte: PARCIANELLO [16] 
 
 De acordo com PARCIANELLO [16], “O depósito dos pré-moldados no pátio 
deve atender a logística pré-definida pelo gestor da fábrica[...]”. A produção e o 
armazenamento das lajes não podem interferir na produção da obra e vice-versa, 
logo, o planejamento logístico é vital para este tipo de solução funcionar 
corretamente. 
 A decisão de se fabricar os elementos Bubbledeck no próprio canteiro da obra 
pode se dar por diversos fatores como: distância de fornecedores, tempo de 
produção, acessos e limitações para entrega na obra, como elementos maiores ou 
que tragam dificuldade para transporte em carretas e demais casos. Como qualquer 
decisão, deve envolver um estudo de viabilidade que conduza, a partir de cálculos e 
análises estratégicas, a melhor decisão de acordo com os objetivos da obra e do 
cliente. 
 
 
 
 
67 
5.1.5 Condições Arquitetônicas 
A laje Bubbledeck permite atender projetos arquitetônicos ousados, versáteis 
e mais eficientes, pois com vãos livres maiores e menos pilares se possibilita uma 
utilização mais eficiente do ambiente, por conta disso o sistema está sendo bastante 
utilizado na construção de Prédios Garagens e Estacionamentos Verticais. É 
possível produzir diversas formas atendendo a diferentes tipos de layout. 
 
Figura 36 - Otimização de espaços a partir de longos vãos 
 
Fonte: http://vitec.net.vn/en/ 
 
 A ausência de vigas, além de valorizar esteticamente, cria-se um layout mais 
retilíneo e menos intermitente, facilita as instalações prediais, como elétrica, 
hidrossanitárias e especiais, dispensa revestimentos regularizadores e permite 
liberdade em mudanças nos layouts das plantas arquitetônicas, sendo perfeito para 
edificações comerciais onde constantes alterações são realizadas como ampliações, 
novas divisões, etc. 
 Esta versatilidade promove também um menor custo e maior agilidade para 
operação e manutenção da edificação, pois menos materiais são utilizados num 
plano liso sem obstáculos como se apresenta o fundo das lajes, a exemplo de 
instalações que necessitam desviar de vigas. 
 
 
 
 
68 
5.2 Aspectos Ambientais 
A redução significativa da utilização do concreto, já demonstrada, como fator 
competitivo, por si só, contribui significativamente no âmbito ecológico, no entanto, 
seráabordado neste capítulo as vantagens e a influência da tecnologia na obtenção 
de certificações verdes como LEED e AQUA-HQE, a reciclabilidade e características 
do plástico como também as emissões de CO2 provenientes da produção e 
transporte das lajes. 
5.2.1 Compatibilidade para obtenção de certificações verdes e suas vantagens 
A tecnologia Bubbledeck se destaca também pelo os seus atributos verdes 
que incluem: aplicabilidade de material plástico reciclado, menor consumo de 
energia e materiais, emissão de CO2 reduzida e menor uso de transportes. Estes 
atributos auxiliam e contribuem parcialmente para obtenção de certificados verdes 
de construções, tornando a solução uma opção mais ecólogica. 
 Uma das certificações mais conhecidas é o LEED. O termo LEED se refere à 
Leadership in Energy and Environmental Design ("Liderança em Design Ambiental e 
Energia"). Se trata de uma certificação baseada em uma avaliação de desempenho 
ambiental. Leva em consideração o impacto causado no meio ambiente em 
decorrência dos processos relacionados a uma edificação que vai do projeto, 
passando pela construção, até a sua operação, sendo avaliada em diversas 
categorias, se assemelhando também à certificação AQUA-HQE. 
 As vantagens promovidas por essas certificações, segundo a própria GBC 
(Green Building Council) [23], organização não governamental que promove a 
certificação LEED em território nacional, são diversas e em grande parte são ligadas 
às próprias tecnologias e práticas que tornaram possível a obra ser certificada, no 
entanto, analisando as vantagens competitivas decorrente da certificação por si só 
podemos citar: 
 
 Diminuição dos riscos regulatórios 
 Valorização do imóvel para revenda ou arrendamento 
 Aumento na velocidade de ocupação 
 Estímulo a políticas públicas de fomento a Construção Sustentável 
 
 
 
69 
Para Fundação Vanzolini [12], organização responsável pela certificação 
AQUA-HQE, os benefícios obtidos pela certificação para o empreendedor são: 
 
 Comprovar a Alta Qualidade Ambiental das suas construções. 
 Diferenciar seu portfólio no mercado. 
 Aumentar a velocidade de vendas ou locação. 
 Manter o valor do seu patrimônio ao longo do tempo. 
 Associar a imagem da empresa à Alta Qualidade Ambiental. 
 Melhorar o relacionamento com órgãos ambientais e comunidades. 
 Ter um reconhecimento internacional 
 
Como já expressado anteriormente, esses benefícios são decorrentes da 
imagem que a certificação agrega ao produto, visto que a maioria dos benefícios 
como economia de energia, redução no consumo de água, dentre outros, são 
associados diretamente a tecnologias que promovem estes benefícios e não ao 
simples fato da construção ser certificada, portanto, foram omitidos alguns, pois o 
objeto de estudo neste trabalho são Lajes Bubbledeck e seus benefícios ambientais 
se dá em maior parte durante a construção devido a utilização de menos recursos, 
no entanto, como já abordado, operações pós obra são beneficiadas com a 
utilização da laje Bubbledeck que também se refletem em menor consumo de 
materiais e energia. 
Como exemplo prático, é possível citar o Campus Mona Campbell Building da 
Universidade de Dalhousie University[13], localizada no Canada que obteve 
certificação LEED Gold com a adoção de diversas tecnologias e dispositivos 
ambientais, e uma dessas medidas incluíam a utilização da tecnologia Bubbledeck 
em sua estrutura de concreto armado. 
 
 
 
 
70 
Figura 37 - Mona Campbell Building – Dalhousie University 
 
Fonte: https://www.dal.ca 
 
 Outra edificação com certificação LEED Gold é o R. Michael Shanahan Center 
for Teaching & Learning que faz parte do Harvey Mudd College, localizado na 
Califórnia, Estados Unidos, que também utilizou a tecnologia Bubbledeck em suas 
lajes de concreto armado. 
 
5.2.2 Emissão de CO2 e Energia Incorporada 
De acordo com a Bubbledeck International [17], a produção de 1 (uma) tonelada 
de cimento pode emitir aproximadamente 800kg de CO2 na atmosfera e 1 (um) metro 
cúbico de concreto produzido é capaz de lançar cerca de 300kg, sem considerar as 
emissões decorrentes do transporte. 
A Tabela 23 mostra, a partir de um exemplo em comparação com laje maciça, o 
potencial ecológico de uma laje Bubbledeck equivalente para o seguinte exemplo: 
 
 Edificação comercial com vãos multiplos de 7,5 x 7,5m entre pilares. 
 Carga acidental - 4,0kN/m² 
 Energia envolvida no transporte dos materiais 
 
 
 
 
71 
o Cimento - 80km; (Transporte para Usina de concreto) 
o Agregados - 16km; (Transporte para Usina de concreto) 
o Concreto - 8km (Transporte para obra) 
 
Tabela 23 - Emissão de CO2 e Energia Incorporada por tipo de laje 
Tipo de 
laje 
Altura da 
laje 
(mm) 
Volume 
de 
concreto 
(m³/m²) 
Qtd de 
concreto 
(m³) 
Carga de 
Peso 
próprio 
total 
(Ton) 
Energia 
incorporada 
(Giga 
Joules) 
Emissão 
de CO2 
(Ton) 
Laje 
maciça 
310 0,31 1395 3376 3278 522 
Laje 
Bubbledeck 
230 0,11 495 1758 1707 272 
Diferença 80 0,20 900 1618 1571 250 
Fonte: Bubbledeck International [17] 
 
 Neste exemplo, cerca de 250 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas 
para atmosfera, o que representam aproximadamente 50% das emissões geradas 
de uma laje maciça de mesma capacidade. 
À fim de se criar dimensões mais claras e analíticas sobre este resultado, 
foram coletados parâmetros de dados para conversão desses valores em impacto 
ambiental real, no caso, árvores necessárias para neutralização de determinada 
quantidade de CO2, a partir de calculadoras de cálculo de emissão de CO2 de 3 
páginas da internet que respaldam seus cálculos em estudos. 
Estas calculadoras se baseiam em estudos realizados que determinam 
valores aproximados e médias entre os mais variados cenários, dado que cada tipo 
de árvore e vegetação possui capacidades distintas para sequestro e neutralização 
de CO2, logo, este quantitativo para neutralização, deve ser encarado como um 
dado genérico com menor precisão, dessa maneira, caso seja de interesse uma 
análise ambiental precisa, é necessário um maior aprofundamento relacionando 
espécies, regiões, dentre outros dados. 
Para se obter a capacidade de neutralização de CO2 por árvore, foi utilizado 
como parâmetro comum nas 3 calculadoras, a utilização de gás, o que não possui 
 
 
 
72 
qualquer ligação com emissões na produção e transporte de lajes de concreto, como 
já dito, o intuito nesta etapa é apenas se obter uma relação entre emissão de CO2 e 
a capacidade de neutralização de uma árvore. 
 
Tabela 24 - Parametrização de cálculo para neutralização de CO2 
Calculadora 
Referência: uso 
de m³ de gás 
encanado/mês 
Toneladas 
de CO2 
Emitido no 
ano 
Plantio de 
árvores 
necessária 
para 
neutralização 
Neutralização 
tCO2 / Árvore 
Iniciativa Verde 100 2,4840 16 0,1552 
SOSMA 100 2,2674 17 0,1334 
TJPR 100 2,2674 16,2 0,1400 
Média 100 2,3396 16,4 0,1427 
Fonte: Iniciativa Verde[19]; SOSMA[20]; TJPR[21] 
 
Logo, 
 
 522 tCO ÷ 0,1427 tCO2/Árvore = 3658 árvores 
 
 272 tCO ÷ 0,1427 tCO2/Árvore = 1906 árvores 
 
 250 tCO ÷ 0,1427 tCO2/Árvore = 1752 árvores 
 
Tabela 25 - Árvores necessárias para neutralização 
Tipo de laje 
Emissão de CO2 
(Ton) 
Plantio de árvores necessárias 
para neutralização 
Laje maciça 522 3658 
Laje Bubbledeck 272 1906 
Diferença 250 1752 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
 
 
73 
A diferença de cerca de 250 tonelas de CO2 que estariam sendo emitidas à 
mais, no processo de produção de uma laje maciça, demandaria um plantio de 
aproximadamente 1752 árvores à mais para ser neutralizado de modo que estas 
emissões não afetassem negativamente o meio ambiente, logo, o meio ambiente se 
é poupado com esta redução 
 
5.2.3 Utilização do Plástico 
O plástico utilizado nas esferas é o Polietileno de Alta Densidade(PEAD) / 
High-density polyethylene (HDPE), segundo a Bubbledeck International, 1kg deplástico utilizado na laje substitui 100kg de concreto, e possui as seguintes 
características: 
 
 Resistente a altas temperaturas; 
 Atóxico 
 Alta resistência à tensão; compressão; tração; 
 Baixa densidade em comparação com metais e outros materiais; 
 Impermeável; 
 Permite ser reciclado 
 
Apesar de ser apresentado como polietileno internacionalmente, os projetos 
realizados em território nacional se basearam na utilização de polipropileno, que 
possui propriedades que se assemelham bastante ao PEAD sendo também um 
polímero reciclável. 
 A utilização de plástico reciclável beneficia uma grande cadeia de processos, 
ao promover uma economia na energia de produção. Segundo a ABIPLAST [22], 
“Quando pensamos em sustentabilidade é mandatório que o material plástico ao 
término de sua vida útil retorne à cadeia produtiva, pois assim recursos naturais e 
energia já utilizados não serão perdidos em aterros ou lixões bem como a extração 
de novos recursos e o emprego de mais energia serão evitados.” 
 A reciclagem do plástico também é possível numa eventual demolição de uma 
laje Bubbledeck. 
 
 
 
74 
5.3 Dificuldades e desafios no mercado brasileiro 
Por ser uma tecnologia relativamente nova no mercado nacional, com poucas 
obras executadas, requer capacitação técnica de engenheiros especializados em 
projetos de estruturas, que não são muitos, e capacidade de fornecimento por 
fornecedores com preços competitivos e estrategicamente localizados para que se 
viabilize a adoção desta solução. 
 Como referência, o estudo de acompanhamento realizado por PARCIANELLO 
[16], sobre o CADF, teve as seguintes dificuldades diretamente ligadas à tecnologia 
Bubbledeck como mostra a Tabela 26. 
 
Tabela 26 - Dificuldades enfrentadas na obra do CADF 
Dificuldades Causas Soluções adotadas 
Desenvolver uma esfera no 
Brasil para compor o sistema 
Bubbledeck. 
Insumo essencial para o 
sistema. 
Desenvolvimento de esferas 
em polipropileno com o 
apoio da Braskem. 
Encontrar uma parceira que 
fabrique telas 
eletrossoldadas com 
espaçamentos diferentes 
das telas existentes no 
mercado, para atender ao 
sistema Bubbledeck. 
 
 
As telas eletrossoldadas 
deveriam ter malha com 
espaçamentos alternados 
entre 10 e 15cm, o que 
permitiria a acomodação das 
esferas nos espaços 
menores enquanto os 
espaçamentos maiores 
garantiriam o afastamento 
entre elas. 
 
Foi fechada uma parceria 
com a Votoraço onde ela se 
comprometeu a desenvolver 
um software e adquirir um 
equipamento capaz de 
produzir as telas 
eletrossoldadas especiais. 
 
Encontrar mão de obra 
qualificada para ser treinada 
no novo sistema. 
 
Sistema novo no mercado. 
 
Treinamento da mão de obra 
para o sistema. 
 
Fonte: PARCIANELLO [16] 
 
 
 
 
75 
Atualmente existem fornecedores aptos em território nacional para atender o 
fornecimento da composição do sistema que se resume na resina plástica, malha de 
aço e sistemas de escoramento. 
 Uma das maiores dificuldades no que se refere à implantação do sistema, se 
dá no momento da escolha, que, sofre com a cultura da construção civil nacional, 
pois ainda que existam laudos, estudos e comparações que demonstrem suas 
vantagens frente aos métodos tradicionais, parte dos construtores, consultores e 
demais, preferem se limitar a métodos dos quais tem domínio por serem mais 
comuns. 
 De fato, é difícil denominar ao certo as características e a cultura 
predominante do mercado da construção civil nacional, pois tanto o conservadorismo 
como o pioneirismo na aplicação de tecnologias, pode ser encontrado nas 
construtoras, às vezes até ao mesmo tempo, em serviços/áreas distintas. No 
entanto, empresas de grande porte que visam destaque e know-how, valorizam, ou 
pelo menos deveriam, a exploração do novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
6 CASES 
Com presença em mais de 400 construções no mundo, a tecnologia vem 
crescendo nos últimos anos junto com os reconhecimentos e premiações. 
 
6.1 Internacional 
 
 Le Coie Housing – Grã-Bretanha 
 
É maior obra com a tecnologia Bubbledeck na Grã Bretanha, São cerca de 
7800m² de lajes Bubbledeck apoiadas em pilares de concreto armado. 
 
Figura 38 - Le Coie Housing 
 
Fonte: http://www.bdkarchitects.com/portfolio/ 
 
Obteve aproximadamente €400.000,00 de economia com a incorporação da 
tecnologia no projeto, totalizando 3% de economia no custo total do projeto, 
concluindo-se 1 mês e 2 semanas antes do prazo final. 
 
 
 
 
 
77 
 Millenium Tower – Holanda 
 
Construída em 2000, ostenta o título de segunda maior edificação da Holanda, foi 
construída a partir de elementos de pré-laje de Bubbledeck. São 34 pavimentos 
totalizando 131 metros de altura. A escolha do sistema Bubbledeck foi devido a suas 
vantagens no custo reduzido, tempo de construção, flexibilidade e questões 
ecológicas. 
 
Figura 39 - Millenium Tower 
 
Fonte: Bubbledeck International 
 
Com a ausência de vigas foi possível a construção de mais dois pavimentos do 
que o planejado com o mesmo gabarito. Teve também o seu ciclo de concretagem 
reduzido de 10 para 4 dias, redução de 50% de içamentos por gruas e guindastes e 
conclusão antes do prazo. 
 
 
 
 
78 
 WP Hotel - Malásia 
 
Foi o primeiro projeto com utilização de lajes Bubbledeck na Malásia, o WP Hotel 
é um hotel de 4 estrelas que obteve inúmeras vantagens com a utilização do sistema 
Bubbledeck. 
 
 
Figura 40 - WP Hotel 
 
Fonte: http://www.wphotel.com.my/ 
 
 Redução de 160m³ de concreto para 92m³ por pavimento (Equivalente a 10 
caminhões por pavimento) 
 Redução de 40% de mão de obra especializada. 
 Aumento do ciclo de concretagem de 2½ andares por mês para 4 por mês 
 Redução no custo de locação de grua 
 Redução no custo total da obra. 
 
 
 
 
79 
6.2 Brasil 
 
 Novo Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF) 
 
Em virtude da melhor produtividade, viabilidade econômica e impacto ambiental 
reduzido, foi escolhida a tecnologia Bubbledeck. 
 
Figura 41 - Novo Centro Administrativo do Distrito Federal 
 
Fonte: https://g1.com 
 
Totalizando uma área construída de 170 mil m², atingiu uma produção de 
1000 m² por dia de painéis Bubbledeck e execução de 5000 m² por semana. Obteve-
se: 
 
 Economia de 35% de concreto no lançamento de concreto resultando em 
2500 viagens de caminhão à menos. 
 Redução de 60% da quantidade de escoramento em comparação ao projeto 
base 
 Evitou-se o corte de aproximadamente 2.800 árvores com a utilização de pré-
lajes que dispensa uso de assoalhos de madeira. 
 
 
 
80 
6.3 Reconhecimentos e Premiações 
Ao redor do mundo, nos últimos anos a tecnologia vem sendo reconhecida 
através de obras realizadas em sua maioria na europa e ásia, basicamente, a 
grande maioria é recente. 
 
 “Mies van der Rohe Award 2013" pelo Harpa Concert House, Islândia (2013) 
 
 “Eco Product Award", Malásia (2013) 
 
 "Best New Product" em Green Build Asia, Malásia (2012) 
 
 “NOVA Award Winner", Canada (2012) 
 
 Windesheim Building X recebeu "BNA Building of the Year", Holanda (2011) 
 
 Vexpan Parkeergarage Award, Holanda (2009) 
 
 "Best New Product" at Designex/Form & Function, Australia (2009) 
 
 Jersey Construction Awards: “Best Use of Innovation”, Jersey (2005) 
 
 “Building of the Year” pelo Office buildings, Dinamarca (2004) 
 
 RIO Award, Alemanha (2003) 
 
 Innovation Award, Holanda (2000) 
 
 The Stubeco Building Prize for Execution, Holanda (2000) 
 
 The Industrial Environmental Prize, Holanda (1999) 
 
 The Dutch Building Prize, Holanda (1999) 
 
 
 
81 
7 CONCLUSÕES 
Neste trabalho buscou-se analisar as vantagens que a tecnologia Bubbledeck 
promove através de exemplos práticos que a comparou com lajes maciças lisas. Na 
maioria dos casos, se evidenciou a superioridade das lajes Bubbledeck. 
Aeficiência do concreto utilizado no sistema Bubbledeck, é um dos fatores 
mais importantes ao conferir as vantagens do sistema. A partir desta utilização 
otimizada durante este trabalho, foi possível calcular e demonstrar através de 
exemplos a redução de 30% da utilização do concreto que representou no exemplo 
proposto uma economia de R$ 223.203,15 junto a uma redução de 
aproximadamente 40% do cronograma. Apesar das análises de custo terem 
considerado apenas o concreto e a concretagem, a tecnologia também permite uma 
economia em insumos que não foram calculados, como escoramento e formas. 
Tendo em vista os custos reduzidos e uma produção mais rápida, é possível 
se obter uma vantagem competitiva, pois o dinheiro economizado permite ser 
destinados ao aperfeiçoamento do empreendimento ou mesmo a uma redução do 
preço de venda, tornando mais atrativo para os clientes e investidores. 
 Além de uma possibilidade de maior lucratividade com a economia na 
estrutura que é um dos serviços mais onerosos de uma obra, os aspectos 
ambientais citados, promovem um impacto positivo no marketing do 
empreendimento e da própria construtora, pois seguem tendências práticas 
ecológicas e contribui para obtenção de certificações verdes que são muito 
importantes, algumas empresas, por exemplo, só se instalam em edificações 
certificados. 
 Logo, é possível concluir que a partir das análises feitas, a tecnologia de fato 
promove vantagens competitivas tanto economicamente como ambientalmente, pois 
vai de encontro a dois objetivos que a maioria das empresas buscam na concepção 
de novos empreendimentos: menor custo produtivo aliado a alta qualidade e 
sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
82 
 
8 SUGESTÃO PARA NOVOS TRABALHOS 
Para uma análise completa de todos impactos financeiros com a utilização do 
sistema Bubbledeck, é recomendado que sejam levados em consideração e 
calculados os demais efeitos da tecnologia sob outros serviços e etapas que a 
acompanham, como fundação, formas e escoramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
[1] MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Construção Sustentável. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo-sustentavel/construção-
sustentável>. Acesso em: 29 set. 2016. 
 
 [2] JORGEN L. BREUNING. Plane hollow reinforced concrete floors with two-
dimensional structure . US5396747 A., US, 30 set. 1991, 14 mar. 1995. USPTO, 
United States. 
 
[3] VARGAS, C. L. S.; CHEMIN, A. B.; SALA, A. H. R.; IZUMI, B. K.; 
SCHENFELDER, K.; HOROCHOSKI, L.; NETO, L. D. C.; ATHAYDE, M. R.; 
MARTINS, T.; OLIVEIRA, T. R. Custos médios dos serviços em edificações 
baseados em série histórica de orçamentos reais. In: 5º Encontro de engenharia 
e tecnologia dos campos gerais, 2010, Paraná. Disponível em: 
<http://www.5eetcg.uepg.br/Anais/artigospdf/50003_vf1.pdf>. Acesso em: 29 set. 
2016. 
 
[4] FLICKR: HARVEY MUDD COLLEGE. Bubbledeck Foundation, Disponível em 
<https://www.flickr.com/photos/harvey-mudd-college/with/6988165321/>. Acesso em: 
29 set. 2016 
 
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Manual & Documents, Junho 2008, Disponível em: <www.Bubbledeck-
UK.com/pdf/2-BDTechManualv1a.pdf>. Acesso em: 29 set. 2016 
 
[6] SILVA, Yuri Mariano de Oliveira. Estudo comparativo entre lajes 
“Bubbledeck” e lajes lisas. Projeto de graduação. Rio de Janeiro: Universidade 
Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, 2011. 
 
[7] BUBBLEDECK AU. Bubbledeck Specifications, Disponível em: 
<http://www.Bubbledeck.com.au/specifications>. Acesso em: 29 set. 2016 
[8] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para 
o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, Nov. 1980. 5 p. 
[9] CAIXA ECONÔMICA. SINAPI, Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/poder-
publico/apoio-poder-publico/sinapi/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 29 set. 2016 
 
 
 
 
 
 
84 
[10] CAIXA ECONÔMICA. Preços de Insumo e Custos de Composições, 
Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/Downloads/sinapi-a-partir-jul-2014-
rj/SINAPI_ref_Insumos_Composicoes_RJ_082016_Desonerado.zip>. Acesso em: 29 
set. 2016 
 
[11] PINI. TCPO, Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos. -3.ed. - 
São Paulo: Pini, 2008. 
 
[12] PORTAL VANZOLINI. Benefícios. Disponível em: 
<http://vanzolini.org.br/aqua/beneficios/>. Acesso em: 29 set. 2016 
 
[13] DALHOUSIE UNIVERSITY. Mona Campbell Building earns first university 
LEED* Gold in Atlantic. 
Disponível em: <https://www.dal.ca/news/2012/06/07/mona-campbell-building-earns-
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[14] CBIC - CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. A 
Produtividade da Construção Civil Brasileira. 
Disponível em: <http://www.cbicdados.com.br/media/anexos/068.pdf>. 
Acesso em: 29 set. 2016 
 
[15] BUBBLEDECK INTERNATIONAL. New Ways in Concrete Construction 
Disponível em: <www.Bubbledeck.com/download/Bubbledeck_presentation.pdf>. 
Acesso em: 29 set. 2016 
 
[16] PARCIANELLO, Alexandre Thiago. Planejamento e Execução de lajes 
Bubbledeck na obra: Estudo de Caso. Projeto de graduação. Brasília: Centro de 
Ensino Unificado de Brasília - UniCEUB, 2014. 
 
[17] BUBBLEDECK INTERNATIONAL. Product Introduction. Disponível em: 
<http://www.Bubbledeck.com/download/Bubbledeck.pdf>. 
Acesso em: 15 out. 2016 
 
[18] BUBBLEDECK UK. Bubbledeck Voided Flat Slab Solutions: Technical 
Manual & Documents. Disponível em: <http://www.Bubbledeck-UK.com/pdf/2-
BDTechManualv1a.pdf>. Acesso em: 15 out. 2016 
 
[19] INICIATIVA VERDE. Calcule sua Pegada de Carbono pessoal! Disponível 
em: <http://www.iniciativaverde.org.br/calculadora/index.php>. 
Acesso em: 20 out. 2016 
 
 
 
 
85 
[20] FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. Calculadora de Emissão de CO2 
Disponível em: <https://www.sosma.org.br/projeto/florestas-futuro/como-
participar/calculadora/>. Acesso em: 20 out. 2016 
 
[21] TJPR. Calculadora de CO2. Disponível em: <https://www.tjpr.jus.br/web/gestao-
ambiental/calculadoraco2>. Acesso em: 20 out. 2016 
 
[22] ABIPLAST. A importância da Reciclagem de Plásticos para a 
Sustentabilidade. Disponível em: <http://www.abiplast.org.br/noticias/a-importancia-
da-reciclagem-de-plasticos-para-a-sustentabilidade/20160603155837_P_022>. 
Acesso em: 25 out. 2016 
 
[23] GBC Brasil. Sobre o Certificado. Disponível em: 
<http://www.gbcbrasil.org.br/sobre-certificado.php>. Acesso em: 20 out. 2016 
 
[24] PORTER, M. E. Vantagem Competitiva. R. de Janeiro: Editora Campus, 23ª 
edição, 2004.

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