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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA 
Instituto Superior de Estudos Universitários de Nampula- ISEUNA 
 
Licenciatura: Engenhária Civil 
 
 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LAJE ALIGEIRADAS E MACIÇAS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL, CASO ESPECIFICO CIDADE DE NAMPULA 
 
Aly Mustafá Aly Azito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula, 2022 
 
II 
 
Aly Mustafá Aly Azito 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE LAJE ALIGEIRADAS E MACIÇAS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL, CASO ESPECIFICO CIDADE DE NAMPULA 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Politécnica, Instituto Superior de Estudos 
Universitários de Nampula-ISEUNA, como 
requisito parcial para a obtenção do Grau 
de Licenciado em Engenharia Civil. 
Tutor: Eng. Elicidio Moisés Juma 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula, 2022 
 
I 
 
Dedicatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta monografia a minha 
família, principalmente aos meus pais, 
Mustafá Ali e Maria Justa, por todo 
apoio, amor e carinho, que me 
incentivaram a ir além. 
 
II 
 
Agradecimentos 
Inicialmente agradeço a Allah (Deus) pela dádiva de ter me concedido vida e saúde para 
poder terminar o curso com êxito. 
Aos meus pais, por todo o carinho e dedicação dado a mim durante todos esses anos, 
trabalhando de baixo do sol para tornar meus sonhos e objectivos possíveis acreditando 
como se fossem os protagonistas da minha história. 
Aos meus irmãos, que sempre estiveram ao meu lado em todas as adversidades: 
Hussuman, Fátima, Mariama, Luckuman e Mussa. 
A todos amigos e colegas, que contribuem para meu desenvolvimento pessoal, humano 
e lógico com montanhas Russa de sentimentos: André, Yara, Judite, Aissa, Osório, 
Maya, Zidane, e Daisy, que estiveram comigo durante estes anos. 
Ao meu supervisor Eng. Elicidio Moisés Juma pelo carinho, dedicação e 
profissionalismo antes e durante o desenvolvimento deste trabalho. 
Ao corpo docente, funcionários e a universidade, pelos conhecimentos transmitidos, 
pelas amizades levadas, experiências compartilhadas, e pelo dinamismo e facilidade que 
a universidade apresenta nas burocracias. 
Em fim a todos que contribuíram directa ou indirectamente na realização desta 
licenciatura, o meu: muitíssimo obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III 
 
Parecer do Tutor 
“Acompanhei este trabalho desde a primeira fase e segundo a minha analise, o mesmo 
esta de acordo com os requisitos exigidos para obtenção de Engenheiro Civil” 
 
 
._____________________________ 
Eng. Elicidio Moisés Juma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV 
 
Declaração de Honra 
Eu, Aly Mustafá Aly Azito, declaro que está monografia é resultado do trabalho 
individual e das orientações do meu supervisor e esta sendo submetida para obtenção do 
grau de Engenheiro Civil na Universidade Politécnica. 
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em 
nenhum outro instituto ou faculdade, e que toda informação contida nele constitui 
verdade. 
 
_______________________________ 
Aly Mustafá Aly Azito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V 
 
Resumo 
A cidade de Nampula regista infra-estruturas não terminadas devido a elevado custo de execução das lajes 
e demora de execução, tendo em vista a situação de custo e redução a necessidade indispensável conhecer 
novas técnicas para reduzir o custo de construção e acelerar a execução. A presente monografia aborda 
sobre Estudo Comparativo entre laje maciça e laje aligeirada na construção civil, caso especifico cidade 
de Nampula. O presente trabalho têm como objectivo analisar a viabilidade económica do custo das lajes 
maciças comparativamente as lajes aligeiradas na cidade de Nampula. O trabalho traz consigo conceitos 
básicos sobre o tema e referências bibliográficas os critérios executivos de execução de lajes maciças e 
aligeiradas; em seguida foi feita entrevista a 20 habitantes da cidade de Nampula com 2 anos de vivência 
na cidade de Nampula em diante. E por ultimo foram seleccionadas duas obras na cidade de Nampula 
sendo uma maciça e outra confeccionada em laje aligeirada, sendo feito o cálculo da composição dos 
custos dos materiais de 1m2 de cada laje com 12 cm de espessura para laje maciça quanto a aligeirada, 
desse modo obtendo o custo total da construção. 
Palavras chaves: Laje maciça, laje aligeirada, custo, materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI 
 
Abstract 
The city of Nampula has unfinished infrastructures due to the high cost of building the slabs and the delay 
in execution, in view of the cost situation and the indispensable need to know new techniques to reduce 
the cost of construction and speed up the execution. This monograph deals with a Comparative Study 
between solid slab and lightened slab in civil construction, in the specific case of the city of Nampula. 
The present work aims to analyze the economic viability of the cost of solid slabs compared to light slabs 
in the city of Nampula; The work brings with it basic concepts on the subject and bibliographical 
references the executive criteria for the execution of massive and lightened slabs; then an interview was 
conducted with 20 inhabitants of the city of Nampula with 2 years in the city onwards. And finally, two 
works were selected in the city of Nampula, one solid and the other made of lightened slab, being made 
the calculation of the composition of the costs of the materials of 1m2 of each slab with 12 cm of 
thickness for solid slab as for the lightened one, thus obtaining the total cost of construction. 
 
Keywords: Solid slab, lightened slab, cost, materials. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VII 
 
Epigrafe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Allah (Deus), recompensa os bem disciplinados”. 
Wendell Carvalho 
 
 
VIII 
 
Índice 
Dedicatória......................................................................................................................... I 
Agradecimentos ................................................................................................................ II 
Parecer do Tutor ............................................................................................................. III 
Declaração de Honra ...................................................................................................... IV 
Resumo ............................................................................................................................. V 
Abstract ........................................................................................................................... VI 
Epigrafe ......................................................................................................................... VII 
Lista de Figuras .............................................................................................................. XI 
Lista de gráficos............................................................................................................. XII 
Lista de Tabelas ............................................................................................................ XIII 
Lista de abreviaturas .................................................................................................... XIV 
Lista de siglas ................................................................................................................ XV 
Lista de Apêndice ........................................................................................................ XVI 
Lista de Anexo ............................................................................................................ XVII 
Introdução ....................................................................................................................... 18 
CAPITULO I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................. 19 
1.Delimitaçãodo tema .................................................................................................... 19 
2.Objectivos .................................................................................................................... 19 
2.1.Objectivo Geral......................................................................................................... 19 
2.2.Objetivos Específicos ............................................................................................... 19 
3.Hipóteses ..................................................................................................................... 19 
4.Justificativa .................................................................................................................. 20 
5.Problematização........................................................................................................... 20 
6.Caracterização da Cidade de Nampula ........................................................................ 20 
6.1.Aspectos físico naturais ............................................................................................ 20 
6.2.Aspectos socioeconómicos ....................................................................................... 21 
7.Estrutura do Trabalho .................................................................................................. 21 
CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 23 
1.Contextualização ......................................................................................................... 23 
2.Generalidades .............................................................................................................. 25 
2.1.Classificação das Lajes ............................................................................................. 25 
3.Lajes maciças ............................................................................................................... 26 
 
IX 
 
3.1.Vantagens e desvantagens das lajes maciças ............................................................ 27 
3.1.1.Vantagens .............................................................................................................. 27 
3.1.2.Desvantagens ......................................................................................................... 27 
3.2.Prescrições Normativas ............................................................................................ 27 
3.3.Processo Construtivo ................................................................................................ 28 
4.Laje Aligeiradas ........................................................................................................... 30 
4.1.Vantagens e Desvantagens das lajes aligeiradas ...................................................... 31 
4.1.1.Vantagens .............................................................................................................. 31 
4.1.2.Desvantagens ......................................................................................................... 31 
4.2.Elementos da laje aligeirada ..................................................................................... 31 
4.2.1.Vigotas com armaduras treliçadas ......................................................................... 32 
4.2.1.1.Fabricação das vigotas ........................................................................................ 33 
4.2. 2.Elementos de Enchimento (Abobadilhas) ............................................................ 34 
4.3.Materiais e processo construtivo .............................................................................. 34 
4.3.1.Materiais ................................................................................................................ 34 
4.4.Processo construtivo ................................................................................................. 36 
5.4. Prescrições Normativas ........................................................................................... 40 
CAPITULO III. METODOLOGIA ................................................................................ 41 
1.Tipo de Pesquisa .......................................................................................................... 41 
2.Método ......................................................................................................................... 42 
2.1.Métodos de abordagem ............................................................................................. 42 
2.2.Métodos de procedimento ........................................................................................ 42 
3.Técnicas de colecta de dados ....................................................................................... 43 
4.Universo e amostra ...................................................................................................... 44 
CAPITULO IV. APRESENTAÇÃO DOS DADOS E ANALISE DOS RESULTADOS
 ........................................................................................................................................ 45 
1.Publico – Alvo ............................................................................................................. 45 
2.Quantificação e custos das lajes .................................................................................. 47 
2.1.Levantamento de Recursos ....................................................................................... 47 
2.2.Quantificação e custos das Lajes maciças ................................................................ 48 
2.2.1.Cofragem ............................................................................................................... 48 
2.2.2.Armaduras das lajes maciças ................................................................................. 49 
2.2.3.Betonagem ............................................................................................................. 49 
 
X 
 
2.2.4.Mão-de-obra .......................................................................................................... 50 
2.3.Quantificação e custos das Lajes aligeirada ............................................................. 51 
2.3.1.Vigotas e Abobadilhas ........................................................................................... 51 
2.3.2.Cofragem ............................................................................................................... 51 
2.3.3.Armaduras ............................................................................................................. 52 
2.3.4.Betonagem ............................................................................................................. 52 
2.3.5.Mão-de-obra .......................................................................................................... 52 
3.Estudo Comparativo de Custos.................................................................................... 53 
3.1.Cofragem .................................................................................................................. 53 
3.2.Armadura .................................................................................................................. 54 
3.3.Betonagem ................................................................................................................ 55 
3.4.Mão-de-obra ............................................................................................................. 55 
3.5.Vigotas e abobadilhas ............................................................................................... 56 
4.Custo Total .................................................................................................................. 56 
CAPITULO V. CONCLUSÃO E SUGESTÕES ........................................................... 58 
1.Conclusão ....................................................................................................................58 
2.Sugestões ..................................................................................................................... 59 
CAPITULO VI: REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS ................................................. 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XI 
 
Lista de Figuras 
Figura 1. Princípio do sistema de laje aligeirada ............................................................ 23 
Figura 2. Evolução dos sistemas construtivos de lajes ................................................... 24 
Figura 3. Representação esquemática de um sistema estrutural com lajes maciças ....... 26 
Figura 4. Laje formada por vigotas e abobadilhas.......................................................... 32 
Figura 5. Vigota com armação treliçada ......................................................................... 32 
Figura 6. Tipos de vigotas pré-fabricadas ...................................................................... 33 
Figura 7. abobadilha ....................................................................................................... 34 
Figura 8. Cuidar com vãos maiores do que 1,30m ......................................................... 37 
Figura 9. Colocação das vigotas ..................................................................................... 37 
Figura 10. Colocação dos blocos enchidos ..................................................................... 38 
Figura 11. Fixação das armaduras positivas e negativas ................................................ 39 
Figura 12. Armadura de distribuição .............................................................................. 39 
Figura 13. Betonagem .................................................................................................... 40 
Figura 14. Laje aligeirada, ilustra a fase de amarração das armaduras negativas ............ 46 
Figura 15. Laje maciça, mostra a fase de amarração e betonagem ................................ 46 
Figura 16. Um cubo com 1m2 de area e 12 cm de espessura ......................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XII 
 
Lista de gráficos 
Grafico 1. Composição da laje maciça ........................................................................... 50 
Gráfico 2. Composição da laje aligeirada ....................................................................... 53 
Gráfico 3. Comparactivo dos custos entre laje maciça e aligeirada na cidade de Nampula
 ........................................................................................................................................ 54 
Gráfico 4. Comparativo de custo das armaduras entre lajes maciças e lajes aligeiradas na 
cidade de Nampula ......................................................................................................... 54 
Gráfico 5. Comparactivo de custo de betonagem das lajes maciças e aligeiradas na 
cidade de Nampula ......................................................................................................... 55 
Gráfico 6. Comparactivo de custo entre lajes maciças e lajes aligeiradas na cidade de 
Nampula ......................................................................................................................... 55 
Gráfico 7. Comparactivo de Composição de custos de construção da laje maciça e laje 
aligeirada na cidade de Nampula .................................................................................... 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIII 
 
Lista de Tabelas 
Tabela 1. Espessura mínima das lajes valores do coeficiente ..................................... 28 
Tabela 2. Coeficiente ...................................................................................................... 28 
Tabela 3. Resultados da entrevista em percentagem ...................................................... 45 
Tabela 4. Composição de cofragem .............................................................................. 49 
Tabela 5. Composição de armaduras .............................................................................. 49 
Tabela 6. Composição do Betão ..................................................................................... 50 
Tabela 7. Composição da mão-de-obra .......................................................................... 50 
Tabela 8. Composição de vigotas e abobadilhas ............................................................ 51 
Tabela 9. Composição da cofragem ............................................................................... 51 
Tabela 10. Composição das armaduras .......................................................................... 52 
Tabela 11. Composição do Betão ................................................................................... 52 
Tabela 12. Composição da mão-de-obra ........................................................................ 53 
Tabela 13. Custo total de execução de laje maciça comparactivamente as lajes 
aligeiradas ....................................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XIV 
 
Lista de abreviaturas 
cm 
m 
% 
m2 
m3 
º 
´ 
´´ 
km 
mm 
gpa 
kg 
un 
sc 
h 
km2 
Centímetro 
Metro 
Percentagem 
Metro quadrado 
Metro cúbico 
Graus 
Minutos 
Segundos 
Quilometro 
Milímetro 
Gigapascal 
Quilograma 
Unidade 
Saco 
Hora 
Quilometro quadrado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XV 
 
Lista de siglas 
REBAP –Regulamento de Estrutura de Betão Armado e Pré-esforço. 
RSA –regulamento de Segurança e acções para estruturas de edifícios e pontes. 
RBLH – Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos. 
NE – Nordeste. 
NBR – Normas Brasileiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XVI 
 
Lista de Apêndice 
Apêndice 1 -Entrevista ................................................................................................... 63 
Apêndice 2: Planta de Piso cotada .................................................................................. 64 
Apendice 3: Laje Maciça ................................................................................................ 65 
Apêndice 4: Laje Maciça ................................................................................................ 66 
Apêndice 5: Laje Aligeirada ........................................................................................... 67 
Apêndice 6: Laje Aleigeirada ......................................................................................... 68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XVII 
 
Lista de Anexo 
Anexo 1: Diploma ministerial nº46/2019 ....................................................................... 69 
Anexo 2: Diploma ministerial 181/2010 ........................................................................ 70 
Anexo 3: Diploma ministerial nº 181/2010 ................................................................... 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Introdução 
A presente monografia tem como tema “Estudo comparativo entre laje aligeirada e 
maciça na construção civil, caso especifico cidade de Nampula”. 
Actualmente, o crescimento da construção civil no mundo é acelerado, assim, a 
aquisição de novos conhecimentos e a comparação de técnicas e métodos construtivos é 
necessária para um maior aproveitamento dos recursos financeiros, sem perder a 
qualidade no desempenho e aproveitando melhor o tempo despendido na execução. Na 
cidade de Nampula regista-se elevado índice de construção de lajes tradicionais 
(maciças) que tem acarretado altos custos de execução, e trazido consigo demasiado 
tempo de construção. 
De acordo Costa (1997), o projecto estrutural destaca-se entre os mais elaborados para a 
construção civil, representando cerca de 15% a 20% no custo total da construção. O 
mesmo autorcomplementa que uma redução de aproximadamente 10% no custo da 
estrutura pode representar no custo total, uma redução de 2% em termos práticos, o que 
significa execução de movimento de terra, soleiras, rodapés, pintura, peitoris e cobertura 
juntos. 
No presente trabalho em abordo, propõe-se a laje aligeirada como uma alternativa de 
execução das lajes como uma forma de minimizar os custos de execução e acelerar o 
processo de construção, visto que a laje aligeirada pode desempenhar todas as funções 
de igual modo que a laje tradicional (maciça). 
No que tange a simplificação e percepção no estudo do presente trabalho, foram 
apresentadas algumas comparações de viabilidades técnicas, isto é, algumas vantagens, 
desvantagens e processos executivos do uso dos dois tipos de lajes (aligeiradas e 
maciças), e em seguida abordou-se estudo de caso geral comparativos dos quantitativos 
e custos financeiros de execução, deste modo provando-se a minimização dos custos 
financeiro da laje. 
 
 
 
 
 
19 
 
CAPITULO I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Neste capitulo apresenta-se assuntos referentes à objectivos da pesquisa, hipóteses e a 
problemática que sustentam a pesquisa, e ilustra o interesse pelo tema e a organização 
da presente monografia. 
1.Delimitação do tema 
A presente monografia refere-se à comparação das lajes maciças e aligeiradas como 
solução para a redução de custo, materiais e tempo de execução na construção civil na 
cidade de Nampula. 
2.Objectivos 
2.1.Objectivo Geral 
 Analisar a viabilidade económica das lajes maciças e aligeiradas na construção 
civil na cidade de Nampula. 
2.2.Objetivos Específicos 
Deste modo origina os seguintes: 
 Identificar as os materiais utilizados para a fabricação das lajes aligeiradas e 
maciças; 
 Colectar os custos dos materiais para a fabricação das lajes aligeiradas e maciças 
na cidade de Nampula; 
 Comparar os custos de execução das lajes aligeiradas e maciças na construção 
civil na cidade de Nampula. 
3.Hipóteses 
As hipóteses podem ser consideradas como um enunciado geral de relações entre 
variáveis (factos, fenómenos), formulados como solução provisória para um 
determinado problema existente (Lakatos& Marconi, 2003, p.125), nesta ordem 
enunciam-se as: 
H(0):Fazendo-se comparação dos custos das lajes maciças e aligeiradas, poderá 
contribuir para a redução dos custos das obras na cidade de Nampula. 
H(1): Fazendo-se comparação dos custos das lajes maciças e aligeiradas, poderá não 
contribuir para a redução dos custos das obras na cidade de Nampula. 
 
20 
 
4.Justificativa 
Em Moçambique a desvalorização do metical face ao dólar está a sufocar a indústria da 
construção civil, a partir de Fevereiro e Março de 2020 aumentando os custos de venda 
do cimento na porta da fabrica, trazendo consigo problemas de custo e atraso de 
execução da betonagem das lajes tradicionais. 
Segundo (Silvaet al., 2002), outro aspecto muito importante na construção civil é o 
custo; considerando que o material utilizado para a confecção das lajes (betão, aço e 
cofragens) corresponde a uma grande parcela do gasto total em uma edificação, a 
optimização das lajes repercutem na optimização da estrutura global do edifício. O 
interesse para investigar o trabalho que aborda sobre a comparação das lajes aligeiras e 
maciças é pelo facto de o autor notar inúmeras obras paradas na fase betonagem das 
lajes tradicionais (maciças) enquanto à outras técnicas viáveis. 
5.Problematização 
A cidade de Nampula têm registado grandes inflações dos materiais de construção num 
passado recente, que têm trazido consigo grandes problemas económicos bem como 
demora de execução das lajes nas infra-estruturas. A pesquisa têm como pergunta de 
partida “qual a causa do elevado índice da aplicação das lajes maciças correlação a 
aligeirada na construção civil na cidade de Nampula?” 
6.Caracterização da Cidade de Nampula 
6.1.Aspectos físico naturais 
6.1.1.Localização 
A Cidade de Nampula situa-se, aproximadamente, no centro do espaço geográfico do 
distrito do mesmo nome, um pouco deslocada para nordeste (NE), ocupando uma área 
de aproximadamente 334 km2 (Quilómetros quadrado). No sentido Norte-Sul tem uma 
extensão máxima de 20,25 km (Quilómetros), desde a barragem do rio Monapo, a uma 
latitude de 15º 01’ 35’’ S, até ao Rio Muepelume, no paralelo 15º 13’ 15’’ S e, de Este-
Oeste tem uma extensão máxima de 24.5 km, entre o meridiano 39º 23’ 28’’ e 39º 10’ 
00’’ E. Esta cidade tem uma altitude média de 363 (m) metros (Cherewa, Ivala, 
Armando, 1996 e Araújo, 2005). 
 
 
 
21 
 
6.2.Aspectos socioeconómicos 
6.2.1.População e nível de vida 
Apesar da introdução do planeamento familiar na década de 80, a população 
moçambicana continua a crescer a ritmos alarmantes. Este crescimento deve-se em parte 
a manutenção das elevadas taxas de natalidade e redução gradual da mortalidade, 
condigna a melhoria da assistência médica-medicamentosa, educação e habitação, entre 
outros factores. Para algumas culturas moçambicanas, ter muitos filhos é sinónimo de 
riqueza, principalmente no meio rural, onde estes podem ajudar nas actividades laborais 
da agricultura familiar. Esta característica é notável no seio do povo macua (INE, 2012). 
Para além das causas acimas mencionadas, a migração é um dos factores determinante 
no crescimento populacional nas capitais provinciais moçambicanas. Cerca de 40% da 
população residente na Cidade de Nampula é proveniente de outros Distritos da 
Província de Nampula e outras províncias do país. O desequilíbrio de desenvolvimento 
económico entre as capitais provinciais e os distritos é tido em conta como uma das 
causas principais do êxodo rural em Moçambique (Araújo, 2005). 
 A Cidade de Nampula, surgiu e desenvolveu-se com motivações de prestação de 
serviços (entreposto e transacção de mercadorias), por isso a sua estrutura económica é 
distorcida, frágil e incapaz de satisfazer a população activa em postos de emprego. 
Como resultado, a maior parte da população activa sobrevive da actividade comercial 
informal que é praticada nos mercados informais e em quase todas avenidas e ruas da 
cidade (INE, 2012). 
7.Estrutura do Trabalho 
Para responder aos objectivos propostos, a monografia foi organizada em cinco (5) 
capítulos, que permitem a melhor leitura, compreensão e interpretação da pesquisa. 
Capitulo I. São apresentados assuntos referentes aos objectivos da pesquisa, 
delimitação da pesquisa, as hipóteses que sustentam a pesquisa, a problemática e a 
caracterização da cidade de Nampula. 
Capitulo II. São comentadas as fundamentações teóricas como: conceitos básicos, 
vantagens e desvantagens das lajes maciças quanto as aligeiradas; os processos de 
execução e ilustra-se os componentes das lajes maciças e aligeiradas. 
 
22 
 
Capitulo III. Apresentam-se aqui todos procedimentos metodológicos relativos á 
pesquisa, ele apresenta quatro itens que são: Tipo de Pesquisa, Métodos (métodos de 
abordagem e método de procedimento), Técnicas de Colecta de Dados, e o universo e 
amostra. 
Capitulo IV. Apresenta-se aqui os resultados recolhidos da pesquisa, e feita a 
quantificação da composição dos materiais, analise de custo e discussão dos resultados 
das lajes maciças e as lajes aligeiradas na cidade de Nampula. 
Capitulo V. Ilustra a Conclusão e sugestões, ou considerações finais relativamente a 
presente monografia. 
Capitulo VI: Faz-se menção das referências bibliográficas, ou titulo de obras 
abordadas por autores com temas semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Neste capitulo é apresentado à fundamentação teórica do objecto de campo de acção e 
tendências históricas e lógicas do processo de construção das lajes maciças e aligeiradas 
na construção civil. 
1.Contextualização 
Um dos maiores desafios na história das construções era o de vencer vãos e suportarcargas. De início, utilizavam-se os materiais naturais como a madeira e a pedra. As 
pedras eram cortadas e adaptados os seus apoios e a madeira era limitada às suas 
dimensões naturais. Os arcos de pedra foram uma evolução importante, pois permitiam 
vencer maiores vãos. Essa técnica apresentava as características peculiares de 
desenvolver somente esforços de compressão e foi difundida até meados do século XIX 
(Droppa, 1999). 
De acordo com Droppa (1999), “que desenvolveu uma interessante dissertação sobre 
lajes pré-moldadas, “na segunda metade do século XIX surge na França um trabalho 
desenvolvido por François Coignet”, sobre o cimento armado, com destaque para as 
lajes nervuradas, armadas com barras de aço com seção transversal circular”, conforme 
ilustra a Figura 1. 
Ainda segundo Droppa (1999), “baseado neste sistema francês, os alemães começaram 
a desenvolver um sistema de lajes pré-fabricadas, formadas por vigotas pré-fabricadas 
de betão armado, blocos de alvenaria (como elementos de enchimento) e uma capa de 
argamassa”. 
Figura 1. Princípio do sistema de laje aligeirada 
 
Fonte: Segurado apud Droppa, 1999. 
Segundo Caixeta (1998), “as lajes sofreram as modificações que estão apresentadas na 
Figura 2. A laje maciça foi a primeira desenvolvida em betão armado e é viável 
tecnicamente para lajes de altura menor ou igual a 15 cm. Espessuras mais elevadas são 
 
24 
 
exigidas quase que apenas para satisfazer condições do Estado Limite de Utilização 
(flecha) e não a critérios de resistência, o que leva a um mau aproveitamento do betão”. 
Figura 2. Evolução dos sistemas construtivos de lajes 
 
Fonte: Caixeta, 1998. 
As lajes nervuradas fabricadas “in loco” surgiram com o objectivo de redução do 
consumo de betão. Este processo reduz o consumo de betão se comparado com a laje 
maciça, pois se empregam matérias leves de enchimento na parte da zona traccionada 
das lajes. Estes elementos podem ser: tijolos furados, tubos de papelão reforçado, blocos 
de betão leve, EPS (isopor), etc. Embora este sistema possua algumas vantagens em 
relação à laje maciça, ainda é ineficiente no que se diz respeito ao consumo de cofragem 
e mão-de-obra, apesar de ser um sistema com fortes qualidades técnicas. 
A laje pré-fabricada comum surgiu na década de 50, este sistema construtivo em lajes 
nervuradas emprega elementos pré-fabricados na forma de vigotas de betão armado ou 
pré-esforçados. Sua seção transversal tem forma aproximada de um “T” invertido com a 
armadura totalmente envolvida pelo Betão, o material de enchimento apoia-se 
directamente nas vigotas. Este sistema veio suprir as deficiências de custos da laje 
maciça e nervurada, eliminando o uso de cofragem, sendo necessárias apenas escoras e 
pontaletes, bem como as nervuras de travamento. Como pontos negativos apresentam 
uma má aderência entre as vigotas e o betão de capeamento, e a impossibilidade de 
colocação de estribos nas vigotas para o combate dos esforços de cisalhamento. 
Por volta dos anos 80 surge o sistema pré-fabricado de lajes aligeirada, com o objectivo 
de superar as limitações técnicas e económicas dos sistemas até então empregados. 
 
25 
 
A tendência actual na engenharia estrutural é a concepção que adopta lajes com grandes 
vãos. Diante disso, uma solução que vem sendo bastante adoptada é a utilização de lajes 
pré-fabricadas aligeiradas, que conseguem vencer os grandes vãos com o menor peso da 
estrutura e vêm sendo largamente utilizadas na moderna construção civil, em 
substituição às lajes maciças e nervuradas fabricadas "in loco”, (ASSIS et al., 2007). 
Segundo Caixeta (1998), “o sistema pré-fabricado de lajes aligeirada (treliçadas) surgiu 
na Europa e foi aplicado no Brasil com a finalidade de atender exigências da evolução 
dos sistemas construtivos de lajes, buscando explorar e superar as limitações técnicas e 
económicas dos sistemas já utilizados”. No Brasil, as lajes treliçadas já são utilizadas há 
cerca de 35 anos, mas sua difusão e seu crescimento se deram no início da década de 90 
(Silvaet al 2002). 
2.Generalidades 
Segundo REBAP (1983), “considera-se lajes os elementos laminares planos sujeitos 
principalmente a flexão transversal ao seu plano e cuja largura exceda cinco (5) vezes a 
sua espessura”. 
As lajes são elementos, normalmente horizontais, com duas dimensões bem maiores que 
a terceira (espessura) que recebem os esforços verticais, sejam estes permanentes ou 
acidentais oriundos das acções nos pavimentos ou coberturas. Eles atuam recebendo e 
transmitindo as cargas de utilização para os apoios, que geralmente são as vigas nas 
bordas, e são fundamentais para a manutenção da estabilidade global dos edifícios 
quando atuam como diafragmas rígidos e distribuem esforços horizontais do vento para 
estruturas de contra aventamento (Pinheiro, 2010). 
2.1.Classificação das Lajes 
Apolo (1979),“divide as lajes em função da sua capacidade de resistência durante a sua 
execução. São denominadas resistentes, semi-resistentes e não resistentes”. 
As resistentes: são aquelas capazes de suportar por si só as cargas a que estão 
submetidas. 
As semi-resistentes: necessitam de uma complementação de betão, a fim de poderem 
resistir aos esforços de compressão existentes em sua superfície superior. 
As não resistentes: necessitam do auxílio de materiais "temporários", para poderem ser 
executadas. 
 
26 
 
3.Lajes maciças 
As lajes maciças são definidas por Araújo (2014),“como placas de espessura uniforme, 
apoiadas ao longo do seu contorno, onde os apoios podem ser formados por vigas ou 
alvenarias”. No que diz respeito as suas características geométricas, Pinheiro (2007) diz 
que são elementos planos, normalmente horizontais, com duas dimensões muito 
maiores que a terceira, chamada de espessura. 
Segundo Spohr (2008), conforme a figura 3, sistema convencional de estruturas de 
betão armado é aquele que pode ser constituído por lajes maciças, vigas e pilares, sendo 
que as lajes recebem os carregamentos oriundos da utilização, os quais são transmitidos 
para as vigas, onde estas descarregam seus esforços aos pilares e esses as fundações. 
Figura 3. Representação esquemática de um sistema estrutural com lajes maciças 
 
Fonte: Spohr (2008). 
A laje maciça não é adequada para vencer grandes vãos, e se torna viável 
economicamente um valor médio entre 3,5 – 5 m. as lajes nos edifícios de vários pisos 
respondem por elevada parcela de consumo de betão, porem os múltiplos pórticos 
garantem uma boa rigidez ao sistema estrutural (Franca; Fusco, 1997). 
Para Albuquerque e Pinheiro (2002), as lajes maciças devido aos limites impostos, 
apresentam uma grande quantidade de vigas, fato esse que deixa a forma do pavimento 
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção. Esta forma recortada gera, 
ainda, um grande consumo de formas (cofragens) e dificulta o seu reaproveitamento. Já 
a existência de muitas vigas, por outro lado, forma muitos pórticos, que garantem uma 
boa rigidez à estrutura. Além do grande número de formas gastas, o volume de betão é 
grande também, devido principalmente ao consumo das lajes. 
 
 
27 
 
3.1.Vantagens e desvantagens das lajes maciças 
3.1.1.Vantagens 
Citamos, aqui, vantagens com pavimentos formados por vigas e lajes maciças: 
 “Existência de muitas vigas formando pórticos, que acabam garantindo uma 
rigidez à estrutura de contra aventamento” (Albuquerque, 1999, p.21); 
 “Facilidade de lançamento e adensamento do betão” (Faria 2010, p.20); 
 “Por ser um dos sistemas mais utilizados nas construções de betão, a mão-de-
obra treinada facilita a execução da obra” (Spohr, 2008, p.21); 
 “Possibilidade de descontinuidade em sua superfície” (Faria, 2010, p.20); 
3.1.2.Desvantagens 
As lajes maciças apontam algumas desvantagens, sendo elas: 
 “Grande consumo de betão e aço para vãos grandes” (Faria, 2010, p.25); 
 “Grande consumo de cofragense escoramento” (Sphor, 2008, p.23); 
 “Uma grande quantidade de vigas, deixando a forma (cofragem) do pavimento 
muito recortada, diminuindo a produtividade da construção” (Albuquerque, 
1999); 
3.2.Prescrições Normativas 
Segundo REBAP (1983), as espessuras das lajes maciças não devem ser inferiores aos 
valores seguintes: 
 5 cm, no caso de lajes de terraços não acessíveis, definidos de acordo RSA; 
 7 cm, no caso de lajes submetidas principalmente a cargas distribuídas; 
 10 cm, no caso de lajes submetidas a cargas concentradas relativamente 
importantes; 
 12 cm, no caso de lajes submetidas a cargas concentradas muito importantes; 
 15 cm, no caso de lajes apoiadas directamente em pilares. 
A espessura das lajes a menos de justificação especial com base no estipulado nos 
artigos 72.º e 73.º, deve satisfazer as condições seguinte: 
ℎ
≤ 30 
 
28 
 
Onde: h – espessura da laje; = - vão equivalente da laje, sendo l o vão teorico (no 
caso de lajes armadas em duas direções deverá tomar-se para lo menor vão) e um 
coeficiente cujos valores são dados no tabela 1 para os casos mais frequentes, - 
coeficiente que toma os valores tabela 2, REBAP (1983). 
Tabela 1. Espessura mínima das lajes valores do coeficiente 
Tipo de Laje 
Simplesmente apoiada, armada numa só direcção 1,0 
Duplamente encastrada, armada só numa só direcção 0,6 
Apoiada num bordo e encastrada no outro, armada numa só 
direcção 
0,8 
Em consola (sem rotação no apoio), armada numa só direcção 2,4 
Simplesmente apoiada, armada em duas dirrecções 0,7 
Duplamente encastrada, armada em duas direções 0,5 
Fonte: REBAP (1983). 
Tabela 2. Coeficiente 
Tipo de 
aço 
- coeficiente, consoante 
o tipo de aço 
A235 = 1,4 
A400 = 1,0 
A500 = 0,8 
Fonte: REBAP (1983). 
3.3.Processo Construtivo 
Considerando que os pilares da construção já estejam betonados, alguns passos foram 
descritos por Barros e Melhado (1998) para a produção da estrutura de laje maciça: 
 Montagem das cofragens de vigas e lajes; 
 Colocação das armaduras nas cofragens de vigas e lajes; 
 Procedimento para betonagem das vigas e lajes; 
 Procedimento de desconfrangem. 
 
 
 
29 
 
a) Montagem das cofragens de vigas e lajes 
Se considerarmos os pilares já betonados, Barros e Melhado (1998) recomendam os 
seguintes procedimentos: 
 Montagem dos fundos de viga apoiados sobre os pontaletes, cavaletes ou garfos; 
 Posicionamento das laterais das vigas, das guias, galgas, tensores e gravatas das 
vigas, travessões e pés direitos de apoio dos painéis de laje; 
 Distribuição dos painéis da laje; 
 Transferência dos eixos de referência do pavimento inferior; 
 Fixação dos painéis da laje; 
 Colocação das escoras das faixas de laje; 
 Alinhamento das escoras de vigas e lajes; 
 Nivelamento das vigas e lajes; 
 Limpeza e liberação da cofragem para colocação da armadura. 
b) Colocação das armaduras nas cofragens de vigas e lajes 
 Segundo Barros e Melhado (1998), considerando que as armaduras já estejam 
previamente cortadas e pré-fabricadas, tendo sido devidamente controlado o seu 
preparo, tem início seu posicionamento nas cofragens, recomendando-se os seguintes 
procedimentos: 
 Antes de colocar as armaduras nas cofragens, deve-se colocar as pastilhas de 
cobrimento; 
 Posicionar a armadura de encontro viga-pilar (amarração) quando especificada 
em projecto; 
 Marcar as posições das armaduras nas lajes; 
 Montar a armadura na laje com a colocação das pastilhas de cobrimento (fixação 
armadura com arame recozido nº 18); 
 Chumbar os ferros para definição dos eixos. 
 Uma vez executada a armadura, deve-se fazer a liberação da laje para 
betonagem. 
c) Procedimento para betonagem das vigas e lajes 
Barros e Melhado (1998) descrevem que o betão utilizado para a betonagem das vigas e 
lajes poderá ser produzido na obra ou comprar de alguma central de distribuição e 
 
30 
 
deverá ser controlado antes de sua aplicação, sendo que os ensaios mais comuns para o 
controle de recebimento do betão são o “slump-test” e o controle da resistência à 
compressão (fck). Uma vez liberado, o betão deverá ser transportado para o pavimento, 
sendo este feito por elevadores de obra e jericas, gruas ou caçambas, ou bombeamento. 
d) Procedimento de desconfrangem 
Barros e Melhado (1998) afirmam que o procedimento deve respeitar o tempo de cura 
para início da desconfrangem, que segundo a norma de execução de estruturas de betão 
armado é dado por: 
 3 dias para retirada de cofragens de faces laterais; 
 7 dias para a retirada de cofragem de fundo, deixando-se algumas escoras bem 
encunhadas; 
 21 dias para retirada total do escoramento; 
4.Laje Aligeiradas 
As lajes aligeiradas também conhecidas como lajes nervuradas treliçadas são descritas 
dos seguintes itens; definição, características do sistema, vigotas treliçadas, elementos 
de enchimento, prescrições normativas, vantagens, desvantagens e o seu processo 
construtivo. 
De Chaves (2012), a laje pré-fabricadas de vigotas treliçadas é formada por vigotas pré-
fabricadas de betão armado, sobre as quais são apoiados elementos de material leve, e 
por fim, aplica-se uma camada de betão, de acordo com forma a cobri-los 
completamente. 
Segundo Cunha (2012), “as lajes formadas por vigotas pré-fabricadas são constituídas 
por elementos pré-fabricados lineares, elementos de enchimento e betão fabricado no 
local”. Os elementos de enchimento podem ser de blocos cerâmicos, blocos de concreto, 
ou blocos de poliestireno expandido (EPS). 
De acordo com BASTOS (2005),” pode-se chamar de laje pré-fabricada ou laje pré- 
moldada, aquela que é constituída e tem seus elementos fabricados em grande escala no 
canteiro de uma fábrica. Podem ser de betão armado ou de betão pré-fabricado e tem 
aplicação tanto em construções de pequeno porte como também nas de grande porte”. 
 
31 
 
4.1.Vantagens e Desvantagens das lajes aligeiradas 
4.1.1.Vantagens 
Em comparação com as lajes maciças, as lajes pré-fabricadas aligeiradas apresentam 
principalmente para edificações de pequeno porte apresentam, segundo Marçal (2014), 
podemos apontar: 
 Baixo peso próprio; 
 Eliminação de cofragens e redução do escoramento, minimizando o custo e mão 
de obra; 
 Fácil armazenagem, transporte, trabalhabilidade e montagem; 
 Baixo custo com materiais. 
 Rapidez E simplicidade na execução; 
 Obra com aspecto mais limpo. 
4.1.2.Desvantagens 
Como desvantagens, apresentam, segundo Nappi (1993): 
 Menor rigidez na estrutura como um todo, dada devido à pequena espessura da 
capa; 
 Grande possibilidade de fissuras devido aos movimentos de retracção e 
dilatação; 
 Altos riscos de acidentes, tanto na colocação das vigotas como durante a 
betonagem; 
 Comprimento de vão limitado, restringindo o seu uso a determinados projectos; 
 Impossibilidade de aberturas em sua superfície, sem que hajam vigas periféricas 
de sustentação; 
 Limitação da carga de acordo com as especificações do fabricante. 
4.2.Elementos da laje aligeirada 
As lajes formadas por vigotas pré-fabricadas são compostas por elementos de 
enchimento, elementos pré-fabricados lineares e betão fabricado no local. O elemento 
pré-fabricado denominado de vigota pré-fabricada por ser encontrado em betão armado, 
betão pré-esforçado e em forma de treliça. Os elementos de enchimento podem ser de 
blocos de betão, blocos cerâmicos ou blocos de poliestireno expandido (Cunha 2012). 
 
32 
 
Figura 4. Laje formada por vigotas e abobadilhas 
 
Fonte: ElDebs(2000). 
4.2.1.Vigotas com armaduras treliçadas 
No trabalho proposto optou-se por adoptar o sistema de vigotas com armação treliçada 
e/ou vigota em T. 
Segundo Cunha (2012), “as vigotas conformem a figura 5, são formadas pela armação 
treliçada e pela base de betão, sendo possível inserir armação adicional referente ao 
dimensionamento das lajes”.Figura 5. Vigota com armação treliçada 
 
Fonte: Cunha (2012, p. 8). 
A armadura que compõe a treliça tem a função de resistir aos esforços de tracção pelo 
banzo inferior, aos esforços de compressão pelo banzo superior, quando a linha neutra 
estiver entre os banzos, e servir de base para o apoio do elemento de enchimento. Por 
sua vez, as diagonais proporcionam rigidez ao conjunto e facilitam as condições de 
transporte e manuseio (Silva, 2012b). 
 
33 
 
Figura 6. Tipos de vigotas pré-fabricadas 
 
Fonte: DroppaJr., 1999. 
4.2.1.1.Fabricação das vigotas 
Fabricação das vigotas as vigotas pré-fabricadas normalmente são produzidas por 
indústrias ou empresas especializadas em elementos pré-fabricados, mas também podem 
ser produzidas no local da obra em que serão instaladas, desde que haja um rigoroso 
controle tecnológico. A fabricação se dá basicamente na colocação das treliças dentro 
das cofragens metálicas, que devem estar limpas, com aplicação de desmoldastes e 
dimensões definidas em projecto, o lançamento e o adensamento do betão com 
especificações e resistências pré-estabelecidas pelo fabricante e o processo de cura das 
peças para evitar a evaporação da água e o aparecimento de fissuras, que envolve uma 
combinação de factores, como a humidade, tempo e temperatura. 
a) Armazenamento e transporte 
Após obter a resistência mínima para a desconfrangem, as vigotas são retiradas e 
armazenadas de forma a evitar deformação excessiva das peças, devido a pouca idade 
do betão. Para tanto, é necessário considerar a forma correta de empilhamento e 
posicionamento dos dispositivos de apoio. Após a cura da peça, ela é transportada e 
armazenada na obra ou local de utilização com os devidos cuidados, para que se 
mantenha em condições de utilização em relação aos aspectos físicos e estruturais. 
 
34 
 
4.2. 2.Elementos de Enchimento (Abobadilhas) 
As abobadilhas são constituídas por materiais inertes, maciços ou vazados, usualmente 
cerâmicos, de betão ou poliestireno expandido (EPS) e devem atender os requisitos de 
norma quando ao desempenho, propriedades e utilização. Estes são dispostos entre 
vigotas com a função de substituir parte do betão da região traccionada e servir como 
forma para o betão complementar fresco, diminuindo o peso próprio da laje e o volume 
do betão. (Silva, 2012, b). 
Figura 7. Abobadilha 
 
Fonte. Meyer(----), mão-a-obra. 
4.3.Materiais e processo construtivo 
4.3.1.Materiais 
Segundo Rosso (1980), "materiais e componentes de construção são produtos 
intermediários que associados fisicamente ou integrados funcionalmente dão lugar à 
edificação." 
a) Betão 
O betão usinado aplicado na fabricação da vigota é formado por: cimento Portland, 
areia, brita e água. O betão da capa da laje geralmente é fabricado no canteiro de obras 
ou mesmo usinado, no entanto suas características não são semelhantes ao betão 
utilizado na fabricação das vigotas, principalmente por conta do rigor, da precisão, o 
controle de qualidade, a resistência à compressão característica (fck) e o módulo de 
elasticidade. Mas sua composição é a mesma: cimento Portland, areia, brita e água. 
b) Cimento 
O cimento empregado na fabricação das vigotas é o cimento Portland de alta resistência 
inicial (CPV ARI), que é um produto do clinquer, a gipsita e uma parcela baixa de 
carbonatos. Ele é escolhido por conta da sua capacidade de, nas suas primeiras idades, 
possuir alta resistência de compressão, essencial para a protensão e desforma. 
 
35 
 
O cimento empregado na betonagem da capa da laje é geralmente um cimento com 
adições, seja escorias (CPII-E, CPIII), pozolanas (CPII-Z) ou filler (CPII-F). Esse é um 
material mais barato que aquele aplicado na indústria de pré-fabricados, no entanto são 
viáveis, no preenchimento da laje, pelo fato de não haver necessidade de uma 
resistência elevada do betão nos primeiros dias. 
c) Agregados 
É um material granular, sem forma e volume definidos, preferivelmente inerte, utilizado 
para compor cerca de 75% do volume do betão e colaborar com sua resistência 
mecânica, de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia. 
Para o caso das vigotas e capa das lajes, são utilizadas as britas (brita 0, com diâmetro 
de 4,8 a 9,5 mm, brita 1, de 9,5 a 19 mm e brita 2, de 19 a 38 mm) e a areia (material 
que passa pela peneira de espaçamento de 4,8 mm). São relativamente baratos, devido 
ao baixo custo de extracção, transporte e produção (britas e areias artificiais) e a grande 
quantidade de matéria-prima disponível. 
d) Água 
A água deve está isenta de impurezas e é recomendável que sua temperatura não seja 
elevada, para impedir que ela aumente o calor de hidratação na reacção da produção do 
betão. Seu volume deve ser controlado, pois quanto maior a quantidade de água em 
contacto com o cimento, menor será a resistência à compressão do betão e maior será 
sua trabalhabilidade. Por outro lado, quanto menor a quantidade de água reagindo com o 
cimento, maior a resistência à compressão desse betão e menor sua trabalhabilidade. 
e) Aço passivo 
O aço passivo é utilizado nas vigotas em betão armado. Esse tipo de vigota trabalha a 
partir da fissuração do betão, quando o aço assume a função de suportar os esforços de 
tensão de tracção que ocorrem nas seções da vigota. No presente trabalho, as bitolas 
utilizadas são de: 3,4 mm, 3,8 mm, 4,2 mm, 5,0 mm, 6,3 mm, 8,0 mm e 10,0 mm, sendo 
que a classe das quatro primeiras bitolas são CA60 e as demais CA50, essas classes 
representam a tensão que se aplicada no aço, levara-lo ao escoamento. Segundo a NBR 
6118 (2014), na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de 
elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa. 
 
 
36 
 
f) Aço activo 
O aço activo é utilizado nas vigotas de betão pré-esforçado. No presente trabalho, a 
protensão utilizada é limitada, isto é, não há fissuração na vigota e logo não há a 
necessidade de utilizar armadura passiva para combater as tensões de tracção aplicadas 
nas seções dessas vigotas. As bitolas estabelecidas são de: 4,0 mm, 5,0 mm e 6,0 mm. 
Os fios e cordoalhas de aço para a protensão são classificados, segundo a NBR7482 e a 
NBR7483, conforme sua resistência a tracção e ao tipo de comportamento na relaxação 
(RB – relaxação baixa, RN – relaxação normal). Foram utilizadas as categorias CP175 
RB, CP190 RB e CP160 RN. Segundo a NBR 6118 (2014), O valor do módulo de 
elasticidade deve ser obtido em ensaios ou fornecido pelo fabricante. Na falta de dados 
específicos, pode-se considerar o valor de 200 GPa para fios e cordoalhas 
4.4.Processo construtivo 
No sistema de laje aligeirada encontram-se os seguintes passos para a produção da 
estrutura, considerando que os pilares já estejam betonados. Para esse processo foi 
utilizado o capitulo XIX de Pini (2011), contendo os seguintes passos: 
 Escoramento; 
 Colocação das vigotas; 
 Fixar as armaduras positivas e negativas; 
 Colocação dos blocos de enchimento; 
 Armaduras de distribuição; 
 Betonagem. 
a) Escoramento 
Segundo Pini (2011, p.91), considerando que os pilares já estejam betonados é 
necessário considerar três (3) etapas importantes para o adequado escoramento das lajes 
aligeiradas: 
 Escoramento apoiado em bases firmes, de preferência no contra piso. Não deixe 
vão com mais de 1,30 m sem linha de escora, respeitando o vão central sempre a 
contra flecha; 
 Coloque as escoras horizontais no sentido inverso do apoio das vigas, sem força-
las para cima; 
 
37 
 
 A retirada do escoramento deve ser feita num prazo de no mínimo 18 dias após a 
execução da betonagem; 
Figura 8. Cuidar com vãos maiores do que 1,30m 
 
Fonte: Pini (2011, P. 91). 
b) Colocação das vigotas 
Segundo Pini (2011), deve-se seguir os seguintes procedimentos para a colocação das 
vigotas: 
 Fazer a colocação das vigotas, lado a lado, com asferragens voltadas para cima, 
apoiadas nas extremidades sobre cinta de amarração ou sobre a parede de 
alvenaria, conforma a figura. 
 Fazer os furos nos pontos previstos para a passagem das instalações eléctricas. 
Figura 9. Colocação das vigotas 
 
Fonte: Pini (2011, P.92). 
 
 
 
 
38 
 
c) Colocação dos blocos de enchimento 
Quanto a colocação dos blocos de enchimento, Pini (2011), realça: 
 Realizar a colocação dos blocos de enchimento a partir das extremidades. Eles 
ficam encaixados no espaço entre as vigotas, que serve de gabarito de 
montagem. Deixe sempre pequena folga entre as vigotas e os blocos. 
 Após o encaixe, os blocos são cortados nos pontos de passagem de fios e cabos 
sobre a laje. 
Figura 10. Colocação dos blocos enchidos 
 
Fonte: Pini (2011, P. 93). 
d) Fixar as armaduras Positivas e Negativas 
Segundo Pini (2011), deve-se seguir a seguinte instrução para a fixação das armaduras 
positivas e negativas: 
 Fixar as armaduras positivas e negativas, que devem ser distribuídas no sentido 
transversal e perpendicular as vigotas, sempre seguindo as orientações e medidas 
do projecto, conforme figura 11. 
 
39 
 
Figura 11. Fixação das armaduras positivas e negativas 
 
Fonte: Pini (2011, p. 92). 
e) Armaduras de distribuição 
Apos a colocação dos blocos de enchimento, Pini(2011), “orienta a colocação das 
armaduras de distribuição por cima dos mesmos, de acordo com as diretrizes do 
projecto. Ainda deve-se posicionar e conferir as cotas das taliscas que delimitarão a face 
superior da laje”. 
Figura 12. Armadura de distribuição 
 
 Fonte: Pini (2011,p.93). 
f) Betonagem 
A betonagem é realizada seguindo os mesmos passos citados na laje maciça, porem Pini 
(2011), salienta que deve-se tomar cuidados antes do lançamento do betão. Molhando 
bem todo blocos de enchimento e vigotas para evitar que absorvam água do betão, de 
acordo a figura 13. 
 
40 
 
Figura 13. Betonagem 
 
Fonte: Pini (2011, p.94). 
g) Cura do Betão 
A cura é um processo mediante o qual mantem-se o grau de umidade satisfatório, 
evitando a evaporação da água da mistura, garantindo ainda uma temperatura favorável 
ao betão durante o processo de hidratação dos materiais aglomerantes, de modo a se 
obter um betão com as qualidades esperadas. A boa cura ajuda a controlar um dos 
processos mais importantes que ocorrem nas estruturas de betão que é a retração do 
mesmo. 
5.4. Prescrições Normativas 
Segundo REBAP (1983) as lajes aligeiradas devem satisfazer as condições indicadas 
para as lajes maciças no artigo 102.2, com menos de justificação especial com base no 
estipulado nos artigos 72º e 73º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
CAPITULO III. METODOLOGIA 
Neste Capítulo é faz-se a explanação do conjunto de métodos, técnicas, procedimentos e 
instrumentos do trabalho empírico que constam na pesquisa. 
1.Tipo de Pesquisa 
Para obter-se o conteúdo presente na monografia sobre Estudo comparativo entre lajes 
maciças e aligeiradas na construção civil na cidade de Nampula, foi conduzida por uma 
por uma pesquisa qualitativa, que se preocupa, portanto, com aspectos da realidade a 
partir da interpretação dos dados, que não podem ser quantificados. 
A metodologia adotada para esta pesquisa foi a pesquisa experimental. Gil (2002) 
afirma que, essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto 
de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e definir as 
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Ainda 
segundo Gil (2002), a pesquisa experimental, ao contrário do que faz supor a concepção 
popular, não precisa necessariamente ser realizada em laboratório. 
 Quanto aos objectivos, o presente trabalho baseou-se em pesquisa descritivas que de 
acordo com (Gil, 2002) têm como objectivo principal a descrição das características de 
determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre 
variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas 
padronizadas de colecta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. 
 Neste contexto quanto aos procedimentos técnicos, a investigação desenvolvida neste 
trabalho foi elaborada com base em pesquisas bibliográficas, documentais e artigos 
científicos, que deram uma substancial contribuição na aquisição das informações para a 
realização da monografia, que também foi auxiliada por entrevistas e observação directa 
para o aprofundamento do fenómeno em estudo. 
 “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, 
constituído principalmente de livros e artigos científicos” (Gil, 2002, p. 44). 
 Visto que a pesquisa bibliográfica se baseia fundamentalmente das contribuições dos 
diversos autores sobre determinado assunto, “a pesquisa documental vale-se de 
materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser 
reelaborados de acordo com os objectos da pesquisa” (Gil, 2002, p. 45) 
 
42 
 
Contudo, a pesquisa foi fundamentada por alguns processos metodológicos divididos 
em 3 formas: revisão literária; estudo de caso; e avaliação dos dados alcançados. 
2.Método 
 Método é o conjunto de caminhos ou actividades usadas para atingir um determinado 
objectivo, conhecimentos válidos e verdadeiros. Para esta pesquisa foram usados os 
métodos de abordagem e de procedimentos. 
2.1.Métodos de abordagem 
Este método destaca-se por apresentar uma abordagem mais ampla, em nível de 
abstracção mais elevado, de fenómeno da natureza e da sociedade (Marconi &Lakatos, 
2003). Para o presente trabalho foi usado o método indutivo. 
 O Método indutivo consiste na aproximação dos fenómenos ou acontecimento, e 
caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, saindo das constatações 
mais particulares às leis e teorias. (Marconi &Lakatos, 2003). Este método serviu para 
fazer generalização dos dados colhidos. 
2.2.Métodos de procedimento 
Os métodos de procedimento consistem em etapas mais concretas da investigação, com 
vista a ter uma finalidade mais restrita quanto a explicação geral dos fenómenos, menos 
abstractos (Marconi &Lakatos, 2003). Por tanto, para a pesquisa, foram usados os 
métodos históricos, comparativo e de análise e síntese. 
 Método histórico 
Método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do 
passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições 
alcançaram sua forma actual através de alterações de suas partes componentes, ao longo 
do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época. 
 Método comparativo 
No que concerne ao método comparativo usou-se com a finalidade de apresentar, 
verificar semelhanças e explicar divergências. Neste caso, foram feitas comparações da 
composição das lajes maciças e aligeiradas que constituem amostra com propósito de 
explicar as diversas respostas. 
 
 
43 
 
 Método de análise e síntese 
É um método que trata e analisa as informações obtidas por meio de técnicas de colecta 
de dados em um documento. No que concerne aos dados recolhido no local de estudo 
durante a pesquisa, este método ajudou a fazer as conclusões dos resultados obtidos e a 
comprovação das hipóteses formuladas. 
3.Técnicas de colecta de dados 
 Para o estudo de caso, constituem técnicas de colecta de dados desta pesquisa, a 
observação directa e indirecta, assistemática, entrevista e consulta bibliográfica. 
 Observação 
 A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações que 
consiste em ver, ouvir e examinar determinados aspectos da realidade que deseja 
estudar. 
 Observação directa 
A técnica de observação directa foi usada para determinados aspectos da realidade do 
local de estudo, com principal enfâse nos projectos, edifícios, sistemas de drenagem, 
aspectosfísico naturais, e osfenómenos socioeconómicos que são desenvolvidos pelos 
moradores da cidade de Nampula, de modo a analisar a viabilidade económica e 
construtiva das lajes. 
 Observação indirecta 
Esta técnica usou-se na análise da área em estudo, com imagens via satélite através do 
Google Earth, a toda cidade de Nampula. 
A técnica da observação não estruturada ou assistemática, 
também denominada espontânea, informal, ordinária, simples, 
livre, ocasional e acidental, consiste em recolher e registrar os 
fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos 
especiais ou precise fazer perguntas directas. É mais empregada 
em estudos exploratórios e não tem planeamento e controle 
previamente elaborados (Marconi &Lakatos, 2003, p. 192). 
 
 
 
44 
 
 Observação Assistemática 
O que caracteriza a observação assistemática é o fato de o conhecimento ser obtido 
através de uma experiência casual, sem que se tenha determinado de antemão quais os 
aspectos relevantes a serem observados e que meios utilizar para a observação. 
4.Universo e amostra 
Universo ou população é o conjunto de seres que apresentam pelo menos uma 
característica em comum (Marconi &Lakatos, 2003). 
o universo ou população desta pesquisa é a população residente na cidade de Nampula. 
 A amostra é uma porção convenientemente seleccionada do universo ou população, é 
um subconjunto do universo (Marconi &Lakatos, 2003). 
Como parte da amostra determinou, foram entrevistados 15 moradores da cidade de 
Nampula à mais de 5 anos, 10 proprietários e agentes comerciais, como forma de apurar 
os factores que serão levantados pela entrevista. 
 Entrevista é uma técnica de colecta de dados efectuada através da conversa e do 
contacto directo (face a face). Tem suas vantagens pelo facto de proporcionar ao 
entrevistador, a informação necessária para obtenção de dados referentes ao local de 
estudo (Marconi &Lakatos, 2003). Esta técnica de entrevista foi usada em particular 
para os residentes da cidade de Nampula. 
 
 
 
 
 
45 
 
CAPITULO IV. APRESENTAÇÃO DOS DADOS E ANALISE DOS 
RESULTADOS 
Neste capitulo são apresentados os dados recolhidos, analisados e interpretados com 
base em observação directa, indirecta e assistemático das lajes maciças e aligeiradas da 
cidade de Nampula. 
O estudo da comparação das lajes maciças e aligeiradas dividiu-se em duas (2) fases. 
As primeiras fases foramentrevistadas os moradores da cidade de Nampula, analisando 
os pontos de vista acerca das duas lajes. A segunda foi feita a comparação a nível de 
materiais e custo das lajes maciças e/ou aligeiras na cidade de Nampula. 
1.Publico – Alvo 
A entrevista foi caracterizada por secção de perguntas e respostas elaboradas pelo autor 
no modelo múltipla escolha, feitas aos residentes do Bairro de Carrupeia. A entrevista 
foi feita num universo de 20 habitantes dos quais (5 foram do sexo feminino, 10 do sexo 
masculino e 5 comerciantes). Dos quais foram omitidos os nomes com a finalidade de 
preservar as imagens dos residentes.Os residentes que foram estudados são os com 
residências fixas na cidade de Nampula. 
Os 20 residentes foramseleccionados de maneira aleatória, são de diferentes níveis 
sociais, académicos e económicos assim generalizando a pesquisa. A entrevista cingiu-
se em mostrar os dois tipos de lajes mostrando as suas diferenças e desse modo obtidas 
as respostas.Os resultados obtidos com a entrevista serão apresentados na tabela 3: 
Tabela 3. Resultados da entrevista em percentagem 
Perguntas Percentagem(%) 
A B C D 
1 15 20 15 50 
2 30 30 30 10 
3 30 0 70 0 
4 5 10 30 55 
5 35 10 25 30 
6 85 15 0 0 
Fonte: Elaborada pelo autor (2022). 
 
46 
 
Figura 14. Laje aligeirada, ilustra a fase de amarração das armaduras negativas
 
Fonte: elaborada pelo autor (2022). 
Figura 15. Laje maciça, mostra a fase de amarração e betonagem 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2022). 
A cidade de Nampula aproximadamente a 50% da população com mais de 10 anos 
sendo residente da mesma cidade, com menos de 11% residentes não alfabetizados e 
com a maior parte com a 7ªclasse do ensino primário já feita. 70% das pessoas 
residentes na cidade de Nampula conhece as lajes tradicionais e não conhece a 
aligeirada (treliçada) e menos de 31% dos residentes da cidade de Nampula conhece a 
laje aligeirada e a maciça, em sua maior parte conhece de vista em obras. Mais de 55% 
da população da cidade acredita estar satisfeito com o uso da laje maciça e outros 30% 
diz estar satisfeito por falta de conhecimento dum outro tipo de laje comfacilidade de 
execução como a maciça. Depois de mostradas as duas imagens comparativas das lajes 
maciças e aligeiradas 35% dos residentes da cidade de Nampula acha a laje aligeirada 
 
47 
 
tão segura quanto a maciça e 30% dos habitantes da cidade não acredita na resistência e 
durabilidade da laje aligeirada devido a montagem não monolítica. Depois de 
apresentadas as vantagens dos dois tipos de lajes 85% dos residentes da cidade de 
Nampula optaria na laje aligeirada caso respondesse bem como a laje maciça. 
2.Quantificação e custos das lajes 
Para melhor percepçãodas lajes estudo foram quantificados os materiais e obtidos 
oscustos do mesmo cujo o processo foi divididos em três fases: cofragem, betão e 
armaduras. Fazendo-se analise parcialmente todos os intervenientes para concepção da 
laje maciça e a laje aligeirada, e depois feito o estudo comparativo. Foi feita uma analise 
geral dos custosunitários sendo custo dos materiais e mão-de-obra de cada fase da 
execução da laje maciça e/ou aligeirada na cidade de Nampula, com vista a elabora-se 
fichas, tabelas e gráficos com vista a simplificar a obtenção dos custos total do 
fornecimento e construção de 1 m2 com espessura de 0,12m na construção duma laje 
maciça e/ou aligeirada na cidade de Nampula. 
Figura 16. Um cubo com 1m2 de area e 12 cm de espessura 
 
Fonte: elaborada pelo autor (2022). 
2.1.Levantamento de Recursos 
 Custo de Materiais: os custos unitários dos materiais foram adquiridos 
consoante os preços mais baixos dos mercado grossista e lojas registradas no 
Município da cidade de Nampula, sendo os materiais: cimento, areia, brita, 
madeiras, barrotes, paus, aço, arrame, abobadilhas e vigotas. No que concerne 
aos rendimentos dos materiais foi em conformidade as quantidades dos materiais 
que necessários a execução de uma laje maciça e/ou aligeirada. 
 
 
48 
 
 Custo de mão de obra: Segundo o diploma ministerial nº.46/2019 – os 
saláriosmínimos é 6760.00Mt para trabalhadores que desenvolvem actividade 
em pequenas e medias empresas; e quanto aos trabalhadores que desenvolvem 
trabalhos nas grandes empresas é de 8300.00Mt. Tendo 28.125 MT e 34.58 Mt 
de salario por hora respetivamente. E foi adoptado o salario de 28.125Mt/h 
como o salario do servente e o 34.58Mt/h como sendo o salario do pedreiro. Foi 
considerado o rendimento e não a produtividade, segundo as tabelas do Paz 
Branco para as lajes maciças e aligeiradas, dos Coeficientes de Correção de 
Rendimentos em obras de construção de edifícios, para fácil orçamentação dos 
honorários dos operários. 
 
 Custo de equipamento: O rendimento de equipamentos é dependente do 
rendimento da mão-de-obra, isto é, o tempo que um equipamento trabalha numa 
determinada tarefa é o tempo que o trabalhador necessita para executar a mesma 
tarefa. Para a execução das lajes serão usados equipamentos como pá, enxadas, 
colher de pedreiro, entre outros não mecânicos, este item não será considerado 
nas tabelas e fichas orçamentarias para obtenção do custo total das lajes. 
Segundo Fonseca (2000), “as medições dos trabalhos de betão, betão armada e betão 
armadopré-esforçadoserão realizadas de modo a ficarem individualizados, em 
subcapítulospróprios, os trabalhos de betão, cofragens (formas), armaduras e elementos 
pré-fabricados em betão”. 
2.2.Quantificação e custos das Lajes maciças2.2.1.Cofragem 
O processo de cofragens da estrutura de Betão Armado da laje maciça será em cofragem 
tradicional na qual a madeira maciça é o material eleito. A quantificação das formas 
baseou-se na seleção de materiais envolvidos na cofragem para a concepção de uma laje 
maciça. Dos quais destacou-se os seguintes materiais: Tabuas (prancha), Sarrafos, 
escoras, pregos. Para o calculo do consumo de materiais utilizou-se como apoio as 
dimensõesdos materiais existentes no mercado da cidade de Nampula para que os 
valores sejam mais próximos a realidade. 
 
49 
 
Tabela 4. Composição de cofragem 
Item Descrição Quantidade Un Preço 
Unitário Total 
1. Cofragem 
2. Paus (escoras) com 3m de altura 4.00 Un 100.00 400.00 
3. Madeira ou Pranchas (2*0.25*0.05)m 3.00 Un 280.00 840.00 
4. Barrote (5.5*0.05*0.05)m 1.00 Un 200.00 200.00 
5. Pregos 1.50 kg 100.00 100.00 
Subtotal 1590.00 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
2.2.2.Armaduras das lajes maciças 
Para os aços usou-se afastamento de 18 centímetros entre eles de acordo REBAP 
@=1,5*e, e a estimativa da quantidade de armaduras longitudinais mínimas usou-se a 
formula: =
∗
∗
 determinando assim o diametro do aço e a quantidade. Desse modo 
usou-se ∅10 afastado a 18 centimetros. 
Tabela 5. Composição de armaduras 
1. Armadura 
1.1. Aço 9.48 kg 200.00 1896.00 
1.2. Arame recozido 1.00 kg 100.00 100.00 
Subtotal 1996.00 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
2.2.3.Betonagem 
Para o consumo de betão da laje maciça adoptou-se betão B25 que é representado pelo 
traço em volume 1:2:3 para obras de responsabilidade. Cada rubrica das medições será 
decomposta, de preferência, de acordo com as diferentes características do betão 
indicadas no projecto designadamente: 
 Classes de resistência e qualidades; 
 Classes de exposição; 
 
50 
 
 Outras características exigidas pelo projecto, tais como máximas dimensões dos 
inertes, consistência, relação agua ligante e outras particularidades de 
composição; 
 Condições de colocação. 
Tabela 6. Composição do Betão 
2. Betonagem 
2.1. Cimento 1.00 sc 540.00 540.00 
2.2. Areia 0.075 m3 1200.00 90.00 
2.3. Brita 0.088 m3 2500.00 220.00 
Subtotal 850.00 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
2.2.4.Mão-de-obra 
Para a quantificação da mão de obra das lajes maciças tomou-se em consideração a 
produtividade do pedreiro, ajudante e carpinteiro segundo as tabelas de paz branco, e 
usou-se o diploma ministerial nº46/2019 e com base nos saláriosmínimos, elaborou-se a 
composição da tabela da mão-de-obra. 
Tabela 7. Composição da mão-de-obra 
3. Mão-de-obra 
3.1. Pedreiro 1.20 h 34.58 41.50 
3.2. Carpinteiro 1.20 h 34.58 41.50 
3.3. Servente/Ajudante 2.00 h 28.125 56.25 
Subtotal 139.25 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
Grafico 1. Composição da laje maciça 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2022). 
1590
1996
850
139,25
0
500
1000
1500
2000
2500
 
51 
 
2.3.Quantificação e custos das Lajes aligeirada 
2.3.1.Vigotas e Abobadilhas 
O processo de quantificação das vigotas e abobadilhas levou-se em consideração as 
dimensões existentes no mercado de construção da cidade de Nampula. As vigotas 
sendo vendidas em metro linear e as abobadilhas por unidade. Quanto aos 
custostambémse usou como referencia os custos dos materiais na cidade de Nampula. E 
para construir 1m2 de laje aligeirada serão necessários os seguintes materiais: 
Tabela 8. Composição de vigotas e abobadilhas 
Item Descrição Quantidade Un Preço 
Unitário Total 
1. Vigotas e abobadilhas 
1.1. Vigotas 2.00 m 510.00 1020.00 
1.2. Abobadilhas 13.00 un 52.02 676.26 
Subtotal 1696.26 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
2.3.2.Cofragem 
Para a quantificação da cofragem levou-se em conta os principais materiais envolvidos 
na construção duma laje aligeira e destacaram-se: Barrotes, escoras e pregos. E para 
analise dos custos foram feitas abordagens em mercados grossistas da cidade de 
Nampula tendo os preços e as dimensões dos matérias, como estão patentes na tabela 9. 
Tabela 9. Composição da cofragem 
2. Cofragens 
2.1. Barrote (5.5*0.05*0.05)m 1.00 Un 200.00 200.00 
2.2. Paus (escoras) com 3m de altura 2.00 Un 100.00 200.00 
2.3. Pregos 1.00 Kg 100.00 100.00 
Subtotal 500.00 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
 
52 
 
2.3.3.Armaduras 
A fase de amarração foi feito a quantificação da armadura mínima de distribuição das 
lajes aligeiradas a partir da obtenção do preço unitários em lojas da cidade de Nampula 
e o arrame recozido também. 
Tabela 10. Composição das armaduras 
1. Armaduras 
1.1. Aço 2.22 Kg 120.00 266.40 
1.2. Arame recozido 1.00 kg 100.00 100.00 
Subtotal 366.40 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
2.3.4.Betonagem 
O estudo da betonagem consistiu em adoptar o betão da classe B25 para 1m2 com a 
espessura de 12cm, sabendo assim a quantidade necessária de areia, cimento e brita para 
cobrir 0.04m de espessura da capa de betão. Assim extraindo os preçosunitários a partir 
dos preços de cada carga dum camião basculante. 
Tabela 11. Composição do Betão 
2. Betão 
2.3. Cimento 1.00 sc 540.00 540.00 
2.4. Areia 0.025 m3 1200.00 30.00 
2.5. Brita 0.028 m3 2500.00 70.00 
Subtotal 640.00 
Fonte: elaborado pelo autor (2022) 
2.3.5.Mão-de-obra 
Para estudo do custo da mão-de-obra analisou-se quanto tempo em media um 
trabalhador pode ficar realizando no processo de construção da laje aligeirada usando 
como apoio para o rendimento as tabelas de Paz Branco tirando a hora de empenho. E 
quanto aos custos usou-se os saláriosmínimos do diploma ministerial nº46/2019. Assim 
tendo: 
 
 
53 
 
Tabela 12. Composição da mão-de-obra 
2. Betão 
2.3. Pedreiro 0.50 H 34.58 17.30 
2.4. Servente 1.50 h 28.125 42.20 
Subtotal 59.50 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
Gráfico 2. Composição da laje aligeirada 
 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
3.Estudo Comparativo de Custos 
Com as composições dos custos dos materiais obtidas, é possível realizar a analise 
comparativa dos custos das lajes maciças e aligeiradas na cidade de Nampula, e dessa 
forma determinar qual o melhor método construtivo para retornar melhor custo para a 
construção, levando em consideração as lajes. O estudo comparativo de custo para 
facilitar a compreensão dos demais dividiu-se em: cofragem, betonagem, armaduras, 
mão-de-obra, vigotas e abobadilhas. 
3.1.Cofragem 
Com as duas composições das cofragens já apresentadas anteriormente, faz-se a 
comparação dos custos das lajes maciças e aligeiradas segundo os preços unitários da 
cidade de Nampula para construção de 1m2 de laje na mesma cidade. 
1696,26
500
366,4
640
59,5
vigotas e
abobadilhas
Cofragem Armadura Betão Mão-de-obra
 
54 
 
Gráfico 3. Comparactivo dos custos entre laje maciça e aligeirada na cidade de 
Nampula 
 
Fonte: elaborado pelo autor (2022). 
Quanto a cofragem através dos custos é possível analisar que as lajes maciças têm três 
vezes o custo da laje aligeirada, devido ao alto consumo de materiais envolvidos no 
processo da cofragem da laje maciça comparativamente a laje aligeirada que apenas 
necessita de escoras e barrotes para assegurar todo o resto dos processos construtivos. 
3.2.Armadura 
Tendo em vista a composição dos custos dos materiais, tem-se a comparação dos dois 
tipos de lajes no gráfico a seguir. 
Gráfico 4. Comparativo de custo das armaduras entre lajes maciças e lajes 
aligeiradas na cidade de Nampula 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2022). 
Fazendo-se analise dos custos das armaduras das lajes maciças e as lajes aligeiradas 
para construção de 1m2 de laje na cidade de Nampula, é possível notar a diferença que a 
laje maciça cria sobre a laje aligeirada tendo uma diferença de 1629.6Mt, isto é, a laje 
maciça quanto as armaduras é muito mais cara correlação a laje aligeirada. 
1590
500
Maciça Aligeirada
1996
366,4
Maciça Aligeirada
 
55 
 
3.3.Betonagem

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