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Fundação Técnico Educacional SOUZA MARQUES CIENCIAS CONTÁBEIS Análise de Investimentos e Finanicamento (Poupança e Investimento; Sistema Financeiro Nacional e Interm. Financeira; Mercado de Capitais) 1 Economia com ausência dos Intermediários financeiros $ (PRINCIPAL) $ (PRINCIPAL + JUROS) POUPADORES TOMADORES Economia com ausência dos Intermediários financeiros Como os poupadores identificariam aqueles que necessitam de recursos financeiros? Como poupadores e tomadores poderiam conciliar os prazos de suas disponibilidades e necessidades, respectivamente? Como seriam formalizadas estas operações? Se na data do vencimento o tomador não honrasse o compromisso assumido, como deveria proceder o poupador? Se o tomador se tornasse insolvente? Como deveria proceder o poupador Economia com ausência dos Intermediários financeiros Pontos para reflexão: Neste ambiente haveria atratividade para o poupador ceder seus recursos a terceiros? As aplicações financeiras neste ambiente teriam risco elevado? Neste cenário o custo do dinheiro (taxa de juros) seria elevado? Economia com ausência dos Intermediários financeiros Conclusão: Na ausência de um sistema financeiro organizado o cenário percebido é o de ampliação de risco de aplicação da poupança na dívida das empresas e indivíduos, elevando seu custo, assim como desestimulando parte dessas aplicações. A FUNÇÃO DO SETOR FINANCEIRO Consiste na especialização de um setor econômico nas competências necessárias à identificação de poupadores e tomadores de recursos financeiros, com menor custo possível de monitoramento e liquidez da poupança, de forma a maximizar os investimentos na economia. A FUNÇÃO DO INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO O Intermediário financeiro deve utilizar suas competências para desempenhar duas funções básicas: A de atuar como um corretor puro, provendo serviços de informação e transação (aproximação de poupadores e tomadores através da estruturação e colocação de operações de transferências de recursos financeiros, diretamente, entre esses agentes econômicos) A FUNÇÃO DO INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO Atuar como captador e repassador desses recursos entre diversos agentes econômicos, sem que haja uma relação direta entre tais agentes, de forma a reduzir os custos de transação, informação, ou imperfeições que possam existir na relação decorrente das disponibilidades e necessidades dos recursos financeiros transacionais entre os diversos agentes A MISSÃO DO SISTEMA FINANCEIRO E O PAPAEL DO INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO Agente fomentador do desenvolvimento econômico; Alocação eficiente da poupança; SISTEMA FINANCEIRO É o conjunto de instituições (intermediários financeiros e demais prestadores de serviços financeiros, conhecidos como auxiliares financeiros) e instrumentos financeiros que têm por objetivo viabilizar a transferência de recursos financeiros entre os agentes superavitários (ofertadores) e os agentes deficitários (tomadores), além de criar as condições necessárias para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Bancárias ou Monetárias: sua característica básica é a capacidade de criar moeda, moeda escritural, a partir dos depósitos à vista captados no mercado. Não bancárias ou não monetárias: são aquelas que não apresentam capacidade de emitir / criar moeda ou meios de pagamento. Estas instituições não são autorizadas a captar depósito a vista. Instituições auxiliares. Bolsas de valores; corretoras; distribuidoras de títulos e valores mobiliários são exemplos destas instituições. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA No gráfico abaixo o banco realiza uma intermediação financeira DIRETA, pois captou e emprestou recursos em seu próprio nome. (Recebe Juros) (Spread) (Paga Juros) POUPADORES TOMADORES INSTITUIÇÃO FINANCEIRA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA A Instituição capta recursos no mercado pagando uma remuneração (juros) aos investidores (poupadores). Com os recursos levantados, efetua operações de empréstimos, cobrando uma taxa de juros (tomadores). A grande característica dos bancos identifica-se pela sua capacidade de interferir nos meios de pagamentos da economia pela criação de moeda escritural. Com base no volume de depósitos a vista captado no mercado, uma parte desses recursos depositados nos bancos é retida sob a forma de reservas financeiras, sendo a parcela disponível devolvida ao mercado na forma de empréstimos. Esses recursos aplicados, por sua vez, voltam novamente ao caixa do sistema bancário, gerando novos empréstimos, e assim por diante. Nesse processo contínuo de depósitos e empréstimos, os bancos passam a criar moeda a partir dos depósitos a vista captados, alterando sua oferta de dinheiro na economia pela criação de moeda escritural SPREAD BANCÁRIO: É a diferença entre a taxa de juros cobrados dos tomadores de crédito e a paga aos aplicadores. O Spread deve cobrir todas as despesas e risco dos negócios realizados e remunerar a atividade de intermediação financeira. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Ex: Admita que um banco receba depósitos a prazo de seus clientes (poupadores), remunera estas aplicações pagando uma taxa de juros de 12% ao ano e utiliza os recursos para atender a uma solicitação de empréstimo de uma empresa, cobrando 20% ao ano de juros. Apura na intermediação um ganho bruto (spread) de 8% ao ano. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Forma INDIRETA: São formas consideradas mais sofisticadas de Intermediação, a Instituição atua auxiliando os tomadores e aplicadores na realização de negócio. A Instituição não capta e nem aplica diretamente recursos, apenas age como um fator auxiliar de aproximação entre as partes, atuando por conta dos agentes. Para a execução desses serviços é cobrada uma Comissão pelos serviços prestados, conforme abaixo: INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (Recebe juros) (Paga juros) (Comissão) Esta forma de intermediação, geralmente realizada em bolsas de valores, envolve operações de mais longo prazo, com emissão de títulos de dívida (debêntures por ex.) e prazo indeterminados, com ações. POUPADORES TOMADOR INSTITUIÇÃO FINANCEIRA AUXILIAR SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por um conjunto de instituições financeiras públicas e privadas que atuam através de diversos instrumentos financeiros, na captação de recursos, distribuição e transferência de valores entre agentes econômicos ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Entende-se como órgãos reguladores os Conselhos, ou seja, o Conselho Monetário Nacional, o Conselho Nacional de Seguros Privados e o Conselho Nacional de previdência Complementar. Entende-se como entidades supervisoras o Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, superintendência de Seguros Privados e Superintendência de Previdência Complementar Os Conselhos ou Câmaras de Recursos são os órgãos recursais de última instância da esfera administrativa. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Tanto os órgãos reguladores quanto as entidades supervisoras fazem parte daquilo que é denominado subsistema normativo. Essas entidades supervisoras são as responsáveis pela fiscalização dos produtos em seus mercados. Esses produtos são comercializados pelos agentes que fazem parte do subsistema de intermediação ou subsistema de distribuição. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Conselho Monetário Nacional (CMN): é o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional. Não desempenha funções executivas, e sua missão normativa básica é a de definir as diretrizes de funcionamento do SFN e formular toda a política de moeda e crédito da economia, visando atender a seus interesses econômicos e sociais. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Composição do Conselho Monetário Nacional: Ministro da Fazenda (Presidente) Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão Presidente do Banco Central ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL O CMN é uma reunião que tem por objetivo básico formular as mais variadas regraspara o desenvolvimento e bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional – SFN. O CMN é o órgão que legisla sobre assuntos correlatos aos interesses, principalmente, de BACEN e CVM, com objetivos claros e definidos em lei. No entanto, cabe a esse Conselho a definição, através de Resolução, de onde serão permitidas as aplicações de recursos auferidos por seguradoras, empresas de capitalização, resseguradoras e previdências privadas, tanto aberta quanto fechada. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Principais responsabilidades do CMN: Estabelecer as condições gerais de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras voltadas ao bom funcionamento do sistema financeiro; Controlar o volume de dinheiro da economia (meios de pagamento); Avaliar e zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; Coordenar as políticas monetária, cambial, de crédito e da dívida pública interna e externa. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Órgãos Normativos vinculados ao CMN: Banco Central do Brasil (BACEN) Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Essas três grandes instituições compõem o denominado subsistema normativo do SFN, responsável pelo funcionamento do mercado e suas instituições COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM Foi instituído em junho de 1996 com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. A partir de junho de 1999, com a publicação do Decreto 3.088/99, foi adotado o regime de “metas para inflação”. Essas metas são estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN e cabe ao Banco Central do Brasil – BACEN fazer cumprir a meta exigida As metas e os intervalos de tolerância a serem adotadas serão definidas até o dia 30 de junho de cada segundo ano imediatamente anterior E o índice de inflação utilizado é o Índice de preços do Consumidor Amplo – IPCA Será considerada cumprida a meta se a inflação medida se situar dentro do intervalo de tolerância COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda que deverá conter: descrição detalhada das causas do descumprimento; providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos, e o prazo do qual se espera que as providências produzam efeito. O Banco Central do Brasil divulgará, até o último dia de cada trimestre civil, Relatório de Inflação abordando o desempenho do regime de “metas para a inflação”, os resultados das decisões passadas de política monetária e a avaliação prospectiva da inflação. Cabe ao COPOM definir a taxa SELIC Meta e seu eventual viés, implementar a política monetária e analisar o Relatório de Inflação. COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM A taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia) pode ser determinada com ou sem viés. Caso, ao final da reunião do COPOM tenha sido definido um viés para a taxa, isto significa que foi dada ao Presidente do Banco Central a prerrogativa de alterar a taxa SELIC na direção do viés sem que seja necessária a convocação de uma nova reunião do Comitê. As reuniões ordinárias do COPOM ocorrem, em média, a cada 45 dias, totalizando 8 reuniões por ano. Essas reuniões são divididas em duas sessões: a primeira na terça-feira e a segunda na quarta-feira. COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM Na reunião da terça-feira, além dos Diretores e Presidente do Banco Central, também participam alguns Chefes de Departamento, além de Consultores, do assessor de Imprensa e do Secretário-Executivo da Instituição. Nesse primeiro dia é apresentada uma análise da conjuntura macroeconômica e expectativas gerais para a inflação. Na reunião de quarta-feira, participam os membros do COPOM (Diretores e Presidente do BACEN) e o chefe do DEPE (Departamento de Pesquisas). Apenas os Diretores e o Presidente possuem direito a voto na definição da taxa de juros. Inicialmente, os Diretores de Política Econômica e de Política Monetária apresentam as suas alternativas para a taxa SELIC e fazem recomendações de Política Monetária. Posteriormente os demais membros fazem suas recomendações, e ao final, procede-se à votação das propostas. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Banco Central do Brasil - BACEN: O Banco Central do Brasil é uma autarquia que foi criada pela lei 4.595/64. O Banco Central é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. O BACEN é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Banco Central do Brasil BACEN: A Diretoria do BACEN é composta de 9 membros, sendo um Presidente e oito Diretores. O BACEN foi a primeira instituição fiscalizadora do Sistema Financeiro Nacional – SFN criada no Brasil. Após a criação da instituição, ela foi dotada de mecanismo para desempenhar o papel de “banco dos bancos”. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Banco Central do Brasil BACEN: Em 1985 foi feita a separação das contas e funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. Em 1988, a Constituição Federal estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central do Brasil. O Artigo 164 da Constituição Federal dispõe: “Art. 164. A Competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente , empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º - o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros” ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Banco Central do Brasil BACEN: O dinheiro só tem valor depois de emitidos e a emissão dos recursos é feita pelo Banco Central do Brasil quando disponibiliza os papéis-moeda para o público. Nomeação do Presidente e diretores do BACEN A Constituição Federal nos artigos 52 e 84 determina procedimentos necessários para a nomeação. Esses artigos, combinados, informam que cabe exclusivamente ao Presidente da República indicar e ao Senado Federal aprovar por voto secreto após uma argüição pública. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Banco Central do Brasil BACEN: A lei 4.595/64 dispõe em seu artigo 10º as competências privativas do Banco Central do Brasil, conforme abaixo resumidamente: Somente o BACEN pode emitir moeda mas deve considerar os limites e condições impostas pelo CMN; Cabe ao BACEN fazer a política monetária independentemente de quais instrumentos irá utilizar; Controlar o crédito, os capitais estrangeiros e fiscalizar as instituições financeiras. No caso de instituições financeiras estrangeiras, há a necessidade, TAMBÉM, Decreto Presidencial para que possam funcionar no País. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: O desenvolvimento do mercado de valores mobiliários do Brasil, ensejou a criação de uma instituição para regular e fiscalizar as atuações dos mais diversos agentes. A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia em regime especial, criada pela Lei 6.385/76, vinculado ao Ministério da Fazenda com personalidade jurídica e patrimônio próprio. Mandato fixo e estabilidade dos seus dirigentes, autonomia financeira e orçamentária. Possui poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: A instituição é administrada por um Presidente e quatro Diretores. Eles serão indicados pelo Presidente da República dentre pessoas de ilibadas reputação e conhecida competência em mercado de capitais. O processo e similar ao do BACEN, após aprovação do Senado serão nomeados pelo Presidente da República Os dirigentes terão mandatofixo de cinco anos, vedada a recondução, sendo renovado um quinto do Colegiado anualmente. Eles não podem ser demitidos mas poderão perder o mandato em virtude de: Renúncia; Condenação judicial transitado em julgado; e Processo Administrado Disciplinar. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: De acordo com o Art. 1° da lei 6.385/76, são disciplinadas e fiscalizadas as seguintes atividades: a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; a negociação e intermediação no mercado de derivativos; a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Valores; ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: a organização, o funcionamento e as operações de Mercadorias e Futuros; a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; a auditoria de companhias abertas; os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: De acordo com Art. 2° são exemplos de valores mobiliários: as ações, debêntures, e bônus de subscrição; os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de depósito de valores mobiliários; as cédulas de debêntures; as notas comerciais, cotas de fundos de investimentos. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: De acordo com Art. 3° compete a CVM expedir normas para execução do disposto neste artigo, podendo: exigir que os emissores se constituam sob a forma de sociedade anônima; exigir que as demonstração financeiras dos emissores, ou que as informações sobre o empreendimento ou projeto, sejam auditadas por auditor independente nela registrado; estabelecer padrões de cláusulas e condições que devam ser adotadas nos títulos ou contratos de investimento, destinados à negociação em bolsa ou balcão, organizado ou não, e recusar a admissão ao mercado da emissão que não satisfaça a esses padrões. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: A Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas funções com os seguintes objetivos: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsas e balcão; proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado. Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitidos ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Comissão de Valores Mobiliários - CVM: A Lei dispõe que compete a Comissão de Valores Mobiliários: regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente nesta Lei e na lei de sociedades por ações; fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1°, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados; propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado. fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que não apresentem lucro no balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP: O CNSP foi criado pelo Decreto Lei n.º 73/66 e é o principal órgão NORMATIVO das atividades de seguro no País: Foi criado com o objetivo básico de fixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Títulos de capitalizaçao, entretanto, a partir de 1977 suas atribuições foram estendidas à Previdência Privada Aberta. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP: O CNSP é composto por: Ministro de Estado da Fazenda – Presidente Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – Vice-Presidente; Representante do Banco Central; Representante da Comissão de Valores Mobiliários; Representante do Ministério da Previdência Social; Representante do Ministério da Justiça. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP: O mesmo Decreto-Lei que cria o CNSP também institui o Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP será constituído por: Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; Resseguradores; Sociedades autorizadas a operar em Seguros Privados; e Corretores Habilitados; ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP: Segundo a legislação, compete privativamente ao CNSP: Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas a este Decreto-Lei, bem como as penalidades previstas; Estipular índices e demais condições técnicas sobre tarifas, investimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas sociedades seguradoras; Fixar as características gerais dos contratos de seguros; Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas sociedades seguradoras; Delimitar o capital das sociedades seguradoras. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Seguros Privados - SUSEP: A SUSEP é uma Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda criada pelo Decreto-Lei 73/66 e é responsável pelo controle e fiscalização dos mercado de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e quatro Diretores. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Seguros Privados - SUSEP: Compete ao colegiado fixar as políticas gerais da Autarquia, com vistas a ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar as instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência. A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente que tem, ainda, como atribuições, promover os atos de gestão da Autarquia e sua representação perante ao Governo e à sociedade. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Seguros Privados - SUSEP: A autarquia tem como atribuições: Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradoras, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Seguros Privados - SUSEP: A autarquia tem como atribuições: Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC: Em 2009, a Lei 12.154/09 determinou que o Conselho de Gestão de Previdência Complementar passaria a se chamar Conselho Nacional de Previdência Complementar, continuaria a ser um órgão pertencente a estrutura básica do Ministério da Previdência e exerceria a função de órgão regulador do regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar.A Lei define que o CNPC possui 8 integrantes com direito a voto, sendo que cada um tem dois anos de mandato e é possível uma recondução ao cargo. São integrantes do CNPC: 5 integrantes do poder público; Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social Casa Civil da presidência da República Ministério da Fazenda Ministério de planejamento, orçamento e Gestão 3 indicados, respectivamente: Pelas entidades fechadas de Previdência Complementar; Pelo Patrocinadores ou Instituidores; Pelos participantes e assistidos. Além desses 8 integrantes, a Lei determina que o Ministro de Estado da Previdência Social será o Presidente do conselho ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC: São atribuições dos membros do CNPC: Participar das sessões ordinárias e extraordinárias; Manifestar-se a respeito das matérias e processos em discussão; Apresentar proposição sobre assunto de interesse do regime fechado de previdência complementar; Apresentar, por escrito, relatório, voto ou parecer sobre processo que esteja sob sua responsabilidade. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC: A Lei 12.154/09 cria a Superintendência de Previdência Complementar em substituição à Secretaria de Previdência Complementar – SPC. A nova entidade é criada como uma autarquia de natureza especial vinculada ao Ministério da Previdência e tem como prerrogativa atuar como entidade de fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar - EFPC ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC: A Autarquia será administrada por uma Diretoria Colegiada compostas por de um Diretor-Superintendente e quatro Diretores. Essas pessoas serão nomeadas pelo Presidente da República após indicação do Ministro da Previdência Social de um rol de agentes com reputação ilibada e notório saber na área. Os integrantes da Diretoria não podem exercer outra atividade profissional, sindical nem político –partidária a exceção está no magistério desde que com horário compatível com o cargo. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC: Sabe qual é a diferença entre Previdência Complementar Aberta e Fechada? Enquanto na Previdência Complementar Aberta todos podem participar, na Fechada apenas pessoas que possuem uma certa característica podem participar. Por exemplo, ser funcionário de determinada empresa. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC: A PREVIC é responsável por, praticamente, tudo ligado a Previdência Complementar fechada, ou seja, as entidades fechadas, patrocinadores, Instituidores, participantes e assistidos. A exceção está na formulação das regras de aplicação dos recursos, que deverão ser feitas pelo CMN mas fiscalizadas pela PREVIC. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC: Compete a PREVIC: Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar; Apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; Expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas a sua área de competência , de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar. ESTRUTURA DO SISTEMA FINACEIRO NACIONAL Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC: Compete a PREVIC: Autorizar a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; Autorizar as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complementar; Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei. SEGMENTOS DO MERCADO FINANCEIRO Mercado Monetário: Operação de curtíssimo (um dia) e curto prazo. Objetivo é o controle da liquidez monetária da economia. Fornece as condições. Mercado de Crédito: tem por objetivo prover os recursos necessários ao suprimento das necessidades de caixa de curto e médio prazo ao agentes deficitários; SEGMENTOS DO MERCADO FINANCEIRO Mercado Cambial: tem por objetivo viabilizar as operações de compra e venda de moedas internacionais, dando suporte as transações comerciais e financeiras com o exterior; Mercado de Capitais: tem por objetivo prover os recursos de prazo médio, longo ou indeterminado, destinados a suprir os recursos necessários as necessidades das empresas tanto em capital fixo quanto em capital de giro. Desempenha papel relevante no desenvolvimento econômico. FORMA DAS EMPRESAS CAPTAREM RECURSOS PARA SUAS ATIVIDADES Recursos gerados pela própria empresa Caixa Lucro Capital de Terceiros Fornecedores; Mercado de crédito; mercado de capitais; Outros INSTRUMENTO FINANCEIRO São assim considerados os títulos e valores mobiliários que viabilizam a transferência de recursos entre os diversos agentes; Ativos financeiros monetários: papel moeda e depósitos a vista nas instituições bancárias; Ativos financeiros não monetários: Ações; Debêntures; Commercial Papers; Letras de Câmbio; CDB; Letras Hipotecárias, Letras Imobiliárias; etc... TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Porque emitir? Fonte de financiamento do Governo Formas de se financiar: Emissão de moedas – Gera Inflação Tributos – A carga já é altíssima Títulos Públicos TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Títulos Federais (existem títulos Estaduais e Municipais) De acordo com a LRF – LC/101 de 04/05/2000, serão negociados somente os títulos residuais emitidos pelos estados e municípios, não poderão emitir novos títulos. Oferta Pública por meio de Leilão Leilão Formal: O governo explica, classifica e comunica o lançamento dos títulos. São negociados na SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Leilão Informal: Coloca-se direto os títulos, fazendo Política Monetária, os DEALERS (Intermediário financeiro) são os agentes que vão intensificar essa política, dando velocidade nessas vendas. TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Venda direta pelo Tesouro Nacional: O Tesouro negocia diretamente seus títulos. Emissões para atender as necessidades previstas em lei: ex: pagamentos de indenização de desapropriação agrária. TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Envolve a taxa livre de risco, ou seja, o mercado acredita que não haverá calote, não é uma regra. Remuneração menor; Taxa Selic; Remuneração dos títulos: Prefixada: sei o quanto recebo em $, ex: valor investido + 2% Pós-fixada: Sei quanto o governo me deve + Selic, IGPM, IPCA, Câmbio Cupom: Juros gerados pelos títulos. Outra forma seria títulos com deságio, que são títulos com valor menor de face que vão se valorizar, não pagam juros. TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Alguns títulos principais: LTN – Letras do Tesouro Nacional Prefixado Sei quanto vou receber Não paga cupom Valor nominal de R$ 1.000 Valor de resgate igual ao valor nominal de título Compro com deságio, mais ou menos por R$ 300,00 Características escritural, nominativa, negocial Tx Selic TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Alguns títulos principais: LFT B– Letra Financeira do Tesouro B Pós-fixado Sem cupom Valor nominal múltiplo de R$ 1.000 Ganho VN R$ 1.000 – Atualizado até o dia da compra Ganho o que vou receber – o que paguei Negociável Prazo definido Min. Da Fazenda – 15 anos Tx Selic Forma de colocação diretamente em favor do interessado (ao par ou com ágio/deságio) Valor nominal na data base TITULOS PÚBLICOS EMITIDOS PELO TESOURO NACIONAL Alguns títulosprincipais: BTN – Bônus do Tesouro Nacional Pós-fixado Paga cupom semestral – tx de 6% a.a sobre o valor nominal atualizado Existem 2 tipos de atualização do VNA a escolha do investidor Ser atualizado pela correção monetária, no máximo 12% a.a Ser atualizado pela variação cambial TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA Alguns títulos principais: DEBÊNTURES LETRAS DE CÂMBIO (câmbio neste caso quer dizer trocar) TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA DEBÊNTURES Valor mobiliário Emissão por sociedades anônimas (aberta e fechada), exceto IF Detentor Debenturista Prazo: Médio e longo Garantias: Real: Ativos da emissora Flutuante: Debenturistas com prioridade na liquidação dos bens Quirográfica: Debenturistas e credores no mesmo estágio Subordinada: demais credores com prioridade frente ao debenturistas. TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA DEBÊNTURES Sociedades de capital aberto X capital fechado Aberto: Oferta pública Inclusive essas debêntures a critério da emissora, podem virar ações da empresa. Não é obrigatório, mais pode. Fechado: Investidores qualificados. não pode vender para muitos debenturistas, apenas para poucos e grandes investidores considerados investidores qualificados. TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA DEBÊNTURES Para que haja emissão de uma debênture por uma companhia, deve haver a decisão inicial pela assembleia de acionistas, o registro subsequente na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na CETIP (fará o controle de titularidade por operação) ou pública (os títulos serão ofertados publicamente por instituição financeira) * CETIP (Central de Custódia e de Liquidação de Títulos Públicos) TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA Exercício: Debêntures são títulos privados de renda fixa emitidos por sociedades mediante ações de capital aberto ou fechado, inclusive por instituições financeiras bancárias, que asseguram a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA Letras de Câmbio: Contrato de financiamento celebrado entre uma instituição financeira e um consumidor de bens e serviços ou um tomador de crédito pessoal. A Letra de Câmbio envolve 3 figuras: O sacador (devedor), o tomador ou beneficiário (credor) e o sacado (normalmente uma instituição financeira). A letra de Câmbio é uma ordem de pagamento do sacador para que o sacado pague ao beneficiário determinada quantia. No caso específico de emissão e colocação das letras de Câmbio, o sacador é a mesma pessoa do sacado O investidor que aplica nas letras de Câmbio emitidas assume a figura de tomador (beneficiário) TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA Outros Títulos importantes: Conhecimento de depósito/warrant. Títulos emitidos por armazém-geral para os depositantes de mercado. Certificado de Depósito Bancário Títulos emitidos pelos bancos e vendidos ao público Prefixado – taxa fixada (10%) Pós-fixado – Selic, IPCA Certificado de Depósito Interbancário Idem ao CDB, mas restrito ao mercado interbancário, entre Instituições Bancárias. Negociado na CETIP Recibo de Depósito Bancário Aplicação em títulos de renda fixa, não pode ser negociado, nem transferido antes do vencimento. TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA SECURITIZAÇÃO: A palavra securitização provém do termo “securities”, que em inglês se refere a valores mobiliários e títulos de crédito. Dessa forma, securitizar tem o significado de converter determinados crédito (ativos recebíveis), em lastro para títulos ou valores mobiliários a serem emitidos posteriormente. A securitização serve, portanto, como suporte para emissão de título ou valores mobiliários. TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA SECURITIZAÇÃO: EMPRESA SECURITIZADORA INVESTIDORES Termo de Securitização Principais Títulos Emitidos: Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Certificado de Recebíveis do Agronegócio - CRA TÍTULOS DA DÍVIDA PRIVADA SECURITIZADORA RECEBÍVEIS CLIENTES $$$$$$$$ TÍTULOS INVESTIDOR $$$$$$$$ RENDA VARIÁVEL - AÇÕES AÇÕES: Menor parcela do capital social de uma empresa Tipo: Ordinária, Preferencial. ORDINÁRIA: Possuem direito a voto Quantidade mínima de emissão - 50% PREFERÊNCIAL: Distribuição de dividendos; Reembolso do capital investido. Tempo indeterminado Obs.: em caso de não pagamento de dividendos por 3 exercícios consecutivos, as ações preferenciais passam a ter poder de voto na assembléia. RENDA VARIÁVEL - AÇÕES AÇÕES: Característica: Nominativas ou Escriturais Nominativas: Ações registradas em livros pela empresa de quem tem a titularidade: Escritural: Ações onde não existe vínculo de titularidade; Ações negociadas em bolsa - Escriturais. RENDA VARIÁVEL - AÇÕES Valor da Ação: Valor Contábil Valor registrado no livro contábil da empresa Valor Patrimonial PL/nº ações Valor Intrínseco Valor da análise fundamentalista, baseada na proporção de crescimento e lucro; Valor da análise gráfica, baseada nas variações diárias, semanais, ou mensais. Valor de Liquidação Valor que receberei quando vender Valor Unitário Capital Social/nº de ações Valor de mercado Valor negociada hoje no mercado RENDA VARIÁVEL - AÇÕES Resultado Econômico das Ações: Ganhos de Mercado Preço da venda – Preço da compra ex.: 50-40=10+ Dividendos Parte dos lucros direcionados aos acionistas Bonificação Emite ações e distribui para os acionistas Juros sobre Capital Próprio Percentual pago sobre o capital da empresa, não há incidência de IR Direito de subscrição Direito de comprar mais ações no futuro RENDA VARIÁVEL - AÇÕES Ações Negociadas fora do País: Ações comercializadas lá fora, são lastreadas com as ações comercializadas aqui. EUA – ADR (American Depository Receipts) Resto do mundo – GDR (Global Depository Receipts) Resto do Mundo no Brasil – BDR (Brazilian Depository Receipts Fato Relevante: Sociedades que negociam ações devem noticiar todas as informações relevantes em jornais de grande circulação. A CVM também deve noticiar através de seus canais. RENDA VARIÁVEL – FUNDO DE INVESTIMENTO Fundo de Investimento: Formado por ações, títulos, derivativos) São considerados condomínios (várias pessoas) Formas de captação Emissão de cotas representativas Fiscalizados pela CVM Tipos de Fundo de Investimento: Abertos ou Fechados ABERTO Qualquer pessoa pode entrar e sair do fundo FECHADO Somente Investidor qualificado podem adquirir (poucos) São menos líquidos, não podem ser negociados pra lá e pra cá RENDA VARIÁVEL – FUNDO DE INVESTIMENTO Rendimentos Líquidos dos Fundos: Recebemos por determinação da CVM um prospecto com todas as informações sobre os rendimentos nos últimos 36 meses, acumulado ou mensal dos rendimentos líquidos, sem a taxa de carregamento ou administrativa. FUNDOS PREVISTOS NA IN CVM 409 Fundos de curto prazo, referencial (indicador de desempenho DI), de renda fixa, de ações, cambiais, e fundo da dívida externa FUNDOS NÃO PREVISTOS NA IN 409 Fundo de recebíveis, fundos de investimentos em Participações DERIVATIVOS Anos de 1970/1980: Liberalização Financeira Fim dos controles cambiais – não há mais controle do câmbio Mobilidade de Capital Internacional – dinheiro começa a fluir por vários países Aumento de liquidez Internacional Avanços tecnológicos – faz com que o dinheiro circule mais rápido entre os países Instabilidade econômica Quanto maior o fluxo financeiro e quanto menor o controle cambial, tudo isso faz gerar instabilidade. Aumento da incerteza e dos riscos Surgimento do risco sistêmico (risco de mercado), além do risco de crédito das IF DERIVATIVOS Conforme Circular do BACEN 3082/99: Entende-se por instrumentos financeiros derivativos aquele cujo valor varia em decorrência de mudanças em taxa de juros, preço do título ou valor imobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores, índice de preços, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável similar específica, cujo investimento inicial é inexistente ou pequeno em relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura. Derivativos são criados para a redução dos riscos Redução dosriscos sistêmicos DERIVATIVOS Falar em derivativos é: Falar em contrato que não tem valor por si só; Tem o valor que deriva de um ativo, isso é um derivativo; Investimento inicial é pequeno ou inexistente Falar de derivativo é falar de futuro, acontecerá no futuro. Características dos Derivativos: Deriva-ativos 4 Tipos fundamentais: Tem que ter relevância econômica Termo Futuro Valor inexistente Swap Opção – valor pequeno DERIVATIVOS Preços no futuro; Investimento inicial e inexistente ou pequeno; Valor distinto: Valor Nocional Valor Patrimonial Ex.: derivativo de dólar no valor de R$ 100.000.000 eu não vou pagar os cem milhões, esse é o meu valor nocional, o que eu vou pagar é o valor patrimonial. Valor patrimonial= variação do indexador (dolar por ex.) * Valor nocional Derivativo Proteção (objetivo) DERIVATIVOS Ativo passivo DUS$ 100 Mil US$ 100 Mil Qdo faço isso eu exponho meu balanço, era todo em reais e agora está exposto ao risco sistêmico (mercado), porque não tenho controle sobre o dolar. Ex.: dolar meio do ano US$ 1,90 hoje US$ 2,10 Faço um derivativo de US$ (contrato) Valor nocional, vou pagar variação Não há desembolso para contratar Se o dolar subir, derivativo sobe eu ganho, a IF me paga, ao contrário eu pago Alguém está apostando a favor e outro contra. DERIVATIVOS POR QUE AS IF`S CONTRATAM DERIVATIVOS? US$ PROTEÇÃO IF DERIVATIVO IF ANALISE DE CREDITO SOLICITA GANHA (R$) NÃO COMPENSA AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, ELAS FAZEM CONTRATO DE DERIVATIVOS COM AS PESSOAS PORQUE ELAS GANHAM COM ANÁLISE DE CRÉDITO E ALÉM DISSO ELAS CONSEGUEM SE PROTEGER COMPRANDO NA BOLSA DERIVATIVOS MAIS BARATOS PARA FAZER SUA PROTEÇÃO. A P IF 100 MIL US$ 100 MIL US$ 100 MIL US$ 100 MIL US$ 2,10 2,10 1,80 2,10 BOLSA (OPERAÇÃO HEDGE) DERIVATIVOS PARTICIPANTES DO MERCADO HEDGER: Aquele indivíduo que busca a proteção para a exposição. Pessoa física ou jurídica que busca, por meio de operações de compra ou de venda de instrumentos financeiros, especialmente no mercado de produtos derivativos, reduzir riscos de perdas decorrentes das variações de preços de bens com que trabalha, de ativos financeiros que possua em carteira ou de passivo que tenha contraído. ESPECULADOR: Assume o risco do mercado. Para alguém se proteger, alguém precisa assumir os riscos. DERIVATIVOS PARTICIPANTES DO MERCADO ARBITRADOR: Ganho sem risco. Ganho menos pelo menor exposição ao risco. Ganha na diferença de 2 ativos. * A soma dos 3 participantes torna o mercado com muita liquidez pelas operações de compra e venda neste mercado. DERIVATIVOS AMBIENTE OPERACIONAL BALCÃO Mercado não físico, representado pelas IF`s O que comercializa e feito para aquele cliente Contrato tipo Taylor made, customizado para a necessidade daquele cliente Mercado sem liquidez, porque atende necessidade específica, difícil de vender Risco de crédito, IF tem risco de não receber A P deriv 52 Mil 52 Mil US$ DERIVATIVOS AMBIENTE OPERACIONAL BOLSA Mercado físico, representado pela BM&FBOVESPA BOVESPA (Ativo) – BM&F (Derivativo) Não consigo derivativos Taylor Made, pois eles são padronizados Padronização faz com que tenham elevada liquidez Não há risco de crédito porque a bolsa opera zerando as operações Bolsa opera Clearing House (casa de limpeza) A P 50 M US$ 52 M US$ 100 M US$ DERIVATIVOS MERCADO A TERMO Um Contrato a Termo é um acordo (uma promessa) entre as partes contratantes envolvendo compra ou venda de algum ativo, para pagamento e entrega em data futura e por um preço previamente estabelecido. Aquele que vende assume uma posição vendida que corresponde a obrigação de vender na data definida, o ativo objeto pelo preço estabelecido, e aquele que compra assume uma posição comprada que implica na obrigação de comprar o ativo objeto pelo preço estabelecido Ex.: Dois investidores estão negociando a termo (de dólar, ou tx de juros, etc) determinado ativo que vale $ 15,00 no mercado à vista. Suponha que tenham acertado um preço de $ 16,20 para liquidação em certa data futura. Tem-se assim um negócio a prazo formalizado através de um contrato a termo. Ao final do período acertado, o comprador deverá pagar $ 16,20 e receber o ativo-objeto do contrato, independentemente do preço do ativo naquele data. O vendedor, ao contrário, deverá aceitar o preço ajustado e fazer a entrega física do ativo-objeto do contrato. Contrato de Balcão Posição inversa dos investidores Data futura Não existe desembolso inicial Não existe ajustes diários DERIVATIVOS MERCADO FUTURO Um Contrato futuro é considerado uma evolução do mercado a termo. O contrato futuro é negociado em Bolsa e são padronizados e exigem Ajustes Diários, ocorrendo pagamentos e recebimentos das diferenças verificadas diariamente nos preços. Falar em mercado futuro é o mesmo que falar em Commodities. (soja, açúcar, boi gordo e etc..) Bolsa Data futura Não existe desembolso inicial Ajustes diários Padronização Commodities DERIVATIVOS MERCADO FUTURO Oprofessor Alexandre Assaf Neto, em seu livro Mercado Financeiro (1999, p. 302) ensina que “Uma operação de mercado futuro envolve basicamente um compromisso de compra ou venda de determinado ativo em certa data futura, sendo previamente fixado o preço objeto da negociação” Deve-se ressaltar que este é um mercado no qual os investidores, chamados de especuladores, são mais do que bem vindos, são essenciais, uma vez que, ao buscarem ganhos especulativos, assumem o risco de variação de preços, além de assegurar a liquidez imprescindível aos negócios” DERIVATIVOS MERCADO FUTURO Os participantes de contratos futuros procuram um hedge (proteção dos riscos). Além deste objetivo principal há também outro objetivo relevante neste mercado que é o de formar preços justos, uma vez que a forma da operação, isto é, um sistema centralizado, com total transparência e facilidade de acesso a compradores e vendedores, é que determina os preços. Haverá Liquidação Física quando o contrato for encerrado mediante a entrega física do ativo objeto considerado; Haverá Liquidação financeira quando o contrato for encerrado através de um acerto financeiro, obtido pela diferença entre o valor da compra e o valor de venda, sem que ocorra a entrega física do ativo objeto DERIVATIVOS SWAPS (troca) È uma troca de taxas de juros ou de índices referentes a um empréstimo, conforme acordo entre as partes. Através do swap somente os fluxos de caixa são trocados por certo período de tempo, e não o principal. O objetivo da operação é dar maior proteção à operação e reduzir seu custo financeiro para o tomador. Há essencialmente dois grandes swaps no mercado: swap de taxa de juros e swap de moedas (taxa de câmbio) o swap de taxa de juros visa trocar os fluxos de pagamentos entre as partes, por certo período de tempo; o swap de moedas visa trocar a variação por uma cotação fixa. DERIVATIVOS SWAPS (troca) Uma empresa que capta um empréstimo a uma taxa pós-fixada, por exemplo, com receio de uma elevação nos indicadores de juros, pode trocar seus fluxos de pagamentos por uma taxa de juros fixa, calculada sobre o principal. Ao realizar o contrato de swap aquele que quer se proteger do risco de variação da taxa de juros objeto do contrato trava (torna fixo) o custo da operação original. DERIVATIVOS SWAPS (troca) Admita, para ilustrar a operação, que uma empresa esteja avaliando um financiamento de capital de giro junto a dois bancos: A e B. As condições oferecidas foram as seguintes: Banco A Taxa prefixada = 15,5% a.a Banco B Taxa pós-fixada (flutuante) = 5% a.a + variação cambial A empresa decide então aceitar o financiamento do Banco B e fazer um swap com outra instituição financeira, o Banco C. As condições oferecidas são as seguintes: Banco C Para swap: Cobra = 7,5% a.a de juros Paga= variação cambial DERIVATIVOS SWAPS (troca) Dessaforma, ao aceitar a proposta do banco C, a empresa incorre no custo financeiro de: 7,5% + 5% = 12,5% a.a., taxa prefixada inferior à cobrada pelo banco A (15,5%). Em outras palavras, a empresa tomadora de recursos para giro fecha negócio com o BANCO B, pagando 5% a.a de juros mais variação cambial, e faz swap com o banco C, recebendo na operação a variação cambial e pagando 7,5% a.a de juros. Com isso, reduz seu custo de captação para 12,5% a.a (5%+7,5%). Observe, na operação descrita, uma vez mais que não há troca de principal no swap, sendo todos os pagamentos efetuados na mesma data. Em razão desta coincidência de datas dos fluxos de caixa, os pagamentos são geralmente realizados pelas diferenças calculadas. DERIVATIVOS OPÇÕES Um contrato de opção dá ao seu titular o DIREITO de seu exercício, ou seja, o direito de adquirir ou vender no futuro um determinado ativo a um preço predeterminado. Não há uma obrigação do exercício da opção, somente um direito, ficando a critério do titular do contrato a decisão de negociar o ativo. TIPOS DE OPÇÃO: Há dois tipos principais de opções negociadas no mercado: Européia: prevê que o titular irá exercer seu direito de compra ou venda somente no vencimento da opção. Americana: permite o exercício em qualquer momento do prazo estabelecido para opção. DERIVATIVOS OPÇÕES CALL (opção de compra): dá ao seu titular o direito de adquirir um ativo a um preço previamente combinado. PUT (opção de venda): Atribui ao portador o direito de vender certo ativo também a um preço combinado. LANÇADOR: vendedor da opção COMPRADOR: Aquele que assume o direito de comprar ou vender o ativo-objeto “Para assumir o direito de comprar ou vender o ativo, o titular da opção (comprador) paga um prêmio ao vendedor da opção (lançador), constituindo-se no seu preço de negociação no mercado” DERIVATIVOS OPÇÕES OPÇÃO DE COMPRA – CALL Para adquirir a opção é pago um prêmio. Para exercer seu direito de compra, o titular paga no momento do vencimento o preço de exercício previamente combinado. Por outro lado, o vendedor da opção de compra obriga-se a entregar o ativo-objeto negociado pelo valor estipulado, caso o comprador resolva exercer seu direito de compra no prazo de vencimento. Ex.: Admita que o preço de exercício de um ativo seja de $ 120. No dia do vencimento, esse ativo está sendo negociado no mercado por $ 140. O titular da opção irá exercer seu direito e poderá ganhar $ 20 por ativo no mercado, menos o valor do prêmio desembolsado na compra da opção. Se o prêmio for de $ 16, o ganho líquido do comprador é de $ 4 por ativo. Por outro lado, se o ativo estiver sendo negociado no mercado no vencimento por $ 90, o titular por não ter a obrigação de adquirir, não exercerá seu direito. Perderá no máximo o valor do prêmio pago. Qualquer que seja o valor que o ativo alcance abaixo do preço de exercício, a perda do titular restringe-se sempre ao valor do prêmio pago.
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