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Histologia - Sistema endócrino

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sistema endócrino 
 
HISTOLOGIA MARIA CAROLINA STAMFORD BORGES 
introdução 
O sistema endócrino age estimulando ou inibindo as 
atividades teciduais à distância por meio de glândulas 
endócrinas que liberam os hormônios: moléculas que 
regulam a atividade celular específica em outras 
partes do corpo, uma espécie de mensageiro 
químico, normalmente, liberada na corrente 
sanguínea. 
Conforme sua ação, os hormônios podem ser 
divididos em: 
• Parácrino: liberado nos vasos, agem em 
células vizinhas. 
• Justácrino: liberado na matriz extracelular, 
atingem células muito próximas. 
• Autócrino: agem em si mesmas ou em 
células de mesmo tipo. 
Os tecidos os quais os hormônios agem são 
chamados de tecidos-alvo e suas células possuem 
receptores específicos para hormônios específicos. 
hipófise 
Também chamada de pituitária, é uma pequena 
glândula localizada exatamente na fossa pituitária, que 
fica numa cavidade do esfenoide, a sella túrcica. A 
hipófise é ligada ao hipotálamo pelo infundíbulo ou 
pedículo e armazena os hormônios hipotalâmicos. 
O hipotálamo ainda é o responsável por coordenar a 
secreção da hipófise por meio de hormônios 
liberadores ou hipofisiotrópicos e inibidores. 
Têm origem embriológica nervosa (diencéfalo) e 
ectodérmica (teto da boca), sendo dividida em neuro 
e adeno-hipófise. Esta última se desenvolve a partir 
da bolsa de Rathke durante sua formação. 
 
Adeno-hipófise 
É dividido em 3 partes: 
Pars distalis – composto em sua maioria por células 
epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de 
hormônio, o qual é armazenado em grânulos de 
secreção. Em minoria, existem as chamadas células 
foliculoestelares, não secretoras. 
As células secretoras são diferenciadas de acordo 
com a coloração: cromófobas (pouco coradas, 
menos grânulos) e cromófilas (mais grânulos, bem 
corados). Esta última ainda possui dois subtipos de 
acordo com sua afinidade a corantes ácidos ou 
básicos: acidófilas e basófilas. 
Há outra classificação de células, sendo de acordo 
com os hormônios que estas produzem: 
somatotrópica (GH); lactotrópica (prolactina); 
gonadotrópica (FSH e LH); tireotrópica (TSH); 
corticotrópica (ACTH). 
Como dito anteriormente, o hipotálamo tem função 
controladora da hipófise. Na pars distalis, essa 
regulação hormonal é feita pelo sistema porta-
hipofisário, o qual possui duas redes de capilares, que 
carregam os hormônios liberadores e inibidores 
advindos de neurônios dos núcleos dorsomediano, 
dorsoventral e infundibular do hipotálamo (plexo 
capilar primário) para a essa parte da adeno-hipófise 
(plexo capilar secundário). 
Além disso, o controle hormonal também é feito por 
feedback negativo, pela presença dos hormônios que 
esta regula ou moléculas que seus hormônios 
induzem a formação. 
Pars tuberalis – região em forma de funil, que cerca 
o infundíbulo. Tem função importante em animais 
que mudam hábitos conforme a estação do ano. 
Pars intermedia – localiza-se na porção dorsal da 
bolsa de Rarhke. Em humanos, é uma região 
rudimentar, composta por cordões e folículos de 
células fracamente basófilas. Tem função em peixes 
e anfíbios, possuindo células melanotrópicas. 
 
 
HISTOLOGIA MARIA CAROLINA STAMFORD BORGES 
Neuro-hipófise 
Consiste no infundíbulo e na pars nervosa, a qual não 
possui células secretoras. Apresenta um tipo 
específico de célula glial muito ramificada: pituícito. 
O componente mais importante da pars nervosa é 
formado por 100 mil axônios não mielinizados de 
neurônios secretores cujos corpos celulares estão 
situados nos núcleos supraópticos e paraventriculares. 
Estes, possuem corpos de Nissl bem desenvolvidos 
para exercer função neurossecretora. O depósito da 
neurossecreção forma estruturas chamadas corpos 
de Herring. 
Os hormônios dessa parte são a ocitocina e o ADH, 
sendo o primeiro relacionado a fibras dos núcleos 
paraventriculares e o segundo a fibras dos núcleos 
supraópticos. 
Histologia 
 
Função dos hormônios 
 
adrenais 
Um par de glândulas achatadas em forma de meia lua 
situadas acima dos rins, por isso, são chamadas de 
suprarrenais em humanos. 
Ela é nitidamente diferenciada em duas camadas: uma 
periférica, o córtex; e outra central e pouco 
volumosa, a medula. 
As partes da adrenal possuem origens embriológicas 
diferentes, sendo a do córtex no epitélio celomático 
(mesodérmico), e a da medula nas células da crista 
neural (neuroectodérmica). Estas são envolvidas por 
uma cápsula de tecido conjuntivo denso. 
Córtex adrenal 
Suas células são secretoras de esteroides, possuindo, 
então, como organela predominante o reticulo 
endoplasmático liso e não armazenando seus 
hormônios em grânulos, pois em sua maioria são 
liberados logo após sua produção. Por serem lipídicos, 
os hormônios esteroides se difundem na membrana 
plasmática, sem necessidade de haver exocitose para 
sua secreção. 
O córtex se subdivide em 3 zonas: 
Glomerulosa – mais periférica, é composta por células 
colunares e piramidais organizadas em cordões em 
forma de arco. Liberam mineralocorticoides: 
aldosterona.. (15%) 
Fasciculada – zona intermediária, tem arranjo celular 
em cordões de uma ou duas células de espessura, 
retos e regulares, semelhante a feixes. Suas células 
são poliédricas e possuem gotículas de lipídios no seu 
interior, aparecendo vacuoladas em preparações 
histológicas e sendo chamadas de espongiócitos. 
Liberam glicocorticoides: cortisol. (65%) 
Reticulada – região mais interna, é disposta em 
cordões irregulares que formam uma rede 
anastomosada. Suas células são menores e não 
possuem tantas gotas de lipídios. Liberam 
andrógenos. (7%) 
Sua secreção é controlada pela liberação de outros 
hormônios: CRH pelo hipotálamo e consequente 
liberação de ACTH pela hipófise. Com hormônios 
corticoides circulando, há inibição da secreção. 
HISTOLOGIA MARIA CAROLINA STAMFORD BORGES 
Medula adrenal 
É composta por células poliédricas organizadas em 
cordões ou aglomerados arredondados, sustentadas 
por uma rede de fibras reticulares. Além dessas, há 
células ganglionares parassimpática.s. 
As células do parênquima são originadas de células da 
crista neural, migrando para o interior da adrenal. 
O citoplasma das células medulares tem grânulos de 
secreção contendo epinefrina e norepinefrina, da 
classe das catecolaminas. Porém, existem evidências 
de que esses hormônios são secretados por outras 
células. 
Contrariamente as células do córtex, as células 
medulares armazenam seus hormônios em grânulos. 
A secreção destes é mediada pelas fibras pré-
ganglionares que inervam a medula adrenal, que são 
ativadas em resposta a reações emocionais. 
Histologia 
 
Função dos hormônios 
A função dos hormônios das suprarrenais envolve, na 
ordem: equilíbrio de minerais; metabolismo de 
carboidratos, proteínas e lipídios; vasoconstricção; 
alteração na frequência cardíaca. 
 
 
pâncreas 
O pâncreas encontra-se nas mediações do 
estomago, abaixo deste, e é uma glândula mista. Sua 
parte endócrina é função das Ilhotas de Langerhans: 
são micro-órgãos visualizados como grupos 
arredondados de células menos pigmentadas que 
ficam incrustadas no tecido exócrino do pâncreas. 
As ilhotas são células poligonais agrupadas em 
cordões envolvidos por um fino tecido conjuntivo 
separando-as do restante. 
Devido à coloração das células, elas podem ser 
distinguidas em cinco tipos: alfa, beta, delta, PP e 
épsilon. As células mais abundantes são alfa (rosa) e, 
principalmente, beta (azul), as quais liberam glucagon 
e insulina, respectivamente. 
O controle da secreção é feito por impulsos 
nervosos e por função parácrina. Além da influência 
por feedback negativo. 
Histologia 
 
Função dos hormônios 
 
HISTOLOGIA MARIA CAROLINA STAMFORD BORGES 
tireoide 
Glândula localizada na parte anterior do pescoço, 
adjacente à laringe e à traqueia. Possui dois lobos, 
sendo conectados pelo istmo. 
Ela se desenvolve a partir do endodermada porção 
cefálica do tubo digestivo. Sua função é sintetizar os 
hormônios tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3). 
A tireoide é composta por folículos tireoidianos, cuja 
parede é formada de epitélio simples, cujas células 
são nomeadas tireócitos. Esses folículos formam 
cavidades com substância gelatinosa chamadas 
coloide. 
Há outras células presentes na tireoide chamadas 
célula parafolicular ou células C, que podem fazer 
parte do epitélio folicular ou formar agrupamentos 
isolados entre os folículos. Estas produzem a 
calcitonina. 
A glândula ainda é revestida por tecido conjuntivo 
frouxo. 
Síntese de T3 e T4: 
 
1. A célula folicular sintetiza enzimas e 
tireoglobulina e libera para o coloide; 
2. O simporte Na+ / I ¯ leva o I ¯ para dentro 
da célula. O transportador pendrina leva o I ¯ 
para o coloide; 
3. Enzimas adicionam iodo à tirosina para 
sintetizar T3 e T4; 
4. A tireoglobulina é capturada de volta para 
dentro da célula em vesículas; 
5. As enzimas intracelulares separam T3 e T4 
da proteína; 
6. T3 e T4 livres entram na circulação, para 
posteriormente serem transportados com a 
TBG (globulina transportadora de tiroxina). 
O armazenamento desses hormônios é feito no 
coloide e podem ser acumulados lá. 
O controle da produção e secreção de hormônios 
tireoidianos é feita pelo TSH liberado pela hipófise, 
que é inibido quando os níveis de T3 e T4 são 
satisfatórios. 
Histologia 
 
Função dos hormônios 
De forma geral, T3 e T4 regulam o metabolismo do 
corpo. E a calcitonina envia mecanismos para diminuir 
os níveis de cálcio no sangue, agindo contrariamente 
ao paratormônio, o qual aumenta a calcemia. 
 
 
 
 
HISTOLOGIA MARIA CAROLINA STAMFORD BORGES 
paratireoides 
São quatro pequenas glândulas localizadas nos polos 
superiores e inferiores da face dorsal da tireoide, 
podendo haver variações anatômicas de sua posição. 
Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de 
tecido conjuntivo. 
A paratireoide é formada por células epiteliais 
dispostas em cordões separados por capilares sendo 
de dois tipos: principais e oxífilas. 
As células principais são predominantes e têm forma 
poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente 
acidófilos. Sua função é secretar o paratormônio, 
regulado por feedback negativo e pela calcitonina. 
As oxífilas aparecem por volta dos 7 anos de idade, 
aumentando de número progressivamente. Também 
são poligonais, porém maiores e mais claras, tendo 
função desconhecida. 
Histologia 
 
Função do hormônio 
 
pineal 
Também chamada de epífise, é uma pequena 
glândula localizada sob o teto do diencéfalo, com o 
qual tem conexão pelo pedúnculo. 
A pineal é revestida pela pia-máter, da qual partem 
septos de tecido conjuntivo que penetram a glândula, 
dividindo-as em lóbulos. 
Os pinealócitos, levemente basófilos com grandes 
núcleos irregulares ou lobados, são 95% do total de 
células pineais e produzem melatonina. 
Entre os pinealócitos, encontram-se os astrócitos, 
com núcleos alongados e mais corados. 
A pineal tem depósitos fosfato e carbonato de cálcio 
chamado areia cerebral e esta aumenta com a idade, 
podendo formar calcificações 
Histologia 
 
Função do hormônio 
A melatonina tem função na regulação do sono, em 
humanos, devido à recepção de luz. 
Em animais, suas funções são mais variadas como 
reprodução sazonal. 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA MARIA CAROLINA STAMFORD BORGES

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