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RESENHA DO TEXTO A LINGUAGEM JURÍDICA EM PRISMA UMA ANÁLISE DA INEFETIVIDADE DA COMUNICAÇÃO JURÍDICA - HANNA MONROE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNDB
CURSO DE DIREITO
HANNA LOUISE OLIVEIRA DE MONROE
RESENHA DO TEXTO “A LINGUAGEM JURÍDICA EM PRISMA: UMA ANÁLISE DA (IN) EFETIVIDADE DA COMUNICAÇÃO JURÍDICA”
São Luís
2020
HANNA LOUISE OLIVEIRA DE MONROE
RESENHA DO TEXTO “A LINGUAGEM JURÍDICA EM PRISMA: UMA ANÁLISE DA (IN) EFETIVIDADE DA COMUNICAÇÃO JURÍDICA”
Resenha apresentada ao Curso de Graduação em Direito do Centro Universitário UNDB como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Português Jurídico I.
Professor: Josanne C. R. F. Façanha
São Luís
2020
RESENHA DO TEXTO “LINGUAGEM JURÍDICA EM PRISMA: UMA ANÁLISE DA (IN) EFETIVIDADE DA COMUNICAÇÃO JURÍDICA”
A obra em discussão se chama “Linguagem jurídica em prisma: uma análise da (in) efetividade da comunicação jurídica” e foi elaborada por Paula Renata Bertho e Raquel Cristina Ferraroni Sanches e publicada na Revista Eletrônica do Curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria em 2015. Tal texto, em síntese, gira em torno da condução da linguagem no ramo jurídico, sendo destacados os obstáculos na interpretação de textos jurídicos por parte dos indivíduos não abrangidos pela área, o que dificulta, indubitavelmente, o papel social da justiça.
A obra, elaborada através do método exploratório e qualitativo, versa sobre a inefetividade da comunicação jurídica, tendo em vista que atualmente predomina a ausência de acessibilidade linguística nos textos jurídicos. Neste contexto, a pesquisa apresenta as características das obras forenses e os fatores que dificultam o seu entendimento bem como recomenda formas de adequação dos discursos jurídicos para que se tornem socialmente compreensivos e produtivos.
Introdutoriamente, as autoras explicitam que cada profissão possui expressão particular, onde as características são singulares e naturalmente adotadas pelos membros de determinada classe. Ademais, a obra expõe que a existência de vocabulário técnico de cada profissão é essencial para evitar equívocos hermenêuticos da linguagem vulgar, bem como para facilitar e acelerar a comunicação entre os profissionais.
Nesta conjuntura, os operadores do Direito devem, além de dominar suficientemente o vocabulário jurídico, conhecer as refinações semânticas, as ramificações etimológicas entre as palavras e as estruturas sintáticas. Apesar disso, a escrita forense não serve para manifestar a exuberância intelectual do escritor, mas sim para concretizar o acesso à justiça.
No primeiro capítulo denominado de “Comunicação jurídica” é ressaltada a compulsão natural do ser humano em se agrupar em sociedade e, com isso, a comunicação entre os indivíduos é imprescindível. Outrossim, a obra evidencia que o vínculo do advogado com a linguagem é muito mais profundo do que a de outros profissionais, onde é preciso aprimorar o domínio da palavra no desempenho da profissão para que não ocorra exageros e equívocos interpretativos.
No segundo capítulo intitulado de “Elementos da comunicação”, as autoras explicitam que os cursos de Língua Portuguesa não prezam mais pela mera reprodução de regras gramaticais, mas sim pelo uso da linguagem de modo adequado e criativo que otimize a performance do usuário da língua. Neste contexto, é fundamental ressaltar que qualquer forma de comunicação sucede em uma situação, que se chama contexto e se baseia no binômio emissor-receptor. 
A pesquisa destaca ainda que para a plena concretização do ato comunicativo, é crucial que todos os seus componentes funcionem perfeitamente de modo que qualquer defeito obstaculiza a captação da mensagem, que é denominado de ruído. A obra jurídica também é uma forma de comunicação, sendo que se o texto tiver defeitos pode gerar não só um despacho desfavorável como também deixará de satisfazer as necessidades de uma comunicação jurídica atuante na sociedade, tendo em vista que pode propiciar barreiras comunicativas.
No terceiro capítulo chamado “Reflexões sobre a linguagem jurídica”, a obra resenhada defende que textos jurídicos extensos e excessivamente formais cansam e repelem o leitor enquanto que os textos bem redigidos e simples os convencem e agradam. Assim, nesta conjuntura, a economia textual deve ser priorizada e vista como elemento essencial para a celeridade dos processos.
O quarto capítulo intitulado de “Buscando a qualidade textual na linguagem jurídica” deixa cristalino que a acessibilidade da linguagem jurídica é algo impreterível haja vista que a predileção de uma linguagem de complexa prejudica a eficiência textual, sendo a mensagem, portanto, desprezada pelo destinatário.
De acordo com o capítulo, para que os textos forenses sejam claros e objetivos, os períodos devem ser curtos e na ordem direta, evitando-se exorbitância de adjetivos que pouco auxiliam no desenvolvimento dos fatos e das teses. Por outro lado, existem termos jurídicos específicos que não podem ser suprimidos, mas que devem ser empregados no momento correto.
A obra “Linguagem jurídica em prisma: uma análise da (in) efetividade da comunicação jurídica”, de Paula Renata Bertho e Raquel Cristina Ferraroni Sanches, indubitavelmente, é leitura obrigatória não só para o ramo jurídico, mas também para todas as áreas profissionais.
De interpretação simples, o referido texto não possui como requisito interpretativo conhecimentos anteriores e sequer exige diversas leituras. O que se busca na presente obra é justamente desmistificar o pensamento de que textos jurídicos devem ser necessariamente complexos, devendo-se priorizar a escrita de textos de fácil interpretação em detrimento daqueles excessivamente repletos de termos complicados e desnecessários.
Os capítulos da obra são muito bem escritos, fundamentados e exemplificados, pondo em prática a máxima de que textos mais simples são mais apreciados pelo destinatário pois são mais facilmente compreensíveis.
A referida pesquisa expõe para estudantes, pesquisadores e profissionais da área jurídica a desnecessidade de rigor excessivamente formal nos textos jurídicos, tendo em vista que a ausência de acessibilidade jurídica prejudica o acesso social à justiça. Neste contexto, é importante mencionar que o distanciamento do povo da participação das decisões judiciais em razão da falta de compreensão dos termos jurídicos obstaculiza o processo de democratização do Direito.
Assim, como bem explicita a supramencionada obra, para a concretização da almejada acessibilidade, se faz essencial que os documentos jurídicos sejam lidos de modo simples e ágil pelos litigantes, o que auxiliará na celeridade processual e a consequente democratização do Direito.
Assim, conclui-se que a obra “Linguagem jurídica em prisma: uma análise da (in) efetividade da comunicação jurídica”, de Paula Renata Bertho e Raquel Cristina Ferraroni Sanches é de prazerosa leitura de modo que desperta reflexões acerca do tema em discussão.
REFERÊNCIAS
BERTHO, Paula Renata; SANCHES, Raquel Cristina Ferraroni. Linguagem jurídica em prisma: uma análise da (in) efetividade da comunicação jurídica. Revista Eletrônica do Curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria, v.10, ano 2, 2015, p.573-591. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/19656. Acesso em: 11 de out. de 2020.

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