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relativismo cultural nas relações cotidianas

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relativismo cultural nas relações cotidianas 
A palavra etnocentrismo designa uma forma de enxergar outra etnia (e suas 
derivações, como cultura, hábitos, religião, idioma e formas de vida em geral) com 
base na etnia própria. A visão etnocêntrica de mundo não permite ao observador de 
uma cultura reconhecer a alteridade e faz com que ele estabeleça a sua própria cultura 
como ponto de partida e referência para quantificar e qualificar as outras culturas. 
Disso se resulta, grosso modo, que o observador etnocêntrico se vê como superior aos 
demais em aspectos culturais, religiosos e étnico-raciais. 
A visão etnocêntrica na religião causa a intolerância religiosa e o preconceito contra as 
manifestações espirituais diferentes das que o observador etnocêntrico segue. 
Tomemos como exemplo o Ocidente, que é majoritariamente cristão. O cristianismo 
foi amplamente difundido dentro da Europa, e a colonização das Américas pelos povos 
europeus forçou a entrada e disseminação dessa religião em nosso continente. 
Os povos nativos daqui tiveram as suas crenças forçadamente profanadas pelos 
colonizadores, que promoveram, inclusive, grandes campanhas de catequização dos 
nativos por meio de grupos religiosos cristãos, os jesuítas, como a Companhia de Jesus. 
Para os europeus, o cristianismo era a religião correta, que levaria à salvação da alma, 
enquanto a religião dos povos nativos era inferior, errada, pecadora etc. 
Ainda hoje existem casos de etnocentrismo religioso, quando, por exemplo, religiões 
de matriz africana são desrespeitadas por cristãos, que as associam ao pecado e ao 
que é considerado demoníaco, podendo acontecer também o movimento inverso (que 
é mais difícil de ocorrer por conta da hegemonia cristã ocidental). Isso ocorre porque o 
praticante de uma determinada religião tende a considerar o seu grupo religioso como 
a única manifestação dogmaticamente correta. 
O relativismo cultural pode ser entendido como uma teoria da antropologia que nota 
as diferentes culturas como sem julgamentos, ou seja, uma visão que se opõe ao 
etnocentrismo que coloca uma "raça" como soberana a outra. 
O conceito de etnocentrismo, surge como a valorização de uma cultura acima de 
outras, ou seja, quando os indivíduos de determinado grupo afirmam serem melhores 
que outros por algum aspecto, podendo ser socialmente, ou etnicamente. 
No Brasil o etnocentrismo prevalece ainda hoje, pois o homem branco que aqui vive 
ainda enxerga o indígena como alguém atrasado socialmente. Também vemos 
manifestações etnocêntricas por aqui ao percebermos os habitantes dos estados das 
regiões Sul e Sudeste do país acharem-se mais desenvolvidos cultural ou socialmente 
que os habitantes das regiões Norte e Nordeste. Outro exemplo de etnocentrismo que 
ainda existe em nosso tempo é a visão de que o continente africano é atrasado, 
devastado por mazelas e pela fome. Se ainda há fome, miséria e doenças na África 
subsaariana, isso é consequência da exploração europeia que, além de tomar os 
recursos naturais daquele continente, estabeleceu uma divisão de Estados nacionais 
que forçou tribos rivais a conviverem, ocasionando guerras civis sangrentas e 
intermináveis.

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