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Caso 4

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AO DOUTO JUIZO DA 2ª VARA DO TARBALHO DE NOVA IGUAÇU/RJ.
PROCESSO Nº 171.171.171.71
 A RECLAMADA VEM SUJEIRA LTDA, já devidamente qualificada, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu Advogado adiante assinado (procuração em anexo), com Escritório Profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no Art.847 da CLT, oferecer:
 CONTESTAÇÃO
À Reclamação Trabalhista que lhe move a RECLAMANTE KARLA LIMPA TUDO, já qualificada nos autos em epígrafe, pelos motivos de fato e de direito aduzidos:
PRELIMINARMENTE
DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
 Este Instituto adverte ao titular do direito que só pode postular as verbas trabalhistas dos últimos cinco anos, contados da data da propositura da ação trabalhista.
 Dito isto, a RECLAMANTE, segundo o art. 11 da CLT c/c Art.7da CF, teve o prazo prescricional do Direito do Trabalho aplicável. Pois foi admitida na Empresa em 20/12/2012 e seu desligamento no dia 04/09/2020, o que perfaz um total de 8 anos trabalhados. Porém ao ajuizar ação no dia de sua demissão, foi alcançada pela prescrição quinquenal, podendo somente pleitear o direito sobre 5 ( cinco) anos .Ou seja, só poderá ser discutido o período de até 04/09/2015. E de 03/09/2015 até 20/12/2012 se faz necessário reconhecer a prescrição. 
 DA INÉPCIA EM FACE DO DANO MORAL
 
 Considerando que existe o pedido de forma explícita na peça inicial, nota-se que não há qualquer amparo fático que venha retratar ou explicitar o motivo deste requerimento. Ademais, existe uma falha processual grave, conhecida como inépcia, a qual é citada pelo Art.330, I § 1º CPC, e que é um óbice ao pedido desta inicial. Posto que, não há como se defender, o RECLAMADO, pois não sabe o motivo do pedido de imputação ao dano moral, o que fere a Constituição Federal § 5º, em relação à ampla defesa e o contraditório.
 Por fim, que seja reconhecida a inépcia por inexistir a causa de pedir.
 Portanto, requer julgar-se improcedente sem o mérito deste tópico.
DOS FATOS
 A RECLAMANTE trabalhava como Gerente Geral na RECLAMADA VEM SUJEIRA LTDA. Vale ressaltar que quando ingressou na Empresa tinha a função de Chefe de Setor com um salário de R$ 6.000,00. E em 25/09/2015, houve a mudança de função, que passou a ser a citada anteriormente e com um salário de R$ 10.000 reais.
 Com o seu desligamento da Empresa em 04/09/2020, veio a insatisfação com suas verbas rescisórias, o que a fez ingressar com a ação trabalhista.
DO DIREITO
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 É improcedente este pedido por não preencher os requisitos do § 3º, e o § 4º do Art. 790 da CLT, por não haver prova nos autos de que possua hipossuficiência financeira e ainda, aquela, recebeu as verbas rescisórias. Ou seja, possui um lastro financeiro. Mediante isso, não preenche os requisitos legais para a concessão dessa benesse.
 Por fim, que seja julgado improcedente este pedido.
DO AVISO PRÉVIO
 Tendo em vista que a autora começou a laborar em 20/12/2012, esta requer o pagamento de 90 dias de Aviso Prévio. Porém equivoca-se, uma vez que não preenche os requisitos para receber o aviso prévio referente à 90 dias, com fulcro no Art.7º CF e Lei 12.506/11,perfazendo apenas o total de 54 dias à receber.
 Porém, vale destacar também, que foram pagos estes 54 dias nas verbas rescisórias. Logo, por fim, improcede o pedido de 90 dias de aviso prévio, uma vez que não tem amparo legal e nem fático temporal para a concessão deste direito. Requer, portanto, a improcedência.
DAS HORAS EXTRAS E REFLEXOS
 Considerando que Karla ingressou na Empresa em 20/12/2012 e teve sua alteração salarial e funcional em 25/09/2015, a qual sua função foi alterada de chefe de Setor para Gerente Geral com todos os poderes e com ganho salarial acima de 40%. 
 É notório que aquela, está preenchendo os requisitos do Parágrafo Único, II do art. 62 CLT, que cita os funcionários que não têm direito ao recebimento de Horas Extras por exercerem cargo de confiança perante o Empregador e tendo adicional salarial que absorve o pagamento de horas extras.
 Por fim, improcede os pedidos, pois Karla possuía poder de gestão e ganho adicional. Sendo assim, impede o pagamento de Horas Extras conforme a norma acima descrita.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
1.1- Considerando que os pedidos relacionados pela Autora na peça inaugural que se apresenta neste momento, todos devem ser julgados improcedentes. Sendo assim, não há porque haver condenação de sucumbência.
1.2- Em contra partida como os honorários sucumbenciais é da parte que perde, e considerando que haverá sem sombra de dúvida a improcedência total dos pedidos, requer o RECLAMADO a condenação da RECLAMANTE em pagamento de honorários sucumbenciais ao Patrono deste. Tudo com fulcro no Art.791CLT.
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
 Tendo em vista que a Empresa já foi demandada por diversas vezes por ex- funcionários, todos sobre a mesma rubrica, ou seja o percebimento de adicional de insalubridade, juntam- se ao Autos com fulcro no Art. 372 do CPC, a Prova Emprestada, ou seja, casos análogos, onde a prova emprestada é o oferecimento em um processo de provas produzidas em outro.
 Estar exposto a agentes nocivos é ocasionar danos à saúde ou integridade física do trabalhador em função da natureza do trabalho o qual a Empresa não tem a obrigação de pagar este tipo de adicional, posto que os funcionários, não estão expostos à agentes nocivos como já ficou comprovado em laudos periciais anteriores.
 Ademais, não seria correto em face de ofensa à celeridade e eficiência do processo, mandar realizar um laudo pericial para esta demanda a qual já sabemos o seu resultado, em relação aos laudos anteriores com situações fáticas idênticas.
 Por fim julgar improcedente considerando os laudos juntados neste processo, ou seja, não preenchem o amparo legal para poder receber este direito.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
SUBSIDIARIAMENTE
a) Reconhecer a inépcia do Dano Moral.
b) Considerando que em caso muito remoto, Vossa Excelência não reconheça da inépcia do Dano Moral, vem neste tópico da eventualidade, requerer a improcedência do dano moral, uma vez que não existe nos autos provas contundente sobre o fato. Uma vez que a alegação é do Autor, incumbe a ele apresentar as provas, conforme Art.818, I CLT.
Fato é que não existem nem fatos e nem provas. Sendo assim, não se desincumbiu o autor de fazer jus ao seu pleito ao dano moral. Por fim deve ser julgado improcedente o pedido já que não há nem fatos nem provas que venham corroborar o direito pretendido do pagamento indenizatório por dano moral. Sendo assim, nada tem direito o Autor.
REQUERIMENTOS FINAIS
 Diante o exposto requer o reconhecimento das preliminares Com isso a extinção do processo sem resolução do mérito, nos moldes do art.283 c/c 485, CAPUT do CPC, quanto às verbas postuladas anteriores aos últimos 08 (oito) anos à partir de 20/12/2012, e sucessivamente, no mérito, a improcedência dos pedidos formulados pela RECLAMANTE, condenando-a ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios , no importe de 15% com base no art.791-A CLT e Lei 13.467/2917, der o Ilustre Magistrado, que todos os pedidos do RECLAMANTE sejam julgados no mérito IMPROCEDENTES.
 Por fim, provará o RECLAMADO o alegado por todos os meios em Direito admitidos, em exclusão de nenhum deles em especial a documental e depoimento pessoal da RECLAMANTE, sob pena de confissão, inquirição de testemunhas, juntada de documentos, bem como outras provas necessárias para a comprovação e perfeito deslinde do feito.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogada
OAB/RJ

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