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Num. 46851822 - Pág. 5Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
PROCURADORIA-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Procuradoria-Geral do Distrito Federal
Procuradoria Especial da Atividade Consultiva
 
Parecer Jurídico SEI-GDF n.º 039/2019-PRCON/PGDF/2019 -
 PGDF/GAB/PRCON
 
Parecer n. 039 /2019 – PRCON/PGDF
Processo SEI nº 00020-00010349/2017-31
Interessado: Secretaria de Estado de Educação
Assunto: Metodologia de cálculo do 13º salário dos servidores públicos distritais
 
 
EMEN TA. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES
PÚBLICOS. METODOLOGIA DE CÁLCULO
DO 13º SALÁRIO. LEI COMPLEMENTAR Nº
840/11. LEI nº 4.320/64. CONFLITO DE
NORMAS. DECISÃO Nº 3.896/2018- TCDF.
OBSERVÂNCIA DO EXERCÍCIO
FINANCEIRO. NECESSIDADE DE
ADEQUAÇÃO DO ESTATUTO DOS
SERVIDORES DO DISTRITO FEDERAL.
MUDANÇA DE INTERPRETAÇÃO. EFEITOS
EX NUNC.
1. De acordo com o entendimento firmado
pelo Tribunal de Contas do Distrito
Federal, por meio da decisão nº
3.896/2018, “o décimo terceiro salário,
pago por ocasião do evento natalício do
servidor, está adstrito ao exercício
financeiro/orçamentário (art. 34 da Lei
4.320/1964), de modo que eventual
afastamento (exoneração, demissão,
des tuição, licença sem remuneração,
etc.) antes de se completar o período
aquisi vo (dezembro de cada ano)
ensejará o correspondente acerto
financeiro em relação ao valor objeto de
adiantamento, bem como no exercício de
ingresso deve ocorrer em dezembro o
pagamento proporcional aos meses de
exercício”.
2 . Dessa forma, a Corte de Contas
entendeu que deve prevalecer o princípio
da anualidade do orçamento, sendo que,
de acordo com o art. 34 da Lei 4.320/64, o
exercício financeiro coincidirá com o ano
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 2Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 5
Num. 46851822 - Pág. 6Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
civil.
3 . Tendo em vista a interpretação
conferida pelo TCDF, mostra-se necessário
superar o entendimento firmado nos
pareceres nº 538/2015, 635/2015 e
763/2016- PRCON/PGDF, que nham
como fundamento o art. 92 da LC 840/11,
segundo o qual “O décimo terceiro
salário, observado o disposto no art. 66, §
3º, corresponde à retribuição pecuniária
do mês em que é devido, à razão de um
doze avos por mês de exercício nos doze
meses anteriores”.
4. Impõe-se, ainda, a revisão dos
disposi vos legais da LC 840/2011 e da
Instrução Norma va nº 01/2014-SEAP que
sejam contrários ao entendimento firmado
pela Corte de Contas, que privilegiou o
princípio da anualidade (Lei 4.320/64).
5. Quanto à data do pagamento do 13º
salário, o art. 93, I, da LC 840/11
determina que a verba deve ser paga no
mês de aniversário do servidor ocupante
de cargo efe vo, o que, conjugado com o
entendimento firmado pelo TCDF, que
pressupõe o pagamento na forma de
adiantamento, leva às seguintes
conclusões: (i) no ano de ingresso no
serviço público distrital o décimo terceiro
salário deverá ser pago proporcionalmente
aos meses restantes do exercício
financeiro. Tal pagamento deve ser
efe vado ou na data de aniversário do
servidor, caso esta ocorra após o ingresso,
ou até o dia 20 de dezembro do ano de
ingresso (inciso II do ar go 93); (ii) caso o
servidor seja afastado do cargo antes do
término do exercício financeiro deve ser
feito o acerto de contas com a devolução
do valor proporcional objeto de
adiantamento.
6. A decisão da Corte de Contas acarreta a
necessidade de se adequar o pagamento
do décimo terceiro aos servidores que
receberam a verba com base no ar go 92
da LC 840/2011, c/c ar go 19 da IN
1/2014-SEAP no exercício de 2018. A
necessidade de adequação decorre do
fato de que até a mudança de
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 3Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 6
Num. 46851822 - Pág. 7Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
interpretação da Lei pela Administração
(Decisão da Corte de Contas) o 13º era
recebido proporcionalmente aos meses
efe vamente trabalhados anteriormente à
data do aniversário do servidor e, a par r
da decisão do TCDF, a verba será paga na
forma de adiantamento. Não se trata,
assim, de pagamento retroa vo em razão
de nova interpretação da Lei, mas de
consectário lógico do novo entendimento
consolidado pelo TCDF, que previu um
adiantamento antes não concedido. Dessa
forma, caso os servidores abarcados pela
mudança de entendimento da
Administração não tenham recebido a
diferença de 13º em dezembro de 2018,
após a decisão do TCDF, ou por ocasião de
acerto de contas em razão de eventual
afastamento do cargo, deverão receber o
acerto de contas, a ser calculado de
acordo com os meses restantes do
exercício financeiro de 2018 (após a data
de aniversário até dezembro).
 
 
 
 
 
 
 
 
Excelentíssima Procuradora-Chefe,
 
I - RELATÓRIO
 
Trata-se de consulta formulada pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal sobre qual metodologia de cálculo deve ser u lizada pela Administração no que tange ao
cálculo do 13º salário, em face das interpretações divergentes sobre os comandos dispostos nos
ar gos 92 e 93 da Lei Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011 e na Instrução Norma va 01
de 14/05/2014-SEAP.
 
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 4Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 7
Num. 46851822 - Pág. 8Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
No caso concreto, versam os autos sobre o pagamento do décimo terceiro salário da
servidora Verônica Souza Caixeta no ano de 2015. A servidora foi admi da em 30/10/2014 e recebeu,
por ocasião de seu aniversário em janeiro, o valor referente a todo o período de 2015 na folha
01/2015. Em março de 2015 ainda viria a receber diferença relativa aos meses trabalhados em 2014.
 
Diante da situação, o setor responsável concluiu por ter pago valor a maior e procedeu
com os trâmites administra vos para ressarcimento ao erário. Com a recusa da servidora em
consignar o pretenso débito em folha de pagamento, foi encaminhado o cio à PGDF obje vando
possível propositura de ação judicial.
 
Em resposta, a PGDF, por meio do Centro de Apoio Técnico – Gerência de Cálculos -
 entendeu ser indevido o ressarcimento por parte da servidora, argumentando que “conforme
demostrado nas planilhas que seguem anexas, o valor da gra ficação natalina de 2015 foi pago em
janeiro/2015 (rela vo aos 12 meses do ano de 2015), não havendo novo lançamento da gra ficação
natalina em dezembro/2015, o que confirma que o valor foi pago corretamente”.
 
Assim, a Assessoria Jurídico-Legisla va da Secretaria de Estado de Educação formulou
os seguintes questionamentos:
 
A dúvida, de fato, é a escolha entre duas hipóteses:
 
1) Deve o servidor receber de forma adiantada, ou seja, receber no ano
vigente, à data de seu aniversário, por todo ano corrente a ser trabalhado;
 
2) Ou deve o servidor receber em sua data de aniversário somente pelo
período trabalhado até então, ou seja, irá perceber o décimo terceiro
integral somente em seu segundo aniversário após a entrada em efe vo
serviço (exceto se o aniversário se der em mês imediatamenteanterior a
sua nomeação, o que já lhe garan ria a gra ficação integral ao término
dos 12 meses).
 
Sendo assim, os autos foram enviados para elaboração de opina vo para uniformização
do entendimento quanto à metodologia de cálculo para o pagamento do 13º salário dos servidores
públicos distritais abrangidos pela Lei Complementar nº 840/2011.
 
É o breve relatório.
 
 
II – FUNDAMENTAÇÃO
 
 
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 5Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 8
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Num. 46851822 - Pág. 9Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
De início, cumpre reproduzir o que dispõe a Lei Complementar 840/2011, in verbis:
 
Art. 92. O décimo terceiro salário, observado o disposto no art. 66, § 3º,
corresponde à retribuição pecuniária do mês em que é devido, à razão de
um doze avos por mês de exercício nos doze meses anteriores.
§ 1º A fração superior a quatorze dias é considerada como mês integral.
§ 2º O décimo terceiro salário é devido sobre a parcela da retribuição
pecuniária percebida por servidor efe vo pelo exercício de função de
confiança ou cargo em comissão, observada a proporcionalidade de que
trata este artigo e o art. 121, §1º.
 
Art. 93. O décimo terceiro salário é pago:
I – no mês de aniversário do servidor ocupante de cargo de provimento
efetivo, incluído o requisitado da administração direta, autárquica ou
fundacional de qualquer Poder do Distrito Federal, da União, de Estado ou
Município;
II – até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano, para os servidores
não contemplados no inciso I.
§ 1º No mês de dezembro, o servidor efe vo faz jus a eventuais
diferenças entre o valor pago como décimo terceiro salário e a
remuneração devida nesse mês.
§ 2º O Poder Execu vo e os órgãos do Poder Legisla vo podem alterar a
data de pagamento do décimo terceiro salário, desde que ele seja
efetivado até o dia vinte de dezembro de cada ano.
Art. 94. Ao servidor demi do, exonerado ou que entre em licença sem
remuneração, é devido o décimo terceiro salário, proporcionalmente aos
meses de exercício, calculado sobre o subsídio ou a remuneração do mês
em que ocorrer o evento.
Parágrafo único. Se o servidor reassumir o cargo, o décimo terceiro salário
deve ser pago proporcionalmente aos meses de exercício após a
reassunção.
Art. 95. O décimo terceiro salário não pode:
I – ser considerado para cálculo de qualquer outra vantagem;
II – ser superior ao valor do teto de remuneração a que o servidor está
submetido.
 
Quanto ao tema, esta Procuradoria já se manifestou nos termos do Parecer nº
538/2015-PRCON/PGDF, em que se destaca o seguinte trecho, in verbis:
 
Vejamos, por exemplo, a situação específica do Interessado Gustavo Luiz
de Souza Carvalho Domíngues, que faz aniversário em janeiro e ingressou
no serviço público em 2.7.2014 (fls. 12):
(i) em janeiro/2016, nos termos dos mencionados ar gos da LC nº 840/11,
deveria ter recebido 7/12 (sete doze avos) de sua remuneração, contados
proporcionalmente de 2.7.2014 a 30.1. 2015 (data de admissão até o mês
de aniversário);
(ii) no entanto, por equívoco, recebeu 12/12 (doze doze avos) de sua
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 6Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 9
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Num. 46851822 - Pág. 10Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
remuneração, o que excede em 6/18 (seis doze avos) o valor a que teria
direito e que agora se requer seja devolvido.
 
Em seguida, vale destacar a Cota de aprovação do Parecer nº 538/2015:
 
De fato, diferentemente de outros regimes, o Estatuto dos Servidores do
Distrito Federal não regula o pagamento do 13° salário' com base no ano
civil, mas, sim, considerando o mês de aniversário do servidor,
proporcionalmente aos meses trabalhados nos últimos doze meses.
 
Tomando por base o exemplo dos autos, observa-se não só o pagamento
equivocado, do 13°salário no mês de aniversário do servidor (pois foi pago
integralmente apesar de só haver sete meses de exercício), mas também
em dezembro/2014, quando o Ins tuto do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos do Distrito Federal - Brasília Ambiental (lbram) pagou 6/12 da
parcela sem respaldo legal para tanto. No caso concreto, é visível a
distorção, pois, com apenas sete meses de exercício, o servidor já havia
recebido o 13° salário equivalente a dezoito meses.
 
Pela análise isolada da LC 840/11, construiu-se o entendimento nesta Casa de que o
décimo terceiro salário deve ser pago no mês de aniversário do servidor (inciso I do ar go 93), à razão
de um doze avos por mês de exercício nos 12 (doze) meses anteriores (ar go 92). Isso implica falar
que, na data de aniversário do servidor, deve haver o pagamento dos 12 meses anteriores, e não dos
meses do exercício financeiro.
 
Outrossim, consolidou-se o entendimento de que não há vinculação do pagamento com
o ano civil. Isto porque o ar go 92 da legislação distrital não trata do exercício financeiro, mas tão
apenas determina que a parcela remuneratória deve ser paga à razão de um doze avos por mês de
exercício nos doze meses anteriores, o que, em conjunto com o art. 93, imporia a fixação como marco
temporal dos últimos doze meses até a data de aniversário do servidor.
 
Diante de tal análise exclusiva da legislação distrital é que foi alterada a redação da IN
n° 01/2014-SEAP, a qual regulamentou tal metodologia de cálculo (com base no entendimento firmado
pela PGDF nos pareceres 538/2015, 635/2015 e 763/2016), passando a viger nos seguintes termos:
Art. 19. O pagamento do décimo terceiro salário e devido ao servidor
observadas as seguintes condições gerais: (Ar go alterado pelo(a)
Instrução Normativa 4 de 05/12/2016)
I - ao servidor efe vo, incluído o requisitado da administração direta,
autárquica ou fundacional de qualquer Poder do Distrito Federal, da
União, de Estado ou Município, o pagamento será sempre no mês do
respec vo aniversário; (Inciso acrescido pelo(a) Instrução Norma va 4 de
05/12/2016)
II - aos servidores subme dos ao Regime Geral de Previdência Social -
RGPS, o pagamento se dará até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de
cada ano; (Inciso acrescido pelo(a) Instrução Normativa 4 de 05/12/2016)
III - independentemente da data do pagamento do décimo terceiro
salário, a base de cálculo será sempre considerada proporcionalmente ao
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 7Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 10
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Num. 46851822 - Pág. 11Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
tempo de serviço e cargos exercidos; (Inciso acrescido pelo(a) Instrução
Normativa 4 de 05/12/2016)
§ 1° Serão observadas, ainda, as seguintes condições específicas em
relação ao servidor efe vo: (alterado pelo(a) Instrução Norma va 4 de
05/12/2016)
I - a proporcionalidade e o pagamento, no primeiro ano de trabalho
devem ser considerados na data do aniversário, ainda que este ocorra no
ano subsequente; (Inciso acrescido pelo(a)Instrução Norma va 4 de
05/12/2016)
II - eventuais diferenças no valor pago como décimo terceiro e a
remuneração atualizada serão efetuadas no mês de dezembro; (Inciso
acrescido pelo(a) Instrução Normativa 4 de 05/12/2016)
III - Havendo exoneração, nos termos do art. 121 da Lei Complementar n°
840/2011, obrigatoriamente será feito o acerto de contas. (Inciso acrescido
pelo(a) Instrução Normativa 4 de 05/12/2016)
§ 2° Aplica-se o disposto neste ar go ao abono anual de que trata o ar go
35 da Lei Complementar n° 769, de 30 de junho de 2008. (alterado pelo(a)
Instrução Normativa 4 de 05/12/2016)
 
“Art. 21. O acerto financeiro de décimo terceiro salário é devido
proporcionalmente aos meses de efe vo exercício do servidor
posteriores ao seu aniversário, no caso de servidor efe vo, ou ao mês de
dezembro do ano anterior, no caso de servidor vinculado ao Regime Geral
de Previdência Social, calculada a parcela sobre o subsídio ou a
remuneração do mês correspondente à data dos eventos, dentre os
previstos no caput do artigo anterior.”
 
Não obstante, entende-se pela necessidade de superação do entendimento firmado
por esta Procuradoria, de modo a se adequar ao posicionamento do Tribunal de Contas do Distrito
Federal, que levou em consideração a legislação orçamentária, conforme se passa a delinear a seguir.
 
Por meio da Decisão nº 3.896/2018, o TCDF firmou o entendimento sinte zado no
trecho a seguir transcrito, in verbis:
 
"A Lei n° 840/2011 não resguarda tal procedimento, em seus ar gos 92, 93,
94, 95 e 121. Para facilitar, explicitaremos as informações principais de tais
dispositivos.
Para apurar o décimo terceiro salário basta singela observância ao
disposto no art. 92 da LC n° 840/2011, verbis:
"Art. 92. O décimo terceiro salário, observado o disposto no art. 66 § 3°,
corresponde à retribuição pecuniária do mês em que é devido à razão de
um doze avos por mês de exercício nos doze meses anteriores."
Portanto, o cálculo consiste em destacar a retribuição pecuniária do mês
em que é devido, observado o disposto no art. 66, §3°, dividir por 12 e
mul plicar pelos meses de exercício trabalhados. Em suma: 13° salário =
(retribuição pecuniária/12) X meses trabalhados, observando como regra
que:
I) A Gratificação Natalina representa um salário a mais por ano (exercício);
II) Cada mês trabalhado representa 1/12 avos do 13° salário;
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 8Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 11
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Realce
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Realce
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Realce
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Realce
Num. 46851822 - Pág. 12Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
III) A fração superior a quatorze dias é considerada pomo mês integral;
IV) O décimo terceiro é devido sobre a parcela da retribuição pecuniária
percebida por servidor efe vo pelo exercício de função de confiança ou
cargo em comissão, observada a proporcionalidade de que tratam os
artigos 92 e 121, § 1°, II, da LC n° 840/11.
Quanto à época do pagamento do 13° salário vale a regra disposta pelo art.
93 da LC n° 840/2911: na data do aniversário do servidor efe vo ou
requisitado da administração direta, autárquica ou fundacional de
qualquer Poder do Distrito Federal, da União, de Estado ou Município.
(inciso I).
Os servidores não alcançados pela data do aniversário perceberão a verba
até o dia 20 de dezembro, cabendo efetuar ajustes no pagamento da
citada verba em virtude de "eventuais diferenças entre o valor pago como
décimo terceiro e a remuneração devida nesse mês". (inciso II, §1°).
A regra de pagamento na data de aniversário pode ser alterada pelo Poder
Execu vo e os órgãos do Poder Legisla vo, "desde que ele seja efe vado
até o dia vinte de dezembro de cada ano". (§2°)
Se o servidor for demi do, exonerado ou entrar em licença sem
remuneração deve receber a verba proporcionalmente aos meses de
exercício, ressaltando que o décimo terceiro salário não pode ser incluído
para cálculo de outra vantagem ou ser superior ao valor do teto de
remuneração, a teor do prescrito nos arts. 94 e 95 da LC n°840/2011.
Para calcular os créditos a que o servidor faz jus, no caso do décimo
terceiro, em virtude de demissão, exoneração, aposentadoria ou qualquer
licença ou afastamento sem remuneração, inclusive os casos de dispensa
da função de confiança ou exoneração de cargo em comissão cabe
observância aos ditames do artigo 121 da LC n°840/2011.
Além do exposto, deve-se observar que a Lei Orçamentária Anual (LOA)
estabelece em linhas gerais a despesa fixada e a receita es mada para um
exercício financeiro. A adoção de metodologia de cálculo adentrando mais
de um exercício financeiro, como ocorre com o cômputo do 13° salário por
data a data do aniversário, certamente poderá refle r nega vamente no
citado instrumento de planejamento da administração pública (LOA)."
 
Trata-se, portanto, de entendimento que preconiza o exercício financeiro, em atenção
ao princípio da anualidade do orçamento. Verifica-se, assim, que no entender da Corte de Contas os
princípios orçamentários da Lei 4.320/64 sobrepõem-se à previsão con da nos ar gos 92 a 95 e 121
da LC 840/11.
 
Acrescente-se que, segundo o art. 34 da Lei nº 4.320/64, “o exercício financeiro
coincidirá com o ano civil”. Assim, de acordo com o TCDF, a nova interpretação tem como obje vo
fixar um método de controle do orçamento público, o qual deve ter previsibilidade na Lei Orçamentária
Anual.
 
Assim sendo, o décimo terceiro salário, pago por ocasião do evento natalício do
servidor, está adstrito ao exercício financeiro/orçamentário, de modo que eventual afastamento
(exoneração, demissão, des tuição, licença sem remuneração, etc) antes de se completar o período
aquisi vo (dezembro de cada ano) ensejará o correspondente acerto financeiro em relação ao valor
objeto de adiantamento, assim como no exercício de ingresso deve ocorrer em dezembro o pagamento
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 9Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 12
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Num. 46851822 - Pág. 13Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
proporcional aos meses de exercício (caso o aniversário não ocorra após o ingresso, mas antes de
dezembro).
 
Cumpre destacar que, embora não admi do pela Corte de Contas, a Lei Complementar
nº 840/11 traz forma de cálculo diversa quanto ao pagamento do 13º salário, conflitante com o
princípio da anualidade do orçamento disposto pela Lei 4.320/64. Dessa forma, a fim de se adequar ao
entendimento firmado pela Corte de Contas, que consignou a necessidade de reforçar o planejamento
e controle orçamentário com a nova interpretação conferida aos disposi vos legais que regulamentam
a matéria, necessário se mostra alterar o ar go 92 da LC 840/2011, segundo o qual “ O décimo
terceiro salário, observado o disposto no art. 66, § 3º, corresponde à retribuição pecuniária do mês em
que é devido, à razão de um doze avos por mês de exercício nos doze meses anteriores”.
 
Diante do conflito de normas, entre a LC 840/11 e a Lei nº 4.320/64, a Corte de Contas
optou por pres giar a interpretação de acordo com os princípios orçamentários que regem a matéria,
mediante um diálogo de fontes que conduzam a maior eficiência na gestão das contas públicas.
 
Forte nessas razões, sugere-se seja realizado estudo técnico para alteração global da
LC 840/11, no que tange à metodologia de cálculo para o pagamento do 13º salário dos servidores
distritais, bem como da IN1/2014-SEAP, de modo a compa bilizar as normas com a metodologia de
cálculo indicada na decisão nº 3.896/2018 do TCDF, preconizando o exercício financeiro instituído pela
Lei 4.320/64.
 
Quanto à aplicação no tempo do entendimento firmado pelo Tribunal de Contas do
Distrito Federal, cumpre salientar que, nos termos do art. 2º, parágrafo único, inciso XIII, da Lei nº
9.784/99, bem como do parágrafo único do ar go 120 da LC 840/2011, é vedada a aplicação retroa va
de nova interpretação, conforme dispositivos a seguir transcritos:
 
Lei 9.784/99:
 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, mo vação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administra vos serão observados, entre
outros, os critérios de:
[...].
XIII - interpretação da norma administra va da forma que melhor garanta
o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroa va
de nova interpretação.
 
Lei Complementar nº 840/2011:
Art. 120. O pagamento efetuado pela administração pública em desacordo
com a legislação não aproveita ao servidor beneficiado, ainda que ele não
tenha dado causa ao erro.
Parágrafo único. É vedado exigir reposição de valor em virtude de
aplicação retroativa de nova interpretação da norma de regência.
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 10Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 13
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Num. 46851822 - Pág. 14Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
 
Ocorre que o presente caso conta com peculiaridade que deve ser esclarecida a fim de
evitar o enriquecimento ilícito da administração em detrimento do servidor que recebeu o décimo
terceiro salário com base no entendimento anteriormente firmado, bem como para conferir tratamento
isonômico em relação aos servidores que receberão a verba já conforme o novo entendimento.
 
De acordo com o Ar go 92 da LC 840/2011, c/c ar go 19 da IN 1/2014- SEAP, bem como
com o entendimento firmado pela Procuradoria Geral do Distrito Federal nos pareceres 538/2015,
635/2015 e 763/2016, o servidor, até a decisão 3.896/2018 da Corte de Contas, deveria receber o
décimo terceiro proporcionalmente aos 12 meses de efe vo exercício anteriores ao aniversário. O
entendimento firmado pela Corte de Contas, no entanto, é no sen do de que o pagamento deve ser
feito na forma de adiantamento, considerando-se o exercício financeiro, bem como de que em
dezembro deve ser efetivado o acerto de contas proporcional aos meses de exercício.
 
Com efeito, o posicionamento do TCDF garan u ao servidor o direito ao adiantamento
de décimo terceiro, o que antes não estava sendo aplicado, bem como garan u aos servidores que
receberam o décimo terceiro nos termos do previsto no ar go 92 da LC 840/2001, IN 1/2014 -SEAP,
com a redação conferida pela IN 04/2016, e pareceres da PGDF, o direito ao pagamento da diferença
que seria devida em dezembro de 2018.
 
Dessa forma, caso os servidores alcançados pelo novo entendimento não tenham
recebido em dezembro de 2018, ou por ocasião de eventual afastamento do cargo (exoneração,
afastamento sem remuneração, etc.), a diferença de décimo terceiro devida, a Administração deverá
proceder ao pagamento devido, que deve ser calculado a par r da data de aniversário do servidor
(quando recebeu o décimo terceiro pelos doze meses anteriores de exercício) até o mês de dezembro
de 2018, nos termos do artigo 21 da IN 1/2014-SEAP, transcrito acima.
 
A fim de ressaltar o alcance da alteração de entendimento propiciada pelo TCDF,
cumpre trazer um exemplo fictício para melhor esclarecimento.
 
Servidor X, com remuneração mensal de R$ 12.000,00, ingresso em outubro de 2015 e
aniversário em junho.
 
2015 2016 2017 2018 2019
Não recebeu
13º com
fundamento no
parecer
538/2015-
PRCON/PGDF,
Em junho
recebeu 9/12
de décimo
terceiro (R$
9.000,00)
referente aos
nove meses de
Em junho
recebeu
12/12 de
décimo
terceiro (R$
12.000,00)
referente ao
Em junho
recebeu
12/12 de
décimo
terceiro (R$
12.000,00)
referente ao
Em junho deverá receber
12/12 de décimo terceiro (R$
12.000,00) referente ao
período de janeiro de 2019 a
dezembro de 2019 (exercício
financeiro).
Deverá, ainda, receber a
diferença de décimo terceiro
salário do exercício de 2018,
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 11Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 14
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Num. 46851822 - Pág. 15Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
artigo 92 da LC
840/2011 e art.
19 da IN
1/2014-SEAP.
exercício
desde outubro
de 2015 até a
data do
pagamento.
referente ao
período de
junho de
2016 a junho
de 2017.
referente ao
período de
junho de
2017 a junho
de 2018.
caso não tenha recebido em
dezembro daquele ano ou por
ocasião de eventual
afastamento do cargo. A
diferença deve ser calculada
na razão de 6/12 (desde julho
de 2018 até dezembro de
2018).
 
 
Dessa forma, em decorrência da eficácia do atual entendimento da Corte de Contas,
reafirmado por meio deste Parecer, cabe ao gestor público realizar os devidos ajustes no sistema de
recursos humanos, de modo a acomodar a forma de cálculo ora exposta, que considera o exercício
financeiro, realizando os ajustes de conta devidos.
 
 
III – DO CASO CONCRETO
 
No caso concreto, pretende a Administração que a servidora realize a devolução de
quantia apontada como paga indevidamente a título de 13º salário.
 
Como se vê, a servidora foi admi da em 30/10/2014 e recebeu, por ocasião de seu
aniversário em janeiro/2015, o valor referente a todo o período de 2015 na folha 01/2015. Em março
de 2015 ainda viria a receber diferença relativa aos meses trabalhados em 2014.
 
De fato, a forma de cálculo adotada no caso em comento não observou a interpretação
então conferida pela Administração Pública do ponto de vista da metodologia de cálculo apontada nos
Pareceres nº 538/2015, 635/2015 e 763/2016-PRCON/PGDF, na medida em que o pagamento do 13º
deveria ter sido realizado na data de aniversário da servidora (janeiro de 2015) pelos meses
anteriores de efetivo exercício (3/12 avos), e não como adiantamento pelo ano que se iniciava.
 
Conforme consta dos autos, o 13º da servidora foi pago na data de aniversário como
adiantamento, o que, de toda sorte, coaduna com o entendimento que viria a ser adotado pelo
Tribunal de Contas.
 
Valem destacar os seguintes argumentos da Gerência de Cálculos da PGDF:
 
Fica claro na análise, que a Secretaria de Estado de Educação do DF deveria
ter pago ao servidor em questão no mês de dezembro a razão de 1/12
avos, entre período em que o servidor entrou em exercício e o mês de
dezembro no primeiro ano de exercício. Porém a administração só
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 12Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 15
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Num. 46851822 - Pág. 16Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19101012084389300000044860922
Número do documento: 19101012084389300000044860922
efetuou essa proporção em março de 2015 no valor de RS 743,83 que
corresponde exatamente a proporção de 2/12 anos.
Conforme demostrado nas planilhasque seguem anexas, o valor da
gra ficação natalina de 2015 foi pago em janeiro/2015 (rela vo aos 12
meses do ano de 2015), não havendo novo lançamento da gra ficação
natalina em dezembro/2015, o que confirma que o valor foi pago
corretamente.
 
A devolução, nesse contexto, se evidencia desnecessária, pois, conforme esclarecido
acima, a servidora teria de efetuar a devolução, em razão do entendimento vigente à época, no
entanto, teria direito ao acerto de contas em razão do novo entendimento.
 
Desse modo, no que tange ao caso concreto, observa-se que não se afigurou correto o
pagamento adiantado, em janeiro/2015 (data de aniversário da servidora) do 13º do exercício do ano
de 2015 em conformidade com o entendimento administra vo que então vigia. Todavia, em atenção
ao princípio da eficiência, não há falar em devolução. Deve-se, no entanto, atentar que para casos
como o presente, em que o pagamento já fora realizado com base no entendimento firmado pelo
Tribunal de Contas na Decisão nº 3.896/2018, ou seja com base no ano civil (exercício financeiro), não
deve ser feito o pagamento nos termos exemplificados no tópico supra, sob pena de configurar bis in
idem.
 
IV - CONCLUSÃO
 
Ante o exposto, conclui-se que, seguindo o entendimento do Tribunal de Contas do
Distrito Federal, a metodologia de cálculo a ser seguida para o pagamento do décimo terceiro salário
é a que considera como parâmetro o exercício financeiro (princípio da anualidade orçamentária), que
coincide com o ano civil nos termos do artigo 34 da Lei nº 4.320/64.
 
Salienta-se, assim, a necessidade de revisão dos disposi vos legais conflitantes da LC
840/2011 e da Instrução Norma va nº 01/2014-SEAP, bem como a superação do entendimento
firmado nos pareceres nº 538/2015, 635/2015 e 763/2016- PRCON/PGDF.
 
Brasília/DF, 15 de janeiro de 2019.
É o parecer, sub censura.
SARAH GUIMARÃES DE MATOS
Procuradora do Distrito Federal
Matrícula 174.801-7
Documento assinado eletronicamente por SARAH GUIMARÃES DE MATOS - Matr. 0268885-9,
Procurador(a) do Distrito Federal, em 17/01/2019, às 11:16, conforme art. 6º do Decreto n°
36.756, de 16 de setembro de 2015, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal nº 180,
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 13Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 16
Num. 46851822 - Pág. 17Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
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Número do documento: 19101012084389300000044860922
quinta-feira, 17 de setembro de 2015.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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00020-00034077/2018-46 Doc. SEI/GDF 17202240
Parecer Jurídico 039/2019-PRCON/PGDF (17202240) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 14Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 17
Num. 46851822 - Pág. 18Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
PROCURADORIA-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Procuradoria Especial da Atividade Consultiva
Cota de Aprovação SEI-GDF - PGDF/GAB/PRCON 
PROCESSO N°: 0020-00010349/2017-31
 
MATÉRIA: PESSOAL - DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
 
 
 
 
APROVO O PARECER N° 039/2019- PRCON/PGDF, exarado pela ilustre Procuradora do
Distrito Federal SARAH GUIMARÃES DE MATOS.
 
 
ANA VIRGÍNIA CHRISTOFOLI
Procuradora-Chefe (em substituição)
 
De acordo.
Para subsidiar novas análises por esta Casa Jurídica a respeito do assunto versado no
opina vo em apreço, deve a DIRETORIA DE BIBLIOTECA, INFORMAÇÃO JURÍDICA E LEGISLAÇÃO
desta Procuradoria-Geral proceder às devidas anotações no sistema de consulta de pareceres, a fim
de registrar a ALTERAÇÃO do entendimento anteriormente adotado por ocasião da emissão do
Parecer nº 538/2015 – PRCON/PGDF e do Parecer nº 763/2016- PRCON/PGDF.
Comunique-se à Secretaria de Estado de Fazenda, Orçamento, Planejamento e Gestão
do Distrito Federal.
Res tuam-se os autos à Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, para
conhecimento e providências.
 
 
LUCIANA MARQUES VIEIRA DA SILVA OLIVEIRA
Procuradora-Geral Adjunta do Consultivo e de Tribunais de Contas
Documento assinado eletronicamente por ANA VIRGINIA CHRISTOFOLI - Matr.0047670-6,
Procurador(a)-Chefe, em 23/01/2019, às 13:58, conforme art. 6º do Decreto n° 36.756, de 16 de
setembro de 2015, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal nº 180, quinta-feira, 17 de
setembro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por LUCIANA MARQUES VIEIRA DA SILVA OLIVEIRA -
Matr.0171617-4, Procurador(a)-Geral Adjunto(a) para Assuntos do Consultivo, em 23/01/2019,
às 18:24, conforme art. 6º do Decreto n° 36.756, de 16 de setembro de 2015, publicado no
Cota de Aprovação 38 (17517270) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 15Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 18
Num. 46851822 - Pág. 19Assinado eletronicamente por: DAVID VINICIUS DO NASCIMENTO MARANHAO - 10/10/2019 12:08:44
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Cota de Aprovação 38 (17517270) SEI 00020-00034077/2018-46 / pg. 16Parecer (26689824) SEI 00401-00018367/2019-94 / pg. 19

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