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Sistema sensorial

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Sistema sensorial  
 
TIPOS DE RECEPTORES  
● Mecanorreceptores 
● Termorreceptores 
● Nociceptores 
● Receptores eletromagnéticos 
● Quimiorreceptores 
 
OS SENTIDOS QUÍMICOS: GUSTAÇÃO E OLFATO 
Os animais, incluindo os seres humanos, dependem dos sentidos químicos para os ajudar a 
identificar alimentos, substâncias nocivas ou a adequação de um potencial parceiro sexual 
Gustação e olfato têm uma função similar: detectar substâncias químicas do ambiente. 
 
Gustação 
Existe um conjunto de sabores básicos: 
 salgado 
 azedo ​Para distinguir o sabor único de um alimento, nosso 
 doce ​cérebro combina informações sensoriais acerca de 
 amargo ​seu sabor, aroma e tato 
 umami (delicioso 
 
 
 
 
1 - a substância química ativa a célula gustatória por meio dos canais iônicos 
2 -ao ativar, acontece a via de transdução de sinais dentro da célula - de forma geral, vão 
abrir os canais de cálcio na membrana, ou permitir que o cálcio saia do retículo endoplasmático, 
o que faz com que se tenha um aumento da concentração de cálcio intracelular. 
Esse aumento da concentração de cálcio pode desencadear dois processos: a abertura de 
canais de ATP e liberação de serotonina 
 
MECANISMOS DA TRANSDUÇÃO GUSTATÓRIA 
A transdução gustatória envolve diversos processos diferentes, e cada sabor básico pode usar 
um ou mais desses mecanismos 
● passar diretamente através de canais iônicos (salgado e ácido) 
● ligar-se a e bloquear canais iônicos (ácido) 
● ligar-se a receptores de membrana acoplados a proteína G (doce, amargo e umami) 
 
Células gustatórias não são neurônios, mas possuem em seu interior vesículas contendo 
neurotransmissores 
 
 
 
 
 
Salgado 
Com a ingestão do alimento, aumenta a 
quantidade de Sódio, que se difunde para 
dentro da célula gustatória por meio dos 
canais iônicos. Assim, ocorre o potencial 
de ação - a membrana da célula 
gustatória se despolariza, promovendo a 
abertura de canais voltagem dependentes 
de Sódio e Cálcio. O cálcio se liga as 
vesículas sinápticas, mobilizando-as até a 
membrana plasmática e liberando a 
serotonina por exocitose. 
O neurotransmissor liberado encontra 
seus receptores no axônio gustatório 
aferente, ocorrendo a despolarização e 
envio da informação gustatória do salgado 
até o encéfalo 
 
Azedo 
Há canais que permitem a passagem do 
hidrogênio 
Obs: substâncias ácidas possuem 
quantidade de hidrogênio maior 
O hidrogênio pode fazer duas funções na célula gustatória: se ligar ao canal que permite a 
passagem do potássio e bloqueá-lo externamente; ou ao entrar dentro da célula gustatória por 
difusão se ligar a face interna do canal de potássio promovendo seu fechamento. 
 
 
Lembrando que se os canais de potássio estão fechados, não irá ter a saída desse íon. Com a 
alta concentração de potássio intracelular, aumenta o potencial de membrana - despolarização - 
processo do potencial de ação igual ao do salgado. 
 
Mesmo que o mesmo neurotransmissor seja liberado na transdução gustatória do salgado e do 
azedo, há células específicas para cada sabor. Então o neurotransmissor vai ser liberado por 
diferentes células para diferentes axônios gustatórios aferentes. 
 
 
 
 
 
Amargo , Doce , Umami 
Receptor acoplado à proteína G 
➔ fosfolipase C 
➔ o cálcio liberado do retículo 
endoplasmático vai abrir os canais de 
membrana permeável a ATP, o ATP 
se liga ao axônio gustatório aferente 
e encaminha a informação até o 
encéfalo 
Há receptor exclusivo para cada sabor 
A molécula química de cada sabor também é 
diferente 
 
 
 
 
 
 
VIAS CENTRAIS DA GUSTAÇÃO 
 
botão gustatório (liberação do neurotransmissor ➞ se liga aos axônios gustatórios primários 
➞ informação no tronco encefálico ➞ tálamo ➞ córtex gustatório 
 
três nervos cranianos contém os axônios gustatórios primários e levam a informação gustatória 
ao encéfalo 
 NERVO VII - facial 
 NERVO IX - glossofaríngeo 
 NERVO X - vago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olfato  
Combina-se com a gustação para nos ajudar a identificar alimentos e aumentar nossa 
apreciação de muitos deles 
Pode alertar sobre o perigo potencial de alguma substância (como carne estragada) ou lugares 
(ambiente repleto de fumaça) 
Os sinais relativos à odores ruins pode se sobrepor àqueles dos agradáveis 
Também é um modo de comunicação - feromônios 
 
 
TRANSDUÇÃO OLFATÓRIA 
As moléculas odoríferas se ligam aos receptores metabotrópicos que ativam a proteína G, que 
vai ativar a adenil-ciclase. A proteína cinase A, abre os canais permitindo a passagem de cálcio 
e sódio. Esses íons entram por difusão, o cálcio promove a saída do cloreto.. Isso leva ao 
aumento do potencial de membrana - despolarização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No bulbo, tem as regiões chamadas de glomérulos, 
região onde os axônios se encontram com os neurônios 
de segunda ordem. 
 
Temos no nosso epitélio olfatório várias células 
olfatórias diferentes. Cada uma codifica determinadas 
proteínas receptores de membrana para identificar 
determinados aromas 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS CENTRAIS DO OLFATO 
 
células receptoras olfatórias ➞ bulbo olfatório ➞ trato olfatório ➞ córtex olfatório 
 ⬇ 
 tubérculo olfatorio 
 ⬇ 
 córtex orbitofrontal ⬅ núcleo dorsomedial (tálamo) 
 
 
Visão  
PROPRIEDADES DA LUZ 
Luz 
Porção da radiação eletromagnética que é visível aos nossos olhos 
A radiação eletromagnética pode ser descrita como uma onda de energia e, como tal, possui: 
● comprimento de onda 
● frequência 
● amplitude 
 
 
 
 
 
 
A ESTRUTURA DO OLHO 
 
 
 
A FORMAÇÃO DA IMAGEM PELO OLHO 
O olho coleta raios de luz emitidos ou refletidos por objetos no ambiente e os focaliza sobre a 
retina, formando imagens 
A focalização dos objetos é produto da combinação dos poderes de refração da córnea e do 
cristalino 
 
Refração de luz pela córnea 
A luz incide sobre a córnea e passa do 
ar para o humor aquoso, sofrendo refração 
e alterando sua velocidade. 
A distância focal é desde o início da 
córnea até a região da retina onde a 
imagem é formada 
 
 
Acomodação pelo cristalino 
O cristalino contribui para a formação de uma imagem nítida de um ponto distante ou próximo, 
situado a uma distância menor que 9 m em relação ao olho 
Poder adicional de focalização é fornecido pela mudança na curvatura do cristalino, um 
processo chamado de acomodação - ​quando o objeto está distante o cristalino é achatado por 
 
 
 
conta do relaxamento dos músculos ciliares, causando tensão na zona ciliar. Quando o objeto está 
próximo, os músculos ciliares se contraem e o cristalino fica mais arredondado 
 
 
 
Hiperopia 
formação da imagem atrás da retina 
correção: lente convexa 
 
Miopia 
formação da imagem antes da retina 
correção: lente côncava 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O reflexo pupilar à luz 
A pupila também contribui para as qualidades ópticas do olho, ajustando-se continuamente a 
diferentes intensidades de luz no ambiente - ​em ambiente claro, as pupilas se constringem e 
ambiente escuro dilatam-se, para uma maior quantidade de raios de luz incidir em nossos olhos 
Envolve conexões entre a retina e neurônios do tronco encefálico que controlam os músculos 
que constringem a pupila 
 A constrição da pupila pode fazer objetos distantes parecerem menosdesfocados 
 
O campo visual 
É o total de espaço que pode ser visto pela retina quando o olhar é fixado diretamente à 
frente 
 Os pontos a partir dos quais não vemos mais um objeto marcam os limites do campo visual 
 
Acuidade visual 
 Capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos 
Depende de diversos fatores principalmente do espaçamento dos fotorreceptores na retina e 
da precisão da refração do olho 
 
 
Anatomia microscópica da retina 
 
A via mais direta para o fluxo da 
informação visual que deixa o olho parte dos 
fotorreceptores rumo às células bipolares, e 
daí, para as células ganglionares. Os axônios 
das células ganglionares formam o nervo 
óptico. 
A via indireta acontece, dependendo de 
como a luz incide na retina, quando os 
fotorreceptores, ao invés de fazer a 
comunicação direta com as células bipolares, 
faz com as células horizontais. Dessas células, 
a informação é transmitida para as células 
bipolares, depois para as células amácrinas e, 
por fim, para as ganglionares. 
 
● Na nossa retina, as únicas células sensíveis a luz são os fotorreceptores cones 
e bastonetes. Há uma exceção, no entanto, pois pesquisadores já descobriram que 
algumas células ganglionares também são sensíveis à luz, mas ainda não se tem 
conhecimento sobre a ação dessas células na fototransdução. 
● As células ganglionares são a única fonte de sinais de saída da retina. 
● As células ganglionares são os únicos neurônios da retina que disparam potenciais 
de ação, e isso é essencial para a transmissão da informação para fora do olho 
 
 
 
 ​A ESTRUTURA DE UM FOTORRECEPTOR 
O fotorreceptor do tipo bastonete tem um maior número de discos e maior 
concentração de fotopigmentos, isso faz com que sejam mais sensíveis à luz do que os 
cones, no entanto, os bastonetes contêm apenas um tipo de fotopigmento, enquanto os 
cones possuem três. 
 
DIFERENÇAS REGIONAIS NA ESTRUTURA DA RETINA 
Na fóvea, depressão da retina, há apenas cones. 
Nas periferias, tanto temporal quanto nasal, há uma mistura de cones e 
bastonetes, no entanto, há maior número de bastonetes do que cones. 
 
 
 
 
 
Fototransdução 
Os fotorreceptores convertem, ou transduzem, energia luminosa em alterações do 
potencial de membrana. 
 
FOTOTRANSDUÇÃO DOS BASTONETES 
Na membrana dos discos membranosos dos cones e bastonetes, há a proteína 
de membrana chamada rodopsina. Dentro da rodopsina, há uma molécula, ​retinal. Uma 
vez que a luz incide nesse receptor, há a ativação do retinal, que ativa a proteína G, a 
qual ativa a enzima fosfodiesterase, que vai causar a redução do segundo mensageiro. 
Há, então, a conversão do GMPc em GMP. Os canais de sódio se fecham, pois eram 
mantidos abertos pelo GMPc, e a membrana hiperpolariza. 
 
FOTOTRANSDUÇÃO NOS CONES 
Sob luz brilhante, como a luz do sol, há uma queda nos níveis de GMPc nos 
bastonetes, até um ponto em que a resposta à luz torna-se saturada a luz adicional 
não mais promove qualquer hiperpolarização 
Assim, a visão durante o dia depende inteiramente dos cones, cujos fotopigmentos 
necessitam de maior nível de energia para sofrerem desbotamento​. 
O processo de fototransdução nos cones é praticamente o mesmo, a única 
diferença significativa é o tipo de opsinas dos discos membranosos dos segmentos 
externos dos cones - tem 3 tipos. 
Percepção de cores  
São determinadas principalmente pelas contribuições relativas de cada tipo de 
cone - para comprimentos de onda curtos, médios e longos - para o sinal na 
retina 
Conjunto de três tipos de receptores, cada tipo apresentando sensibilidade máxima 
a um diferente espectro de comprimentos de onda 
 
O PROCESSAMENTO NA RETINA E SUAS EFERÊNCIAS 
Os fotorreceptores, como os outros neurônios, liberam neurotransmissores quando 
despolarizados 
O transmissor liberado pelos fotorreceptores é o aminoácido ​glutamato 
No escuro, os fotorreceptores estão despolarizados e são hiperpolarizados pela 
luz. Temos, então a situação contraintuitiva em que os fotorreceptores, na verdade, 
 
liberam menos moléculas de neurotransmissores quando atingidos pela luz do que no 
escuro. 
O escuro, e não a luz, é o estímulo preferido para um fotorreceptor. Assim, 
quando uma sombra passa sobre um fotorreceptor, ele responde sofrendo uma 
despolarização, pois ativa o retinal, e liberando mais neurotransmissor. 
O campo receptivo da nossa visão, funciona, por exemplo, como o campo 
receptivo da nossa pele. 
O campo receptivo das células bipolares  
Existem dois tipos de células bipolares, ON e OFF 
Uma luz que incide sobre um cone vai hiperpolarizar algumas células bipolares. 
Essas células são chamadas de células bipolares do tipo OFF, pois a luz efetivamente as 
inibe. 
Se a luz que incidir sobre o cone despolarizar as células bipolares, serão 
chamadas de ON, pois são ligadas ou acionadas pela luz 
A sinapse cone-célula bipolar inverte o sinal que chega do cone, o cone 
hiperpolariza em resposta à luz, porém a célula bipolar do tipo ON despolariza 
As respostas opostas ocorrem porque há dois tipos de receptores que ligam o 
glutamato liberado pelos fotorreceptores 
Células bipolares do tipo OFF - receptores ​glutamatérgicos ionotrópicos - PEPS - 
despolarização pelo influxo de íons Na 
Células bipolares do tipo ON​ - receptores ​metabotrópicos​ - hiperpolarização 
Ou seja, essas células respondem de formas diferentes pois possuem receptores 
diferentes. 
 
PROJEÇÃO RETINOFUGAL 
É a via neural que sai do olho 
começando pelo nervo óptico 
As informações projetadas na 
região esquerda do campo visual direito 
sofrem um desvio a serem enviadas 
para o encéfalo, passando pelo quiasma 
óptico. Assim os hemicampos são 
projetados para apenas um lado, ou 
seja, o hemicampo visual direito do olho 
direito e esquerdo são projetados para 
o lado esquerdo e, o hemicampo visual esquerdo dos dois olhos são projetados para o 
lado direito. 
 
 
 
 
Audição 
O SOM 
Variações audíveis na pressão do ar 
A frequência do som é o número de trechos de ar comprimidos ou rarefeitos 
que passam pelos nossos ouvidos a cada segundo 
Nosso sistema auditivo pode responder a ondas de pressão dentro da faixa 
detectável de 20 a 20000 Hz 
A percepção do som, ou tom, como ​agudo ou grave, é determinado pela 
frequência 
A intensidade ou ​amplitude é a diferença de pressão entre os trechos de ar 
rarefeitos e comprimidos - determina o ​volume 
Nossa audição detecta com mais facilidade ondas de alta frequência 
 
A ESTRUTURA DO SISTEMA AUDITIVO  
O nosso aparelho auditivo 
é dividido em algumas regiões, 
temos nosso ouvido externo - que 
vai do pavilhão auditivo até o 
tímpano - o ouvido médio - do 
tímpano até antes de entrar na 
cóclea, representado 
especialmente pelos ossículos - 
ouvido interno - formado pela 
cóclea. 
O som quando chega na 
membrana timpânica, faz ela vibrar, e esse movimento é responsável por movimentar os 
ossículos do ouvido médio, que acabam por movimentar o líquido coclear - isso acontece 
pela ligação dos ossículos com a janela oval da cóclea - por fim, o movimentos do fluido 
na cóclea causa uma resposta nos neurônios sensoriais. 
A informação auditiva é encaminhada através do nervo coclear 
 
 
 
 
O OUVIDO MÉDIO 
Tem 3 ossículos: martelo, bigorna e estribo 
Martelo e bigorna estão bem juntos, portanto, os movimentos não são tão livres, 
medida que umse movimenta, o outro se movimenta junto. A conexão entre bigorna e 
estribo é mais fraca, o que deixa o movimento mais livre. 
Ainda, no ouvido médio há uma estrutura chamada tuba de Eustáquio, que faz a 
comunicação do ouvido médio com a cavidade oral e nasal. 
Geralmente, a pressão no ouvido médio é igual à pressão atmosférica. 
Reflexo da atenuação 
Sons barulhentos disparam uma resposta neural que faz esses músculos se 
contraírem. Cadeia de ossículos tornam-se mais rígida e ​a condução do som ao ouvido 
interno fica muito diminuído 
O órgão de Corti 
 
 
 
 
 
 
 
 
As células receptoras auditivas, as quais convertem a energia mecânica em uma 
alteração na polarização da membrana, estão localizadas no órgão de Corti 
 
 
TRANSDUÇÃO DO SINAL AUDITIVO 
Os axônios primários recebem a informação e a encaminham, passando pelo 
gânglio espiral e depois nervo coclear. 
 
O SISTEMA VESTIBULAR 
O sistema vestibular, assim como o sistema auditivo, utiliza células ciliadas para 
transduzir os movimentos 
Labirinto vestibular  
Órgãos otolíticos - detectam a força de gravidade e as inclinações da cabeça 
Ductos semicirculares - sensíveis à rotação da cabeça 
 
O propósito básico de cada 
estrutura é transmitir a energia 
mecânica, derivada do movimento da 
cabeça, às células ciliadas. 
 
 
 
Quando a cabeça está em 
uma posição de repouso, os estereocílios também estão, mas, uma vez que, a cabeça é 
inclinada, os estereocílios também são inclinados e isso 
vai causar a abertura dos canais, que vão causar uma despolarização nessa célula e 
com isso terá a transmissão da informação por meio da secreção de um 
neurotransmissor excitatório. 
 
No interior do ducto semicircular existe um líquido chamado de ​endolinfa​, quando 
giramos e depois paramos, mesmo parados temos a sensação de a nossa volta estar 
girando ainda, porque a endolinfa ainda está se movimentando. Isso sinaliza as células 
ciliadas de que está acontecendo um movimento de rotação, então a célula continua 
enviando os sinais relativos à essa rotação para o encéfalo. 
 
 
Sistema Somatossensorial  
Responsável por detectar as informações somatossensoriais - ou seja, relativas a 
tato, pressão,, vibração, dor etc. 
 A sensação somática também permite saber quais partes do corpo estão sendo 
estimuladas. 
Cada receptor sensorial em determinadas regiões do nosso corpo vão ter um 
campo receptivo, esses campos receptivos podem se sobrepor. Assim, quando somos 
tocados dentro de um campo receptivo temos a sensação de um único toque. 
Quanto maior o campo receptivo, “menos sensível” é a região, pois mesmo se 
houver dois toques simultâneos a sensação será de um toque. 
 
 
Quando os estímulos se tornam muito intensos, que podem ser lesivos, a sensação 
somática também é responsável por uma sensação desagradável, porém de vital 
importância, a dor. 
 
Tato 
A pele é o maior órgão sensorial que possuímos 
Temos dois tipos de pele: pilosa e glabra 
A maioria dos receptores sensoriais do sistema somatossensorial são 
mecanorreceptores 
● contato na pele 
● pressão no coração e nos vasos sanguíneos 
● estiramento dos órgãos digestórios e da bexiga urinária 
● força contra os dentes 
No centro de todos os mecanorreceptores estão as ramificações de axônios 
desmielinizados que são sensíveis a estiramento, deformação, pressão ou vibração 
 
 
 
 
 
Os mecanorreceptores não são só responsáveis por detectar o tato, mas também pela 
pressão e vibração. Embora sejam sensações distintas, são detectadas pelos mesmos 
tipos de receptores 
 
 
 
 
 
 
CAMPO RECEPTIVO 
Corpúsculos de Meissner e os discos de Merckel possuem campos receptivos 
pequenos, de apenas poucos milímetros de extensão 
Corpúsculos de Pacini e as terminações de Ruffini apresentam campos receptivos 
grandes que se estendem por um dedo inteiro ou por metade da palma da mão 
Os mecanorreceptores também variam quanto à persistência de suas respostas 
frente a estímulos de longa duração 
Adaptação 
No caso dos corpúsculos de Meissner e de Pacini, eles possuem a mesma forma 
de adaptação, que é uma adaptação do tipo rápida, porém, não conseguem identificar o 
movimento que fazemos na pele, pois param de disparar impulsos mesmo que o estímulo 
continue 
Os discos de Merckel e as terminações de Ruffini possuem forma de adaptação 
lenta, isso faz com que a medida que o movimento acontece, os disparos continuam 
durante o estímulo, então conseguem identificar o movimento 
 
DETECÇÃO E TRANSMISSÃO DAS SENSAÇÕES TÁTEIS  
Os canais iônicos são mecanossensíveis. Há 3 tipos diferentes, que vão se abrir 
com diferentes estímulos, mas ambos estímulos mecânicos 
1. Canais que vão ser abertos quando tem uma força aplicada sobre a membrana 
celular, quando esta sofrer estiramento ou deformação. 
2. Canais que se abrem quando é aplicada uma força sobre as proteínas 
extracelulares, pois elas são conectadas aos canais. 
 
 
3. Canais que se abrem quando aplicada uma força sobre os componentes do 
citoesqueleto intracelular 
 
Os estímulos mecânicos podem, ainda, disparar a liberação de segundos 
mensageiros, por exemplo, DAG, IP3, que regulam os canais iônicos. 
 
Transmissão dos sinais táteis 
Uma vez que temos essa detecção da sensação sensorial, ocorrerá a abertura 
dos canais iônicos que causarão a despolarização da célula, esse receptor sensorial vai 
transmitir os sinais para o SNC. Lembrando que as informações sensoriais entram pela 
medula espinhal por meio das raízes dorsais e, as informações motoras deixam a medula 
espinhal pelas raízes ventrais 
Os axônios que transmitem a informação dos receptores somatossensoriais à 
medula espinhal ou ao tronco encefálico são os axônios aferentes primários do sistema 
somatossensorial 
Os axônios aferentes primários apresentam diâmetros variados e seus tamanhos 
correlacionam-se com o tipo e receptor sensorial do qual recebem a sinalização. 
A maioria dos nervos periféricos comunica-se com o sistema nervoso central via 
medula espinhal. Por vezes, temos algumas informações sensoriais chegando diretamente 
no tronco encefálico, por exemplo, as informações somatossensoriais da face. 
A organização segmentar dos nervos espinhais e a inervação sensorial da pele 
estão relacionadas. A área da pele inervada pelas raízes dorsais direita e esquerda de 
um único segmento espinhal é denominada 
dermátomo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS SENSORIAIS PARA TRANSMISSÃO DOS SINAIS SOMÁTICOS 
As informações sobre o tato ou vibração da pele seguem uma via em direção ao 
encéfalo, que é diferente das informações relativas a dor e temperatura, por exemplo. 
 
Os receptores sensoriais fazem sinapses com os axônios sensoriais, que vão 
entrar na medula espinhal na região dorsal da coluna de forma ipsilateral, ou seja, em 
um único lado. Ou seja, as informações relativas ao lado direito do corpo adentram a 
medula espinhal pela região dorsal do lado direito. Essas informações fazem sinapses 
com neurônios localizados no núcleo da coluna dorsal e, depois seguem para o bulbo. No 
bulbo acontece uma curva, desvio dessa informação, assim, a informação que estava 
localizada na região direita é encaminhada para região ventral e medial do lado 
esquerdo. A partir do momento que a informação entra no bulbo o sistema sensorial deum lado do encéfalo vai estar relacionado com as sensações do lado oposto do corpo. 
Seguindo, a 
informação passa pelo lemnisco medial, segue pelo bulbo, ponte, mesencéfalo, passa pelo 
tálamo na região do núcleo ventral posterior, e o tálamo retransmite essa informação 
para o córtex somatossensorial primário 
 
Via tátil trigeminal 
A sensação somática da face é suprida principalmente pelos grandes ramos do 
nervo trigêmeo, o qual entra no encéfalo pela ponte 
Esse nervo coleta as informações sensoriais da face, região bucal, os dois terços 
distais da língua e a dura-máter 
As regiões da pele em torno dos ouvidos, da região nasal e da faringe são 
fornecidas por outros nervos cranianos: facial, glossofaríngeo e vago. 
 
 
CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL 
A maior parte do córtex relacionada ao sistema somatossensorial está localizada 
no lobo parietal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dor 
A dor também é uma sensação somática, mas nesse caso há receptores 
sensoriais diferentes, que são chamados de nociceptores. Esses nociceptores são as 
terminações nervosas livres, ramificadas, não mielinizadas que sinalizam lesão ou risco de 
lesão ao corpo. 
Informações dos nociceptores seguem por vias distintas, assim, a experiência 
subjetiva causada pela ativação dessas vias é diferente 
 
Nocicepção e a dor não são sempre a mesma coisa 
Dor é a sensação ou a percepção de sensações, como irritação, inflamação, 
fisgada, ardência, latejos, ou seja, sensações importantes que surgem de uma parte do 
corpo 
A nocicepção é o processo sensorial que fornece as sinalizações que disparam a 
experiência da dor. 
 
 
 
TIPOS DE DOR 
 
ESTÍMULOS QUE PODEM LEVAR A ATIVAÇÃO DOS NOCICEPTORES 
Para que haja a ativação dos nociceptores é necessário ter uma lesão 
● estimulação mecânica forte 
● temperaturas extremas 
● privação de oxigênio 
● exposição a agentes químicos 
 
TIPOS DE NOCICEPTORES 
Terminações nervosas livres das fibras não mielinizadas C e nas pobremente 
mielinizadas A& 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS NOCICEPTORES E A TRANSDUÇÃO DOS ESTÍMULOS DOLOROSOS 
Hiperalgesia 
Estimulação constante e progressivamente maior do estímulo doloroso - dor crônic 
Ocorre pela não adaptação dos nociceptores aos estímulos sensoriais. 
Possibilita que o indivíduo fique ciente da presença do estímulo lesivo, enquanto a 
dor persistir. 
 
 
Inflamação 
O conjunto de substâncias químicas liberadas quando há uma lesão é chamado de 
sopa inflamatória 
● neurotransmissores: glutamato, serotonina, adenosina, ATP 
● peptídeos: substâncias P, bradicinina 
● lipídeos: prostaglandina, endocanabinoides 
● proteases, neurotrofinas, citocinas, quimiocinas, íons K e H etc 
Resposta natural dos tecidos corporais na tentativa de eliminar a lesão e 
estimular o processo de cura. 
 
AFERENTES PRIMÁRIOS E MECANISMOS ESPINHAIS 
A ativação de nociceptores cutâneos produz duas percepções de dor distintas: 
dor primária, rápida e aguda - A& 
dor secundária, lenta e contínua - C 
 
 
Dor referida 
Quando há algum tecido ou órgão interno sendo lesionado e a dor acaba atingindo 
outras regiões do corpo 
Mistura substancial de informação de axônios de nociceptores cutâneos e viscerais 
na medula 
 
 
VIAS ASCENDENTES DA DOR 
 
 
via da dor espinotalâmica 
dor corporal e temperatura são conduzidas da medula espinhal ao encéfalo pela 
via espinotalâmica 
Os axônios de pequeno calibre - A& ou tipo C - entram na coluna dorsal por 
meio das raízes dorsais, contralateral, decussam no mesmo nível da medula, passam pelo 
trato espinotalâmico, e segue para ponte, bulbo e encéfalo. Ao passar por essas 
estruturas, chega no tálamo e passa pelo núcleo intralaminar e ventral posterior. Dos 
núcleos a informação segue para o córtex somatossensorial primário, onde vai passar 
pelo processo de associação e percepção. 
via da dor trigeminal  
A informação da dor e temperatura da face e do terço anterior da cabeça 
segue por uma via ao tálamo, análoga à via espinhal 
As fibras de pequeno diâmetro do nervo trigêmeo encontram os neurônios 
sensoriais secundários no núcleo espinhal do trigêmeo, localizado no tronco encefálico e 
decussam e ascendem ao tálamo pelo lemnisco trigeminal 
 
Além das vias espinotalâmica e trigêminotalâmica, outras vias relacionadas à dor e 
a temperatura, enviam axônios para uma variedade de estruturas, em todos os níveis do 
tronco encefálico antes de alcançarem o tálamo 
 
 
 
O TÁLAMO E O CÓRTEX 
Trato espinotalâmico e os axônios do lemnisco trigeminal fazem sinapse em uma 
região mais extensas do tálamo 
núcleo ventral posterior 
núcleos intralaminares 
 
Assim, como fazem a sinapse no tálamo, essas vias cobrem um território muito 
maior das áreas do córtex cerebral. Por isso, muitas vezes, a sensação da dor pode se 
sobrepor a outras sensações somáticas. 
 
A REGULAÇÃO DA DOR  
Modulação da dor 
Nível de atividade dos nociceptores vão produzir mais ou menos dor 
Isso oferece novas estratégias para o tratamento da dor crônica 
Nesse sentido, há dois processos de regulação 
Regulação aferente 
 Atividade simultânea de mecanorreceptores de limiar baixo 
Teoria do portão da dor - suprime sinalização nociceptiva. 
No interior da medula temos os 
interneurônios que se comunicam, chega a 
informação sensorial neles e eles transmitem para 
os neurônios que ascendem em direção ao córtex, 
e os neurônios de projeção, que vão conduzir essa 
informação para o córtex. As fibras do tipo C ao 
fazerem sinapses com os interneurônios, ao invés 
de estimularem a passarem a informação, acabam 
inibindo. Assim, não há a ação também dos 
neurônios de projeção e a informação da dor não 
é transmitida, mas a do tato vai ser. 
 
 
 
 
 
Regulação descendente 
Emoções fortes, estresse ou determinação estóica, podem suprimir de maneira 
poderosa as sensações dolorosas 
Várias regiões encefálicas estão envolvidas na supressão da dor 
- região de neurônios do mesencéfalo - substância cinzenta periaquedutal PAG 
- estimulação elétrica da PAG pode causar analgesia profunda 
 
 
 ​OPIÓIDES ENDÓGENOS 
Ópio era descrito como “a planta da alegria”, pois funcionava como analgesico em 
ferimentos 
Opiáceos - substâncias derivadas da papoula ex: morfina, codeína e heroína 
Opióides - receptores opióides SN 
Uma vez que os opiáceos se ligam aos opióides, é causada uma analgesia 
profunda, especialmente quando o opióide é administrado de forma sistêmica 
 
Efeitos causados: alterações no humor, sonolência, confusão mental, náusea, vômito 
e constipação 
 
O sistema nervoso produz substâncias endógenas semelhantes à morfina, 
chamados coletivamente de ​endorfinas​. 
Existem receptores concentrados em áreas que processam ou modulam a 
informação nociceptiva, uma vez que se tenha grande liberação de endorfinas 
Pequenas quantidades de morfina ou endorfinas injetadas na PAG, nos núcleos da 
rafe ou no corpo dorsal podem produzir analgesia 
 
Sensações térmicas 
Assim como para o tato e a dor, as sensações térmicas não dolorosas se 
originam de receptores cutâneos - entre outros locais - e dependem do processamento 
no neocórtex para a percepção consciente 
Termorreceptores 
Neurônios sensíveis à temperatura no hipotálamo e na medula espinhal - esses 
receptores são responsáveis por manter a homeostase térmica do corpo 
 
Termorreceptores cutâneos aparentemente contribuem para a percepção da 
temperatura 
Receptores distintostransduzem a informação térmica - sensibilidade nao está 
igualmente distribuída pela pele 
Cada termorreceptor parece expressar somente um ÚNICO tipo de canal e 
fazem com que a sensibilidade seja distinta em regiões diferentes da pele 
Existe alguns receptores para frio - sensíveis a aumentos de temperatura acima 
de 43C 
SNC não sabe qual tipo de estímulo - no caso, o calor - resultou na ativação do 
receptor 
Nossos termorreceptores possuem diferenças de adaptação em relação a outros 
receptores somáticos. Existem diferenças entre a frequência de respostas dos 
receptores ao calor e ao frio, que são maiores durante, e logo após, as mudanças de 
temperatura 
Os termorreceptores possuem uma faixa de detecção de temperatura, por 
exemplo, o limite máximo dos termorreceptores para calor é 43C, acima disso, é ativado 
os termos nociceptores, pois essa temperatura vai causar lesão aos tecidos. 
 
 
VIA DA TEMPERATURA 
Organização da via da temperatura é praticamente idêntica à da via da dor 
Receptores para frio - fibras A& e C 
Receptores para calor - fibras C

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