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Sistema Nervoso

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SISTEMA 
NERVOSO- 
PROBLEMA 6 
OBJETIVOS: 
1. SOBRE VISÃO: 
▪ Anatomia do olho OK 
▪ Descrever o mecanismo de formação da 
imagem OK 
▪ Células envolvidas (cones, bastonetes...) OK 
▪ Descrever o funcionamento da via visual 
▪ Qual a importância da Vitamina A para a 
visão? Qual sua relação com a cegueira 
noturna? OK 
▪ Relacionar com os nervos 
envolvidos: II, III, IV e VI OK 
▪ Descrever o quiasma e trato 
óptico OK 
▪ Receptores e mecanismos de fototransdução 
OK 
2. SOBRE GUSTAÇÃO: 
▪ Anatomia das estruturas envolvidas na 
gustação OK 
▪ Diferenciar papilas gustativas de botões OK 
▪ Diferenciar sabor e gosto 
▪ Identificar os tipos de gosto (doce, 
amargo, azedo, salgado, umami), seus 
receptores e a forma de transdução OK 
▪ Células e receptores envolvidos 
▪ Relacionar com os nervos envolvidos: VII, IX, 
X OK 
▪ Descrever o funcionamento da via gustativa 
OK 
▪ Relacionar com olfato e sistema límbico OK 
3. SOBRE OLFATO: 
▪ Anatomia das estruturas envolvidas no 
olfato 
▪ Células e receptores envolvidos – 
descrever o mecanismo de transdução 
▪ Descrever o funcionamento das vias 
olfatórias 
 
VISÃO 
❖ Protegido pela órbita que é formado por ossos 
faciais do crânio. Existem também seis 
músculos extrínsecos do bulbo do olho, 
músculos esqueléticos que se fixam ao globo 
ocular e controlam os movimentos dos olhos. 
❖ O olho humano possui cerca de 126 milhões 
de receptores sensoriais 
ANATOMIA GERAL: 
❖ PUPILA: abertura que permite que a luz entre 
no olho e alcance a retina. Parece escura 
devido aos pigmentos que absorvem luz na 
retina; 
 
❖ ÍRIS: cerca a pupila. Sua pigmentação origina 
a cor dos olhos. Contém 2 MÚSCULOS que 
podem alterar o tamanho da pupila, sendo 
que um deles a torna menor quando se 
contrai e um a torna maior; 
A pigmentação é originada devido os pigmentos 
irianos (grânulos de melanina). Quando o 
pigmento é quase ausente, o olho é azul. Olho 
verde é intermediário entre o olho azul e o olho 
castanho e possui diversos grânulos com 
pigmentação castanha 
 
❖ CÓRNEA: superfície vítrea transparente 
externa do olho que cobre a pupila e a íris 
 
❖ ESCLERA: está em continuidade com a córnea 
e constitui o “branco” dos olhos que forma a 
parede resistente do globo ocular. Inseridos 
na esclera estão músculos extraoculares, que 
movimentam o globo ocular dentro das 
órbitas. Eles não são visíveis, pois se 
encontram atrás da conjuntiva, uma 
membrana que se dobra para trás desde a 
parte interna das pálpebras, indo se ligar a 
esclera; 
Observação! O conjunto esclera + córnea dá 
origem ao formato esférico do olho. 
❖ NERVO ÓPTICO: responsável por transportar 
as informações visuais até o encéfalo. Reúne 
os axônios da retina, sai do olho em sua parte 
posterior, atravessa a órbita e alcança a base 
do encéfalo, próximo a glândula hipófise; 
 
❖ PÁLPEBRA: dobra fina de pele e músculo que 
cobrem e protege o olho. O músculo elevador 
da pálpebra superior causa sua elevação 
abrindo os olhos. Esse músculo é ativado pelo 
III par de nervo craniano (nervo oculomotor). 
RETINA: 
❖ A característica mais evidente da retina são 
os vasos sanguíneos em sua superfície. Esses 
vasos da retina são originados pela papila 
óptica que é uma região circular clara onde as 
fibras do nervo óptico deixam a retina. 
❖ No centro de cada retina existe uma região 
mais escura, com um aspecto amarelado 
chamada de mácula lútea, que é a parte da 
retina dedicada a visão central. Nessa região 
também temos a relativa ausência de vasos 
sanguíneos, sendo uma condição de melhora 
para a qualidade de visão central. 
❖ Temos também a fóvea, que é a retina mais 
delgada. Essa parte é muito importante para 
referência anatômica (ex: a parte da retina 
que se situa mais próxima ao nariz com 
relação à fóvea é chamada de nasal e a parte 
que se situa mais próxima as temporas é 
chamada de temporal). 
ANATOMIA TRANSVERSAL DO OLHO: 
❖ CÓRNEA: não apresenta vasos sanguíneos e é 
nutrida por um fluído chamado de humor 
aquoso. Cobre a pupila e a iris. É uma 
superfície curva e transparente de tecido 
conjuntivo que funciona como uma lente de 
grande capacidade de refração, além de filtrar 
raios UV. 
❖ CRISTALINO: é uma estrutura transparente 
localizada atrás da íris; ele é suspenso por 
ligamentos que se ligam aos músculos 
ciliares, os quais conectam-se à esclera e 
formam um anel dentro do olho. Mudanças no 
formato desse cristalino permitem que os 
olhos ajustem o foco para diferentes 
distâncias. 
Observação: o cristalino divide o olho em dois 
compartimentos fluidos diferentes, sendo um 
deles o humor aquoso que se situa entre a córnea 
e o cristalino e o humor vítreo, que é mais 
viscoso e gelatinoso, situando-se entre o 
cristalino e a retina. 
Correlação clínica: 
1. Com o envelhecimento, o cristalino começa a 
embaçar, dando origem a catarata. Na 
cirurgia de catarata a cápsula interna é 
retirada, porém a posterior é permanecida 
para dar sustentação ao cristalino. A 
catarata não volta, porém em 2 anos após a 
cirurgia 50% pode ter uma visão um pouco 
embaçada novamente, devido a cápsula 
posterior que foi mantida. 
2. A partir dos 40 anos, as pessoas começam a 
desenvolver a presbiopia (vista cansada), ou 
seja, possuem dificuldade em focalizar 
objetos de perto. Nesse processo, o cristalino 
perde sua capacidade de acomodação, não 
conseguindo mais modificar seu formato. Há 
dificuldade de foco apenas na visão para 
perto, pois para esse foco ser realizado é 
necessário aumentar seu eixo 
anteroposterior e na visão para longe o 
cristalino pode permanecer relaxado, não 
havendo alteração. 
FORMAÇÃO DA IMAGEM PELO OLHO 
REFRAÇÃO PELA CÓRNEA: 
❖ Para que os raios de luz que atingem o olho 
são paralelos, e para que sejam focados na 
RETINA eles precisam passar por um processo 
de refração feito pela córnea. 
❖ Quando a luz atinge um meio em que sua 
velocidade é diminuída, ela se aproxima da 
normal (reta ortogonal a superfície que 
separa os meios). 
❖ Essa é a situação quando a luz atinge a 
superfície curvada da córnea e passa para o 
humor aquoso. Os raios mudam de direção de 
forma a convergir na parte posterior do olho. 
Apenas aqueles que cruzam pelo centro do 
olho não mudam de direção. 
❖ A distância da superfície refratora até onde 
os raios convergem é chamada de distância 
focal. Ela depende da curvatura da córnea: 
quando menos o seu raio de curvatura, menos 
a distância focal. 
❖ A dioptria é a recíproca da distância focal 
(1/df). A córnea tem um poder refrator de 42 
dioptrias (o que significa que raios de luz 
paralelos irão se focalizar a 1/42 = 0,024m 
atrás dela – aproximadamente a distância 
até a retina). 
❖ Esse poder refrator depende da velocidade na 
luz na interface ar-córnea. Se 
substituíssemos o ar por um meio que seja 
atravessado pela luz com a mesma 
velocidade que atravessa o olho, o poder 
refrator é eliminado. Logo, os objetos debaixo 
da água ficam borrados devido ao poder 
refrator da córnea ser eliminado, provocando 
a incapacidade de focalizar uma imagem. 
ACOMODAÇÃO PELO CRISTALINO: 
❖ O cristalino está envolvido na formação de 
imagens claras e nítidas de objetos próximos, 
localizados a uma distância menor do que 9m 
com relação ao olho. 
❖ A medida em que os objetos se aproximam, os 
raios de luz oriundos de um determinado 
ponto não podem mais ser considerados 
paralelos; esses raios irão divergir e 
necessitará de um poder de refração maior 
para focalizá-los na retina (ocorre pela 
mudança no formato do cristalino- 
acomodação). 
❖ Durante a acomodação, os músculos ciliares 
se contraem e engrossam, tornando menor a 
área dentro do músculo e diminuindo a 
tensão nos ligamentos suspensores; como 
consequência, esse cristalino se torna mais 
arredondado, aumentando o seu poder de 
refração. 
REFLEXO PUPILAR DA LUZDIRETA: 
❖ Esse reflexo envolve conexões entre a retina 
e os neurônios do tronco encefálico que 
controlam os músculos que contraem a 
pupila; 
❖ É um reflexo consensual, isto é, se a luz 
atingir apenas um olho, provocará a 
constrição das pupilas de ambos os olhos; 
❖ A ausência desse reflexo pupilar consensual 
geralmente indica algum distúrbio 
neurológico grave envolvendo o tronco 
encefálico 
❖ A constrição da pupila aumenta a 
profundidade do foco. 
Importante: 
Campo Visual Acuidade visual 
O campo visual 
esquerdo tem sua 
imagem formada no 
lado direito da retina. 
Já o direito tem sua 
imagem formada no 
lado esquerdo 
É a capacidade do olho 
de distinguir dois 
pontos próximos. 
Depende de vários 
fatores, em especial 
do espaçamento dos 
fotorreceptores na 
retina e da precisão de 
refração do olho. 
 
ANATOMIA DA RETINA 
❖ A via mais direta para o fluxo da informação 
visual parte dos fotorreceptores em direção as 
células bipolares e, posteriormente, para as 
células ganglionares. 
❖ As células ganglionares disparam potenciais 
de ação em resposta à luz e esses impulsos se 
propagam por meio do nervo óptico para o 
resto do encéfalo. 
❖ O processamento da retina também é 
influenciado por outros dois tipos celulares, 
sendo eles: células horizontais que recebem 
aferentes dos fotorreceptores e projetam 
neuritos para influenciar as células bipolares 
vizinhas e os fotorreceptores; células 
amácrinas que recebem aferentes das células 
bipolares e projetam para influenciar células 
ganglionares vizinhas, células bipolares e 
outras células amácrinas. 
❖ As únicas células sensíveis à luz na retina são 
os fotorreceptores. Todas as outras células 
são influenciadas pela luz apenas por meio de 
interações sinápticas diretas e indiretas com 
os fotorreceptores 
❖ As células ganglionares são a única fonte de 
sinais de saída da retina. Nenhum outro tipo 
de célula da retina projeta axônios por meio 
do nervo óptico. 
ORGANIZAÇÃO LAMINAR: 
❖ As células são organizadas em camadas que 
estão aparentemente ordenadas ao 
contrário: a luz deve atravessar o humor 
vítreo, as células ganglionares e bipolares 
antes de atingir os fotorreceptores. 
❖ Um motivo dessa inversão é a posição do 
EPITÉLIO PIGMENTAR, logo abaixo dos 
fotorreceptores, que tem papel na 
manutenção dos fotorreceptores e dos 
fotopigmentos. Também absorve qualquer 
luz que atravesse completamente a retina, 
minimizando a reflexão da luz no fundo do 
olho. 
1. Camada de células ganglionares (mais 
interna) 
2. Camada plexiforme interna: ocorrem 
contatos sinápticos entre células 
bipolares, amácrinas a ganglionares. 
3. Camada nuclear interna: corpos celulares 
das células bipolares, horizontais a 
amácrinas 
4. Camada plexiforme externa: Onde 
fotorreceptores estabelecem contatos 
sinápticos com células bipolares e 
horizontais. 
5. Camada nuclear externa: corpos celulares 
dos fotorreceptores. 
6. Camada dos segmentos externos dos 
fotorreceptores: contém os elementos 
sensíveis a luz da retina – estão 
embebidos no epitélio pigmentar. 
ESTRUTURA DE UM FOTORRECEPTOR 
❖ Cada fotorreceptor apresenta 4 regiões: um 
segmento externo, um interno, um corpo 
celular e um terminal sináptico. 
❖ Existem dois tipos de fotorreceptores 
encontrados na retina: 
Bastonetes: 
▪ Apresentam um segmento externo longo 
e cilíndrico. 
▪ O seu maior número de discos e maior 
concentração de fotopigmentos o torna 
muito mais sensível a luz 
▪ Em um ambiente com iluminação noturna 
(condições escotópicas) apenas os 
bastonetes contribuem para a visão 
▪ Todos possuem o mesmo tipo de 
fotopigmento 
Cones: 
▪ Apresentam um segmento externo mais 
curto e que gradualmente diminui de 
espessura, contendo um menor número de 
discos membranosos 
▪ Em ambientes com iluminação diurna 
(condições fotópicas) os cones realizam a 
maior parte do trabalho da visão 
▪ Existem 3 tipos de cones, cada um com 
um fotopigmento diferente; isso faz com 
que os diferentes cones sejam sensíveis a 
diferentes comprimentos de onda da luz 
▪ Desempenham papel central na 
capacidade de ver cores. 
Observação: a estrutura da retina varia desde a 
fóvea até a periferia. Geralmente, a retina 
periférica possui mais bastonetes do que cones e 
possui uma alta relação de fotorreceptores para 
células ganglionares. Essa combinação faz com 
que a retina periférica seja mais sensível a luz. 
FOTOTRANSDUÇÃO 
FOTOTRANSDUÇÃO NOS BASTONETES: 
❖ A estimulação de um fotopigmento pela luz 
ativa proteínas G, as quais, por sua vez, 
ativam uma enzima efetora que altera a 
concentração citoplasmática de um segundo 
mensageiro. Essa alteração provoca o 
fechamento de um canal iônico na membrana 
e o potencial de membrana é alterado. 
❖ Em completa escuridão, o potencial de 
membrana do segmento externo do 
bastonete é de -30mv. Essa despolarização é 
causada pelo influxo constante de Na+ 
através de canais especiais no segmento 
externo da membrana. Esse movimento de 
cargas positivas através da membrana é 
chamado de corrente do escuro. 
❖ Esses canais de sódio são ativados por um 
segundo mensageiro intracelular chamado 
GMPc (monofosfato de guanosina cíclico), que 
é produzido continuamente no fotorreceptor 
pela enzima guanilato de ciclase, mantendo 
os canais de Na+ abertos; 
❖ A luz reduz a quantidade de GMPc, o que 
fecha os canais e torna a membrana mais 
negativa. Dessa forma, os fotorreceptores são 
hiperpolarizados na presença da luz; 
❖ Essa resposta hiperpolarizante é iniciada pela 
absorção da radiação eletromagnética pelo 
fotopigmento– nos bastonetes é a 
RODOPSINA, que é uma proteína receptora 
possuindo um agonista previamente ligado 
❖ A proteína receptora é a OPSINA e é típica de 
receptores acoplados a proteína G que 
ocorrem em todo organismo. O agonista é 
denominado RETINAL, um derivado da 
vitamina A; 
❖ Quando rodopsina é ativada pela luz, ocorre 
uma modificação na conformação do retinal, 
causando a ativação da opsina e provocando 
o desbotamento da rodopsina que estimula a 
proteína G (TRANSDUCINA) presente no disco 
membranoso a trocar GDP por GTP; 
❖ Essa transducina ativa a enzima efetora 
fosfodiesterase (PDE) a qual hidroliza o GMPc 
presente normalmente no citoplasma dos 
bastonetes; 
❖ A redução nas concentrações de GMPc 
promove o fechamento dos canais de sódio, 
causando, então a hiperpolarização da 
membrana; 
❖ No ESCURO, GMPc ativa o canal de sódio, 
causando a entrada de íons sódio e, 
consequentemente, a despolarização da 
membrana. 
VITAMINA A E A VISÃO: 
 A vitamina A faz parte da púrpura visual, pois 
o retinol vai combinar-se com a proteína 
opsina para formar a rodopsina ou púrpura 
visual nos bastonetes da retina do olho, que 
tem por função, em última análise, a visão na 
luz fraca. Pode haver a cegueira noturna, 
condição conhecida por nictalopia, pois a 
adaptação ao escuro é uma função específica 
dos bastonetes e dos cones, sendo a 
adaptação primária realizada pelos cones, 
completando-se em poucos minutos. A 
adaptação secundária constitui função dos 
bastonetes e, quando não se completa em 30 
minutos, caracteriza a cegueira noturna. 
 Os bastonetes e os cones retinianos contêm 
pigmentos visuais denominada rodopsina nos 
bastonetes e, iodopsina nos cones. Os cones 
atuam como receptores de alta intensidade 
luminosa para a visão colorida, enquanto os 
bastonetes são especialmente sensíveis à luz 
de baixa intensidade. Nas deficiências de 
vitamina A os bastonetes são mais afetados 
que os cones visuais. 
 Xeroftalmia (olho seco): caracterizada pela 
não produção de lágrimas e consequente 
dificuldade de enxergar, principalmente 
durante a noite. Tem como sinais a 
degeneração da conjuntiva e da córnea, as 
quais se apresentam secas, enrugadas e 
atrofiadas. As glândulas ópticas, obstruídas, 
deixam de produzir a secreçãolacrimal 
responsável pela lubrificação do globo ocular. 
 
FOTOTRANSDUÇÃO NOS CONES: 
❖ Sob a luz do sol, há uma queda nos níveis de 
GMPc nos bastonetes, até um ponto em que 
a luz se torna saturada. 
❖ A visão durante o dia depende inteiramente 
dos cones, cujos fotopigmentos necessitam 
de maior nível de energia. 
❖ O processo de transdução é praticamente o 
mesmo, o que difere é o tipo de opsinas dos 
discos membranosos dos segmentos externos 
dos cones 
❖ Cada cone em nossas retinas contém uma das 
três opsinas; assim podemos falar de cones 
“para o azul”, cuja ativação máxima ocorre 
pela luz com comprimentos de onda em torno 
de 430nm; cones “para verde”, cuja ativação 
máxima ocorre com comprimentos de onda 
em torno de 530nm e cones “para vermelho”, 
cuja ativação máxima ocorre com 
comprimentos de onda em torno de 560nm 
Detecção de cores: 
❖ As cores que percebemos são determinadas 
por contribuições relativas de cada tipo de 
cone para o sinal na retina. 
❖ Teoria tricromática de Young-Helmholtz: em 
cada ponto na retina existe um conjunto de 
3 tipos de receptores, cada um apresentando 
sensibilidade máxima ao azul, verde ou 
vermelho; 
❖ O encéfalo atribui cores com base em 
comparação da leitura desses três tipos. 
Quando todos estão igualmente ativos, 
percebemos o “branco”. 
❖ Daltonismo: é a incapacidade de diferenciar 
todas ou algumas cores, manifestando-se 
muitas vezes pela dificuldade em distinguir o 
verde do vermelho ou o azul do amarelo. Esta 
perturbação tem normalmente origem 
genética, mas pode também resultar de lesão 
nos olhos, ou de lesão de origem neurológica. 
A causa mais comum do daltonismo é a falha 
no desenvolvimento de um ou mais dos três 
conjuntos de cones que reconhecem cores ou 
por dano físico ou químico ao olho, ao nervo 
óptico ou partes do cérebro. 
ADAPTAÇÃO AO ESCURO E À CLARIDADE: 
❖ Quando passamos para um ambiente escuro, 
ocorre uma transição da visão com base nos 
cones para com base nos bastonetes. 
❖ A sensibilidade aumenta um milhão de vezes– 
envolve a dilatação da pupila e a regeneração 
da rodopsina. Ao passar para um ambiente 
claro, essas alterações são invertidas. 
❖ Papel do cálcio → no ESCURO, entra nos cones 
e promove um efeito inibitório na enzima que 
sintetiza o GMPc. Quando os canais de sódio 
dependentes de GMPc se fecham, o fluxo de 
Ca2+ para dentro dos receptores é diminuído 
e como resultado mais GMPc é sintetizado. 
FUNÇÃO NEURAL DA RETINA 
Os fotorreceptores liberam glutamato quando 
despolarizados; 
- São despolarizados no escuro e hiperpolarizados 
na luz. Assim, fotorreceptores liberam menos 
neurotransmissores na presença da luz que no 
escuro. Ou seja, é o escuro e não a luz o estímulo 
preferido do fotorreceptor. 
Campos receptivos das células bipolares: 
• CÉLULAS BIPOLARES OFF: apresentam canais 
catiônicos que são ativados pelo glutamato, 
provocando um influxo de sódio e, 
consequentemente, um potencial excitatório 
pós-sináptico 
• CÉLULAS BIPOLARES ON: apresentam 
receptores acoplados a proteína G e 
respondem ao glutamato com uma 
hiperpolarização; 
-As células bipolares recebem aferências 
sinápticas diretas dos fotorreceptores e estão 
conectadas via células horizontais a um anel 
circunscrito de fotorreceptores; 
- O CAMPO RECEPTIVO é a área da retina em que 
ocorre alteração no potencial da membrana em 
resposta a luz: 
*CENTRAL: proporciona aferências 
diretamente dos fotorreceptores; 
*PERIFÉRICO: proporciona aferências via 
células horizontais; 
Observação! A resposta a luz no centro é oposta 
a resposta a luz na periferia. 
- RESPOSTA ON: se a iluminação no centro causa 
despolarização da célula bipolar, então a 
iluminação da periferia causará hiperpolarização 
- RESPOSTA OFF: se a célula for despolarizada 
devido mudança de luz para o escuro no centro, 
ela será hiperpolarizada pelo mesmo estímulo 
escuro na periferia; 
➔ AMPOS RECEPTIVOS DAS CÉLULAS 
GANGLIONARES 
-Células ganglionares com centro-on e com 
centro-off recebem aferências das células 
bipolares correspondentes; 
- Célula ganglionar com centro-on responde ao 
estímulo luminoso com diversas rajadas de 
potencial de ação no seu centro receptivo. Já a 
célula ganglionar com centro-off ao estímulo 
escuro no seu centro receptivo; 
➔ CÉLULAS GANGLIONARES 
• Célula ganglionar do tipo M 
Possui maiores campos receptivos, conduzindo 
potenciais de ação mais rapidamente no nervo 
óptico. São mais sensíveis a estímulos 
• Célula ganglionar do tipo P 
Respondem com uma descarga sustentada que 
persiste enquanto o estímulo persistir 
• Célula ganglionar do tipo não-M-e-não-P 
• Células ganglionares de oposição de cores 
- Algumas células do tipo P e do tipo não-M-e-
não-P são sensíveis a diferenças no comprimento 
de onda da luz; 
- Uma resposta a um comprimento de luz no 
centro cancela a resposta por outro 
comprimento de onda na periferia do campo 
receptivo; 
- A ausência de oposição de cor nas células do 
tipo M devem-se ao fato de que tanto o centro 
como a periferia do campo receptivo recebem 
aferências de mais de um tipo de cone; 
- A cor é percebida dependendo da quantidade de 
sinais dos cones para vermelho, para o verde e 
para o azul que são enviados para o centro do 
campo receptivo; 
- Um tipo de cone colorido excita uma célula 
ganglionar através de uma célula bipolar 
despolarizante e outro tipo de cone colorido inibe 
uma célula ganglionar através de uma célula 
bipolar hiperpolarizante. Esse processo de 
contraste de cores é muito importante, pois 
significa que na retina a análise de cor é iniciada 
e não é inteiramente função do cérebro; 
Observação: as células ganglionares são as únicas 
células da retina que enviam sinais através da 
geração de potenciais de ação. As outras células 
enviam sinais apenas por condução eletrônica e 
esta é importante, pois permite uma condução 
graduada da força do sinal; 
-São os axônios das células ganglionares que 
formam as longas fibras do nervo óptico que se 
dirigem para o cérebro ; 
-Muitas células ganglionares respondem a 
alteração da luminosidade, como respostas “liga-
desliga” e “desliga-liga” 
NERVO ÓPTICO 
➢ É o II par dos nervos cranianos; 
➢ Ele é totalmente sensitivo: contém 
axônios que conduzem os impulsos 
nervosos relacionados com a visão. 
➢ Na retina, os bastonetes e os cones 
iniciam os sinais visuais, transmitindo-os 
para as células bipolares, que enviam 
estes sinais para células ganglionares. 
➢ Os axônios de todas as células 
ganglionares da retina de cada olho se 
unem para formar o nervo óptico, que 
passa pelo forame óptico. 
➢ Atrás do bulbo do olho (cerca de 10mm), 
os dois nervos ópticos se cruzam e 
formam o quiasma óptico. No quiasma, os 
axônios da metade medial de cada olho se 
cruzam para o lado oposto; enquanto os 
axônios da parte lateral permanecem do 
mesmo lado. 
➢ Posteriormente ao quiasma, estes 
axônios reagrupados formam os tratos 
ópticos. A maioria dos axônios desse trato 
terminam no núcleo geniculado lateral do 
tálamo; lá eles fazem sinapse com 
neurônios cujos axônios se estendem até 
a área visual primária no lobo occipital. 
➢ Uns poucos axônios passam pelo núcleo 
geniculado lateral e se projetam para os 
colículos superiores do mesencéfalo e 
para os núcleos motores do tronco 
encefálico, onde fazem sinapse com 
neurônios motores que controlam os 
músculos extrínsecos e intrínsecos do 
bulbo do olho. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
-Os axônios das células ganglionares que 
partem da retina passam através de 3 
estruturas antes de estabelecerem 
sinapses no tronco encefálico, o nervo 
óptico, o quiasma óptico e o tracto 
óptico; 
-Os nervos ópticos de ambos os lados dos 
olhos combinam-se para formar o 
quiasma óptico (em forma de X). Esse 
cruzamento de feixes de fibras é chamado 
de DECUSSAÇÃO. Porém, a que ocorre no 
quiasmaóptico é uma decussação parcial, 
já que apenas os axônios originados nas 
retinas nasais cruzam do lado esquerdo 
para o direito e do direito para o esquerdo; 
-Após essa decussação parcial no quiasma 
óptico, os axônios formam o trato óptico 
que correm logo abaixo da pia-máter ao 
longo das superfícies laterais do 
diencéfalo; 
-Do trato óptico vai para regiões do 
tronco encefálico e, posteriormente, para 
o córtex visual nos lábios do sulco 
calcarino no lobo occipital. 
NERVO OCULOMOTOR (III), TROCLEAR 
(IV) E ABDUCENTE (VI) 
❖ Esses 3 pares de nervos cranianos controlam 
os músculos responsáveis pelo movimento 
dos bulbos dos olhos. 
❖ Todos são nervos motores e, quando saem do 
encéfalo, contêm apenas axônios. 
❖ Os axônios sensitivos dos músculos 
extrínsecos do bulbo do olho começam seu 
curso em direção ao encéfalo em cada um 
destes nervos, mas eles acabam se unindo ao 
ramo oftálmico do nervo trigêmeo 
❖ Estes axônios transmitem impulsos nervosos 
dos músculos extrínsecos do bulbo do olho 
relacionados com a propriocepção – 
percepção dos movimentos e da posição do 
corpo independe da visão. 
NERVO OCULOMOTOR: 
❖ Possui seu núcleo motor localizado na parte 
anterior do mesencéfalo. Ele se projeta 
anteriormente e se divide em ramos superior 
e inferior, sendo que ambos passam pela 
fissura orbital superior em direção à órbita 
❖ Os axônios do ramo superior inervam os 
músculos reto superior (músculo extrínseco 
do bulbo do olho) e o levantador da pálpebra 
superior 
❖ Os axônios do ramo inferior suprem os 
músculos reto medial, reto inferior e o 
oblíquo inferior. Ele também supre axônios 
motores parassimpáticos dos músculos 
intrínsecos do bulbo do olho, formado por 
músculo liso (músculos ciliares do bulbo do 
olho) 
❖ Os impulsos parassimpáticos se propagam de 
um núcleo mesencefálico para o gânglio 
ciliar; a partir disso, alguns axônios motores 
parassimpáticos se projetam para o músculo 
ciliar – responsável pelo ajuste da lente para 
a visão de objetos próximos (acomodação). 
Outros axônios motores parassimpáticos 
estimulam músculos circulares da íris a se 
contrair quando uma luz intensa estimula o 
olho, causando diminuição da pupila 
(constrição) 
NERVO TROCLEAR: 
❖ É o menor dos 12 nervos cranianos e o único 
que emerge da face posterior do tronco 
encefálico 
❖ Os neurônios motores somáticos se originam 
de um núcleo mesencefálico (núcleo troclear), 
e os axônios deste núcleo decussam quando 
deixam o encéfalo por sua face posterior. A 
seguir, o nervo circunda a ponte e sai pela 
fissura orbital superior em direção à órbita. 
❖ Estes axônios motores somáticos inervam o 
músculo oblíquo superior, outro músculo 
extrínseco do bulbo do olho que controla a 
movimentação 
NERVO ABDUCENTE: 
❖ Se originam em um núcleo pontinho 
❖ Os axônios motores se projetam deste núcleo 
em direção ao músculo reto lateral pela 
fissura orbital superior 
❖ Tem esse nome porque é responsável pela 
abdução (rotação lateral) do bulbo do olho 
 
GUSTAÇÃO 
❖ Algumas das nossas preferências gustativas 
são inatas. Temos uma preferência inata por 
alimentos doces; enquanto as substâncias 
amargas são institivamente rejeitadas 
❖ Podemos identificar 4 tipos de sabores 
básicos: doce, salgado, azedo e amargo e mais 
um quinto tipo chamado de umami (definido 
pelo gosto do aminoácido glutamato) 
❖ Como conseguimos perceber esses vários 
sabores? Cada alimento ativa uma diferente 
combinação de sabores básicos, ajudando a 
torna-lo único e muitos alimentos têm um 
sabor distinto como resultado da soma de 
seus sabores e aromas percebidos 
simultaneamente (ex: sem o sentido do 
olfato, a mordida em uma cebola pode ser 
confundida com uma mordida em uma maçã). 
Além disso, outras modalidades sensoriais 
podem contribuir para uma experiência 
gustativa única (textura, temperatura, dor – 
sabor picante) 
ÓRGÃOS DA GUSTAÇÃO: 
❖ Várias áreas da boca participam da 
degustação, como a língua, palato, faringe e 
a epiglote 
❖ A ponta da língua é a mais sensível para o 
sabor doce, o fundo para o sabor amargo e as 
bordas laterais para o sabor salgado e azedo. 
Observação: isso não significa que só sentimos o 
sabor doce, por exemplo, apenas na ponta da 
língua. A maior parte da língua é sensível a todos 
os sabores. 
❖ Espalhados sobre a superfície da língua, estão 
pequenas projeções chamadas de papilas. Elas 
são classificadas quanto a sua forma em 
filiformes, fungiformes. Cada papila tem de 
um a várias centenas de botões gustativos e 
cada botão tem de 50 a 150 células receptoras 
gustativas 
PAPILAS GUSTATIVAS: 
❖ TIPOS: 
1. Papilas circunvaladas: são achatadas com 
grande quantidade de botões gustatórios, os 
quais formam uma linha em V na superfície 
posterior da língua. 
2. Papilas fungiformes: tem forma de cogumelo 
e uma quantidade moderada de botões, sobre 
a superfície plana anterior da língua. 
3. Papilas foliáceas: quantidade moderada de 
botões, localizadas nas dobras ao longo das 
superfícies laterais da língua. 
4. Papilas filiformes: cônicas e alongadas. 
Contém receptores táteis, mas nenhum 
botão gustatório. Aumentam o atrito entre a 
língua e o alimento, tornando mais fácil o 
movimento do alimento na cavidade oral. 
LIMIAR PARA O GOSTO: 
❖ Concentrações muito baixas não são 
percebidas, mas a partir de um limiar de 
concentração o estímulo passa a evocar uma 
percepção do sabor. 
❖ Quando os estímulos são fracos, cada papila 
é muito seletiva para um sabor básico 
específico, como para o doce, porém quando 
os estímulos são muito fortes que 
ultrapassam o limiar, elas passam a ser 
menos seletivas e podem responder também 
ao ácido e ao salgado. 
❖ A sensibilidade para o gosto amargo é muito 
maior que para os outros gostos (limiar mais 
baixo), devido sua função protetora 
importante contra toxinas perigosas. 
BOTÃO GUSTATÓRIO: 
❖ Composto por 3 tipos de células epiteliais: 
1. Células de sustentação: Circundam 
aproximadamente 50 células receptoras 
gustatórias em cada botão gustatório. 
2. Células basais: São células tronco 
encontradas na periferia do botão gustatório, 
próximo a camada de tecido conjuntivo, 
produzem células de sustentação que, em 
seguida, se desenvolve em células receptoras 
gustatórias. Cada célula receptora gustatória 
tem vida média de 10 dias. 
3. Células receptoras gustatórias: As extremidades 
externas das células gustatórias estão 
arranjadas em torno de um poro gustatório 
minúsculo. 
- Do ápice de cada célula gustatória, muitas 
microvilosidades ou pelos gustatórios projetam-
se para fora, através do poro gustatório, 
aproximando-se da cavidade da boca. Elas 
proveem a superfície receptora para o gosto. 
- Entrelaçadas em torno dos corpos das células 
gustatórias, encontra-se uma rede de 
ramificações terminais das fibras nervosas 
gustatórias que são estimuladas pelas células 
receptoras gustatórias. Algumas dessas fibras 
invaginam-se para dentro das pregas das 
membranas das células gustatórias. 
- São encontradas muitas vesículas abaixo da 
membrana plasmática próxima das fibras. 
Acredita-se que elas têm uma substância 
neurotransmissora, que é liberada através da 
membrana plasmática, excitando as terminações 
das fibras nervosas em resposta a um estímulo 
gustatório. 
CÉLULAS RECEPTORAS GUSTATIVAS 
❖ A parte quimicamente sensível de uma célula 
receptora gustativa é uma pequena região 
chamada de terminal apical. Esses terminais 
possuem microvilosidades que se projetam ao 
poro gustativo 
❖ As células receptoras gustativas não são 
consideradas neurônios; no entanto, elas 
fazem sinapse com os terminais dos axônios 
gustativos aferentes, na base dos botões 
gustativos. 
❖ Essas células receptoras gustativas também 
estabelecem sinapses químicas e elétricas 
com algumas células basais; algumas células 
basais fazem sinapse com axôniossensoriais 
e esses podem formar um circuito de 
informação dentro de cada botão gustativo. 
❖ Quando os receptores gustativos são 
ativados por uma substância química 
apropriada, o seu potencial de ação 
geralmente despolariza (potencial receptor). 
Essa despolarização da membrana do 
receptor promove a abertura de canais de 
Ca2+ dependentes de voltagem 
❖ O Ca2+ entra no citoplasma, liberando 
moléculas de substâncias transmissoras 
(transmissão sináptica básica, de um 
receptor gustativo para um axônio) 
GOSTO X SABOR X AROMA 
➢ GOSTO: sensações relacionadas com o paladar 
(por exemplo, ao apertar o nariz enquanto se 
prova determinado alimento); 
➢ SABOR: sensações mais complexas, que 
associam a estimulação dos gomos 
gustativos e células receptoras olfativas, e 
dos elementos táteis e térmicos da língua e 
da cavidade oral; 
➢ AROMA: determinado pelos compostos 
voláteis dos alimentos percebidos pelo nariz, 
por via retro nasal 
GOSTO AMARGO: 
 Não é induzido por um único tipo de agente 
químico. Novamente, as substâncias que 
provocam são quase exclusivamente 
orgânicas. Duas classes se destacam: 
▪ Substâncias orgânicas de cadeia longa 
que contém nitrogênio 
▪ Alcaloides: estão em muitas drogas 
utilizadas como medicamentos (como 
quinina, cafeína, estricnina e nicotina). 
 O gosto amargo, quando ocorre em alta 
intensidade, faz com que a pessoa ou animal 
rejeite o alimento. Isso é importante, pois 
muitas toxinas letais encontradas em 
plantas venenosas são alcaloides e quase 
todas provocam um gosto amargo intenso, 
seguido pela rejeição do alimento 
GOSTO DOCE: 
 Não é induzido por uma única categoria de 
substâncias químicas – algumas que o 
causam são açúcares, glicóis, álcoois, 
aldeídos, cetonas, amidos, ésteres, alguns 
aminoácidos, algumas proteínas pequenas, 
ácidos sulfônicos, ácidos halogenados e sais 
inorgânicos de chumbo e berílio (a maioria é 
orgânica). 
 Pequenas alterações na estrutura química 
(como a adição de um radical simples) podem 
frequentemente mudar a substância de doce 
para amarga. 
GOSTO SALGADO: 
 É provocado por sais ionizados, 
principalmente pela concentração de íons 
sódio. 
 A qualidade do gosto varia de um sal para 
outro porque os sais provocam outras 
sensações gustatórias além do salgado. 
Cátions são os principais responsáveis, mas 
ânions também contribuem em menor grau. 
GOSTO AZEDO: 
 É causado pelos ácidos, isto é, pela 
concentração do íon hidrogênio. 
 A intensidade é aproximadamente 
proporcional ao logaritmo da concentração 
do íon hidrogênio. Quanto mais ácido, mais 
forte é a sensação de azedo. 
GOSTO UMAMI: 
 Umami é uma palavra japonesa que significa 
delicioso – designa uma sensação de gosto 
prazerosa que é qualitativamente diferente 
do azedo, salgado, doce ou amargo. 
 É o gosto predominante dos alimentos que 
contém L-glutamato (como caldo de carne e 
queijo amadurecido) e alguns fisiologistas a 
consideram uma categoria separada. 
 O receptor para o L-glutamato pode estar 
relacionado a um dos receptores sinápticos 
para o glutamato expressos nas sinapses 
neuronais no cérebro – entretanto os 
mecanismos moleculares precisos 
responsáveis pelo gosto umami ainda não 
estão esclarecidos. 
TRANDUÇÃO GUSTATIVA: 
❖ Os estímulos gustativos podem passar 
diretamente através dos canais iônicos 
(salgado e ácido) 
❖ Podem ligar-se e bloquear canais iônicos 
(ácido) 
❖ Podem ligar-se a receptores de membrana 
acoplados a proteína G, que ativam sistemas 
de segundo mensageiro que abrem canais 
iônicos (doce, amargo e umami) 
SABOR SALGADO: 
 O sabor do sal é principalmente o gosto do 
cátion Na+ e sua concentração precisa ser 
relativamente alta para que se possa 
percebê-lo 
 Células gustativas sensíveis para o salgado 
possuem um canal seletivo ao Na+ que é 
bloqueado pelo fármaco amirolida. Os canais 
de sódio sensíveis a amirolida são diferentes 
dos canais dependentes de voltagem que 
geram potenciais de ação 
 Sorver uma colher de sopa de galinha → 
concentração de Na+ aumenta no lado de fora 
do receptor e o gradiente através da 
membrana fica maior → Na+ se difunde a 
favor do gradiente e a corrente de entrada 
induz a despolarização da membrana → Essa 
despolarização abre os canais de sódio e 
cálcio dependentes de voltagem, próximo as 
vesículas sinápticas → Liberação do 
neurotransmissor sobre o axônio gustativo 
aferente 
SABOR AZEDO: 
 Possui alta acidez (baixo pH) 
 Ácidos como o HCL dissolvem-se na água e 
liberam íons hidrogênio (prótons ou H+). Os 
prótons são agentes causadores da sensação 
de acidez; eles afetam os receptores 
gustativos sensíveis de duas maneiras: 
1. O H+ pode entrar pelos canais de sódio 
sensíveis à amirolida → Causando uma 
entrada de corrente de H+ que despolariza a 
célula 
2. Íons hidrogênio podem ligar-se a e bloquear 
canais seletivos para K+ → Quando a 
permeabilidade da membrana ao K+ decresce, 
a membrana despolariza. 
SABOR AMARGO: 
 Genes para receptores gustativos T1R e T2R 
codificam uma variedade desses receptores 
acoplados a proteína G 
 Substâncias amargas são detectadas por 
cerca de 30 tipos diferentes de receptores T2R 
 Substância química se liga a um receptor 
amargo → Ativação de uma proteína G → 
Produção do mensageiro intracelular Inositol 
trifosfato (IP3) → IP3 ativa um tipo especial 
de canal iônico o qual se abre permitindo a 
entrada de Na+ → Despolarização → Causa 
abertura de canais de cálcio dependentes de 
voltagem → Entrada de Ca2+ na célula → 
Liberação do neurotransmissor → 
Estimulação do axônio aferente gustativo. 
SABOR DOCE: 
 São receptores acoplados a proteína G, mas 
diferem daqueles do amargo por serem 
formados por duas proteínas firmemente 
associadas, enquanto o do amargo consiste 
em apenas uma. 
 Um receptor funcional para o doce requer 
dois membros da família de receptores T1R: 
T1R2 e T1R3 
 A ligação da substância ativa o mesmo 
sistema de segundo mensageiro que a do 
sabor amargo. 
 Estímulo → receptores T1R2 e T1R3 acoplados 
a proteína G → ativa fosfolipase C → produção 
de IP3→ ativa um canal iônico que permite a 
entrada de Na+→ despolarização da célula → 
abertura de canais de cálcio dependentes de 
voltagem → liberação do neurotransmissor 
 Por que não confundimos então o sabor 
amargo com o doce? Isso ocorre porque as 
proteínas que formam o receptor para o sabor 
doce são expressas em células gustativas 
diferentes, ou seja, as mensagens 
relacionadas aos sabores doce e amargo são 
entregues ao SNC por diferentes linhas de 
transmissão. 
SABOR UMAMI (AMINOÁCIDOS): 
 O processo de transdução para o umami é 
idêntico ao que ocorre ao sabor doce, com 
uma exceção. O receptor para o estímulo 
umami, assim como o receptor para estímulo 
doce é composto por dois membros da família 
T1R, nesse caso é T1R1 e o T1R3 
 A diferença entre os gostos amargo, doce e 
umami reside no fato de que as células 
gustativas expressam seletivamente apenas 
uma classe de proteína receptora gustativa. 
Assim, existem células especificas para cada 
sabor. Os axônios gustativos que elas 
estimulam também são diferentes, de forma 
que as mensagens relacionadas ao doce e ao 
amargo são entregues ao SNC por diferentes 
vias de transmissão. 
TRANSMISSÃO DOS SINAIS 
GUSTATÓRIOS AO SNC 
❖ Fluxo segue dos botões gustativos para os 
axônios gustativos primários, depois para o 
tronco encefálico, subindo para o tálamo e, 
finalmente, chegando ao córtex cerebral; 
❖ Três nervos cranianos contêm esses axônios 
gustativos primários que levam a informação 
gustativa para o encéfalo: 
▪ Nervo facial: leva as informações dos 2/3 
anteriores da língua e do palato 
▪ Nervo glossofaríngeo: 1/3 posterior da 
língua 
▪ Nervo vago: regiões em volta da garganta, 
incluindo a glote, epiglote e faringe 
❖ Todos seus axônios entram no tronco 
encefálico e estabelecemsinapses dentro do 
núcleo gustativo delgado (parte do trato 
solitário no bulbo); 
❖ As vias gustativas divergem apenas a partir 
do núcleo gustativo delgado. A experiência do 
gosto é mediada pelo córtex cerebral 
❖ Neurônios do núcleo gustativo estabelecem 
sinapses com um subgrupo de pequenos 
neurônios do núcleo ventral póstero-medial 
(núcleo VPM – porção do tálamo que lida com 
informação sensorial proveniente da cabeça); 
❖ Os neurônios do núcleo VPM enviam axônios 
ao córtex gustativo primário; 
Observação: Lesões no núcleo VPM ou no córtex 
gustativo causam ageusia (perda da percepção 
gustativa); 
❖ Células do núcleo gustativo projetam-se para 
uma variedade de regiões do tronco 
encefálico, principalmente para o bulbo; 
❖ A informação gustativa é distribuída ao 
hipotálamo e a regiões relacionadas na base 
do telencéfalo (estruturas do sistema límbico 
– emoção), são essas estruturas envolvidas 
na palatabilidade (agradável ao paladar) dos 
alimentos e na motivação para comer. 
REFLEXOS GUSTATÓRIOS INTEGRADOS 
NO TRONCO CEREBRAL 
❖ A partir do trato solitário, muitos sinais são 
transmitidos através do tronco cerebral 
diretamente para os núcleos salivares 
superior e inferior, e essas áreas transmitem 
sinais para as glândulas submandibular, 
sublingual e parótidas, auxiliando no controle 
da secreção de saliva durante a ingestão e 
digestão do alimento. 
MEMÓRIA GUSTATIVA 
❖ Como os impulsos se propagam para o 
sistema límbico, certos gostos podem 
desencadear intensas respostas emocionais 
ou afluxo de memórias; 
❖ Refeição ruim: o aprendizado aversivo para o 
sabor resulta em uma forma de memória 
associativa. Ela é mais efetiva para estímulos 
alimentares e requer pouca experiência para 
adquirir (apenas uma única sessão já é o 
suficiente) e pode durar um longo tempo (em 
algumas pessoas dura mais de 50 anos). 
 
OLFAÇÃO 
❖ Nós cheiramos por meio do epitélio olfativo 
(fina camada de células no alto da cavidade 
nasal), onde possuímos 3 tipos celulares 
principais: 
▪ Células receptoras olfativas: são os locais 
da transdução; são neurônios com axônios 
próprios que penetram no SNC 
▪ Células de suporte: são similares à glia; elas 
auxiliam na produção do muco 
▪ Células basais: são a fonte de novos 
receptores 
❖ O epitélio olfativo produz uma fina cobertura 
de muco, que flui constantemente e é 
substituída a cada 10 minutos. Estímulos 
químicos no ar (odorantes) dissolvem-se na 
camada do muco antes de atingirem as 
células receptoras 
❖ Muco: solução aquosa contendo 
mucopolissacarídeos (longas cadeias de 
açúcares), uma variedade de proteínas 
(incluindo anticorpos, enzimas) e sais. 
❖ Os anticorpos são cruciais porque as células 
olfativas podem ser uma rota direta para 
alguns vírus e bactérias entrarem no encéfalo 
NEURÔNIOS RECEPTORES OLFATIVOS: 
❖ Possuem um único dendrito fino, que termina 
com uma pequena dilatação na superfície do 
epitélio. A partir dessa dilatação, há vários 
cílios longos e finos que se estendem para 
dentro da camada de muco 
❖ As substâncias odoríferas no muco ligam-se 
à superfície dos cílios e ativam o processo de 
transdução 
❖ No lado oposto dos receptores olfativos, há 
um axônio fino e não-mielinizado 
❖ Os axônios olfativos constituem o nervo 
olfativo (I nervo craniano); esses axônios não 
se juntam todos em um único feixe como os 
outros nervos cranianos. Ao contrário, 
quando eles deixam o epitélio, pequenos 
grupos de axônios penetram na placa 
cribiforme e, então, vão em direção ao bulbo 
olfatório 
TRANDUÇÃO OLFATIVA: 
❖ Todas as moléculas de transdução estão nos 
cílios 
❖ Substância odorífera → Ligação aos 
receptores odoríferos na membrana → 
Estimulação de uma proteína G olf → 
Ativação da adenilato ciclase → Formação do 
AMP cíclico → Ligação do AMP a canais 
catiônicos específicos → Abertura dos canais 
catiônicos e influxo de Na+ e Ca2+ → Abertura 
de canais de cloreto regulados por Ca2+ → 
Fluxo de corrente e despolarização de 
membrana (potencial receptor) 
❖ A resposta olfativa pode terminar por várias 
razões. Substâncias odoríferas difundem-se 
para longe, enzimas na camada do muco 
podem hidrolisá-las e o AMPc pode ativar 
outras vias de sinalização que encerram o 
processo de transdução 
VIAS CENTRAIS DO OLFATO: 
❖ Os neurônios receptores olfativos projetam 
seus axônios para os dois bulbos olfatórios. A 
camada que recebe os sinais em cada bulbo 
contém cerca de 2000 glomérulos olfativos 
(cada um desses recebe axônios de uma 
grande região do epitélio olfativo) 
❖ A informação olfativa é modificada por 
interações inibitórias e excitatórias dentro e 
entre os glomérulos, e entre os dois bulbos 
❖ Muitas estruturas encefálicas recebem 
conexões olfativas. Os axônios de saída dos 
bulbos olfatórios se estendem através dos 
tratos olfatórios e projetam-se diretamente 
para os alvos (ex: córtex olfativo) 
❖ Percepções conscientes de odores podem ser 
mediadas por uma via que vai do tubérculo 
olfatório ao núcleo medial dorsal do tálamo e 
dai, para o córtex orbitofrontal (situado atrás 
dos olhos) 
A cegueira olfatória para substâncias isoladas foi 
identificada para mais de 50 substâncias 
diferentes. Presume-se que decorra da ausência 
de proteína receptora adequada nas células 
olfatórias para aquela substância particular 
LIMIAR PARA A OLFAÇÃO 
❖ Embora o limiar seja baixo para muitas (se 
não a maioria) das substâncias odorantes, 
concentrações somente 10 a 50 vezes maior 
que o limiar evocam a intensidade máxima da 
olfação. 
❖ Isso contrasta com os outros sistemas 
sensoriais, cujos limites de discriminação de 
intensidade são enormes 500.000 para 1 no 
caso dos olhos e um trilhão para 1 nos 
ouvidos. 
❖ Isso pode ser explicado porque a olfação está 
mais relacionada à detecção da presença ou 
ausência de substancias odorantes do que à 
detecção quantitativa de suas intensidades. 
VIAS OLFATÓRIAS PARA O SNC 
Essa anatomia torna o olfato singular – todos os 
outros sistemas sensoriais passam primeiro pelo 
tálamo antes de irem para o córtex. Isso resulta 
em uma influência direta e distribuída sobre 
partes do prosencéfalo, que tem algum papel na 
discriminação do odor, na emoção e na 
motivação em certos tipos de memória. 
A PERCEPÇÃO CONSCIENTE DO ODOR 
a) O SISTEMA OLFATÓRIO MUITO ANTIGO – a área 
olfatória medial 
- Consiste em um grupo de núcleos localizados 
na porção médio-basal do encéfalo, 
imediatamente anterior ao hipotálamo. 
- Os mais visíveis são os NÚCLEOS SEPTAIS, 
localizados na linha média, e que se projetam 
para o hipotálamo e outras partes primitivas do 
sistema límbico. É a área encefálica mais 
relacionada ao comportamento básico. 
- A importância dela é entendida quando se 
considera o que acontece quando as áreas 
olfatórias laterais são removidas – isso 
dificilmente afeta as respostas mais primitivas 
da olfação, com lamber os lábios, salivação e 
outras respostas relacionadas a alimentação 
provocadas pelo cheiro de comida ou por 
impulsos emocionais primitivos associados à 
olfação. Ao contrário, os deixa mais complexos. 
b) O SISTEMA OLFATÓRIO MENOS ANTIGO – a área 
olfatória lateral 
- É composta principalmente pelo córtex pré-
piriforme, córtex piriforme e pela porção cortical 
do núcleo amigdaloide. 
- A partir dessas áreas, as vias neurais penetram 
em quase todas as partes do sistema límbico, 
especialmente nas porções menos primitivas tais 
como o hipocampo, que parece ser o mais 
importante para o aprendizado relacionado ao 
gostar ou não de certos alimentos, de acordo 
com a experiência prévia. Por exemplo, acredita-
se que esteja relacionado a aversão absoluta a 
alimentos que causaram náuseas e vômito. 
- Muitas vias neurais também se projetam 
diretamente para uma parte mais antiga do 
córtex cerebral, chamada de paleocórtex, na 
porção ântero-medial do tobo temporal.Esta é a 
única área de todo córtex cerebral em que os 
sinais passam diretamente para o córtex sem 
passar primeiro através do tálamo. 
c) A VIA RECENTE 
- Passa através do tálamo para o núcleo talâmico 
dorsomedial e, então, para o quadrante póstero-
laeteral do córtex órbito-frontal. 
- Estudos indicam que auxilia na análise 
consciente do odor. 
CONTROLE CENTRÍFUGO DA ATIVIDADE DO 
BULBO OLFATÓRIO PELO SNC: 
- Muitas fibras nervosas que se originam nas 
porções olfatórias do encéfalo passam pelo trato 
olfatório em direção ao bulbo olfatório (do 
encéfalo para periferia). Elas terminam sobre 
uma grande quantidade de células granulares 
pequenas localizadas entre as células mitrais e 
células em tufo no bulbo olfatório. 
- As células granulares enviam sinais inibitórios 
para as células mitrais e em tufo. Acredita-se 
que essa retroalimentação inibitória pode ser 
uma maneira de refinar a habilidade específica de 
os indivíduos distinguirem um odor do outro. 
VIAS CENTRAIS (RESUMO) 
- Os neurônios receptores olfativos projetam seus 
axônios para os 2 bulbos olfatórios; 
- A camada que recebe sinais em cada bulbo possui 
cerca de 2000 estruturas esféricas denominadas de 
glomérulos olfativos. Dentro de cada glomérulo cerca 
de 25000 terminais de axônios olfativos primários (das 
células receptoras olfativas) convergem e fazem 
contato com dendritos de cerca de 100 neurônios 
olfativos de segunda ordem; 
- Cada glomérulo recebe sinais de apenas um tipo 
determinado de células receptoras; 
-A informação olfativa é modificada por interações 
inibitórias e excitatórias dentro e entre os glomérulos 
e entre os 2 bulbos; 
- Os neurônios nos bulbos também estão sujeitos a 
modulação pelos neurônios de áreas superiores do 
encéfalo; 
-Os axônios saem dos bulbos olfatórios e estendem-se 
através dos tratos olfatórios e projetam-se 
diretamente para diversos alvos distintos. Entre os 
alvos mais importantes está o córtex olfativo. 
-E diferentemente da gustação que precisa passar pelo 
tálamo para chegar no córtex cerebral, a olfação não 
precisa; 
- O trato olfatório também se projeta para a amígdala, 
ligada diretamente ao sistema límbico 
A INFORMAÇÃO OLFATIVA: 
CÓDIGO OLFATIVO→ quando apresentamos um 
odor cítrico, as células receptoras não podem 
distingui-lo de outros estímulos, entretanto, 
examinando a combinação da resposta das três 
células, o encéfalo pode distinguir o odor floral, 
da hortelã e da amêndoa. 
MAPAS OLFATIVOS → muitos receptores neuronais 
respondem a apresentação de uma única 
substância odorífera, e essas células estão 
distribuídas em uma ampla área do epitélio 
olfativo. Os axônios de cada tipo de célula 
receptora fazem sinapses em determinados 
glomérulos no bulbo olfatório. Esse arranjo 
produz um mapa sensorial, no quais neurônios 
em lugares específicos do bulbo respondem a 
determinados odores. 
CODIFICAÇÃO TEMPORAL NO SISTEMA OLFATIVO → 
Um odor gera uma ampla faixa de padrões 
temporais de picos de potenciais em vários 
neurônios olfativos centrais. A informação do 
odor é codificada por número, padrão temporal, 
ritmo e sincronia célula a célula dos picos de 
potencial. 
OLFAÇÃO X GUSTAÇÃO 
❖ As papilas gustativas da nossa língua sentem 
somente 5 sabores: salgado, doce, amargo, 
azedo e o umami, aquele gostinho descoberto 
há pouco tempo vindo do glutamato (aji-no-
moto, por exemplo). 
❖ Enquanto a língua só pode distinguir cinco 
sabores, nosso olfato é muito mais sensível e 
percebe cerca de 20 mil cheiros diferentes. 
Durante a mastigação os aromas da comida 
se tornam ainda mais intensos. O cérebro 
utiliza as informações do olfato e do paladar 
para criar o “sabor” da comida. 
❖ Quando estamos gripados, o excesso de muco 
no nariz atrapalha a chegada das moléculas 
de odor nos receptores do olfato, por causa 
disso sentimos muito menos o cheiro e 
consequentemente também o gosto do 
alimento. 
❖ Os próprios vírus da gripe costumam 
interferir na sensibilidade destes receptores e 
nosso sentido do olfato costuma ficar 
bastante prejudicado durante a estada do 
vírus no organismo. Com nosso olfato 
prejudicado, o gosto dos alimentos não se 
destaca e parece que estamos comendo 
isopor ao invés de comida.

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