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Fundamentos e Funções do Estado para o Liberalismo e Marxismo

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Atividade 1.1 - Fórum 1
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Atividade 1.1 - Fórum 1
por Francisco Luiz Vilas Boas - Staff Adm Púb - quarta, 20 Jul 2016, 14:05
 
Fórum 1
A partir da leitura do Guia de Estudos (páginas 24 a 34) e do texto complementar Estado e Políticas (públicas) Sociais” de Eloisa de Mattos Höfling (disponível em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf), discutam no fórum:
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
Essa atividade vale 65 pontos.
 
Responder
Liberalismo e marxismo: indivíduo e sociedade
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - quarta, 3 Ago 2016, 14:35
 
 
Saudações a todos!
Com base na leitura dos textos de Santos (2012) e HÖfling (2001) propostos, inicio as postagens na tentativa de responder as questões propostas, que serão complementadas e acrescentadas por mim ao longo deste Fórum.
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Com a obra A riqueza das nações: Investigação sobre sua natureza e suas causas, de Adam Smith (1776), considerada o marco fundamental do liberalismo econômico, o pensamento liberal ficou exposto e baseado na ideia de que o “homem é naturalmente livre e precisa ter liberdade protegida pelo Estado e pelo Direito”. Pautado em fundamentos do individualismo, defende-se a iniciativa individual como base da atividade econômica, justificando o mercado como regulador da riqueza e da renda. Na ordem liberal não se deve abdicar dos direitos à liberdade e da propriedade, garantidas no exercício das funções do Estado.
 Já, na perspectiva de Marx,  em relação ao Estado e às ações estatais, estas estariam voltadas para garantir a produção e reprodução de condições favoráveis à acumulação do capital e ao desenvolvimento do capitalismo e na manutenção da exploração da força de trabalho.
Segundo Marx, a função básica do Estado capitalista era servir ao processo de acumulação e valorização do capital, assim como o “Comitê Executivo da Classe Dominante”, refletido numa distribuição desigual da propriedade privada. Estado representava a função de garantir dominação de uma classe sobre a outra.
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
No liberalismo, o exercício da democracia seria antagônico ao próprio liberalismo. Se todo indivíduo é portador de direitos irrevogáveis, devendo ser respeitados por qualquer governo, seja de um, de poucos ou de muitos, e como a democracia se fundamenta no princípio do governo da maioria, desconhecendo qualquer limite além da vontade da maioria, o pensamento individualista não teria espaço num exercício democrático, considerado como “tirania da maioria”.
Num exercício democrático marxista, deveria haver acesso a posses por todos, o que poderia libertar o proletariado, classe dominada pela burguesia, conduzindo-o ao acesso à pretensa igualdade capitalista. Desse modo, a democracia, um governo para todos, encarregar-se-ia da igual distribuição do poder social.
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
No liberalismo - Governo deveria ser mínimo e se dedicar a manter a ordem, por meio da lei de direitos.
As políticas públicas, num contexto de assimetria nas relações entre os proprietários de capital e proprietários da força de trabalho, o Estado pode atuar como regulador a serviço da manutenção das relações capitalistas em seu conjunto.
Como um exemplo, pode-se mencionar que o  Estado pode, por meio de políticas públicas, tanto interferir diretamente no mercado educacional, formando um excesso de enfermeiros, quanto atuando para minimizar desigualdades, criando Programas de distribuição de bolsas, de regularização e distribuição de vagas universitárias. 
 
Abraço.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por MATHEUS FERREIRA CAMILO - BD - T113B - quarta, 3 Ago 2016, 21:51
 
Prezados colegas,
Nas fundamentações da teoria marxista entende-se que o sistema capitalista é baseado na exploração do proletariado pela burguesia. Sob uma ordem aparentemente livre e igualitária e pretensamente fundada nas leis da natureza, existiria de fato uma ordem burguesa, que atenderia, antes de tudo, aos interesses econômicos da classe proprietária dos meios de produção, assegurando o seu lugar de classe dominante na sociedade. Neste sentido, a função básica do Estado capitalista era servir ao processo de acumulação e valorização do capital, funcionando como o “Comitê Executivo da Classe Dominante”, ou seja, a expressão política de um poder já estabelecido economicamente, a partir da distribuição (desigual) da propriedade privada. O Estado capitalista moderno cuidaria não só de qualificar permanentemente a mão-de-obra para o mercado, como também, através de tal política e programas sociais, procuraria manter sob controle parcelas da população não inseridas no processo produtivo.
As percepções liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade. Entre os direitos individuais, destacam-se a “propriedade privada como direito natural” (Locke, 1632-1704), assim como o direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para conservar ambas. Na medida em que o Estado, no capitalismo, não institui, não concede a propriedade privada, não tem poder para interferir nela. Tem sim a função de arbitrar – e não de regular – conflitos que possam surgir na sociedade civil, onde proprietários e trabalhadores estabelecem relações de classe, realizam contratos, disputam interesses etc. Aborda nesta concepção que no liberalismo todo indivíduo é portador de direitos irrevogáveis, que devem ser respeitados por qualquer governo: seja o governo de um só, de poucos ou de muitos, liberalismo o poder do Estado deve ser sempre limitado pelos direitos naturais, então existiria um incompatibilidade fundamental entre os seus princípios e a prática democrática.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por JÉSSICA PAULA DE SOUZA - BD - T113B - quarta, 3 Ago 2016, 22:54
 
Boa noite!
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Como já dito, as teorias políticas liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade. Entre os direitos individuais, destacam-se a “propriedade privada como direito natural” (Locke, 1632-1704), assim como o direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para conservar ambas.
Quanto ao Marxista, nunca é demais assinalar que o marxismo não pode ser entendido como uma única abordagem, como único tratamento dado a qualquer tema. A tradição marxista desdobra-se num amplo espectro de tendências e mesmo teorias – aliás coerente com seus pressupostos referentes à construção histórica de conceitos. Enraizadas nas clássicas formulações de Marx em relação ao Estado e às ações estatais – as quais estariam, em última instância, voltadas para garantir a produção e reprodução de condições favoráveis à acumulação do capital e ao desenvolvimento do capitalismo –, outras se desdobram na análise da complexa questão da autonomia e possibilidade de ação do Estado capitalista frenteàs reivindicações e demandas dos trabalhadores e dos setores não beneficiados pelo desenvolvimento capitalista.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por AGOSTINHO ANTÔNIO DA SILVA - BD - T113A - quinta, 4 Ago 2016, 09:58
 
Saudações a todos!
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Na visão liberal o Estado teria uma função de juiz, normalizando as ações entre classes.
A perspectiva marxista visava o fim da existência de classes, o fim do domínio da burguesia sobre o proletariado.
 
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
A primeira perspectiva enxerga a democracia como sendo a liberdade ao acesso à livre iniciativa. A segunda considerava a democracia como igualdade de posses.
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
Nos governos liberais as políticas públicas são decisões que visam atender ou solucionar demandas de diferentes setores. Na perspectiva marxista, buscavam formas de produção visando o coletivismo.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por Luis Fernando Silva Andrade - Tutoria a Distância - quinta, 4 Ago 2016, 13:39
 
Olá Agostinho,
 
Apenas para esclarecer a primeira questão, sobre fundamentos e funções do Estado, vai na direção pelo anteriormente exposto pelos colegas cursistas, de manutenção do status quo e de continuidade da sociedade de classes. A crítica marxista e os aspectos da revolução advinda do proletariado vão em direção ao que você disse. É interessante (e fica a dica para os cursistas), tratar do pensamento de Claus Öffe sobre a função do Estado, um autor que traz uma perspectiva diferenciada e que é discutido no texto de Höfling (2001).
 
Att.,
 
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Perspectivas liberal e marxista.
por LÉSIO CÉSAR VIEIRA - BD - T113B - quinta, 4 Ago 2016, 18:17
 
Iniciando o debate através da resposta da primeira pergunta:
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Para a autora do texto proposto, ela cita Claus Offe onde o mesmo define o Estado como sendo regulador das relações sociais a serviço da manutenção das relações capitalista em seu conjunto, e não especificamente a serviço dos interesses do capital – a despeito de reconhecer a dominação deste nas relações de classe.
Já na visão de Milton Friedman, a autora traz suas definições onde, as teorias políticas liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade.
Referências:
HÖFLING, Eloisa de Mattos. Estado e Políticas (Públicas) Sociais. Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf.
 
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por BRUNO DE ARAÚJO - BD - T113A - quinta, 4 Ago 2016, 18:51
 
Boa noite! Colegas e tutor!
Inicio minha participação neste fórum analisando o primeiro questionamento proposto pela tutoria que aborda o tema Liberalismo e Marxismo no que se refere ao estado. 
A) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Como já apresentado pelos colegas temos resumidamente o seguinte entendimento. No que se refere ao estado liberal, temos a concepção de estado referente às garantias individuais, não se sujeitando a interferências na vida publica e economia.
Já no que tange os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas marxistas temos que neste contexto a serventia do Estado Capitalista se apóia na apresentação de condições para acumulação, valorização do capital e exploração do trabalho. 
 
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Re: Liberalismo e marxismo: indivíduo e sociedade
por MATHEUS FERREIRA CAMILO - BD - T113B - quinta, 4 Ago 2016, 20:09
 
Prezada colega Marilene,
Podemos notar que de certa forma o modelo liberal começou a admitir a tendência intervencionista do Estado, para solucionar os problemas sociais do trabalhador, como férias, saúde, aposentadoria, desemprego, portanto não se pode avaliar aqui os resultados dessa orientação "liberal" à política brasileira contemporânea, nem à economia - que se mantém fiel a ela, apesar do governo de atual, cujo partido sempre se proclamou simpático ao socialismo. O importante é ressaltar como a influência das ideias liberais se estendem, historicamente, desde o século 18 até os dias de hoje. 
 
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Re: Liberalismo e marxismo: indivíduo e sociedade
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - quinta, 4 Ago 2016, 21:11
 
Saudações, prezado tutor, Luis Fernando, colega Matheus e a todos!
Sim, sua colocação, de certa forma, é pertinente.
Percebe-se que o liberalismo e marxismo podem evidenciar duas matrizes interpretativas que se divergem e, aparentemente, são opostas.
Entretanto, esses pressupostos podem ser relidos em um processo de compreensão da sociedade que expõe novas possibilidades até os dias atuais.
Em torno desse debate, muitos intelectuais se esmeram na missão de se compreender, criticar e apontar alternativas para nossos moldes de desenvolvimento.
No modelo atual capitalista, o governo tem atuado no mercado com objetivo de regular para defender as classes sociais, de modo que o individualismo capitalista não crie distâncias tão alarmantes entre as classes. Assim como você disse, tem-se aceitado uma aparente legislação que controle a exploração da força de trabalho, oferecendo vantagens aos trabalhadores, como remureção devida, descanso remunerado, férias, 13º, horas extras duplicadas, dentre outras.
Contudo, vemos os ricos cada vez ficarem mais ricos, enquanto muitos pobres ficam cada vez mais endividados.
No sistema capitalista, não há democracia que consiga fazer com que o governo seja realmente para todos, creio.
 
Abraço.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por DILMA MARIA DE SOUSA XAVIER - BD - T113A - quinta, 4 Ago 2016, 23:45
 
Saudações Tutor e demais colegas.
Inicialmente respondendo ao primeiro questionamento:
Na visão de Hobbes, Locke, Montesquieu e  Rousseau , apesar das diferenças de idéias, eles  tem alguns pressupostos em comum como a ideia de que a vida em sociedade não é o ambiente natural do homem, mas sim um artifício fundado em um contrato social onde a  sociedade civil teria sido  precedido  por um estado de natureza  e que  as relações humanas seriam regidas pelo Direito Natural o qual seria a única base legitima do Direito Civil e que somente por meio da razão seria possível conhecer os direitos naturais e assim com base neles estabelecer os fundamentos de uma ordem política legitima.
Na perspectiva liberal, todos os indivíduos são iguais por natureza e igualmente portadores de direitos naturais como os direitos à liberdade e á propriedade,  os quais  não poderiam de forma  ser  abdicados.  O poder do Estado deve ser sempre limitado pelos direitos naturais e a sua participação deveria ser mínima.
Para Marx ,  o sistema capitalista é baseado na exploração do proletariado pela burguesia. Sob uma ordem aparentemente livre e igualitária e pretensamente fundada nas leis da natureza, existiria de fato uma ordem burguesa, que atenderia, antes de tudo, aos interesses econômicos da classe proprietária dos meios de produção, assegurando o seu lugar de classe dominante na sociedade. Assim, a função básica do Estado capitalista era servir ao processo de acumulação e valorização do capital, funcionando como o “Comitê Executivo da Classe Dominante”, ou seja, a expressão política de um poder já estabelecido economicamente, a partir da distribuição (desigual) da propriedade privada.
 
Fonte:  Santos,Maria Paula Gomes dos.Políticas públicas e sociedade, - 2 ed. Reimp – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/ UFSC, 2012
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por BRUNO ALVES DA CUNHA - BD - T113A - sexta, 5 Ago 2016, 10:00
 
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Na perspectiva liberal, o Estado deve proteger os direitos individuais e naturais do indivíduo. O ponto central do liberalismo é a igualdade de direitos políticos e jurídicos, e cujas ações, devem ser recompensadas com os talentos individuais e disposição para o trabalho. No que tange aos fundamentos e funções do Estado no modelo marxista, esta se baseia em uma análise crítica ao desenvolvimento do capitalismo e o papel da luta de classes, na mudança do sistema econômico. A igualdade entre burgueses e proletariados era um objetivo de Marx, que via nesta teoria uma forma de acabar com as desigualdades e a supremacia da burguesia sobre o proletário.
 
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
Segundo Marx, a abolição das classes e o desaparecimento do conceito de Estado, irira alcançar uma democracia plena e total, desta forma a competição pelo poder estaria eliminada. Na concepção liberal, a democracia atua a garantir que o Estado (neste caso ele existe), não interfira nos direitos dos cidadãos e da economia de modo geral.  
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
A política pública para Marx é uma forma arbitrária e autoritária do Estado alienar ainda mais as pessoas, com promessas utópicas em benefícios da classe burguesa. No Estado Liberal, a ideia de política pública é não deixar o cidadão desamparado, dando a ele suporte para uma boa vida em coletividade, obtendo bons sistemas políticos e econômicos.
 
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Capitalismo Olímpico!
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - sexta, 5 Ago 2016, 20:10
 
Saudações, Bruno, colegas e Tutor!
Bruno, corroborando suas palavras, e acrescentando, diria que o Estado, no contexto do pensamento liberal, de modo a respeitar a liberdade individual, o que possibilita o crescimento das distâncias, age minimamente.
Já, no contexto do marxismo, o Estado age para ampliar as diferenças entre as classes, ao agir para defender a valorização do capital e, consequentemente, a força de trabalho.
Pensemos o quanto o Estado brasileiro agiu nos últimos anos, estabelecendo PPPs e outras parcerias, para arquitetar uma Olimpíada no Brasil....
Quantos empresários se "enricaram" ainda mais?
Quantos trabalhadores trocaram seus dias e noites, até a vida, por dinheiro com finalidade de  comprar coisas... muitas vezes, dos próprios empresários que dominam mercados.
 
Abraço!
 
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Re: Perspectivas liberal e marxista.
por MATHEUS FERREIRA CAMILO - BD - T113B - sexta, 5 Ago 2016, 21:51
 
Prezado colega Lésio,
Essa visão marxista pode descrever que o Estado reflete a visão de uma instituição que ordena a vida social e política nos territórios, assume funções de regulação social e de provisão de bens públicos, talvez neste contexto de função do estado pode-se direcionar caminhos mais concretos para a instituições de politicas públicas dentro da sociedade.
 
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Realções de poder: liberal e marxista
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - sábado, 6 Ago 2016, 10:34
 
 
Saudações, Dilma!
 
O que percebemos hoje, relendo o pensamento liberal e o marxista, é que a sociedade vive os dois mundos num mesmo contexto.
De um lado, vemos o Estado se ausentar, muitas, vezes, deixando os "neoliberalistas" agirem livremente como donos do mercado, acumulando riquezas e ampliando os papos parnasianos e burgueses, conforme diriam os modernistas, Mário de Andrade e Manuel Bandeira.
Do outro, vemos o Estado como mantenedor do modelo social de classes, onde há o proletariado, que detém, mas vende sua força de trabalho, e, do outro, os burgueses que compram essa força de trabalho por "ninharias" e as transforma em verdadeiros impérios.
Reafirmo, apontando as PPPs, parceria que os privados estabelecem com o público, e vice-versa, por meio de políticas de governo, colocando o Estado como "fiador" de obras e, ao mesmo tempo, transferidor da exploração comercial dessas obras.
Então, pergunto:
Se o Estado se endivida em suas próprias fontes internas, e em outras externas, por que não se torna o explorador comercial daquilo que é erguido em nome da dívida?
Se o Estado pode, por que transfere o poder a outrem, o privado?
As relações de poder são controversas e questionáveis nesse sentido, creio.
Abraço.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por MATHEUS FERREIRA CAMILO - BD - T113B - sábado, 6 Ago 2016, 11:17
 
Prezado tutor e demais colegas,
Podemos evidenciar que o marxismo desfruta de visão publicitária  indevida, enquanto o liberalismo quase não tem quem lhe defenda seus ideais e princípios, inclusive porque, conforme seus próprios fundamentos, ele é uma doutrina associada aos direitos individuais e ao exercício do individualismo no plano econômico e da máxima liberdade pessoal no terreno da política. Não é de seu feitio mobilizar massas, movimentos, associações, menos ainda manipular vontades individuais. A persuasão sobre suas vantagens evidentes é bem mais difícil do que a demagogia sobre o futuro radioso prometido pelo marxismo. Em última instância, o liberalismo é vencedor, mas o caminho é mais lento e tortuoso do que as explicações simplistas, mas equivocadas, do marxismo.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por BRUNO DE ARAÚJO - BD - T113A - sábado, 6 Ago 2016, 16:16
 
Boa tarde! Colegas e tutor!
Abordando o segundo questionamento que indaga “Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?” Analisando todo o contexto após estudo sobre o temo entendo que sim! Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia nas vertentes liberal e marxista. Sobre a democracia vemos que o significado se diferencia nas duas vertentes temos que; No Liberalismo o “Estado tem um papel central na promoção de uma sociedade boa, justa e saudável. Eles veem o Estado como a encarnação da vontade popular e de seus valores. Nesta medida o Estado é um agente de mudança social.” Neste aspecto é que há diferenciação, pois os marxistas  veem o Estado como um instrumento de opressão.”
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por AGOSTINHO ANTÔNIO DA SILVA - BD - T113A - sábado, 6 Ago 2016, 18:42
 
As teorias políticas liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade. Entre os direitos individuais, destacam-se a “propriedade privada como direito natural” (Locke, 1632-1704), assim como o direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para conservar ambas
(...) deixe-se a cada qual, enquanto não violar as leis da justiça, perfeita liberdade de ir em busca de seu próprio interesse, a seu próprio modo, e faça com que tanto seu trabalho como seu capital concorram com os de qualquer outra pessoa ou categoria de pessoas. (p. 47
Referência:
Eloisa de Mattos Höfling (disponível em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf), 
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por AGOSTINHO ANTÔNIO DA SILVA - BD - T113A - sábado, 6 Ago 2016, 19:01
 
Em Relação às políticas públicas a autora cita em seu texto:
A política social é a forma pela qual o Estado tenta resolver o problema da transformação duradoura de trabalho não assalariado em trabalho assalariado” (Lenhardt & Offe, 1984, p. 15).
Referência:Eloisa de Mattos Höfling (disponível em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf), 
 
O Guia de Estudos traz em sua página 31.
"Se a tendência for o Liberalismo,a participação do Estado deverá ser mínima; se for o Marxismo, a participação do Estado  deverá ser maior, pois caberá ao Estado, nesse caso, buscar reduzir as desigualdades naturais causadas pelo capitalismo".
Maria Paula Gomes dos Santos - 2ª edição.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por LIBÉRIO RODRIGUES COSTA - BD - T113B - domingo, 7 Ago 2016, 10:36
 
Bom dia
a - Os fundamentos  e funções do estado na perspectiva marxista estariam ligados a produção e acúmulos de riquezas ou seja capital e com isso teriam o poder pra explorar os que não tivessem as riquezas criando e sustentando a relação de explorados e exploradores.
Na visão liberal os fundamentos e funções do estado estariam voltados a garantir a liberdade para poder adquirir as riquezas e garantindo que o próprio mercado fosse o regulador da economia e da propriedade privada seguindo uma lei natural.
b - A ideia de democracia marxista seria que todos tivessem condições iguais a propriedade e riquezas a todos livrando os explorados da exploração capitalista.
Seria impossível conceber a ideia de democracia plena do sistema liberal pois os fundamentos de ambos são antagônicos, não existiria a possibilita de um governo onde é respeitado o direito da maioria defender ao mesmo tempo direitos individuais.
c - As politica publicas no conceito marxista é voltada para pra redistribuição de benefícios sociais com o objetivo de diminuir as desigualdades estruturais.Elas surgiram nos movimentos populares do século XIX do conflito que surgiu do trabalho e o capital nas primeiras revoluções industriais.
Na visão capitalista de alguns autores como por exemplo Offe o estado atua como um regulador das relações sociais em favor do capitalismo, elas surgem da necessidade de tentar resolver os conflitos criados pela própria de dominação capitalista.
 
Média das avaliações:  -
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por LIBÉRIO RODRIGUES COSTA - BD - T113B - domingo, 7 Ago 2016, 10:42
 
Bom dia 
Não que eu esteja certo mas como antigamente o capitalismo detém  o poder  e  também os meios de comunicação,e usa as massas para continuar explorando, não de uma forma explícita.
 
 
Média das avaliações:  -
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por AGOSTINHO ANTÔNIO DA SILVA - BD - T113A - domingo, 7 Ago 2016, 11:13
 
Com relação à democracia, o que subtende igualdade para todos em todos os aspectos, o texto de Eloisa de Mattos Hofling traz o seguinte trecho:
“O sistema de acumulação capitalista engendra em seu desenvolvimento problemas estruturais relativos à constituição e reprodução permanente da força de trabalho e à socialização desta através do trabalho assalariado.
Referência:
Eloisa de Mattos Höfling (disponível em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf),
 
O Guia de Estudos em sua página 27 faz o seguinte comentário:
A democracia não será jamais a melhor forma de governo [...] a não ser que possa ser organizada de maneira a não permitir que nenhuma classe, nem mesmo a mais numerosa, possa reduzir todo o resto à insignificância política. Mill (1980, p. 87):
 
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Quem, no cenário político atual, representa o proletariado?
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - domingo, 7 Ago 2016, 18:13
 
 
 Saudações, prezado colega Agostinho e demais debatedores deste Fórum!
 
Agostinho, sua leitura nos remete à contraposição que existe entre o pensamento liberal e o marxista. Enquanto o capitalismo é alimentado e alimenta o pensamento liberal, o socialismo seria alimentado pelo pensamento marxista, que o defende. Tudo isso coabitando um mesmo teto: o sistema democrático...
Podemos observar que pensamentos e ações do liberalismo e marxismo continuam presentes em nosso dia a dia, quando a variável econômica prevalece sobre as demais, seja na defesa da acumulação do capital, seja na defesa da distribuição dele. O fato é que há, de um lado, a situação, o pensamento  liberal burguês, do outro, a oposição, o proletariado, o povo trabalhador.
Parece difícil de entender no atual contexto nacional, pois houve uma "embolada" no cenário dos "políticos", não se sabe mais quem é situação e quem é oposição. Não é verdade? Quem representa, de fato, o povo, o proletariado?
 Perdão se extrapolo na discussão, prezado tutor, Luís Fernando.
Abraço.
 
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por BRUNO DE ARAÚJO - BD - T113A - domingo, 7 Ago 2016, 20:30
 
 
Boa noite colegas e tutor!
Analisando o terceiro questionamento “E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?” Sendo assim como apresentado no texto de complementar vemos que, “Políticas públicas são aqui entendidas como o “Estado em ação” (Gobert, Muller, 1987); é o Estado implantando um projeto de governo, através de programas, de ações voltadas para setores específicos da sociedade.” Na vertente marxista sobre politicas publicas vemos o entendimento de que o Estado atua como regulador das relações sociais a serviço da manutenção das relações capitalista em seu conjunto, e não especificamente a serviço dos interesses do capital – a despeito de reconhecer a dominação deste nas relações de classe.”
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por DILMA MARIA DE SOUSA XAVIER - BD - T113A - domingo, 7 Ago 2016, 21:12
 
Saudações a todos!
Segundo Hofling o processo de políticas púbicas para uma sociedade reflete os conflitos de interesses, os arranjos feitos nas esferas de poder que perpassam as instituições do Estado e da sociedade como um todo. Tendo como elementos importantes deste processo, os fatores culturais.
Ainda a relação entre sociedade e Estado, o grau de distanciamento ou aproximação, as formas de utilização ou não de canais de comunicação entre os diferentes grupos da sociedade e os órgãos públicos, estabelecem contornos próprios para as politicas pensadas para uma sociedade.
 
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Re: Realções de poder: liberal e marxista
por DILMA MARIA DE SOUSA XAVIER - BD - T113A - domingo, 7 Ago 2016, 21:27
 
Saudações Marilene e demais.
No texto  complementar, base desse fórum, tem uma citação de Offe que diz:
" os problemas de um país não vão ser resolvidos apenas pela ação do Estado ou do mercado. É preciso um novo pacto, que resolve o dever do Estado de dar condições básicas de cidadania, garanta a liberdade do mercado e da competição econômica e, para evitar o conflito entre esses dois interesses, permita e influencia de entidades comunitárias."
Bem, os problemas não serão todos resolvidos pela ação do Estado, mas o mesmo tem o poder de influenciar e muito nas suas resoluções.
Abraços
 
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Re: Realções de poder: liberal e marxista
por Luis Fernando Silva Andrade - Tutoria a Distância - segunda, 8 Ago 2016, 09:04
 
Ótima observação Dilma,
Realmente o Estado não resolverá todos os problemas sozinho, mas, nessa perspectiva, deve dar condições mínimas para o exercício da cidadania. Destaco aí a importância das relações entre sociedade civil organizada / entidades comunitárias e o Estado e o mercado.
 
Att.,
 
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Re: Realções de poder: liberal e marxista
por AGOSTINHO ANTÔNIO DA SILVA - BD - T113A - segunda, 8 Ago 2016, 10:21
 
Cara Marilene, prezado tutor e demais colegas,
É verdade, pensamentos e ações liberalistas e marxistas sempre existiram e continuam presentes em nosso meio. Entretanto, uma das características principais de democracia é: regime em que não existem desigualdades e/ou privilégios de classes.É o que prega o marxismo. Mas, nuca funcionou em lugar nenhum. Sempre houve as classes dominadoras em todas as ocasiões onde ele foi praticado.
Somente uma melhora profunda da sociedade pode amenizar estas desigualdades.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por CLEIDIANE CRISTINA DA SILVA - BD - T113A - segunda, 8 Ago 2016, 10:35
 
Bom dia ao tutor e colegas,
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
O pensamento liberal funda-se numa corrente filosófica que foi predominante na Europa, o Jusnaturalismo, buscando no indivíduo a origem do Direito e da Ordem política. Para o liberalismo o poder do Estado deve ser sempre limitado pelos direitos naturais, então existiria uma incompatibilidade fundamental entre os seus princípios e a prática democrática. O marxismo se insere numa longa tradição filosófica política, o organicismo, em que a partir dele a dinâmica social voltaria a ser analisada em função das relações entre os grupos sociais. Nesta perspectiva, o Estado atua como regulador das relções sociais a serviço da manutenção das relações capitalistas em seu conjunto, e não especificamente a serviço dos interesses do capital.
 
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
Inicialmente, liberalismo e democracia eram vistos como princípios inconciliáveis. De acordo com o liberalismo todo indivíduo é portador de direitos irrevogáveis, que devem ser respeitados por qualquer governo: seja o governo de um só, de poucos ou de muitos. Já a democracia desde a antiguidade, repousa, pura e simplesmente, no princípio do governo da maioria, que desconhece qualquer limite além desta vontade.
Para o liberalismo o poder do Estado deve ser sempre limitado pelos direitos naturais, então existiria uma incompatibilidade fundamental entre os seus princípios e a prática democrática. Neste sentido, Mill (1980, p.87) cita: "a democracia não será jamais a melhor forma de governo [...] a não ser que possa ser organizada de maneira a não permitir que nenhuma classe, nem mesmo a mais numerosa, possa reduzir todo o resto à insignificância política".
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por LÉSIO CÉSAR VIEIRA - BD - T113B - segunda, 8 Ago 2016, 17:49
 
Conforme Bresser Pereira (1995), o Estado terá um regime democrático se o governo que o dirigir, além de possuir legitimidade, ou seja, apoio da sociedade civil estiver submetido às regras procedurais que definem a democracia, particularmente a liberdade de expressão e a existência de eleições livres.
O regime político, entretanto, será substantivamente mais ou menos democrático dependendo do tipo de sociedade civil a que estiver ligado. Caso se trate de uma sociedade civil ampla, diversificada, e razoavelmente igualitária, a democracia será substantiva. Em contrapartida, caso se trate de uma sociedade civil, ela própria autoritária, na qual as diferenças de classe são enormes e os valores democráticos débeis, a democracia tenderá a ser meramente formal.
Uma sociedade para ser democrática precisa não apenas de instituições estatais democráticas  -particularmente de uma constituição e de todo um sistema legal que garantam os procedimentos democráticos – mas também de uma sociedade civil em que as contradições existentes, embora reais, não sejam insuperáveis.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010264451995000200006
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por MATHEUS FERREIRA CAMILO - BD - T113B - segunda, 8 Ago 2016, 20:27
 
Prezados colegas,
o Estado liberal é o pressuposto não só histórico, mas também jurídico do Estado democrático. Estado liberal e Estado democrático são interdependentes em dois modos: na direção que vai do liberalismo à democracia, no sentido de que são necessárias certas liberdades para o exercício correto do poder democrático, e na direção oposta que vai da democracia ao liberalismo, no sentido de que é necessário o poder democrático para garantir a existência e a persistência das liberdades fundamentais. Em outras palavras: é pouco provável que um estado não liberal possa assegurar um correto funcionamento da democracia e de outra parte é pouco provável que um estado não democrático seja capaz de garantir as liberdades fundamentais. A prova histórica desta interdependência está no fato de que Estado liberal e Estado democrático, quando caem, caem juntos.
Enquanto que o o pensamento marxista mobilizou uma intensa polêmica sobre a questão da democracia e da ditadura no tocante ao tipo de Estado em que se configurará o processo socialista em direção ao comunismo.
http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n13/a02n13.pdf.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por DILMA MARIA DE SOUSA XAVIER - BD - T113A - segunda, 8 Ago 2016, 23:19
 
Saudações a todos.
Com relação ao questionamento da letra C, sobre as politicas públicas:
Segundo o texto, na visão dos neoliberais, as políticas públicas são consideradas um dos maiores entraves na tentativa do Estado de regular os desequilíbrios gerados pelo desenvolvimento da acumulação capitalista. A intervenção do Estado constituiria uma ameaça aos interesses e liberdades individuais, inibindo a livre iniciativa, a concorrência  privada e podendo bloquear os mecanismos que o próprio mercado é capaz de gerar com vistas a restabelecer o seu equilíbrio.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5539.pdf, acesso em 08/08/2016
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por LÉSIO CÉSAR VIEIRA - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 11:17
 
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
No que se refere à relação de concepção liberal do Estado, o ponto de partida foi o célebre discurso de Benjamin Constant sobre A liberdade dos antigos comparada com a dos modernos. Para Constant, a liberdade dos modernos, que deve ser promovida e desenvolvida, é a liberdade individual em sua relação com o Estado, aquela liberdade de que são manifestações concretas as liberdades civis e a liberdade política (ainda que não necessariamente estendida a todos os cidadãos) enquanto a liberdade dos antigos, que a expansão das relações tornou impraticável, e até danosa, é a liberdade entendida como participação direta na formação das leis através do corpo político cuja máxima expressão está na assembleia dos cidadãos. Identificada a Democracia propriamente dita sem outra especificação, com a Democracia direta, que era o ideal do próprio Rousseau, foi-se afirmando, através dos escritores liberais, de Constant e Tocqueville e John Stuart Mill, a ideia de que a única forma de Democracia compatível com o Estado liberal, isto é, com o Estado que reconhece e garante alguns direitos fundamentais, como são os direitos de liberdade de pensamento, de religião, de imprensa, de reunião, etc, fosse a Democracia representativa ou parlamentar, onde o dever de fazer leis diz respeito, não a todo o povo reunido em assembleia, mas a um corpo restrito de representantes eleitos por aqueles cidadãos a quem são reconhecidos direitos políticos. Nesta concepção liberal da Democracia, a participação do poder político, que sempre foi considerada o elemento caracterizante do regime democrático, é resolvida através de uma das muitas liberdades individuais que o cidadão reivindicou e conquistou contra o Estado absoluto.
No marxismo, o ideal democrático representa um elemento integrante e necessário, mas não constitutivo. Integrante porque uma das metas que se propuseram os teóricos do socialismo foi o reforço da base popular do Estado. Necessário, porque sem este reforço não seria jamais alcançada aquela profunda transformação da sociedade que os socialistas das diversas correntes sempre tiveram como perspectiva. Por outro lado, o ideal democrático não é constitutivo do socialismo, porque a essência do socialismo sempre foi a ideia da revolução das relações econômicas e não apenas das relações políticas, da emancipação social, como disse Marx, e não apenas da emancipação política do homem. O quemuda na doutrina socialista a respeito da doutrina liberal é o modo de entender o processo de democratização do Estado.
Fonte: Dicionário de política I Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, lª ed., 1998.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por MATHEUS FERREIRA CAMILO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 13:12
 
Prezados colegas,
Podemos entender que as políticas públicas se relacionam à constituição de sujeitos coletivos , por meio das burocracias, sindicatos, partidos e movimentos sociais - que realizam escolhas estratégicas que condicionam e delimitam o perfil do Estado.E, embora o econômico indique os limites ou as restrições à institucionalização de formas de atuação estatal, não permite, por si sé, assegurar, por exemplo, que a cidadania social e política será instituída ou mesmo explicar a larga variação na forma, criação e difusão de benefícios sociais.
E o político que, atuando nos marcos dos constrangimentos postos pelo econômico, imprime um perfil determinado de intervenção estatal, definindo, inclusive, a ampliação ou diminuição das fronteiras entre o público e o privado.
 
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Re: Relações de poder: liberal e marxista
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 14:06
 
 
Saudações, Dilma!
 
Relendo, a propósito,  sobre formas de CONTROLE, observo que o controle social não consegue impor sobre as forças de controle do Estado, nem do Governo.
Seria importante que houvesse liberdade e igualdade, mas sabe-se que, sem conflito, fica difícil de a sociedade conseguir impor ou pactuar em favor do bem comum. O que há são forças antagônicas nessa relação social de "classes", onde o povo fica a mercê de decisões, inclusive, do mercado.
Abraço.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por WANDERLEI ANTONIO CARDOSO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 15:14
 
O Estado desde sua origem foi uma instituição a serviço dos interesses de classe. O dinheiro dos comerciantes, banqueiros, negociantes enriqueceram e determinaram os rumos do Estado. Os capitalistas, uma vez que foram os que mais contribuíram para mantê-lo, também foram os que mais exigiram dele, colocando-o a seu serviço.  Seria uma ilusão, portanto, pensar que o Estado é uma instância neutra capaz de resolver os conflitos de classes, beneficiando a todos os indivíduos e promovendo a justiça social.  No livro “A Ideologia Alemã”, escrito em 1847, o filósofo alemão Karl Marx compreendeu a origem do Estado como consequência da divisão social do trabalho e da propriedade privada, sendo a expressão jurídico-política da sociedade burguesa.  Para ele, as relações jurídicas assim como as formas de Estado não podem ser compreendidas em si mesmas, nem como produto do espírito humano, mas como consequência das condições materiais de existência dos homens, ou seja, a partir das relações econômicas que prevalecem na sociedade.  A partir disso, Marx percebeu que o caráter aparentemente democrático das instituições públicas na verdade escondia claramente a natureza de classe do Estado burguês. Em sua opinião, o Estado seria apenas um comitê para administrar os negócios comuns de toda burguesia.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por THIAGO MORAIS PEIXOTO - LV - T214A - terça, 9 Ago 2016, 16:11
 
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Thomas Hobbes, John Locke, Montesquieu e Rousseau, como principais contribuintes da formação do pensamento liberal, através do jusnaturalismo concebem o individuo como livre e racional. Constituem-se então os direitos políticos individuais e o Estado passa a ser o responsável pela defesa dos direitos de liberdade individual (liberdade de expressão, opinião, ir e vir e outros).
A corrente marxista, tem nas classes sociais o ponto focal, pois são identificadas e definidas pela inserção dos indivíduos no processo produtivo. Nesse sentido, a função básica do Estado era servir ao processo de acumulação e valorização do capital, a partir da distribuição desigual da propriedade privada. Segundo esta corrente, as classes sociais deveriam ser abolidas e quando isso ocorresse o próprio estado deixaria de existir, pois perderia sua função.
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
Para o liberalismo, inicialmente a democracia era incabível, visto que, essa leva em consideração o princípio do governo da maioria. Já para o liberalismo, todo indivíduo é portador de direitos irrevogáveis, que devem ser respeitados por qualquer governo. Posteriormente surgiria a democracia liberal.
Para o marxismo, a democracia seria responsável pela igual distribuição do poder social, sendo imprescindível em um governo no qual se governaria para todos.
 
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
As políticas sociais tentam suprir a assimetria nas relações entre os proprietários de capital e os proprietários da força de trabalho. O Estado atua como regulador, tentando resolver problemas provenientes do sistema
Vale ressaltar que as políticas sociais para os liberais, precisam ser analisadas de acordo com fatores causais concomitantes tanto exigências quanto necessidades, tanto problemas da integração social quanto problemas da integração sistêmica. Para os Marxistas, as políticas sociais advinham devido a conflitos de classe, além de crises do processo de acumulação ocasionado pelo capitalismo.
 
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por WANDERLEI ANTONIO CARDOSO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 16:41
 
a) perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores. Assim, ressaltando os fundamentos do individualismo, os Quais são os fundamentos e funções do Estado para as neo-liberais defendem a iniciativa individual como base da atividade econômica, justificando o mercado como regulador da riqueza e da renda. Friedman, especialmente em Capitalismo e liberdade, focaliza o capitalismo competitivo – organizado através de empresas privadas, em regime de livre mercado – como um sistema que exercita a liberdade econômica. Atribui ao Estado o papel de promotor de condições positivas à competitividade individual e aos contratos privados, chamando atenção para os riscos decorrentes da intervenção estatal nas esferas da vida em sociedade
 
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Estado: liberalismo, marxismo, capitalismo e democracia?
por MARILENE ARAÚJO COUTO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 16:48
 
 
Saudações, Matheus!
 
Muito esclarecedora a sua postagem.
Relendo-a, surgiu-me algumas ideias:
Capitalismo e Democracia parecem-me antagônicos, pois, onde poucos são donos do capital, não  há igualdade "entre e para" todos.
Nessa perspectiva, Liberalismo e Democracia também se contrapõem, uma vez que a liberdade indivudal se opõe à "tirania de muitos".
Já, Marxismo e Democracia parecem acordar na ideia do acesso de todos, eliminando classes e gerando oporunidades iguais.
Conforme Santos (2012), se houver tendência para o liberalismo, a participação do Estado tenderá a ser mínima, do contrário, caso a tendência seja para o marxismo, a participação do Estado deverá ser mais ampla, pois caberá ao Estado a tentativa de reduzir as desigualdades naturais causadas pelo capitalismo. Assim, o Governo, responsável pela direção que é dada ao Estado, por meio daqueles grupos que assumem o poder, passa a agir (ou não). O Poder está relacionado com as correntes teóricas que tentam explicar, nas sociedades capitalistas, as relações entre Estado e mercado.
O fato é que   Estado e mercado, além da "mão invisível", parecem agir e, sobdissimulação das ações, deixam implícito um discurso de democracia "prevalecente".  Contudo, creio, a democracia ainda está por vir!
 
Abraço.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por BRUNO DE ARAÚJO - BD - T113A - terça, 9 Ago 2016, 16:43
 
Boa tarde! Colegas e tutor.
 
 
Analisando os questionamentos e toda discussão gostaria de aborda mais uma vez um tópico referente ao terceiro questionamento que contextualiza políticas publicas, no que tange as diversas concepções sobre o assunto temos que:
“As políticas públicas não podem mais se circunscrever à repressão. Elas se expandem em políticas institucionais que difundem ideias e formam consciências, especialmente na classe dominada, capazes de obter o consentimento, inclusive para as políticas repressivas. Além disto, processa-se sob o comando da burguesia a revolução sem revolução, quando concessões ao programa revolucionário ou popular são  passivamente absorvidas e transmudadas em seu sentido contestador. Mas não no sentido econômico e ideológico, uma vez que de fato produzem  parcialmente  os efeitos práticos originalmente pretendidos pela classe dominada.”
 
 
http://wallacemoraes.com.br/Clientes/23/Imgs/Marxismo.pdf
 
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por WANDERLEI ANTONIO CARDOSO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 16:53
 
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas? Claus Offe, sociólogo alemão, é normalmente considerado um autor moderno no interior da tradição marxista. Ressalto que, relacionada à própria heterogeneidade de sua produção, às posições assumidas em relação a possibilidades e limites das ações do Estado Capitalista contemporâneo, também a “classificação” deste autor é polêmica. Na medida em que identifico nos textos de Offe a análise do Estado a partir de uma perspectiva de classe, e como uma esfera da sociedade que concentra e manifesta as relações sociais de classe, onde conflitos ocorrem já que no interior do Estado estão presentes interesses referentes à acumulação do capital e às reivindicações dos trabalhadores, quero reforçar aproximidade deste autor à tradição marxista. Compreendo que o autor se insere no debate atual que amplia a dimensão política do Estado para a compreensão de suas funções no capitalismo contemporâneo, contribuindo para a ampliação das teorias marxistas tradicionais em relação a Estado e mudanças sociais.Para a temática aqui abordada
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por JULIANO VENÂNCIO DA SILVA - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 16:56
 
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
Se o contratualismo ofereceu ao pensamento da época as bases teóricas necessárias para justificar a existência do Estado, foi o jusnaturalismo o responsável pela concepção de indivíduo livre e racional. Daí construíram-se os direitos políticos individuais e o Estado passou a ser o responsável pela defesa dos direitos de liberdade individual (liberdade de expressão, opinião, ir e vir e outros).
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
Apesar das diferenças de ideias entre os quatro pensadores, alguns elementos em comum foram fundamentais na constituição do liberalismo: f a ideia de que a vida em sociedade não é o ambiente natural do homem, mas um artifício fundado num contrato (como já foi visto); que o contrato social que funda a sociedade civil teria sido precedido por um estado de natureza, no qual as relações humanas seriam regidas pelo Direito Natural; f que o Direito Natural seria a única base legítima do Direito Civil; e f que somente por meio da razão seria possível conhecer os direitos naturais para, com base neles, estabelecer os fundamentos de uma ordem política legítima.
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
A tradição marxista desdobra-se num amplo espectro de tendências e mesmo teorias – aliás coerente com seus pressupostos referentes à construção histórica de conceitos. Enraizadas nas clássicas formulações de Marx em relação ao Estado e às ações estatais – as quais estariam, em última instância, voltadas para garantir a produção e reprodução de condições favoráveis à acumulação do capital e ao desenvolvimento do capitalismo –
As ações empreendidas pelo Estado não se implementam automaticamente, têm movimento, têm contradições e podem gerar resultados diferentes dos esperados. Especialmente por se voltar para e dizer respeito a grupos diferentes, o impacto das políticas sociais implementadas pelo Estado capitalista sofrem o efeito de interesses diferentes expressos nas relações sociais de poder.
As teorias políticas liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade. Entre os direitos individuais, destacam-se a “propriedade privada como direito natural” (Locke, 1632-1704), assim como o direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para conservar ambas.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por WANDERLEI ANTONIO CARDOSO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 17:18
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
Assim, ressaltando os fundamentos do individualismo, os neo-liberais defendem a iniciativa individual como base da atividade econômica, justificando o mercado como regulador da riqueza e da renda.Friedman, especialmente em
Capitalismo e liberdade, focaliza o capitalismo competitiv– organizado através de empresas privadas, em regime de livre mercado – como um sistema que exercita a liberdade
econômica. Atribui ao Estado o papel de promotor de condições positivas à competitividade individual e aos contratos privados, chamando atenção para os riscos decorrentes da intervenção estatal nas esferas da vida em
sociedade: (...) só há dois meios de coordenar as atividades de milhões. Um é a direção central, utilizando a coerção – a técnica do Exército e do Estado totalitário moderno. O outro é a cooperação voluntária dos indivíduos – a técnica de
mercado. (p. 87) Para os neoliberais, as políticas (públicas) sociais – ações do Estado na tentativa de regular os desequilíbrios gerados pelo desenvolvimento
da acumulação capitalista – são consideradas um dos maiores entraves a este mesmo desenvolvimento e responsáveis, em grande medida, pela crise que atravessa a sociedade. A intervenção do Estado constituiria uma
ameaça aos interesses e liberdades individuais, inibindo a livre iniciativa, a concorrência privada, e podendo bloquear os mecanismos que o próprio mercado é capaz de gerar com vistas a restabelecer o seu equilíbrio. Uma vez mais , o livre mercado é apontado pelos neoliberais como o grande
equalizador das relações
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por JULIANO VENÂNCIO DA SILVA - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 17:18
 
Boa tarde, 
Para explorar mais a questão segundo formulações do tutor e colegas, 
O Estado é um órgão especial que surge em certo momento da evolução histórica da humanidade , e que está condenado a desaparecer no decurso da mesma evolução. Nasceu da divisão da sociedade em classes e desaparecerá no momento em que desaparecer esta divisão. Nasceu como instrumento nas mãos da classe dominante, com o fim de manter o domínio desta classe sobre a sociedade, e desaparecerá quando o domínio desta classe desaparecer.
 
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Re: Estado: liberalismo, marxismo, capitalismo e democracia?
por JULIANO VENÂNCIO DA SILVA - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 17:28
 
Boa Tarde,Marilene, 
Tecendo um paralelo com suas sensatas observações, sinto que um" meio termo" entre a intervenção do Estado e sua total ou quase total inercia, a qual chama de liberdade, nos faz pensar que assim o senso comum de igualdade seria alcançado, ao menos em teoria. 
Acho que é mais o menos o que estendem os planos de governo que a propósitos, nas eleições municipais, veremos muito. A aproximação e politicas publicas visam equilibrar as classes, mas sem que haja a excessiva intervenção. o que acham?
 
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Re: Estado: liberalismo, marxismo, capitalismo e democracia?
por CRISTIANE VÍVIA RIBEIRO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 17:36
 
Boa Tarde, 
De fato. Inclusive faço a citação:
Segundo Oreiro, a contribuição de Keynes se dá na medida em que ele coloca, em termos do espectro político, o centro do capitalismo entre duas filosofias políticas extremistas: “de um lado, o liberalismo clássico smithiano, em que o Estado não deve intervir em nada; do outro, o socialismo real, que prega a destruição do capitalismo, e o fim da sociedade de classes. O keynesianismo coloca, assim, um meio termo entre esses dois extremos, dizendo que sim, a economia de mercado é boa, tem uma série de qualidades; no entanto, para que possamos preservá-la, é necessário reformas, e entre essas reformas, é necessário uma maior intervenção do Estado para melhorar o funcionamento do sistema de mercado”, ressalta.
Disponível em
http://www.dicyt.com/noticia/entre-o-classico-e-o-contemporaneo-as-teorias-seculares-e-as-crises-globais
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por CRISTIANE VÍVIA RIBEIRO - BD - T113B - terça, 9 Ago 2016, 18:16
 
a) Quais são os fundamentos e funções do Estado para as perspectivas liberal e marxista, de acordo com as visões apresentadas pelos autores.
As teorias políticas liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade. Entre os direitos individuais, destacam-se a “propriedade privada como direito natural”
O Estado deve deve assegurar as condições materiais de reprodução da força de trabalho – inclusive visando uma adequação quantitativa entre a força de trabalho ativa e a força de trabalho passiva – e da reprodução da aceitação desta condição. Estas podem ser consideradas as funções últimas da política social: como as distintas instituições sócio-políticas e estatais contribuem para a resolução dos problemas acima, gerando intervenções do Estado que atingem a sociedade como um todo;
b) Há diferentes limites e as possibilidades para o exercício da democracia em ambas vertentes? Ou a democracia tem o mesmo significado para elas?
Segundo texto da apostila, para os liberais A democracia não será jamais a melhor forma de governo [...] a não ser que possa ser organizada de maneira a não permitir que nenhuma classe, nem mesmo a mais numerosa, possa reduzir todo o resto à insignificância política.
Já Marx iria mostrar que, a despeito de uma suposta igualdade formal entre burgueses e proletários no mercado – onde os segundos venderiam “livremente” sua força de trabalho aos primeiros –, o que ocorria de fato era a dominação e exploração dos primeiros sobre os segundos. Destituídos de todas as posses, aos proletários só restaria vender a sua força de trabalho à burguesia para sobreviver, não havendo, portanto, verdadeiramente liberdade de escolha para aqueles que nada possuíam.
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
Para os neoliberais, as políticas (públicas) sociais – ações do Estado na tentativa de regular os desequilíbrios gerados pelo desenvolvimento da acumulação capitalista – são consideradas um dos maiores entraves a este mesmo desenvolvimento e responsáveis, em grande medida, pela crise que atravessa a sociedade. A intervenção do Estado constituiria uma ameaça aos interesses e liberdades individuais, inibindo a livre iniciativa, a concorrência privada, e podendo bloquear os mecanismos que o próprio mercado é capaz de gerar com vistas a restabelecer o seu equilíbrio. Uma vez mais, o livre mercado é apontado pelos neoliberais como o grande equalizador das relações entre os indivíduos e das oportunidades na estrutura ocupacional da sociedade;
A tradição marxista desdobra-se num amplo espectro de tendências e mesmo teorias – aliás coerente com seus pressupostos referentes à construção histórica de conceitos. Enraizadas nas clássicas formulações de Marx em relação ao Estado e às ações estatais – as quais estariam, em última instância, voltadas para garantir a produção e reprodução de condições favoráveis à acumulação do capital e ao desenvolvimento do capitalismo –
As ações empreendidas pelo Estado não se implementam automaticamente, têm movimento, têm contradições e podem gerar resultados diferentes dos esperados. Especialmente por se voltar para e dizer respeito a grupos diferentes, o impacto das políticas sociais implementadas pelo Estado capitalista sofrem o efeito de interesses diferentes expressos nas relações sociais de poder.
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por CLEIDIANE CRISTINA DA SILVA - BD - T113A - terça, 9 Ago 2016, 18:55
 
c) E com relação às políticas públicas, como elas são concebidas para marxistas e liberais? Qual é a função da política pública para os autores dessas vertentes?
Na concepção marxista, o Estado atua como regulador das relações sociais a serviço da manutenção das relações capitalistas em seu conjunto, e não especificamente a serviço dos interesses do capital. O Estado atua como regulador a serviço da manutenção das relações capitalistas em seu conjunto. A política social é a forma pela qual o Estado tenta resolver o problema da transformação duradoura de trabalho não assalariado em trabalho assalariado. Já as teorias políticas liberais concebem as funções do Estado essencialmente voltadas para a garantia dos direitos individuais, sem interferência nas esferas da vida pública e, especificamente, na esfera econômica da sociedade. Para os neoliberalistas, as políticas (públicas) sociais (ações do Estado na tentativa de regular os desequilíbrios gerados pelo desenvolvimento da acumulação capitalista), são 
 
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Re: Atividade 1.1 - Fórum 1
por CLEIDIANE CRISTINA DA SILVA - BD - T113A - terça, 9 Ago 2016, 19:28
 
Na política liberal, não faz sentido existir a democracia, até por que o Estado começa tomar decisões que contraia a vontade da classe trabalhadora. Por exemplo, a terceirização nas grande empresas, o estado atua de forma mínima, deixando o serviço por conta  agencias reguladoras, que nem sempre sem autonomia para tomar decisões justas. Essas agencias reguladoras são totalmente dominadas pela burguesia. Impedindo, desta forma que um governo democrático possa atuar. 
 
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