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AULA 2 – SARAMPO (20/02) · Doença infecciosa – Contagiosa, febril, aguda, de transmissão respiratória, sendo uma das principais causas de morbi – mortalidade entre crianças menores de 5 anos. · Febril aguda: vem e espalha. · Pela tosse, espirro, perdigoto, espalha muito fácil. O uso de mesmos objetos também transmite a doença. · Em escolas tem muito risco de transmissão. · Os menores de 2 anos são mais arriscados, mas essa definição é da OMS. Porém, menores de 2 anos, imunologicamente deprimidos, pessoas que fazem quimioterapia, uso de corticoides, desnutrição, cirurgias bariátricas. · Epidemiologia: · Surtos: número de casos, acaba, número de casos, acaba. · Brasil (Roraima, praias – vírus de fora, turistas). · Índia · Indonésia · Ucrânia · Somália · Sudão · Paquistão · Romênia · China · República democrática do Congo · Casos informados pela OPAS e OMS: · 2013 – 179864 · 2014 – 289987 · 2015 – 166844 · 2018 – 15423 Américas · Os países com maior incidência precisam ter vacinação efetiva · O diagnóstico é feito através da clínica – está vendo o paciente com sintomas (vermelha, febril, olhos com conjuntivite, lesão de pele), laboratorial e pela epidemiologia (não viu nada no paciente, mas a pessoa que convive com a paciente está com sarampo antes). · 2002 a 2012 os casos diminuíram em 75%, isso é sinal de que a vacina funciona. · Tem pessoas que nascem com a incapacidade de criar anticorpos com o uso da vacina do sarampo. É um “defeito de fábrica”, não dá para saber quem não tem essa capacidade de reagir. · A vacina do sarampo evitou em um período de 10 anos, 13,8 milhões de mortes entre crianças e pessoas susceptíveis. · No brasil, o último óbito tinha sido em 1998. Em 2013 teve óbito em Pernambuco em uma criança de 7 meses de idade. Faz parte do grupo de criança que não tinha sido vacinada e os anticorpos materno que ela tinha, não foi o suficiente para combate – lo. · Hoje, vacina – se as crianças aos 12 meses, tendo certeza da interferência do anticorpo materno. Se faz um reforço aos 15 meses porque pode ter interferência do anticorpo materno. · Américas teve o menor número de casos 3 anos, até 2015; · De 2002 a 2012 houve uma redução de 73% dos casos com a vacina; · 850000 para 226000; · Incidência diminuiu de 77% para 34%, de 146/1 milhão para 33/1 milhão; · Américas < 5 casos / milhão; · Pacifico ocidental 6 casos por / milhão; · Se 6 por milhão é pouco, porque ocorre 6 casos? Ou essas 6 não foram vacinadas ou os anticorpos passados da mãe para elas interferiram os anticorpos da vacina; · Surtos nas Américas: · Brasil recebeu um certificado da erradicação do sarampo; · Brasil – 169 casos; · Mesmo tendo esses 169 casos o brasil não perdeu o certificado, pois conseguimos erradicar rápido e esses casos vieram de fora do país; · Tem que ver como houve esses 169 casos. Ex: se a pessoa veio de outro país e contagiou todas as outras pessoas; · Canadá – 195 casos; · EEUU – 189 casos; · Chile – 4 casos; · Peru – 4 casos; · México – 1 casos; · Colômbia – 1 casos; · Brasil: · 2002 a 2012: Casos importados ou relacionados à importação. · Genótipo do vírus (D8) – Mesmo que circula na Venezuela. Veio para o Brasil o mesmo vírus. · 2002 e 2012: casos importados ou relacionados à importação. · 2013 e 2015: 1310 casos no Nordeste também importados. · Pernambuco e Ceará: 226 e 1052 casos respectivamente. · 2013: Ceará 1 caso e Pernambuco 200 casos. · 2014: Ceará 840 casos e Pernambuco 26 casos. · 2015 Ceará 241 casos. · OBS: quando se registra um caso de sarampo tem-se que além de fazer sorologia um teste para ver o tipo de cepa, pois as vezes o tipo de cepa não é originário do seu país e é assim que você sabe se o sarampo veio de fora ou não. · Dados atuais do Brasil até 35/07/2018: · Amazonas 519 casos e em Roraima 272 TODOS importados. · Genótipo de vírus (D8): mesmo vírus que circulava na Venezuela. · Demais estados: · Rio de janeiro – 14 casos. · RS: 13 casos. · RO: 1 casos. · SP: 1 casos. · PA: 1 casos. · Clínica: · Transmitida pela tosse, espirro, fala. É extremamente contagiosa. · Previsível por vacinação. · Ela espalha fácil em pessoas suscetíveis (pessoa que pode ter a doença); · Extremamente contagiosa · É prevenida com vacina · A vacina é de graça fornecida pelo governo; · Sintomas e sinais: · Febre > 38,5. É um alerta. A febre não é o pior dos sintomas, o perigo é quando ela sobe muito. · Cefaleia. · Manchas eritematosa pelo corpo (exantema morbiliforme). · Tosse e coriza. · Conjuntivite. É uma conjuntivite viral, mas ela pode se infectar por bactéria. Precisa ser avaliado, a única coisa que não se pode colocar nessa conjuntivite são colírios com corticoide, podendo espalhar a infecção (o corticoide abaixa a imunidade). · Avaliar se é viral ou bacteriana. · Não se pode pingar colírio com corticoide, pois se não a doença se dissemina pelo corpo. · Corticoide abaixa a imunidade. · Koplic* (1 a 2 dias). Só o sarampo tem isso. Na bochecha se tem pontos brancos, não sai com bicarbonato porque ele é uma reação do vírus. Depois de 2 dias, ele some. O sapinho fica, se não entrar com medicação, não consegue parar a infecção. · Só o sarampo apresenta. · Na bochecha apresenta pontinhos brancos e quando você raspa ele não sai ele sangra. · Diferente do sapinho que pega a boca toda e se você passar água com bicarbonato combate-se o sapinho. · Se não der a medicação e fizer a higiene esses pontinhos não somem · Fotofobia. Sensibilidade à luz, intolerância à luz. · Quando se passa a mão nas lesões, você sente ela. Começa nos pés e vai descendo. Essas manchas não se juntam. No sarampo, essas manchas vão ficando com uma cor amarronzada. · Você passa a mão e sente as bolinhas e essas bolinhas não formam placas. · Começa na cabeça e vai para os pés. · As bolinhas vão ficando com cor acastanhada e se você tem hemorragia por sarampo fica preto, lembrando que o sarampo começa com bolinhas avermelhadas. · Ocorre em ambos os sexos · Não tem associação com a condição econômica. Não tem uma associação direta com condições econômicas o que tem relação é o acumulo de pessoas com a condição socioeconômica, ou seja, a doença se espalha mais fácil onde tem mais gente. · Período de incubação de 7 dias em média. · Antes de aparecer o exantema, aparece o Koplic. · Exantema aparece no 2º a 4º dia. · Remissão: diminuição dos sintomas e febre em lise (quando a febre começa a cair). · Pele ressecada, descamativa (furfurácea) · Entre o início da doença até o fim dela são em média 20 dias. · Como fazer o diagnóstico da pessoa? · 2013 Clínica > 41000 · Epidemiologia > 62000 · Laboratorial > 76000 · 2014 Clínica > 124000 · Epidemiologia > 65000 · Laboratorial > 103000 · 2015 Clínica > 72000 · Epidemiologia >32000 · Laboral > 54000 · O diagnóstico clínico é quando você observa algumas alterações no paciente sem fazer nenhum exame e o paciente relata por exemplo que a amiga estava com os mesmos sintomas há alguns meses atrás e você fecha o diagnostico que é sarampo, ou seja, o diagnostico epidemiológico é quando o paciente relata e pela anamnese você fecha o diagnóstico; · Período tóxico: · Queda da resistência. · Maior risco de infecções bacterianas (por causa da queda da resistência). · Maior risco em < 2 anos. · Desnutridos. · Adultos jovens. · Imunocomprometidos. · Febre > 3 dias, depois do exantema, é sinal de alerta. · Obstáculos a eliminação: · Aumento de casos adolescentes · Aumento de crianças susceptíveis – cobertura vacinal irregular/ruim · Circulação do vírus em várias partes do mundo · Importação de casos · Risco de infecção: · Não homogeneidade das coberturas · Coeficiente de incidência médio da doença no município. Esse coeficiente de incidência ajuda a ver onde está o foco, a faixa etária e etc e assim ver as possibilidades do que houve para ter esse surto (falta de vacina, inundação, falta de energia elétrica etc). · Quando não se tem uma cobertura boa um lado da cidade está protegido e o outro não está, isso gera um desequilíbrio da proteção contra a doença. OBS: Coeficiente de incidência: Número de casosque apareceram em um determinado espaço de tempo (anos, dias, meses) dividido pela população que você tem no lugar. Exemplo: 20 casos de sarampo no mês de janeiro em uma população de 40 mil habitantes. · Estratégias de eliminação/erradicação: · Atingir a meta de cobertura (95%). · Campanhas de vacinação. · Expansão de serviços e salas de vacina. · Vigilância epidemiológica e laboratorial. · Recursos humanos. · Recursos financeiros. · Políticas de saúde nas 3 esferas de governo. · Comprovante de vacinação para viajantes entrando ou saindo do país. · Cobertura vacinal mínima de 95% e homogeneidade em 70% nos municípios · VE rápidas nas informações, decisões (bloqueios), laboratórios · Bloqueio de casos autóctones. · Atingir a meta de cobertura: · Campanha de vacinação; · O governo faz em dois meses do ano campanhas de vacinação, mas os municípios têm autonomia para fazer suas campanhas frente ao aumento de casos; · Expansão de serviços e salas de vacina. · Vigilância epidemiológica e laboratorial. · Vacinas: · Evitou 13,8 milhões de mortes de crianças e pessoas suscetíveis à doença; · 2002 a 2012 diminuição de 78% de mortes no mundo; · No Brasil último óbito tinha sido em 1988 em Pernambuco, em 2013 ocorreu um óbito em Pernambuco em uma criança de 7 meses de idade; · Porque essa criança de 7 meses morreu? Pois antigamente a vacina contra sarampo era dada em crianças quando elas completavam 7 meses ou ela tinha anticorpos maternos que não deixaram agir os anticorpos da vacina; · Depois mudou a carteira de vacinação de foi para 9 meses. Com o avanço da tecnologia foi descoberto que até 9 meses a criança tem anticorpos maternos que vão interferir nos anticorpos gerados pela vacina, por isso que hoje se vacina aos 12 meses de idade e o reforço aos 15 meses. Conclui-se então: toma-se a vacina com 12 meses e depois com 15 meses é o reforço. · Prevenção da doença: · Trípliceviral (sarampo, rubéola e caxumba). · Tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). · Surtos: bloqueio evita transmissão da doença, onde há casos. · Vacina quem toma: · Adultos não vacinados até 49 anos. · Crianças: 12 meses a 5 anos · Primeira dose: 12 meses tríplice viral. · Segunda dose: aos 15 meses tetraviral; · 5 a 9 anos: duas doses da tríplice viral (30/30) · Cobertura acima de 95%; · Não vacinar: gestantes, casos suspeitos de sarampo, menores de 6 meses, imunocomprometidos, exames de identificação do vírus (fase aguda até 4 semanas por exantema).
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