Buscar

AV2 - Esquecimento e distorções de memória

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Processos de esquecimento e distorções de memória
Por que esquecemos rapidamente determinadas informações?
Que processos fazem parte do processo de aquisição e armazenamento de informações?
Por que, com o decorrer dos anos, perdemos acessos a algumas experiências?
A teoria da interferência
Refere-se à visão de que o esquecimento ocorre porque a recordação de certas palavras interfere a de outras.
Interferência proativa: quando o material interferente atua antes do aprendizado da matéria a ser lembrada; o conhecimento anterior exerce efeito na recordação.
Interferência retroativa: é causada por uma atividade que ocorre após o aprendizado, mas antes de sermos solicitados a lembrar.
Recenticidade e primazia
Recenticidade: maior retenção de palavras próximas do período final da aprendizagem.
Primazia: maior retenção de palavras próximas do período de início da aprendizagem.
	Ex.: Em uma lista de palavras, temos a tendência a lembrar das primeiras (primazia) e últimas (recenticidade) palavras.
Teoria do declínio
Afirma que as informações são esquecidas em razão do desaparecimento gradual, caso nada seja feito para mantê-la.
Tipos de distorções da memória
1) Transciência – quando a memória desaparece rapidamente.
2) Falta de atenção – quando a memória não é adquirida pela ausência de atenção.
3) Bloqueio – efeito da ponta da língua; quando precisa se lembrar, mas simplesmente não consegue.
4) Atribuição errônea – quando as pessoas não se lembram onde leram ou ouviram algo, correndo risco até de inventar memórias.
5) Sugestionabilidade – suscetibilidade à sugestão; quando a pessoa pode pensar que viu ou leu algo pelo poder da sugestão de um outro alguém.
6) Viés – quando a recordação de uma experiência passada é referenciada por uma atual.
7) Persistência – lembrança persistente de fatos considerados importantes quando, de maneira geral, não são.
Fatores psicológicos do processo de memorização
O processo de fixação (engramação) depende de:
1) Nível de consciência
2) Atenção global e concentrada
3) Sensopercepção preservada
4) Interesse
5) Conhecimento anterior
6) Capacidade de compreensão do conteúdo
7) Organização temporal das repetições
Evocação vs. Esquecimento
A evocação é a capacidade de recuperar e atualizar os dados fixados, enquanto o esquecimento é a denominação relativa à impossibilidade de evocar e recordar.
Reconhecimento: identificar o conteúdo mnêmico como lembrança e não imaginação.
Priming (dicas evocadoras): fenômeno da recordação a partir de fragmentos do conteúdo mnêmico.
A temporalidade das memórias
Memória imediata ou curtíssimo prazo: no máximo 3 minutos.
Memória recente ou curto prazo: até 6 horas.
Memória remota ou longo prazo: meses a anos.
Ocorrência do esquecimento
Normal, fisiológico: desinteresse ou desuso da informação.
Por repressão: conteúdo desagradável ou pouco importante; pode ser recordado com um pouco de esforço.
Recalque: conteúdos mnêmicos e emocionalmente insuportáveis, banidos da consciência e só podem ser recuperados em circunstâncias especiais.
A Lei de Ribot
Nos indivíduos que sofrem uma lesão ou doença cerebral que interferem patologicamente nos processos de registro ou recordação mnêmicos, o esquecimento segue a seguinte ordem:
1) Perde as lembranças na ordem e no sentido inverso dos acontecimentos
2) Perde primeiro memórias de curto prazo e depois memórias de longo prazo
3) Perde primeiro elementos mais complexos e depois elementos mais simples
4) Perde primeiro elementos estranhos e menos habituais e depois os mais familiares
5) Perde primeiro os conteúdos mais neutros e depois elementos afetivos
6) Por fim, perde-se os hábitos e comportamentos costumeiros mais profundos
As alterações patológicas da memória
Alterações quantitativas:
1) Hipermnésias – alteração no ritmo psíquico e não propriamente na memória; os elementos mnêmicos afluem rapidamente, ganhando em número e perdendo clareza e precisão.
2) Amnésias (hipomnésias) – perda de memória, na capacidade de fixar ou na capacidade de evocar antigos conteúdos mnêmicos.
Alterações qualitativas (paramnésias):
1) Ilusões mnêmicas – acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória.
2) Alucinações mnêmicas – criações de elementos falsos sem nenhuma lembrança verdadeira.
3) Fabulações – elementos da imaginação que completam artificialmente as lacunas de memória.
4) Criptomnésias – falseamento da memória; lembranças aparecem como fatos novos ao paciente que não as reconhece como lembrança, vivendo-as como descoberta.
5) Lembranças obsessivas – ideias fixas que, quando instaladas na consciência, não conseguem ser repelidas voluntariamente.
6) Agnosias – déficit de reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e fenômenos (ex.: prosopagnosia).
Amnésias
1) Amnésia psicogênica – perda de elementos mnêmicos que possuem valor afetivo ou simbólico.
2) Amnésia orgânica – amnésia menos seletiva; segue, em geral, a Lei de Ribot.
3) Amnésia anterógrada – perda de memória de elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral.
4) Amnésia retrógrada – perda de memória de elementos mnêmicos anteriores ao evento que lhe causou o dano carebral.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando