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20/11/2020 Colocando em perspectiva https://eskadauema.com/mod/book/tool/print/index.php?id=1781 1/4 Colocando em perspectiva Site: ESKADA | Cursos Abertos da UEMA Curso: Neuropedagogia Livro: Colocando em perspectiva Impresso por: DERLY JEAN Aniceto Data: sexta, 20 nov 2020, 20:26 https://eskadauema.com/ 20/11/2020 Colocando em perspectiva https://eskadauema.com/mod/book/tool/print/index.php?id=1781 2/4 Sumário 1. Colocando em perspectiva 20/11/2020 Colocando em perspectiva https://eskadauema.com/mod/book/tool/print/index.php?id=1781 3/4 1. Colocando em perspectiva Basarab Nicolescu (Físico quântico) falando de conclusão dizia que as formulações deveriam permanecer inacabadas, porque ele vê na conclusão alguma coisa morta, alguma coisa parada, fechada e que todas as coisas pelas quais ele se apaixona ele sente sempre como algo aberto. Hélène Trocmé-Fabre, nessa mesma visão, em nome do vivente introduz o conceito de “mise en perspectiva” (colocar em perspectiva), que leva em conta o “espaço/duração”, a distância, o recuo, a posição e o observador. Porque essa visão é fiel ao vivente que é simplesmente emergência. (HTF Comunicação pessoal 2016). Para a autora, todo trabalho é concebido para pôr em movimento o olhar do leitor. Logo, falar de conclusão é fechar a porta ao questionamento. O leitor tem o controle de sua leitura e de sua interpretação. Durante sua leitura, o leitoraprendente foi conectado a vários conceitos. O interessante para dar continuidade a esse trabalho, que é agora um trabalho compartilhado, seria que o leitoraprendente escolhesse o conceito (ou os conceitos) que ele achou mais pertinente e trabalhasse, usando o questionamento que abre o potencial, como no exemplo a seguir: O conceito neste caso é “aprender”. O que é Aprender? 1ª pergunta: Quando você pensa na palavra APRENDER, quais as três palavras que de imediato vêm em sua mente? Em que sentido eu coloco uma seta para religar essas palavras a APRENDER? Por exemplo: • Para mim, as três palavras que vieram em minha mente foram: atenção, afetividade, memória. (As setas são bidirecionais porque uma relação se enriquece da outra e vice-versa) 2ª pergunta: Quando você vê a palavra APRENDER qual a imagem, ou imagens que vêm em sua mente? • A imagem que me veio à mente foi uma criança olhando o horizonte. 3ª pergunta: O que lhe ajuda a APRENDER? • Para mim, um lugar calmo, ler tranquilamente, poder compartilhar o assunto com outras pessoas, ouvir a opinião delas etc. 4ª pergunta: O que lhe impede de APRENDER? • Para mim, o barulho, o estresse, a correria, as exigências da lógica do imediato etc 5ª pergunta: O que você gostaria de explorar, descobrir, compreender no que se refere a APRENDER? • Eu gostaria de saber como funciona dentro do nosso cérebro quando aprendemos? Por que perdemos a confiança em nossa capacidade para aprender? Esse questionário com cinco perguntas foi elaborado por Hélène TrocméFabre. Ele tem como objetivo, segundo a autora, fazer um inventário das nossas representações sobre um conceito que foi compartilhado, para mostrar a diversidade dos significados que é dado para uma mesma palavra, permitindo assim um diálogo construtivo, sem o julgamento, verdadeiro ou falso. Ele permite sensibilizar sobre o peso das palavras, sobre o peso das imagens, do discurso implícito, dos fatores que bloqueiam, das possibilidades que ainda-não foram exploradas,mas que estão a nossa disposição e que permitirão abrir sobre uma exploração mais ampla. Ele propõe ao mundo educacional colocar em obra sua própria visão e explorar os conceitos de transação educativa, de inteligência coletiva, de aprendizagem solidária e recíproca, de organização aprendente, ou de comunidade educacional. Esse questionário pode ser usado para qualquer situação. É uma alavanca que nos leva para fora de qualquer julgamento e nos permite compreender. Porque... 20/11/2020 Colocando em perspectiva https://eskadauema.com/mod/book/tool/print/index.php?id=1781 4/4 Nós não podemos “não compreender” o que acontece é que compreendemos outra coisa. Logo é preciso sempre reajustar a linguagem, levando em conta o ponto de vista de cada um. Resumindo: O cérebro sendo um dos elementos essenciais das pesquisas atuais, a Unidade III pertinentemente nos levou rumo a uma neuroaprendizagem. “Como aprendemos hoje?”, “O que é a informação?” “Como utilizar as novas tecnologias?” são perguntas que deveriam estar sempre presentes em nossa mente. Para os professores, os responsáveis institucionais, os pais e até mesmo os alunos, segundo Hélène Trocmé-Fabre, o ato de aprender é em geral posicionado em uma relação única de instrução e imposição. Falamos de transmissão e de aquisição de conhecimentos. Situamos o ato de aprender na sua relação com um informador ou uma informação como sendo exterior ao indivíduo. O conhecimento é considerado como uma entidade existindo por si mesma e que pode ser tomado, transmitido tal qual, esperando que aquele que consideramos como destinatário seja receptivo. O porquê da Unidade III foi justamente mostrar que a “informação” e “conhecimento”, o “saber” não existem por si mesmos. O que quisemos mostrar também, é que mesmo se o ato de aprender foi confiscado pela Escola e o mundo educacional ele é antes de tudo um ato que pertence à Vida e a Vida nos mostra diariamente que, não somente não podemos aprender sozinhos, nem compreender ou comunicar no lugar do outro, mas também e, sobretudo, que aprender não é da competência do receber, do dar como tal …, nem uma questão de “packaging”, ou de consumo. Aprender é um processo de criação de laços em nossa vida mental, afetiva, sensório-motor, neurológica. Esses laços são, fundamentalmente, complexos, transitórios, adaptáveis, dinâmicos e heurísticos. Quanto a “como utilizar as novas tecnologias?” Este constitui um ponto crucial, o nó da história. O impacto dos avanços tecnológicos em nossa vida cognitiva ainda não mostrou realmente sua finalidade. A face escondida parece ser bem maior do que a nossa percepção pode captar. A finalidade dessa Unidade, sobre esse assunto, foi tentar levar o aluno/aprendente a ficar atento para atuar criticamente, porque é somente explorando, questionando que será possível conhecer e compreender.
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