Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO ENSINAR DOUGLAS ALBERTO CABRAL FERREIRA SEGURANÇA PÚBLICA ITUMBIARA 2020 DOUGLAS ALBERTO CABRAL FERREIA SEGURANÇA PÚBLICA Artigo apresentado a Unidade Instituto Ensinar de Itumbiara-GO, como requisito parcial à obtenção do certificado em Gestão Pública, sob a orientação da Professora Paula Flausino da Silva. Itumbiara-GO 2020 DOUGLAS ALBERTO CABRAL FERREIRA TÍTULO – SEGURANÇA PUBLICA. Opinião do Professor-orientador e da banca examinadora quanto ao conteúdo do trabalho e sua destinação: 1.( ) O trabalho não cumpriu os requisitos exigidos devendo o aluno ser reprovado. 2.( ) O trabalho cumpriu os requisitos para aprovação do aluno. 3.( ) O trabalho apresenta qualidades que recomendam sua colocação em biblioteca como base para outros trabalhos a serem desenvolvidos. Nota: ____________ ______________________ Professor(a)-orientador(a) _____________________ Professor Banca examinadora _____________________ Professor Banca examinadora A Deus por estar sempre me amparando e iluminando. AGRADECIMENTOS Agradeço os professores do Curso de Gestão Pública do Instituto Ensinar Polo de Itumbiara, principalmente, pela confiança, depositada, no meu trabalho de dissertação, tendo em vista que foi em suas aulas, que despertei o desejo de realizar minha tese nesse assunto, em função da discussão de algumas questões relevantes e importantes que aqui são desenvolvidas. 6 RESUMO A segurança pública é o estado de normalidade que permite o usufruto de direitos e o cumprimento de deveres, constituindo sua alteração ilegítima uma violação de direitos básicos, geralmente acompanhada de violência, que produz eventos de insegurança e criminalidade. É um processo, ou seja, uma sequência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade, que compartilha uma visão focada em componentes preventivos, repressivos, judiciais, saúde e sociais. É um processo sistêmico, pela necessidade da integração de um conjunto de conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir a mesma visão, compromissos e objetivos. Deve ser também otimizado, pois dependem de decisões rápidas, medidas saneadoras e resultados imediatos. Sendo a ordem pública um estado de serenidade, apaziguamento e tranquilidade pública, em consonância com as leis, os preceitos e os costumes que regulam a convivência em sociedade, a preservação deste direito do cidadão só será amplo se o conceito de segurança pública for aplicado. A segurança pública não pode ser tratada apenas como medidas de vigilância e repressiva, mas como um sistema integrado e otimizado envolvendo instrumento de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, saúde e social. O processo de segurança pública se inicia pela prevenção e finda na reparação do dano, no tratamento das causas e na reinclusão na sociedade do autor do ilícito. Palavras-chave: Segurança Pública; Segurança Pública Brasileira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Judici%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Social https://pt.wikipedia.org/wiki/Estatal https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_p%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei https://pt.wikipedia.org/wiki/Costumes https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Vigil%C3%A2ncia https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Repress%C3%A3o_policial&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a 7 ABSTRACT Public safety is the state of normality that allows the enjoyment of rights and the fulfillment of duties, and its illegitimate alteration constitutes a violation of basic rights, usually accompanied by violence, which produces events of insecurity and criminality. It is a process, that is, a continuous sequence of facts or operations that have a certain unity or reproduce with certain regularity, which shares a vision focused on preventive, repressive, judicial, health and social components. It is a systemic process, due to the need to integrate a set of state knowledge and tools that must interact with the same vision, commitments and goals. It should also be optimized as they depend on quick decisions, remedial measures and immediate results. Since public order is a state of serenity, appeasement and public tranquility, in line with the laws, precepts and customs that govern coexistence in society, the preservation of this citizen's right will only be broad if the concept of public security is applied. Public safety cannot be treated merely as surveillance and repressive measures, but as an integrated and optimized system involving prevention, coercion, justice, advocacy, health and social instruments. The process of public safety begins with prevention and ends with the repair of damage, the treatment of causes and the reinclusion of the offender in society. Keywords: Public Safety; Brazilian Public Security. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO, 9 1 SEGURANÇA PÚBLICA, 10 1.1 Ministério Público e Polícia Jidiciária,11 2. RESPONSABILIDADE DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL, 12 3. QUEM MATA E QUEM MORRE NO BRASIL, 13 4. OS DESAFIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SUA SOLUÇÃO,14 5. AS POLITICAS DE SEGURANÇA E SEUS IMPACTOS PARA DESTRUIR O CRIME,15 6. A CRISE DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL,16 7.CONCEITO DE SEGURANÇA PÚBLICA DOS TRATATOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS, CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL,18 8. SEGURANÇA PÚBLICA COMO CONDIÇÃO PARA CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO CONSTITUCIONAL E DEMOCRÁTICO DE DIREITO ,22 CONCLUSÃO, 24 BIBLIOGRAFIA, 26 9 INTRODUÇÃO Segurança Pública é tema sempre palpitante no cenário político brasileiro, tema que gera várias indagações e questionamentos entre as pessoas, isso desde séculos passados. Efetivamente, Segurança Pública é o mecanismo estatal tendente a refrear, preventiva ou repressivamente as práticas criminais. Composta por instituições tais como a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Institutos Gerais de Perícias a Superintendência dos Serviços Penitenciários etc., a temática envolvendo a segurança pública encontra seu fundamento no sistema legal vigente e jamais se pode olvidar dos aspectos relativos aos Direitos Humanos, por atingirem, diretamente, o direito de liberdade da pessoa humana. Não obstante, os órgãos incumbidos de promover essa paz social entram, muitas vezes, em conflito, além de não angariarem dos demais poderes públicos, em especial o Municipal, o amparo de que necessitam para o cumprimento dos seus misteres. É isso o que se verá, sucintamente, a seguir, iremos ver alguns aspectos históricos da nossa Segurança Pública bem como, relações para com a temática dos Direitos Humanos. A Constituição Federal de 1988 vem em seu artigo 144, trazer os órgãos que são competentes para a segurança nacional, bem como descreve o que vem a ser cada um deles e suas funções. 10 1. SEGURANÇA PÚBLICA Polícia e repressão são duas palavras que impregnam uma semântica consideravelmentepejorativa no Brasil após a Ditadura Militar. Repressão era um conceito conexo unicamente com a performance subterrânea dos órgãos de segurança pública, conexa com a tortura e o desaparecimento de opositores ao regime de governo ditatorial. A Polícia não se consistia, na verdade, em um órgão de conservação e de garantia da paz e da tranquilidade públicas. Era, na verdade, órgão de repressão, percebida no aspecto pejorativo. Desvanecida a Ditadura e acomodado o Estado Democrático de Direito, referida impressão ainda permanece no subconsciente coletivo. No que tange à repressão especificamente, é ela uma das diversas formas de performance da segurança pública. Em quaisquer dos casos, aspiram ao estrito cumprimento da lei. Reprimir é, deste modo, nada mais nada menos do que empregar a força estatal para forçar ou obrigar o implemento da lei. Embora a repressão não obre sobre todos, indistintamente, mas apenas sobre aqueles que extravasam os lindes traçados pela Lei, ela possui condão pedagógico que se aplica a todos. Polícia Judiciária possui o papel precípuo de apurar as infrações penais e a sua autoria, por meio do inquérito policial, procedimento administrativo com particularidade inquisitiva, o qual serve, em regra, de sustentáculo à pretensão punitiva do Estado estabelecida pelo Ministério Público, Senhor da ação penal pública. A persecução penal, ordinariamente, inicia-se por meio da investigação criminal, com o Estado angariando subsídios para o exercício do jus puniendi[ em juízo, razão pela qual, em sendo o inquérito policial peça procedimental de contumaz importância para o Estado, devidamente disciplinado pelo Código de Processo Penal, embora prescindível, longe está ele de se constituir em mera peça de informação de relevância reduzida para o nosso processo penal. 11 1.2. Ministério Público e Polícia Judiciária Compete à Polícia Judiciária à apuração da autoria e da materialidade dos ilícitos penais, exceto os militares. Ao Ministério Público, compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Muito se discutiu acerca da legalidade da investigação criminal levada a efeito pelo Ministério Público. Todavia, recentemente, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que o Ministério público é um órgão que possui poderes de investigação. Referida decisão saiu após policiais acionados judicialmente pelo MP reclamarem da colheita de depoimentos e provas de crimes contra eles enviando ao Supremo um pedido de habeas corpus. A ministra Ellen Gracie, então, relatora do HC, decidiu que o MP tem a prerrogativa de colher informações que auxiliem na elucidação de crimes sem que a função da polícia de investigar de maneira idêntica seja retirada. Além disso, para a Ministra, o MP pode perfeitamente ser tanto o órgão que investiga como o que propõe à Justiça a ação penal. A decisão finalmente proferida pelo STF parecia mesmo óbvia, ainda lá nos primórdios em que referidas discussões acadêmicas a respeito iniciaram-se. Com efeito, no momento em que os próprios órgãos do Estado entram em embate, à revelia completa da ínsita união incorruptível e harmônica que lhes deveria ser característica principio lógica, o Estado entra em crise. Tratar-se-ia de uma problemática similar ao câncer, nome concedido a um conjunto de inúmeras doenças que têm em comum o crescimento desordenado, ou seja, maligno, de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se , por meio da metástase, para outras regiões do corpo. Assim, tem-se que o Estado não pode transformar-se em um monstro teratológico que carrega em seus genes as nefastas características da natureza humana, tal qual foi a discórdia observada em relação ao tema da titularidade, exclusiva ou não, da investigação criminal. A elegância do diálogo pretérito entre os órgãos incumbidos de promover a pacificação social é sempre de bom tom, pois, conforme o dizer de Dallari, o ser "apolítico" ou é um animal ou um Deus. 12 Nesse diapasão, também se viu determinada problemática entre Polícia Civil e Polícia Militar, após o advento, no cenário jurídico pátrio, dos Juizados Especiais Criminais. 2. RESPONSABILIDADE DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL O Art. 144 da Constituição traz que: A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: Polícia federal; Polícia rodoviária federal; Polícia ferroviária federal; Polícias civis; Polícias militares e corpos de bombeiros militares. Quando se fala em incolumidade, estamos falando de algo, como a vida por exemplo, que está sendo protegido e seguro. A Policia Federal, apura infrações contra a União e de repercussão interestadual e internacional; visa combater o tráfico de drogas; policiamento marítimo, de aeroportos e fronteiras; polícia judiciaria da União. A Polícia Rodoviária Federal, tem a função de patrulhamento ofensivo das rodovias federais. A Polícia Ferroviária Federal, tem a função de patrulhamento ofensivo das ferrovias federais. Essas três primeiras são organizadas e mantidas pela União. Polícia Civil, tem a função de polícia judiciária e apuração de infrações penais. Exceto se cometidos por militares, pois estas, são investigadas pela Justiça Militar. Policia Militar, tem a função ostensiva e preservação da ordem pública. https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_144_.asp https://www.politize.com.br/policia-federal-qual-importancia/ https://www.politize.com.br/policia-civil/ https://www.politize.com.br/policia-militar/ 13 Corpo de Bombeiros, tem a função de execução de atividades da defesa civil, atuando também em casos de desastres naturais. Esses, são subordinados aos Governadores de Estado e do Distrito Federal. 3. QUEM MATA E QUEM MORRE NO BRASIL O perfil de quem mata e morre no país é o mesmo: homens negros, com baixa escolaridade e renda, moradores de periferia e com idade de até 29 anos. Além disso, especialistas dizem que tais crimes geralmente estão relacionados ao tráfico de drogas e atuação de facções criminosas. 71% das vítimas de homicídio no Brasil são negras. A construção social do nosso país se correlaciona ao problema da segurança pública nacional, assim como o perfil dos principais atores envolvidos. No ano de 1888 a escravidão foi abolida no Brasil, mas não foram criadas políticas públicas de inclusão e trabalho para a comunidade negra. É só reparar nos empregos que não exigem tanta qualificação e, consequentemente, pagam salários menores. Eles são ocupados, em sua maioria, por negros. Ainda existe a falha do Estado em fornecer acesso digno à moradia, escolas e serviços básicos e de direito dos cidadãos. Somado a isso, a criminalização dessas pessoas foi naturalizada, fazendo com que as periferias se tornassem o único refúgio. Ainda podem ser mencionados diversos recortes da violência no país, como os feminicídios, os assassinatos brutais contra a população LGBTI+ e as mortes relacionadas às polícias civis e militares. Em um ranking mundial de 83 países, o Brasil ocupa a quinta posição em homicídios femininos, com uma taxa de 4,8 assassinatos para 100 mil mulheres, das quais 65% são negras. Foram 4.606 mulheres assassinadas em 2016, além de 49.497 casos de estupro registrados. No que diz respeito à comunidade LGBTI+, ocorre um assassinato por dia relacionado à homofobia. Além disso, nós somos o país que mais mata transexuais no mundo. Em 2016, 453 policiais civis e militares brasileiros foram vítimas de homicídio e, no mesmo ano, 4.222 pessoas foram mortas durante ações desses órgãos policiais. Essa instituição brasileira é a que mais mata e morre no mundo, superando até mesmo paísescom índices de violência mais elevados, como Honduras, na América Central. https://www.politize.com.br/cotas-raciais-no-brasil-o-que-sao/ https://www.politize.com.br/cotas-raciais-no-brasil-o-que-sao/ https://www.politize.com.br/pcc-e-faccoes-criminosas/ https://www.politize.com.br/abolicao-da-escravatura-brasileira/ https://www.politize.com.br/politicas-publicas-o-que-sao/ https://www.politize.com.br/indice-de-negros-em-cargos-politicos-e-baixo/ https://www.politize.com.br/indice-de-negros-em-cargos-politicos-e-baixo/ https://www.politize.com.br/quiz-violencia-contra-mulher/ https://www.politize.com.br/lgbt-historia-movimento/ https://www.politize.com.br/homofobia-o-que-e/ 14 4.OS DESAFIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL E POLÍTICAS PARA A SUA SOLUÇÃO Como é de conhecimento de todos a segurança pública no Brasil consiste em um problema grave. Na teoria, pensar em segurança envolve os órgãos policiais e o Corpo de Bombeiros, além do Ministério da Justiça, controle de fronteiras e sistema carcerário, por exemplo. Na prática, e no nosso recorte de segurança pública nas ruas, o termo é reduzido e diretamente associado à Polícia Militar. Ligado a essa associação, a maioria dos brasileiros têm uma visão negativa sobre o desempenho desses profissionais. Os números apontam que cerca de 70% da população do país não confia na instituição militar e 63% não está satisfeita com a sua atuação. Atribuir à Polícia Militar a responsabilidade de enfrentar e diminuir a violência é um fardo muito pesado e, por muitas vezes, não muito efetivo. Os crimes contra a vida deveriam ser tratados de uma forma intersetorial. Ou seja, com a implementação de políticas públicas inteligentes que englobam o investimento não só em policiamento, mas também em esporte, lazer, educação, saúde e acesso ao trabalho, por exemplo. De uma forma geral, deve-se entender que tudo está conectado e, portanto, não se diminui a violência nas cidades sem que haja ações de melhoria na qualidade de vida dos principais atores que a promovem. A violência no Brasil atinge todas as classes sociais, logo, as políticas públicas e a ação do Estado devem envolver desde os bairros de elite, até as comunidades mais vulneráveis. Pensando dessa maneira, no dia 16 de maio de 2018, o Senado Federal aprovou o projeto de lei 19/2018 para a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O Susp objetiva a integração dos órgãos nacionais de segurança, como as polícias, secretarias estaduais de segurança e guardas municipais, para que atuem de forma cooperativa e sistêmica. Além disso, o projeto também institui a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), que propõe a ação conjunta da sociedade e dos órgãos de segurança e defesa social da União, estados, Distrito Federal e municípios. Pelo fato de o Brasil ser um país continental, desigual e com inúmeras peculiaridades, é de extrema importância que ações sejam tomadas nas esferas menores, como a municipal, políticas públicas eficientes no enfrentamento da https://youtu.be/AaFlJYsavTA https://youtu.be/AaFlJYsavTA https://www.politize.com.br/5-palestras-ted-politicas-publicas/ https://www.politize.com.br/5-palestras-ted-politicas-publicas/ https://www.politize.com.br/camara-e-senado-qual-diferenca/ https://www.politize.com.br/camara-e-senado-qual-diferenca/ http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/521605-CRIACAO-DO-SISTEMA-UNICO-DE-SEGURANCA-PUBLICA-E-APROVADA-EM-COMISSAO.html http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/521605-CRIACAO-DO-SISTEMA-UNICO-DE-SEGURANCA-PUBLICA-E-APROVADA-EM-COMISSAO.html https://www.politize.com.br/seguranca-publica-no-municipio/ 15 violência podem ser amplamente desenvolvidas pelas cidades, no que diz respeito à prevenção de delitos e diminuição de situações que possibilitem a ocorrência de crimes. 5. AS POLÍTICAS DE SEGURANÇA E SEUS IMPACTOS PARA DESTRUIR O CRIME Há uma grande deficiência nas chamadas Políticas de Segurança aplicadas em nosso sistema e convém neste ponto, realçar que em todo o país a manutenção da segurança interna, deixou de ser uma atividade monopolizada pelo Estado. Atualmente as funções de prevenção do crime, policiamento ostensivo e ressocialização dos condenados estão divididas entre o Estado, a sociedade e a iniciativa privada. Entre as causas dessa deficiência estão o aumento do crime, do sentimento de insegurança, do sentimento de impunidade e o reconhecimento de que o Estado apesar de estar obrigado constitucionalmente a oferecer um serviço de segurança básico, não atende sequer, às mínimas necessidades específicas de segurança que formam a demanda exigida pelo mercado. Diversos acontecimentos têm-nos provado que é impossível pensar num quadro de estabilidade com relação à segurança pública de tal maneira que se protegesse por completo dos efeitos da criminalidade em sentido amplo. Porém, isso não significa que o Estado tenha de lavar as mãos e conformar-se com o quadro, devendo, portanto, tomar medidas sérias e rígidas de combate à criminalidade e à preservação da segurança nacional, adotando novas soluções tanto no quadro jurídico e institucional como no operacional que estejam à altura da sofisticação da criminalidade. Não se pode sustentar em políticas de combate à criminalidade deficitária e que não atingem o bem comum, em procedimentos lentos e sem eficácia, pois não configuram respeito aos direitos fundamentais. Os investimentos em segurança pública estão muitíssimo aquém do que seria necessário para se começar a pensar em oferecer segurança. Uma grande prova, é o crescimento dos gastos dos estados e municípios para combater a violência em contraposição aos investimentos federais que caem paulatinamente. 16 A consequência é que o número de encarcerados cresce a cada dia, de maneira assustadora sem que haja capacidade do sistema prisional de absorver esses excluídos da sociedade. O déficit de nosso sistema prisional é titânico e, lamentavelmente o estado não consegue disponibilizar novas vagas e, basta acompanhar os jornais, para que nossas perspectivas tornem-se, ainda mais desanimadoras. Proporcionalmente, os Estados Unidos investem 70 vezes mais que o Brasil no combate à violência, nossos índices nos apontam como um país 88 vezes mais violento que a França. Com o surgimento do chamado Estado de Direito, o poder de polícia, incorporou valores sociais, podendo a ser definido como sendo a atividade administrativa que envolve o Estado na finalidade impor limites e educar o exercício dos direitos e das liberdades dos cidadãos, objetivando, em proporções capazes de preservar a ordem pública, o atendimento aos valores mínimos inerentes da convivência social, destacando-se a segurança pública, a saúde, a dignidade e outros valores. O combate à violência é parte de um contexto onde há um clamor social intenso tornando necessária implementação de uma série de ações governamentais voltadas à solução desse problema, é óbvio que a vontade política e social é o ponto de partida dessa luta. 6. A CRISE DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL Haja toda uma estrutura (artigo 144, da CF), órgãos de segurança e um regramento jurídico com a finalidade de garantir a Segurança Pública no país, a população brasileira vive sob a sensação de total insegurança, pois há um verdadeiro caos na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Várias dificuldades podem ser apontadas, como, por exemplo, a impunidade, a corrupção na Administração Pública, a morosidade da Justiça, o aumento das taxas de homicídio e de outros crimes violentos, a prática de crimes e abuso de autoridade por parte de policiais, linchamentos ovacionados nas redes sociais, a ineficiência das 17 investigações policiais, a falência do sistema carcerário nacional e as dificuldades relacionadas à reforma da JustiçaCriminal, do Código Penal e do Código de Processo Penal. Além disso, temos a crise nos órgãos de Segurança Pública, pois, em regra, não há uma remuneração condizente com o exercício da profissão, a estrutura e preparação são bastante precárias. Destaca-se que quem mais sofre são os Estados, pois estão comprometidos pela crise fiscal e pelo descontentamento dos seus servidores públicos. Infelizmente, até hoje, o Estado, em razão da atual crise política e econômica, não conseguiu enfrentar o tema com seriedade e discernimento. O único debate recente foi à ampliação das alternativas criminais e o questionamento sobre a atual política de superlotação do sistema prisional brasileiro, isso em razão das recentes rebeliões e assassinatos ocorridos em alguns presídios nacionais. Na verdade, o anúncio de falência no sistema carcerário já é ouvido de longa data, mas, infelizmente, no Brasil, só se legisla abaixo de pressão social ou midiática ou por interesses políticos de alguns. Pelo exposto, entende-se que é fundamental e urgente uma nova postura estatal sobre a Segurança Pública no país, faz-se necessária a implementação de políticas públicas responsáveis, também a adoção de políticas de prevenção efetivas, com participação de todos os entes da federação e da sociedade civil por meio das audiências públicas. Também o Estado deve preocupar-se com um maior controle no recolhimento de armas ilegais, com o investimento na educação e nas oportunidades de profissionalização das pessoas que vivem em comunidades carentes, em especial para os jovens e grupos sociais considerados vulneráveis. Quanto aos agentes de Segurança Pública, precisa-se de uma polícia bem treinada, capacitada e equipada para enfrentar a criminalidade organizada. Assim, deve-se propiciar um debate sobre a possibilidade da unificação das polícias e a 18 reestruturação do ensino policial, com a adoção de um sistema de cursos de pós- graduação, novas técnicas de investigação, prevenção e etc. A crise deve ser combatida com inteligência e perspicácia dos órgãos da persecução criminal e não com a acomodação ou a simples retórica das autoridades públicas, assim, além da restruturação dos órgãos de polícia, deve-se discutir cada vez mais a adoção da intervenção mínima do Direito Penal para pequenos delitos, evitando-se, destarte, o encarceramento em massa. Também deve ser realizada uma revisão da atual política criminal de combate às drogas no Brasil (esta superlota os presídios e comanda facções criminosas). 7. CONCEITO DE SEGURANÇA PÚBLICA DOS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS, CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL A segurança pública vem elencada em diversos tratados e convenções internacionais tendo em vista a importância dela na manutenção e consolidação dos Estados Democráticos de Direito. Os tratados e convenções obrigam os signatários a desempenharem as vontades por eles ratificadas sob pena de serem acionados na esfera judicial internacional, seja na Corte Internacional de Justiça ou Tribunais Regionais. Não há de se olvidar antes mesmo de se firmarem tratados e convenções que contemplassem a segurança pública ao patamar internacional, algumas Declaração já se preocupam em elencar a segurança como direito do cidadão. Nesse diapasão a Declaração de Direitos da Virgínia, de 1776, mencionava em seu artigo 1º que todos os homens nascem livres e tem direitos a liberdade, a vida, propriedade, de procurar a felicidade e de ter segurança (RODRIGUES, 2009). A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1789, inspirada na Revolução Americana estabeleceu, em seus 17 (dezessete) artigos, os diversos direitos fundamentais do homem sob uma perspectiva universal. Aduziu em seu artigo 2º, que o fito da associação política é preservar os direitos imprescindíveis do homem, entendidos como o direito à liberdade, propriedade e à segurança. Para https://jus.com.br/tudo/propriedade 19 garantir esses direitos é necessário de uma força pública que tenha a confiança da população para agir em prol da coletividade, não devendo, jamais, agir com foco em interesses particulares (RODRIGUES, 2009). Um dos documentos responsáveis pela inserção do indivíduo como sujeito de direitos na Ordem Internacional foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Em 10 de dezembro de 1948, por meio da Resolução 217A, a declaração foi apresentada ao mundo, valendo apenas como recomendação. Todavia, é referência para todas as normas nacionais e internacionais de direitos humanos (RODRIGUES, 2009). A Declaração Universal dos Direitos Humanos sintetizou os valores comuns de toda a humanidade, reunindo em um dispositivo três decisivos e fundamentais direitos. O Art. 3º aduz: “Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal (RODRIGUES, 2009, p. 139)”. Assim o direito a segurança vem intrinsicamente ligado a outros direitos, tendo em vista que a efetiva prestação da segurança proporcionará aos cidadãos o exercício pleno de vários direitos fundamentais, dentre eles: a vida, a liberdade e a propriedade. Não há de se olvidar que a Ordem Pública engloba a segurança pública, salubridade, tranquilidade e a dignidade da pessoa humana. Sob esse contexto, o artigo 29, inciso II, da Declaração dos Universal dos Direitos do Humanos, alega o dever de o Estado respeitar os direitos fundamentais para alcançar o bem-estar social e garantir a ordem pública (REPRESENTAÇÃO DA UNESCO NO BRASIL, 1998). Portanto, a Declaração entende que a segurança pública tem por escopo assegurar a efetividade dos direitos e liberdades fundamentais, oportunizando o exercício da cidadania e o convívio harmônico em sociedade. Neste ínterim, a Declaração Americana do Direitos e Deveres do Homem, de 1948, aprovada na IX Conferência Internacional Americana da Organização dos Estados Americanos (OEA), prescreve no artigo 1º: “todo ser humano tem direito à vida, e a segurança de sua pessoa (MARCILIO, S/Data). https://jus.com.br/tudo/direitos-humanos https://jus.com.br/tudo/direitos-humanos https://jus.com.br/tudo/cidadania 20 Nos artigos 16 e 28, respectivamente, contempla a segurança social como direito fundamental; os direitos do homem sofrem limitações quando conflitantes com direitos do próximo, priorizando a segurança de todos para alcançar o bem-estar geral e o desenvolvimento democrático (MARCILIO, S/Data). Da mesma forma a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, de 1953, elenca em seu artigo 5º: Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança (TRIBUNAL EUROPEU DOS DIREITOS DO HOMEM, S/ Data). Vislumbra-se que a preocupação em estabelecer o direito à segurança nas convenções ditas alhures, tem por alicerce incutir aos estados a obrigação de efetivamente proporcionar segurança aos cidadãos, porquanto, verifica-se, que o exercício de outros direitos decorre do direito à segurança. Sob o mesmo ponto de vista, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), de 1969, entrou em vigor em 1978, somente ratificada pelo Brasil em 1992, alega vários dispositivos referentes à segurança, em especial, o artigo 7º que mensura o direito de liberdade e segurança (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, S/ Data). Em suma, o conceito de segurança pública a nível internacional vem sendo compreendido sob uma perspectiva mais complexa do que em anos anteriores. Isso porque, a segurança pública vai além da esfera policial, incluindo problemas que tem impacto direto na vida das pessoas, como a violência de gangues, a criminalidade, o tráfico de drogas, armas e de seres humanos. (RODRIGUES, 2009) Não é por acaso que o direito à vida, à liberdade e à segurança estão elencados em praticamente todos os Tratados e Convenções Internacionais. O verdadeiro significado e objetivo da segurançapública não é demonstrado apenas no fato de não ser roubado, agredido, violentado, mas de ser amparado quando estiver doente, de ser atendido e protegido pelo Estado para recompor a sua vida (RODRIGUES, 2009). Importa salientar que a Constituição Federal de 1988, destaca a relevância da segurança pública conferida pelo Poder Constituinte Originário ao estabelece-la como valor supremo da sociedade brasileira já em seu preâmbulo (SOUZA, 2008). https://jus.com.br/tudo/poder-constituinte 21 A Constituição da República de 1988, no artigo 5º, caput, institui a segurança pública como status de direito fundamental assegurando aos brasileiros e estrangeiros o direto à vida, liberdade, igualdade, propriedade e segurança (BRASIL, 1988). Denota-se que a segurança também está ligada a ordem social isso porque ao mesmo tempo é tratada como um direito social no artigo 6º, caput, da Lei Fundamental de 1988. Portanto, assevera-se que a segurança é um dos objetivos do Estado que proporciona ao cidadão o alcance dos seus próprios objetivos (SOUZA, 2008). Segundo Souza (2008), a segurança pública pode ser compreendida como proteção da existência do Estado Democrático de Direito, agindo na segurança externa e interna do país. Está efetivada pelos órgãos polícias elencados no artigo 144 da Constituição Federal de 1988, podendo, em casos excepcionais, ser exercida pelas forças armadas. No tocante a segurança externa a competência é das forças armadas. Sendo assim as forças armadas podem intervir na segurança interna para garantia da lei e da Ordem, conforme preconiza o artigo 3º do Decreto 3.897, de 2001, dispõe: Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, objetivando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, porque esgotados os instrumentos a isso previstos no art. 144 da Constituição, lhes incumbirá, sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de polícia ostensiva, como as demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência, constitucional e legal, das Polícias Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Consideram-se esgotados os meios previstos no art. 144 da Constituição, inclusive no que concerne às Polícias Militares, quando, em determinado momento, https://jus.com.br/tudo/ordem-social 22 indisponíveis, inexistentes, ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional (BRASIL, 2001). Impende mencionar que o Decreto 88.777/83 elenca de forma mais genérica, abordando o conceito de segurança pública como um desdobramento da Ordem Pública. Essa entendida como: conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento jurídico da Nação, tendo por escopo regular as relações sociais de todos os níveis, do interesse público, estabelecendo um clima de convivência harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo Poder de Polícia, e constituindo uma situação ou condição que conduza ao bem comum. (BRASIL, 1983). Neste contexto, a segurança pública na legislação infraconstitucional pode ter o conceito de Garantia da Lei e da Ordem, tendo em vista a possibilidade do emprego das Forças Armadas, em casos de os órgãos precipuamente incumbidos de prestarem a segurança interna estiverem ineficientes ou inoperante, na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. (BRASIL, 2013). Portanto, os órgãos policiais e as Forças Armadas são elementos essenciais para garantir o convívio pacífico e harmonioso das pessoas, além de garantirem a própria subsistência do Estado. Em síntese, a segurança pública é considerada um direito fundamental que assegura o exercício de todos os direitos do ordenamento jurídico brasileiro, efetiva o exercício da cidadania, consolida o Estado Democrático de Direito, correspondendo ao estado de ordem, que enseja proteção e ausência de perigo ao cidadão, auxiliando o cidadão a recompor a sua vida (VALENTE, 2012). 8. SEGURANÇA PÚBLICA COMO CONDIÇÃO PARA CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO CONSTITUCIONAL E DEMOCRATICO DE DIREITO A segurança pública assumiu um papel fundamental no Estado Democrático de Direito, não devendo ser compreendida, erroneamente, como restrição de direitos de liberdade e garantias, mas deve ser entendida como meio de garantir o exercício dos demais direitos e liberdades fundamentais, possibilitando um convívio pacífico e harmonioso em sociedade. Não há de se olvidar que o Estado para efetivar a segurança pública vai restringir determinados direitos em benefício do bem comum. No entanto, essa 23 restrição e momentânea e indispensável ao estabelecimento da Ordem Pública, podendo, dentro dos limites da proporcionalidade e legalidade, valer-se do uso legítimo da força para desempenhar a missão constitucional de efetivar a segurança pública. A segurança pública diante do seu papel fundamental na garantia dos direitos e da consolidação do Estado Constitucional Democrático de Direito vem elencada em diversos Tratados e Convenções internacionais, que tratam a segurança pública como uma condição essencial para o exercício dos direitos elencados na ordem jurídica, assegurando a estabilidades dos poderes constituídos e o bem comum. Impende mencionar que a Constituição Federal de 1988 destacou a importância segurança pública, nos artigos 5º, 6º e, especificadamente, no artigo 144, como um direito fundamental que deve ser assegurado a todos, aduzindo ser um dever do Estado e responsabilidade de todos para resguardar o direito à vida, propriedade, liberdade e propriedade É clarividente, conforme preceitua o artigo 144 da Constituição Federal de 1988, que a sociedade tem responsabilidade na efetivação da segurança pública. Assim, as políticas de segurança públicas devem ser desenvolvidas pelos poderes públicos e pela sociedade. Enfim, a segurança pública é considerado um direito fundamental que transcende em um convívio pacífico e harmonioso dos indivíduos em sociedade, englobando uma gama de outros direitos, cujo objeto é concretizar os direitos fundamentais, assegurando o respeito à dignidade da pessoa humana. 24 CONCLUSÃO A Segurança Pública como vimos neste artigo, tem duas palavras que com o passar das décadas continuam marcantes, são elas: POLICIA E REPRESSÃO. A repressão, tem uma conexão direta com a ditadura. A polícia é um órgão de conservação e de garantia da paz e da tranquilidade pública. Mesmo após o fim da ditadura essa impressão da segurança pública permanece ate os dias de hoje. O Ministério Público pode participar da fixação e alterações da política de segurança pública do Estado, na qualidade de defensor da sociedade e dos direitos individuais indisponíveis, sociais, coletivos e difusos, O Ministério Público pode participar ampla e irrestritamente da política de segurança pública, desde a sua formulação, fixação e alterações até a fiscalização, acompanhamento da execução e exigência da sua aplicação pelos organismos estatais, administrativa ou judicialmente. A participação do órgão de acusação pode ser por meio de audiências públicas, contatos e gestões administrativas junto ao Executivo ou pela utilização do inquérito civil e da ação civil pública. O artigo 144 da Constituição Federal, fala que a Segurança Pública é direito e responsabilidade de todos, e um dever do Estado, é exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal; Polícia Civil; Polícia Militar; Corpo de Bombeiro Militar, vale lembrar que em 2019 foi acrescentado a esse rol os Agentes Penitenciários. A Segurança Pública no Brasil consiste em um problema grave. Os números apontam que cerca de 70 % (setenta por cento)da população do país não confia nas instituições de segurança. A população brasileira vive sob a sensação de total insegurança. É importante ressaltar que as Forças Armadas e Órgãos Policiais são elementos essenciais para a Segurança Pública, e que pior seria a situação de toda a população sem os mesmos. 25 Certo é que necessita de investimentos, de melhorias, uma vez que a Segurança Pública é um direito fundamental que transcende em um convívio pacífico e harmônico entre indivíduos e sociedade. 26 BIBLIOGRAFIA SAPORI, Luís Flávio. Segurança Pública no Brasil – Desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV, 2007. BOLZAN DE MORAIS, José Luis. As crises do Estado e da Constituição e a transformação espacial dos direitos humanos. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002. Pág. 24. BOLZAN DE MORAIS, José Luis. As crises do Estado e da Constituição e a transformação espacial dos direitos humanos. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002. Pág. 25. CF, art. 144, § 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares -. CF, art. 127 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis -. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, 9ª ed. São Paulo: Ed. Rideel, 2003. MIRABETE, Júlio Fabrini. Processo Penal. 13º ed. São Paulo: Ed. Atlas S.A. 2002.
Compartilhar