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ASMA Broncodilatadores: SIMPATICOMIMÉTICOS, XANTINAS E PARASSIMPATICOLÍTICOS Anti-inflamatórios: CORTICÓIDES, MODULADORES DE HISTAMINA E ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS Imunomoduladores: OMAZILUMABE FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 1 ANTIASMÁTICOS - broncodilatadores FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 2 SIMPATICOMIMÉTICOS Beta2 agonista adrenérgico de ação curta - BACAs Beta2 agonista adrenérgico de ação longa - BALAs XANTINAS PARASSIMPATICOLÍTICOS Agonistas B2 → adenilatociclase→ AMPc→ relaxamento do musculo liso das vias aéreas independente do desencadeante Terapêutica de urgência Pode estimular taquicardia, tremores e hipocalemia SALBUTAMOL Início de ação: 5-30 minutos. Alívio de 4 a 6 horas. Usados no tratamento sintomático do broncoespasmo e dão alívio rápido na broncoconstrição aguda. Todos os pacientes asmáticos devem receber um inalante BACA. B2-agonistas não têm efeito anti- inflamatório e nunca devem ser usados como terapêutica única para os pacientes com asma crônica. A monoterapia pode ser apropriada para pacientes com asma intermitente ou broncoespasmo induzido por exercício. B2-agonistas seletivos de ação direta incluem o salbutamol e o levossalbutamol. Provem broncodilatação significativa com poucos efeitos indesejados de estimulação A ou B1 EA: taquicardia, hiperglicemia, hipopotassemia e hipomagnesemia, são minimizados quando os fármacos são administrados por inalação, em vez de por vias sistêmicas. Podem causar tremores dos músculos esqueléticos mediados por B2. SALMETEROL Duração de longa ação, proporcionando broncodilatação por pelo menos 12 horas. Não devem ser usados para o alívio rápido de um ataque de asma agudo. A monoterapia é contraindicada, devendo ser usada apenas combinada com um medicamento que controle a asma. Os corticosteroides por via inalatória (CSIs) permanecem como os fármacos de escolha para o controle da asma de longa duração, e os BALAs são considerados úteis como tratamento auxiliar para esse controle. Alguns BALAs estão disponíveis em produtos associados com um CSI. Os efeitos adversos são similares aos dos BACAs. ❖ Hipotassemia = diminuição de potássio ❖ Hipomagnessemia = diminuição de magnésio Inibição fosfodiesterase → acúmulo AMPc→ efeito anti-inflamatório e broncodilatador Casos de difícil controle Cefaleia, náuseas, vômitos,dor abdominal, refluxo gastroesofágico, risco de arritmias e hipotensão em doses elevadas Bloqueadores muscarínicos (M1, M2 e M3) da musculatura lisa brônquica → não antagonizam todos os desencadeantes Pouco absorvidos na via respiratória Boa tolerância associados a beta2 agonistas Gosto amargo, tosse e boca seca TEOFILINA Promove alívio na obstrução das vias aéreas na asma crônica e diminui seus sintomas. Possui atividade anti-inflamatória, embora o mecanismo seja obscuro. Foi a base do tratamento da asma, sendo amplamente substituída pelos B2-agonistas e corticosteroides, devido à estreita janela terapêutica, ao perfil de efeitos adversos e ao potencial de interações medicamentosas. Dosagens excessivas podem causar convulsões ou arritmias potencialmente fatais. É biotransformada no fígado e é substrato de CYP1A2 e CYP3A4. Tem numerosas interações medicamentosas. Deve ser feita monitoração da concentração sérica quando a teofilina é usada cronicamente. IPRATRÓPIO Bloqueia a contração dos músculos lisos das vias aéreas e a secreção de muco mediadas pelo vago. Não é recomendado para o tratamento de rotina do broncoespasmo agudo na asma, pois tem início de ação muito mais lento do que os BACAs. Pode ser útil em pacientes incapazes de tolerar BACAs ou pacientes com DPOC concomitante. Também oferece vantagem adicional quando é usado com um BACA para o tratamento de crises agudas de asma em prontos-socorros. Efeitos adversos: xerostomia e gosto amargo, são relacionados com os efeitos anticolinérgicos locais. SALBUTAMOL SALMETEROL EPINEFRINA ANTIASMÁTICOS – anti-inflamatórios FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 3 CORTICÓIDES MECANISMO DE AÇÃO AÇÕES NO PULMÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO EFEITOS ADVERSOS Eficácia anti-inflamatória no tratamento da asma → grandes benefícios controle Redução de mastócitos, eosinófilos, linfócitos T e células dendríticas nos brônquios Tratamento padrão de manutenção Inibem a liberação de ácido araquidônico por meio da inibição da fosfolipase A2, produzindo, assim, efeito anti-inflamatório direto nas vias aéreas. Efeito imediato: interações com catecolaminas para mediar o relaxamento da musculatura brônquica. Eficaz no controle da asma em longo prazo em crianças e adultos. Para controlar a inflamação de modo eficaz, os glicocorticoides devem ser usados regularmente. A asma grave e persistente pode exigir o uso de glicocorticoide oral, por um curto período de tempo Ligam-se a receptores intracelulares citoplasmáticos específicos nos tecidos-alvo. Os receptores glicocorticoides são amplamente distribuídos pelo organismo. Inibem a habilidade dos leucócitos e dos macrófagos de responder a mitógenos e antígenos. Também diminuem a produção e a liberação de citocinas pró- inflamatórias. Inibem a fosfolipase A2, que bloqueia a liberação de ácido araquidônico (o precursor de prostaglandinas e leucotrienos) dos fosfolipídeos ligados à membrana. Acredita-se que a diminuição da produção de prostaglandinas e leucotrienos é fundamental à ação anti-inflamatória. Estes fármacos influenciam a resposta inflamatória estabilizando membranas de mastócitos e basófilos, o que resulta em menor liberação de histamina. Não afetam diretamente o músculo liso das vias aéreas. Ao contrário, os CSIs inalados visam diretamente à inflamação subjacente das vias aéreas, diminuindo a cascata inflamatória (eosinófilos, macrófagos e linfócitos T), revertendo o edema de mucosa, diminuindo a permeabilidade dos capilares e inibindo a liberação de leucotrienos. Após vários meses de uso regular, os CSIs reduzem a hiper-reatividade do músculo liso das vias aéreas a vários estímulos broncoconstritores, como alérgenos, irritantes, ar frio e exercício. Inalação: O desenvolvimento de CSI reduziu acentuadamente a necessidade do tratamento corticosteroide sistêmico para controle da asma. Contudo, como com todas as medicações inalatórias, a técnica de inalação apropriada é crítica para o sucesso do tratamento. Oral/sistêmico: Os pacientes com agravamento da asma podem precisar de metilprednisolona por via IV ou prednisona por VO para diminuir a inflamação das vias aéreas. Na maioria dos casos, não ocorre supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal durante o breve curso do “pico” de prednisona por VO, usado geralmente nas crises asmáticas. Por isso, não é necessária a redução gradual da dosagem antes da suspensão. Os glicocorticoides administrados por VO ou parenteral têm uma variedade de efeitos adversos potencialmente graves, ao passo que os CSIs se forem usados com o espaçador, apresentam poucos efeitos sistêmicos. A deposição do CSI na mucosa oral e laríngea pode causar candidíase orofaríngea (devido à imunossupressão local) e rouquidão. Os pacientes devem ser aconselhados a lavar a boca com água fazendo gargarejo para diminuir esses efeitos adversos. Retarda o crescimento em crianças, glaucoma, distribuição centrípeta da gordura corporal, osteoporose, aumento do risco de infecções e de diabetes, aumento do apetite, distúrbios emocionais, hipotassemia, hipertensão e edema periférico. ANTIASMÁTICOS – anti-inflamatórios e imunomoduladores FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 4 MODULADORES DE HISTAMINA ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS - LTs LTs - MONTELUCASTE IMUNOMODULADOR Bloqueio de canais de Cl e modulação de mastócitos 2ª linha de manutenção em asma leve em crianças → evitar efeitosdos corticoides no crescimento Praticamente isentos de efeitos adversos → amargo na boca, rouquidão leve e tosse. Baixa eficácia como antiasmáticos → redução de eosinófilos circulantes Raros efeitos adversos → cefaleia, dor abdominal, rash cutâneo Zileutona → hepatite química reversível dos pacientes (controle mensal) Os leucotrienos (LTs) B4 e os cisteinil- leucotrienos LTC4, LTD4 e LTE4 são produtos do metabolismo do ácido araquidônico pela via da 5-lipoxigenase e parte da cascata inflamatória. A 5- lipoxigenase é encontrada em células de origem mieloide, tais como mastócitos, basófilos, eosinófilos e neutrófilos. O LTB4 é um potente atraidor químico de neutrófilos e eosinófilos, ao passo que os cisteinil-leucotrienos promovem contração de músculos lisos bronquiolares, aumentam a permeabilidade endotelial e promovem a secreção de muco. Previnem os sintomas da asma, não devem ser usados em situações em que é necessária a broncodilatação imediata. Os antagonistas do receptor LT também são eficazes na prevenção do broncoespasmo induzido por exercício. Farmacocinética: É ativo por via oral e se liga extensamente às proteínas. É biotransformado no fígado. Sofre excreção biliar. Efeitos adversos: Ocorre elevação das enzimas hepáticas no soro, exigindo monitoração periódica e interrupção do tratamento quando as enzimas excedem em 3 a 5 vezes o limite normal superior. Outros efeitos incluem cefaleia e dispepsia. Omalizumabe → anticorpo monoclonal que inibe a ligação IgE em receptires de basófilos e mastócitos, inibindo broncoconstrição induzida por alérgenos → asma alérgica de difícil controle Apenas em pacientes IgE 30-700 UI/ml → elevado Risco de anafilaxia e alto custo CROMOLINA Anti-inflamatório profilático que inibe a desgranulação e a liberação de histamina dos mastócitos. Tratamento alternativo contra a asma leve persistente. Não é útil no manejo dos ataques agudos de asma, pois não é um broncodilatador. Está disponível como solução para nebulização. Devido a sua curta duração de ação, este fármaco exige 3 – 4 dosificações/dia, o que afeta a aderência e limita o seu uso. EA: mínimos e incluem tosse, irritação e gosto desagradável. OMALIZUMABE Anticorpo monoclonal derivado de DNA recombinante que se liga seletivamente à IgE humana. Isso diminui a ligação do IgE ao seu receptor na superfície dos mastócitos e basófilos. A diminuição da ligação do IgE na superfície limita a liberação de mediadores da resposta alérgica. É indicado no tratamento da asma persistente moderada ou grave em pacientes que são mal controlados com o tratamento convencional. Seu uso é limitado devido ao elevado custo, à via SC e ao perfil de efeitos adversos. Efeitos adversos: reação anafilática grave (rara), artralgias e urticária. Foram relatadas malignidades secundárias. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 5 Exacerbação Aguda - crise • 1 – O2 3 l/min para manter SaO2 maior ou igual a 90% (95% em crianças e gestantes) • 2. Simpaticomimético por nebulização ou aerossol dosimetrado até 3 doses de agonista beta-2 a cada 10 – 30 minutos Se não houver melhora em até 60 minutos: • 1. Brometo de Ipratrópio + simpaticomimético por nebulização ou aerossol dosimetrado a cada hora • 2. Prednisona ou equivalente (60mg/VO) em crise moderada. Metilprednisolona (40-60mg/IV) ou Hidrocortisona (200mh/IV) em crise intensa FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 6
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