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Farmacologia Conceitos básicos em farmacologia O que é farmacologia? • Vem do grego: pharmakon • É o estudo da droga • O estudo dos efeitos dos fármacos no funcionamento de sistemas vivos • Estuda qualquer comporto biologicamente ativo Importância da farmacologia: • Compreender como um fármaco afeta um organismo • Compreender os efeitos terapêuticos ou não de um fármaco • Como escolher o fármaco correto • Posologia, (dosagem) e vias de administração O que é um fármaco: É uma substancia química que tem uma estrutura química conhecida, que não seja um nutriente e nem um ingrediente essencial da dieta, quando administrado a um ser viva produz um efeito biológico. Principio ativo: É a substancia que é responsável pelo efeito biológico, um fármaco pode ter mais de um principio ativo. Droga: Substancia capaz de modificar sistemas fisiológicos ou estados patológicos utilizada com ou sem intensão de benefício, se tem efeito benéfico é um fármaco, se tem efeito adverso é um agente toxico. Todo fármaco é uma droga, mas nem toda droga e um fármaco Medicamento: Preparação química que em geral contém um ou mais fármacos, administrado com a intenção de produzir determinado efeito terapêutico Forma farmacêutica: Um forma farmacêutica: pomada, comprimido, liquido, xarope, entre outras formas. Forma farmacêutica = substancia ativa + veiculo + corretivo A finalidade de se ter diferentes formas farmacêuticas é facilitar a administração, garantir a precisão da dose, proteger o princípio ativo, facilitar a aplicação. Remédio: É tudo aquilo que pode promover saúde e trazer bem estar, por tanto pode ser atividade física, meditação, yoga, massagem e por fim pode ser um medicamento Farmacocinética x farmacodinâmica: A farmacocinética estuda o que o organismo faz com o fármaco, o caminho do fármaco no organismo, a farmacodinâmica descreve como o fármaco atua no organismo. Farmacocinética: Estuda o que o organismo faz com o fármaco, qual o caminho dentro do corpo. • A farmacocinética avalia o sucesso ou insucesso de uma terapia • Avalia a extensão e velocidade com que o fármaco chega no local de ação • Prever condições não testadas experimentalmente Dividida em 4 etapas: 1- Absorção a partir do local de administração 2- Distribuição no organismo 3- Metabolização 4- Eliminação Fatores que determinam a via de administração: • Tipo de ação desejada • Rapidez desejada • Natureza do medicamento Absorção: • Cada forma farmacêutica apresenta uma velocidade de absorção • A absorção acontece através das membranas biológicas • Para um fármaco ser bem absorvido ele deve ser o mais parecido possível com a membrana • Regra do semelhante dissolve semelhante Fatores que afetam a absorção: • Lipossolubilidade e Hidrossolubilidade: o fármaco tem que ser o mais lipossolúvel possível para ter maior facilidade de absorção • Peso molecular • Concentração do fármaco • Estabilidade química • Forma farmacêutica • Carga elétrica Tipos de transporte pela membrana: • Difusão passiva • Difusão ativa • Transporte ativo • Endocitose Biodisponibilidade: • Concentração de fármaco na corrente sanguínea disponível para agir • Taxa e extensão que o fármaco administrado por um das vias alcança ao chegar na circulação sistêmica. • Exemplo: • 100mg ingeridos mas só 70mg chegam na circulação sistêmica, por isso a biodisponibilidade desse fármaco é de 70% Fatores que afetam a biodisponibilidade: • Características do fármaco • Características do paciente • Dose • Via de administração Distribuição: A medida com que o corpo absorve já vai distribuindo e o sistema circulatório é o principal responsável por essa distribuição. Fatores que afetam a distribuição: • Debito cardíaco • Fluxo sanguíneo Os medicamentos atingem quase todos os órgãos do corpo, menos: • Sistema nervoso central • Placenta • Testículos Metabolização: Processo que ocorre por meio de reações enzimáticas e tem como objetivo: • Inativar o fármaco para que ele seja eliminado • Gerar um metabolito ativo de droga ativa: gerar uma substancia adicional que contribui para os efeitos farmacêuticos • Ativação de uma droga inativa A metabolização tem duas fases: 1- Oxidação, redução e hidrolise para ativação das drogas 2- Reações químicas de conjugação para que o fármaco se torne hidrossolúvel e seja eliminado Interações medicamentosas: Fármacos indutores enzimáticos: induz a metabolização de outro fármaco Fármacos inibidores enzimáticos: inibem a metabolização de outro fármaco Excreção: Existem três principais vias de eliminação: • Biliar • Urinaria • Hepática Farmacodinâmica Avalia o mecanismo de ação dos medicamentos no organismo Fármaco não cria funções que não existem no organismo, ele somente modula as já existentes O efeito de um fármaco depende das funções que a célula já e capaz de executar O efeito é resultado do acoplamento do molécula em seu receptor. (o fármaco gera efeito após se ligar ao receptor que é geralmente proteico) Ação → função alterada → efeito Locais onde o fármaco pode se ligar: • Membrana celular • Núcleo • Canais iônicos • Enzimas Para produzir efeito farmacológico o fármaco precisa ter duas características principais: Afinidade pelo receptor: capacidade de se ligar Atividade intrínseca: capacidade de ativar um receptor, podem ser: • Agonista total: ativa totalmente o receptor • Agonista parcial: ativa boa parte dos receptores mas não todos • Agonista inverso: faz com que ocorra a estabilização do receptor, ele se liga no receptor e não permite com que outra molécula se ligue • Antagonista: se liga no receptor e faz com que a resposta não ocorra, mesmo que outra molécula se ligue no receptor. Pode ser reversível ou irreversível. Dessensibilizaçao do receptor: • Ocorre como medida protetiva do corpo • A exposição excessiva do receptor ao fármaco faz com que os receptores percam a capacidade de serem ativados • Diminuição do efeito do fármaco Sensibilização do receptor: Aumento da quantidade de receptores para que haja receptores reserva. Potência x eficácia Potência: quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito de determinada intensidade Eficácia: tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage com o receptor Interação medicamentosa: Modificações que acontecem na intensidade e na duração da resposta de um fármaco, devido a ingestão simultânea de outro fármaco, álcool ou determinados alimentos, que podem potencializar ou diminuir a ação do fármaco. O fármaco produz efeitos desejáveis e também indesejáveis, os indesejáveis podem ser não prejudiciais e prejudiciais. Classificação das interações químicas: • Aditiva: não ocorre alteração no efeito • Sinérgica: um medicamento mais o outro traz um efeito positivo maior que a soma do efeito dos dois • Potencialização: ocorre efeito toxico • Antagonismo: efeitos opostos Anti-hipertensivos O objetivo do tratamento com anti-hipertensivos é: Reduzir a morbidades vascular Diminuir o risco para doenças cardiovasculares Redução de lesão em órgãos alvo Manter a PA sistólica abaixo de 140 e a PA diastólica abaixo de 90 Classificados em: Diuréticos Inibidores do sistema nervoso central Vasodilatadores diretos Bloqueadores das canais de cálcio Inibidores da ECA (IECAS) Inibidores do receptor da ANG 2 (BRAS) Inibidores da renina Diuréticos: • Reduzem o volume e o debito cardíaco porem podem causar aumento da resistência periférica que pode normalizar em 6 a 8 semanas. • São o tratamento adequado para hipertensão leve e moderada • Aumentam a excreção de água e sódio • Seguros, baratos e eficazes Classes dos diuréticos: Poupadoresde potássio: Atuam no ducto coletor Não promovem a excreção de potássio Utilizados em associação com as outras classes para reverter a possível hipopotassemia causada por estes Podem atuar de diversas formas como a amilorida e triantereno que inibem o transporte de sódio epitelial e a espironolactona e eplerenona que atuam sendo antagonistas da aldosterona De alça: Atuam na alça de henle Bloqueiam a reabsorção de sódio e cloreto e diminuem a resistência vascular renal o que aumenta o fluxo sanguíneo renal. Causam a inibição reversível e competitiva do cotransportador de sódio-potássio-cloreto nos rins Tiazídicos: Atuam no túbulo contorcido distal Bloqueiam o NCC, cotransportador de cloreto e sódio Causam diminuição de debito, volume e resistência periférica Podem causar: hipopotassemia, hiperuricemia e hiperglicemia Beta bloqueadores: Atuam bloqueando os receptores beta causando diminuição do debito cardíaco e diminuição da atuação do sistema nervoso simpático Beta 1: é um receptor especifico do coração e tem função de aumentar o debito cardíaco, frequência e volume ejetado, também está associado a secreção de renina pelas células justa glomerulares Beta 2: receptor que se encontra em diversos locais como no pulmão, causando bronquiodilatação e nos músculos liso causando relaxamento visceral. Dessa forma existem: Betabloqueadores não seletivos como o propranolol, nadolol e pindolol que inibem beta 1 e 2 Betabloqueadores cardiosseletivos como o atenolol, metaprolol e nebivolol que inibem apenas beta 1 Além disso alguns betabloqueadores tem a ação vasodilatadora como um extra além das sua função como o carvedilol Efeitos adversos, os que não são seletivos tem mais efeitos adversos pois não agem somente no coração e não são indicados para pacientes com asma pois inibem a ação bronquiodilatadora. Alguns dos efeitos adversos são: hipotensão, bradicardia, fadiga, insônia e disfunção sexual Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAS) Primeira linha para tratamento de pacientes que tem hipertensão e mais alguma doença como, diabetes, AVE, ICC ou que já infartaram. Diminuem a resistência vascular periférica pois inibem a conversão de ANG 1 em ANG 2 (vasoconstritora). A ECA é responsável por degradar a bradicinina, um potente vasodilatador, e por isso quando ocorre a inibição da ECA mais bradicinina fica disponível. Também causam diminuição na secreção de aldosterona Efeitos adversos: tosse seca, erupção cutânea, hipopotassemia, hipotensão. Bloqueadores do receptor de angiotensina 2 (BRAS) Primeira linha de tratamento alternativo para os IECAS Bloqueiam AT1, receptor de ANG 2 Não interferem nos níveis de bradicinina Produzem vasodilatação e bloqueiam a secreção de aldosterona e reduzem a retenção de água e sal Efeitos adversos: os mesmo que os IECAS, mas em menor gravidade Inibidores da renina: Bloqueiam a ação da renina para que o restante da cascata não aconteça Não se recomenta a utilização do mesmo com nenhuma outra medicamento que também atue no SRAA pois aumenta a ocorrência de efeitos adversos Efeitos adversos: tosse, diarreia, angioedema Bloqueadores dos canais de cálcio: São antagonistas dos canais de cálcio, bloqueando-os causando menor capacidade de contração do musculo, causando relaxamento da musculatura lisa das arteríolas Classificados em: di-hidropiridinas: são vasoseletivos e por isso tem efeito vasodilatador maior não di-hidropiridinas: não são vasoseletivos efeitos adversos: hipotensão, edema periférico, cefaleia, vertigem e rubor. Vasodilatadores diretos: Representantes: Hidralazina e Minoxidil Relaxam diretamente a musculatura lisa vascular e assim diminuem a resistência periférica Não são utilizados como tratamento primário e são usados na hipertensão moderada e grave, sua retirada deve ser gradual Utilizados em conjunto com os betabloqueadores e diuréticos Um efeito adversos é o aumento da secreção de renina o que causa aumento da PA Efeitos adversos: retenção, taquicardia e hipervolemia Agentes de ação central/alfabloqueadores Clonidina e metildopa: agentes de ação central Atuam bloqueando os receptores de alfa 1 (alfabloqueadores) e ativam alfa 2 (agentes de ação central) Alfa 1: associado ao aumento da PA Alfa 2: promove menor liberação de noradrenalina, efeito simpático inibitório Tratamento não farmacológico: O tratamento inicial da HA deve ser realizado com medidas gerais, como: Diminuição da ingestão de sal: evitar alimentos industrializados e processados e não acrescentar sal aos alimentos prontos Manter o peso ideal Praticar atividade física regular Reduzir ou eliminar a ingestão de bebidas alcoólicas Aumentar ingestão de alimentos ricos em potássio Abandonar o tabagismo Evitar o estresse. Atividade física aeróbica regular Aumento do consumo de frutas e hortaliças e redução de peso na presença de obesidade ou sobrepeso Anticoagulantes, antiplaquetários e trombolíticos Aqui são descritos os fármacos que são uteis no tratamento de distúrbios da hemostasia. Trombose é a formação de um coagulo indesejado dentro de um vaso sanguíneo, essa e a anormalidade mais comum da hemostasia. Os distúrbios trombóticos incluem IAM, TVP, EP e AVE. Essas condições são tratadas com anticoagulantes e fibrinolíticos. Os distúrbios que envolvem sangramento são menos comuns e incluem a hemofilia e a deficiência de vitamina K Resposta plaquetária a lesão vascular: Quando ocorre um traumatismo no vaso sanguíneo, se inicia uma longa cascata de interação entre as células endoteliais, os fatores de coagulação e as plaquetas, que visam reestabelecer a homeostase e parar o sangramento. Quando não há lesão no vaso as plaquetas circulam livremente pois não há sinalização química para agregação. O oxido nítrico e as prostaciclinas atuam como inibidores da aglutinação plaquetária. As ultimas atuam se ligando as plaquetas que atuam na participação da síntese de AMPc. Quando não tem lesão no vaso os níveis de AMPc se mantem altos o que evita a aglutinação plaquetária, já quando as células são lesadas os níveis de AMPc caem e leva a aglutinação das plaquetas. A membrana da plaqueta também contém receptores de trombina, tromboxanos e colágeno exposto. No vaso sem lesão os níveis de trombina e tromboxanos circulantes são baixos e o endotélio do vaso cobre todo o colágeno por isso como os receptores estão desocupados não ocorre ativação plaquetária. Quando ocorre lesão os níveis de tromboxanos e trombina aumentam, o colageno fica exposto o que leva a ativação das plaquetas. Adesão plaquetária Quando o endotélio está lesado as plaquetas se aderem a ele e recobrem o colageno exposto e isso inicia a ativação plaquetária. Quando a superfície das plaquetas entra em contato com o colageno isso causa alteração morfológicas nas plaquetas e a liberação de mediadores químicos (tromboxano, ADP, trombina, fator de ativação plaquetária) essas moléculas se ligam as plaquetas em repouso ao redor da lesão e após isso ativa elas que iniciam a aglutinação. Tudo isso resulta no aumento de cálcio e diminuição de AMPc. O aumento do cálcio leva a: 1- Liberação de mais mediadores 2- Ativação da síntese de tromboxano 3- Ativação dos receptores de glicoproteínas (GP) que se ligam ao fibrinogênio que se liga a um GP de plaqueta vizinhas, formando ligação cruzada e aglutinação. A estimulação local e a liberação dos mediadores resulta na formação da trombina que por sua vez transforma fibrinogênio em fibrina que forma o tampão fibrina-plaquetas. Depois no decorrer da cicatrização do corte a plasmina limita o crescimento do coagulo e dissolve a fibrina. Inibidores plaquetários: Os inibidores da aglutinação plaquetária diminuema formação de coágulos ricos em plaquetas e diminuem a ação dos sinais químicos promotores de aglutinação. Os inibidores descritos a seguir atuam na inibição da cicloxigenase-1 (COX-1) ou bloqueiam os receptores de GP ou ADP, interferindo assim na aglutinação plaquetária. Esses fármacos são benéficos na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares oclusivas, na manutenção de transplantes vasculares e na potência arterial e como auxiliares dos inibido- res da trombina ou tratamento trombolítico no IAM. Ácido acetilsalicílico AAS (medicamento sublingual) Inibe a síntese de tromboxanos A2 que são mediadores químicos importantes para a agregação plaquetária. Mecanismo de ação: • O que é o COX-1: é uma enzima que atuma na transformação de ácido araquidônico em prostaglandina H2, a prostaglandina é convertida em tromboxano A2 que promove a aglutinação. • A inibição é irreversível e ocorre por meio da acetilação do resíduo serina no centro ativo da COX-1, • O efeito inibitório é rápido, e a supressão da tromboxano A2 e a consequente supressão da aglutinação das plaquetas induzida pelo AAS persistem por toda a vida da plaqueta, que é 7 a 10 dias aproximadamente. A administração repetida do AAS tem efeito acumulativo na função das plaquetas. O AAS é o único fármaco antiplaquetário que inibe irreversivelmente a função das plaquetas. Resumindo: ele inibe a COX-1 o que impede a síntese de tromboxanos e agregação plaquetária. Usos terapêuticos: O AAS é usado no tratamento profilático da isquemia cerebral transitória, para reduzir a incidência de IAM recorrente e para diminuir a mortalidade nas situações de prevenção do IAM primário e secundário. Ocorre inativação completa das plaquetas com 75 mg diários de AAS. Ticlopidina, clopidogrel, prasugrel e ticagrelor: Inibem o receptor P2Y12 ADP, que bloqueia a aglutinação plaquetária. Mecanismo de ação: Atuam na inibição dos receptores de ADP e por isso inibem a ativação dos receptores GP que são necessários para que as plaquetas se liguem ao fibrinogênio e as demais plaquetas. O ticagrelor é o único dos 4 que produz uma inibição reversível. Usos terapêuticos: • O clopidogrel é aprovado para a prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou acidente vascular encefálico (AVE) recentes e naqueles com doença arterial periférica estabelecida. Ele também está aprovado para a profilaxia de eventos trombóticos na síndrome coronária aguda (angina instável ou IAM sem elevação do segmento ST). Além disso, o clopidogrel é usado para prevenir eventos trombóticos. • A ticlopidina é indicada para a prevenção de ataques isquêmicos transitórios (AITs) e AVEs em pacientes com evento trombótico cerebral prévio. Contudo, devido a reações adversas hematológicas ameaçadoras à vida, a ticlopidina em geral é reservada para pacientes intolerantes a outros tratamentos. • O prasugrel é aprovado para diminuir os eventos trombóticos cardiovasculares em pacientes com síndromes coronárias agudas (angina instável, IAM sem elevação ST e IAM com elevação ST tratado com ICP). • O ticagrelor é aprovado para a prevenção do tromboembolismo arterial em pacientes com angina instável e IAM incluindo aqueles submetidos a ICP. Abciximabe, eptifibatida e tirofibana: São inibidores da GB e por isso inibem a agregação plaquetária pois a um impedimento da formação da ligação com o fibrinogênio e com o fator de Von Willebrand. Usos terapêuticos: Esses fármacos são administrados por via IV, junto com heparina e AAS, como um auxiliar da ICP para a prevenção de complicações cardíacas isquêmicas. O abciximabe também está aprovado para pacientes com angina instável que não respondem ao tratamento médico convencional quando a ICP é planejada para as próximas 24 horas. Anticoagulantes: Processo de coagulação sanguínea: O processo de coagulação que gera trombina tem duas vias, a extrínseca e a intrínseca, essas vias envolvem uma cascata de eventos que transformam pro enzimas em enzimas ativas. A forma ativa de um fator tem “a” no final. Ao final da cascata é produzido o fator Xa que converte protrombina em trombina. A trombina atua na conversão do fibrinogênio em fibrina que forma a matriz do coagulo, ou seja, se não se formar trombina a coagulação é inibida. • A extrínseca inicia com a ativação do fator VII pelo fator tecidual (tromboplastina), esse fator tecidual é uma proteína de membrana que é separada do sangue pelas células endoteliais dos vasos, quando ocorre lesão esse fator fica exposto e então ele se liga ao fator VII e inicia a via extrínseca. • A via intrínseca é iniciada pela ativação do fator XII quando o sangue entra em contato com o colágeno da parede lesada. Essa cascata de coagulação precisa ficar restrita a lesão e ser controlada, para isso existem os inibidores da coagulação que incluem a proteína C e S, antitrombina III e inibidor da via do fator tissular. O mecanismo de ação de diversos fármacos anticoagulantes atuam na ativação dos inibidores, principalmente a antitrombina III. Heparinas e heparinas de baixo peso molecular: A heparina é um anticoagulante injetável de ação rápida utilizado para interferir de forma aguda na formação dos trombos. Mecanismo de ação • Se liga com a antitrombina III. • A antitrombina III inibe o fator Xa e o a trombina • A heparina aumenta em 1000x a ligação da antitrombina com o fator Xa e trombina. Heparina de alto peso/não fracionada: Atua inibindo o tanto o fator Xa quanto a trombina. Heparinas de baixo peso/fracionada: Atua se ligando apenas ao fator Xa Efeitos adversos: sangramento, hipersensibilidade e trombocitopenia Etexilato de dabigatrana: É um pro fármaco da molécula dabigatrana que é um inibidor direto da trombina, tanto a trombina livre quanto a ligada ao coagulo são inibidas Ele é aprovado para a prevenção de AVE e embolismo sistêmico em pacientes com fibrilação atrial não valvar. Devido à sua eficácia, à biodisponibilidade oral e a propriedades farmacocinéticas previsíveis, a dabigatrana pode ser uma alternativa- vá à enoxaparina para a tromboprofilaxia em cirurgias ortopédicas. Efeitos adversos: O principal efeito adverso é a hemorragia, como com outros anticoagulantes. A dabigatrana deve ser usada com cautela na insuficiência renal ou em pacientes com mais de 75 anos, pois o risco de hemorragia é maior nesses grupos. Não há antídoto aprovado para reverter a hemorragia associada com dabigatrana Varfarina: Largamente utilizada como anticoagulante oral. Os fatores II, VII, IX e X precisam da vitamina K para sua síntese no fígado, esse fatores precisam da vitamina K para serem ativados. Uma vez que a vitamina K é utilizada para ativar os fatores ela se torna oxidada e para ser novamente utilizada ela tem que ser convertida em reduzida e quem faz isso é uma enzima chamada de VKOR. Essa enzima é inibida pela varfarina e por isso não ocorre a conversão da vit. K e assim os fatores não são ativados O efeito anticoagulante da varfarina pode ser anulado com a administração de vitamina K. Contudo, a reversão após a administração da vitamina K demora 24 horas (tempo necessário para a degradação dos fatores de coagulação já́ sintetizados) A varfarina é usada na prevenção e no trata- mento da TVP e da EP, na prevenção do AVE e do AVE na condição de fibrilação ventricular e/ou válvulas cardíacas prostética Efeitos adversos: O principal efeito adverso da varfarina é a hemorragia, e as embalagens advertem para o risco. Por isso, é importante monitorar com frequência a INR e ajustar a dosagem do fármaco. Fondaparinux: Esse fármaco inibe seletivamente apenas o fator Xa. Ligando- -se seletivamente à antitrombina III, o Fondaparinux potencializa (300- 1.000 vezes) a neutralização inata do fator Xa pela antitrombina III. O Fondaparinuxestá́ aprovado para o tratamento da TVP e EP e para a profilaxia do tromboembolismo venoso nos casos de cirurgias ortopédicas e abdominais. O Fondaparinux é eliminado com a urina principalmente inalterado, com meia-vida de eliminação entre 17 a 21 horas. É contraindicado em pacientes com insuficiência renal grave. Hemorragia é o principal efeito adverso do Fondaparinux. Não existe fármaco para reverter o sangramento associado com esse fármaco. Trombolíticos Atuam em doenças tromboembolicas (TVP, EP, IAM) na conversão de plasminogênio em plasmina que atua na hidrolisaçao da fibrina e dissolve o coagulo Os trombolíticos apresentam algumas características em comum, todos eles atuam direta ou indiretamente na conversão do plasminogênio em plasmina que então hidrolisa os trombos, quando mais jovem o trombo mais fácil de ser dissolvido ele é. Quando o trombo é dissolvido ele pode levar a formação de novos trombos e mais agregação plaquetária, por isso junto com os trombolíticos é indicado o uso de ASS ou heparina. Todos eles também produzem o mesmo efeito adverso, a hemorragia, já que os trombolíticos não diferenciam os tampões benéficos dos maléficos, são contraindicados para pacientes com AVE e ferimentos em cicatrização Estreptoquinase: Forma um complexo ativo com o plasminogênio que converte o mesmo em plasmina, a plasmina além de causar a hidrolização dos tampões de fibrina, degrada o fibrinogênio e os fatores V e VII da coagulação. Uroquinase: Hidrolisa diretamente a ligação angina-valina do plasminogênio que forma a plasmina. A uroquinase só́ está aprovada para a análise de êmbolos pulmonares. Usos extrabula incluem o tratamento de IAM, tromboembolismo arterial, trombose artéria coronária e TVP. Seu uso foi amplamente superado por outros fármacos com relação risco/benefício mais favorável. Ateplase, reteplase e tenecteplase: A ateplase tem baixa afinidade pelo plasminogênio livre mas ativa rapidamente o plasminogênio que está ligado a fibrina do trombo, pode ser considerada seletiva para fibrina Antimicrobianos Os agentes quimioterápicos foram criados para fazer o controle do crescimento dos patógenos in vivo. Para isso foi desenvolvido inúmero antimicrobianos com o intuito de interromper o processo infeccioso. Os antimicrobianos são um tipo de quimioterápico, utilizados para inibição ou morte de bactérias. Os fármacos antimicrobianos são eficazes no tratamento de infecções pois tem capacidade de lesar e matar os microrganismo sem lesar as células do hospedeiro. A escolha dos antimicrobianos depende de 6 fatores: 1- Identificação do microrganismo 2- Suscetibilidade do microrganismo ao fármaco 3- Local de infecção 4- Fatores do paciente 5- Segurança do fármaco 6- Custo do tratamento Dentro dos antimicrobianos temos: • Antibacterianos • Antifúngicos • Antiprotozoarios • Antivirais Antibiótico é o termo utilizado para denominarmos medicamentos que possuem atividade antimicrobiana, mas eles são apenas os medicamentos de origem natural, onde seus componentes químicos são retirados de microrganismos e tem capacidade de matar todos os microrganismos (vírus, bactérias e fungos). Antibacterianos: Categorias do tratamento antimicrobiano: • Profilaxia: ausência de infecção • Preventivo: caso suspeito, mas sem sintomas • Empírico: já tem a infecção e tem sinais e sintomas • Definitivo: você sabe qual patógeno especifico está acometendo • Supressor: objetivo é somente esperar a cura Classificação dos antibacterianos: Classificação dos antibacterianos: de acordo com o seu mecanismo de ação, mas também pode ser classificado segundo seu espectro, origem, atividade antibacteriana e coloração de gram. Classificação em gram: A classificação é baseada na coloração de gram, a parede células das bactérias é constituída de peptideoglicano, que atua como a proteção da célula, nos gram positivos ela é mais espessa e tem mais quantidade, nas gram negativas tem uma camada mais fina. • Gram positivas: roxas, pois como tem a parede mais espessa o corante roxo “gruda” bastante. • Gram negativas: rosas, pois a parede não retem o corante. Classificação em espectro de ação: Se refere a quantidade de bactérias que a antibacteriano consegue atingir: • Espectro estreito: atua contra uma família ou grupo especifico de bactérias • Espectro estendido: atua em mais de uma bactéria ou grupo de bactérias • Espectro amplo: vai atuar em várias famílias e grupos de bactérias Classificação por origem: • Antibióticos: produzidos por microrganismos • Quimioterápicos: sintetizados em laboratórios Classificação em atividade antibacteriana Bactericida: aquele que mata/ destrói a bactéria, reduz significativamente a quantidade de bactérias presentes. Bacteriostático: estabiliza a multiplicação bacteriana permitindo com que a bacteriana fique mais vulnerável ao sistema imune. Classificação segundo o mecanismo de ação: 1- Inibição de síntese de parede celular 2- Atuam na síntese do acido nucleico 3- Inibidores de síntese proteica 4- Afetam a síntese de metabolitos 5- Inibidores das funções da membrana celular O insucesso da terapia antimicrobiana se deve por: • Escolha incorreta do antimicrobiano • Falha no calculo de dosagem • Antibiótico não atinge o sitio de infecção (erro no local de ação) • Antagonismo entre antibióticos • Microrganismo resistentes Resistência bacteriana: 1- Numa população algumas células apresentam mutações que conferem resistência a antibióticos 2- Os antibióticos matam as bactérias suscetíveis (inclusive as que não são a causa da infecção) 3- As bactérias resistentes sobrevivem e tem condições para se multiplicar. 4- Elas podem até mesmo transferir a capacidade de resistência para outras espécies Causas da resistência aos antibióticos: • Meio ambiente • Alimentação • Saúde humana • Agropecuária - antibióticos usados como estímulo para crescimento dos animais Tipos de resistência: • Natural ou intrínseca: está presente em todas as bactérias. • Adquirida: Podem ser cromossômicas, alterações no código genético da bactérias e passagem de célula mãe para célula filha, e plasmidial, é transmissível pois se transfere o plasmídeo de uma bactéria resistente para outra e pode contaminar bactérias de outros genes e bactérias. Existem quatro formas principais de resistência 1- Produção de enzimas inativadoras de antimicrobianos, exemplo: através da beta lactamase (enzima inativadora) ela destroem o anel lactâmico e inibe a ação dos beta lactâmicos. 2- Mecanismo ativo de efluxo de antimicrobianos, exemplo: a bomba de efluxo é a remoção ativa dos agentes antimicrobianos, assim que entra sai. 3- Alteração de permeabilidade da bactéria (alteração das porinas) a bactéria adquire um gene de resistência que faz com que se perca o canal de porinas e assim o antimicrobiano não passa. 4- Bloqueio do sítio de ligação dos antimicrobianos: mutação cromossômica que provoca uma mudança na estrutura do sítio de ligação o que não permite a ligação do antimicrobiano na célula bacteriana. Efeitos adversos dos antibacterianos: • Toxicidade gastrointestinal • Alteração do flora intestinal • Neurotoxicidade • Hepatotoxicidade Inibidores da síntese de parede celular Também são chamados de b-lactâmicos e tem em comum a sua estrutura química um anel beta lactâmico. Compartilham o mesmo mecanismo de ação, que é a inibição da síntese de parede celular bacteriana. Devido ao amplo uso indiscriminado dos beta lactâmicos algumas bactérias criaram um mecanismo de resistência que consiste na produção de enzimas chamadas betalactamases as quais destroem o anel beta lactâmico e por isso inibem o remédio. São compostos por 4 grupos: • Penicilinas • Cefalosporinas • Carbapenêmicos • Monobactâmicos Mecanismode ação: Está relacionado com estruturas chamadas de PLPs, proteínas ligadoras de penicilina, essas proteínas estão envolvidas na síntese do peptideoglicano da parede das células. Eles vão inativar as PLPs e com isso vai ocorrer a bloqueio de síntese de peptideoglicano porem as autolisinas que são responsáveis pela degradação da parede vão continuar atuando e com isso vai ocorrer a morte da bactéria. Além disso as PLPs atuam na formação das ligações cruzadas, as penicilinas atuam inibindo essa reação e assim as ligações cruzadas que são essenciais para estabilização da parede celular não acontece. Penicilinas: • Estão entre os fármacos mais eficazes e menos tóxicos conhecidos. • Atuam na última etapa de síntese de parede bacteriana (transpeptidação e ligações cruzadas) • Eficazes apenas em bactérias de crescimento rápido Cefalosporinas: tem o mesmo mecanismo de ação e são afetadas pelos mesmas formas de resistência, porem podem ser um pouco mais resistentes a cerca b-lactamases. São divididas em 4 gerações: As cefalosporinas podem ser administradas principalmente por via intravenosa e intramuscular. A absorção oral das cefalosporinas não é significativa. Apesar disso tem a Cefalexina que pode ser administrada por via oral. Tem uma distribuição ampla assim como as das penicilinas, mas não são todas as cefalosporinas que conseguem atingir o liquido cefalorraquidiano. Mas a de 3° geração consegue atuar no liquido cefalorraquidiano e atuar nas infecções como meningites Excreção renal com exceção da CEFTRIAXONA que excretada pelas fezes Carbapenêmicos: São resistentes a maioria das b-lactamases. Também se ligam as PLPs e produzem o mesmo mecanismo de ação. O imipeném resiste à hidrólise pela maio- ria das b- lactamases, mas não pelas metalo-b-lactamases. Esse fármaco tem papel no tratamento empírico devido à sua atividade contra microrganismos produtores de b-lactamase gram-positivos e gram- negativos, anaeróbicos e P. aeruginosa (embora outras cepas de pseudomonas sejam resistentes e haja relatos de que cepas resistentes de P. aeruginosa aparecem durante o tratamento). O meropeném e o doripeném tem atividade antibacteriana similar à do imipeném Efeitos adversos: Imipeném + cilastatina podem causar náusea, êmese e diarreia. Eosinofilia e neutropenia são menos comuns do que com outros b-lactâmicos. Niveis elevados de imipeném podem provocar convulsões, o que é menos provável com os de- mais carbapenemos. Monobactâmicos: Também atuam na desorganização da síntese proteica O aztreonam, que é o único monobactamo disponível comercialmente, tem atividade antimicrobiana, principalmente contra patógenos gram-negativos, incluindo as Enterobacteriaceae e P. aeruginosa. Ele não tem atividade contra gram-po- sitivos e anaeróbios. O aztreonam é resistente à ação da maioria das b-lactamases, com exceção das b-LEE. esse fármaco pode ser uma alternativa segura no tratamento de pacientes alérgicos a penicilinas, cefalosporinas ou carbapenemos. Inibidores de síntese proteica: Mecanismo de ação: Exercem seu efeito antibacteriano agindo nos ribossomos das bactérias e inibindo a síntese proteica. Os ribossomos bacterianos são diferentes dos humanos e esses fármacos tem seletividade pelos ribossomos bacterianos. Divididos em: • Tetraciclinas • Glicinas • Aminoglicosídeos Tetraciclinas: Entram por difusão passiva, se ligam a subunidade 30S, e impedem com que o RNA transportador se ligue ao RNA mensageiro inibindo assim a síntese proteica Glicinas: A tigeciclina tem ação bacteriostática, ligando-se reversivelmente à subunidade ribossomal 30S e inibindo a síntese de proteínas Aminoglicosídeos: Os aminoglicosídeos difundem-se por meio de canais porina na membrana externa dos microrganismos suscetíveis. Esses microrganismos também têm um sistema dependente de oxigênio que transporta o fármaco através da membrana citoplasmática. Dentro da célula, eles se fixam na subunidade ribossomal 30S, onde interferem com a montagem do aparelho ribossomal funcional e/ou causam a leitura incorreta do código genético pela subunidade 30S do ribossomo completo Inibidores da síntese de ácido nucleico: São chamadas de fluoroquinolonas Entram na bactéria através das porinas e atuam na DNA-girase e topoisomerase bacteriana IV A inibição da DNA-girase resulta em relaxamento do DNA super espiralado, promovendo quebra da fita de DNA. A inibição da topoisomerase IV impacta a estabilização cromossomal durante a divisão celular, interferindo com a separação do DNA recém- replicado. Em microrganismos gram-negativos (p. ex., Pseudomonas aeruginosa), a inibição da DNA -girase é mais significativa do que a da topoisomerase IV, ao passo que, nos gram-positivos (p. ex., Streptococcus pneumoniae), é o contrário Inibidores da síntese de metabolitos Os microrganismos também precisam do ácido fólico para crescer ou reproduzir, sintetizando o folato a partir do PABA (ácido p-aminobenzóico), da pteridina e do glutamato. (Enquanto o organismo humano não tem a capacidade de sintetizar o ácido fólico, devendo captar o folato pré-formado na forma de vitamina da dieta). Os antibióticos antagonistas de folato são considerados bacteriostáticos, e, inibem a síntese do ácido fólico, constituindo, principalmente, os seguintes antibióticos: sulfonamidas e trimetoprima. Inibidores da função da membrana Afetam a membrana plasmática vão desestruturar a membrana plasmática, se liga nos constituintes lipoproteicos da membrana e desorganizam essa membrana. Afetam a sua permeabilidade/seletividade Antimicobacteriano Para tuberculose: O esquema para tratamento de tuberculose consiste em duas fases: • Fase intensiva: reduz rapidamente o número de bacilos, comporta por 4 medicamentos com duração de DOIS meses - RIPE • Fase de manutenção: eliminar os bacilos latentes e redução da possibilidade recidiva da doença, composta por dois medicamentos com duração de QUATRO meses – RI Rifampicina: Penetra os bacilos e se liga a sub-unidade beta do RNA polimerase dependente de DNA (RPOB) e forma um complexo fármaco-enzima. Essa ligação impede a síntese de RNA da bactéria Os tipos de resistência resultam na mudança do RPOB que diminuem a capacidade de ligação do fármaco com ele Isoniazida: É um pro fármaco (ativa pela KATG). que inibe as enzimas INHA e KASA as quais são essenciais para a síntese do ácido micolico. A inibição da síntese resulta na ruptura da parede bacteriana. Pirazinamida: O mecanismo de ação preciso é desconhecido. Basicamente ela causa a morte através da acidificação do bactéria. A pirazinamida precisa ser hidrolisada pela pirazinamidase a ácido pirazinoico, que é a sua forma ativa. O ácido é transportado para fora da célula e ali ele adquire um H+, se transformando em POAH, e é transportado de novo para dentro da célula e deixam o meio intracelular acidificado. O ácido pirazinoico interrompe o metabolismo da membrana celular das micobactérias e abala sua função de transporte Etambutol: O etambutol inibe as arabinosil-transferases das micobactérias que estão envolvidas na reação de polimerização do arabinoglicano, um componente essencial da parede celular das micobactérias Broncodiladores e glicocorticoides Pra asma: Broncodilatadores: Beta 2 adrenérgicos: Relaxam diretamente o musculo liso das vias aéreas, são usados para alivio rápido dos sintomas e também para tratamento de controle a longo prazo. Efeitos adversos, como taquicardia, hiperglicemia, hipopotassemia e hipomagnesemia, são minimizados quando os fármacos são administrados por inalação, em vez de por vias sistêmicas. B2 agonistas de curta duração: • Utilizados para alivio rápido dos sintomas e tem início da ação em 5 a 30 minutos • Proporcionam alivio de 4 a 6 horas• Usados no tratamento para alivio rápido da broncoconstrição aguda • Todos os pacientes asmáticos recebem um inalante BACA • Podem ser utilizados em pacientes com asma intermitente ou broncoespasmo induzido por exercícios • Os beta 2 agonistas de ação direta são o salbutamol e o vossalbutamol • Esses fármacos proveem broncodilatação significa cativa com poucos efeitos indesejados de estimulação a ou β B2 agonistas de longo prazo: • Salmeterol e formoterol são β2-agonistas de longa ação (BALAs) a análogos químicos do salbutamol. • O salmeterol e o formoterol tem duração de longa ação, proporcionando broncodilatação por pelo menos 12 horas.. • A monoterapia com BALA é contraindicada, devendo ser usada apenas combinada com um medicamento que controle a asma. Os corticosteroides por via inalatória (CSIs) permanecem como os fármacos de escolha para o controle da asma de longa duração, e os BALAs são considerados úteis como trata mento auxiliar para esse controle. Farmacodinâmica 1- Remedinho se liga no receptor B2 adrenérgico que está na superfície da proteína G. 2- Ativa o receptor que causa ativação da Adenil ciclase 3- Adenil ciclase acelera a reação de conversão de ATP em AMP cíclico 4- AMP cíclico vai se ligar na proteína quinase A que libera a unidade catalítica 5- As unidades catalíticas vão fosforilar proteínas 6- A fosforilação de proteínas causa relaxamento Corticosteroides: Usados para controle da asma a longo prazo ou asma persistente pois produzem efeito anti- inflamatório direto das vias aéreas através da liberação de ácido araquidônico Ações: • Os CSIs inalados visam diretamente à inflamação subjacente das vias aéreas, diminuindo a cascata inflamatória (eosinófilos, macrófagos e linfócitos T), revertendo o edema de mucosa, diminuindo a permeabilidade dos capilares e inibindo a liberação de leucotrienos. • Após vários meses de uso regular, os CSIs reduzem a hiper-reatividade do músculo liso das vias aéreas a vários estímulos bronco constritores Para DPOC Broncodilatadores A inalação de broncodilatadores, incluindo os β2- agonistas adrenérgicos e os anticolinérgicos (ipratrópio e tiotrópio), são a base do tratamento da DPOC • Esses fármacos aumentam o fluxo aéreo, aliviam os sintomas e diminuem a taxa de exacerbações. • Os fármacos de longa ação, BALAs e tiotrópio, são o tratamento de primeira escolha para todos os pacientes, exceto aqueles que estão sob risco baixo com menos sintomas. A associação de um anticolinérgico e um β2- agonista pode ser útil em pacientes com respostas inadequadas a um broncodilatador simples inalado. Corticosteroides • O acréscimo de um CSI a um broncodilatador de longa ação pode melhorar os sintomas, a função pulmonar e a qualidade de vida em pacientes de DPOC. Contudo, o uso de um CSI está associado com aumento do risco de pneumonia e, por isso, deve ser limitado. Não são recomendados para o tratamento de longa duração • Leve, moderada, grave: B2 longa duração ou anticolinérgico de longa (tiotrópio) • Muito grave: B2 longa duração + anticolinérgicos
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