Atividade Vigilância - Epidemiologia

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PREZADOS(AS) ESTUDANTES DO 3º PERÍODO DE MEDICINA ESSE ESTUDO DIRIGIDO É SOBRE O PROCESSO EPIDÊMICO.
VAMOS REVER O CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA:
E P I D E M I O L O G I A ...
ETMOLOGIA:
EPI: SOBRE
DEMIO: DEMOS (POVO, COMUNIDADE)
LOGIA: TRATADO, ESTUDO
Segundo Pereira (2002, p. 3) Epidemiologia é
“RAMO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE QUE ESTUDA, NA POPULAÇÃO, A OCORRÊNCIA, A DISTRIBUIÇÃO E OS FATORES DETERMINANTES DOS EVENTOS RELACIONADOS COM A SAÚDE”
Ou
Segundo Last apud Beaglehole, Bonita e Kjellstrom (2003, p.3)
“o estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação no controle de problemas de saúde” .
De acordo com Rouquayrol (2003, p. 123) “uma determinada doença, em relação a uma população, que afete ou que possa vir a afetar, pode ser caracterizada como: presente em nível endêmico, presente em nível epidêmico e presente com casos esporádicos ou inexistente”. Então as doenças podem se comportarem de cinco maneiras diferentes em uma determinada comunidade, a saber:
1. Não existirem
2. Existirem em forma de endemia
3. Existirem em forma de surto
4. Existirem em forma de epidemia
5. Existirem em forma pandêmica
Chamamos isto de Comportamentos Epidemiológicos.
Leia	as	definições	desses	comportamentos	extraídos	do	site: https://www.telessaude.unifesp.br/index.php/dno/redes-sociais/159-qual-e-a-diferenca- entre-surto-epidemia-pandemia-e-endemia
MAIS DEFINIÇÕES DESSES COMPORTAMENTOS:
EPIDEMIA:
“A ocorrência, em uma região, de um número de casos de um agravo ou doença que exceda a incidência normalmente esperada.” (Rouquayrol, 2003, p. 123)
“Refere-se a elevação brusca, temporária e significantemente acima do esperado da incidência	de	uma	determinada	doença.” http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=yCUrxIxMnUo%3D#:
~:text=Refere%2Dse%20a%20eleva%C3%A7%C3%A3o%20brusca,%3A%20col%C3%A 9gios%2C%20quart%C3%A9is%2C%20creches.
“Ocorrência de um claro excesso de casos de uma doença ou síndrome clínica em relação ao esperado para uma determinada área ou grupo específico de pessoas, num particular período de tempo.” Eliseu Alves Waldman Ana Paula Sayuri Sato https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4454058/mod_resource/content/6/Aula%202%20-
%20Invest_Surto.pdf
“Uma alteração espacial e temporalmente delimitada, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada da incidência ultrapassando o limiar	epidêmico	estabelecido.” http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=xIkfn7hD3KI%3D
EXEMPLO DE UMA EPIDEMIA REPRESENTADA NO GRÁFICO:	DOENÇA MENINGOCÓCIA, EM SÃO PAULO, NO ANO DE 1974.
PANDEMIA:
“Uma epidemia acontecendo em uma extensa área geográfica, ultrapassando limites geográficos entre os países.” (Rouquayrol, 2003, p. 123)
“Ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga escala espacial, atingindo várias nações.” http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=xIkfn7hD3KI%3D
EXEMPLO DE UMA PANDEMIA REPRESENTADA NO MAPA ABAIXO: CÓLERA EM 1991:
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
COVID-19:
Fonte: https://www.google.com/search?q=IMAGENS+PANDEMIA&sxsrf=ALeKk03M4ylOTen UAlJBR2yDRmHod75Ibg:1598143602987&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUK Ewjl0oXujLDrAhVaIbkGHZDgBuAQ_AUoAXoECAsQAw&biw=1920&bih=888
SURTO EPIDÊMICO:
“É uma epidemia espacialmente circunscrita.” (Rouquayrol, 2003, p. 123)
“É uma ocorrência epidêmica, na qual, os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica delimitada ou uma população restrita a uma instituição: colégios, quartéis, creches.” http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=yCUrxIxMnUo%3D#:
~:text=Refere%2Dse%20a%20eleva%C3%A7%C3%A3o%20brusca,%3A%20col%C3%A 9gios%2C%20quart%C3%A9is%2C%20creches.
“Surtos: Ocorrência de dois ou mais casos relacionados entre si no tempo e/ou no espaço, atingindo um grupo específico de pessoas, configurando um claro excesso de casos se comparado com a sua frequência normal.” Eliseu Alves Waldman Ana Paula Sayuri Sato https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4454058/mod_resource/content/6/Aula%202%20-
%20Invest_Surto.pdf
“O surto é uma forma particular de epidemia em que todos os casos estão relacionados entre si, não ocorrendo, obrigatoriamente, numa única área geográfica pequena e delimitada ou população institucionalizada.” (Guia de Vigilância Epidemiológica, MS, 1998).
“Quando o aumento do número de casos ocorre em local circunscrito, com relação entre eles a mesma fonte de infecção ou de contaminação, o mesmo quadro clínico e ocorreram ao	mesmo	tempo.”	(Secretaria	da	Saúde	do	Rio	de	Janeiro). http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=xIkfn7hD3KI%3D
Vejam NÃO HÁ CONSENSO na literatura quanto à definição de Surto Epidêmico.
Fonte: http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=xIkfn7hD3KI%3D
Exemplos de Surto Epidêmico:
O mais famoso:
Leia as Reportagens sobre Mary “Tifóide”
1ª Reportagem:
Mary ‘Tifoide’, a mulher que matou três pessoas sem sair da cozinha
Imigrante irlandesa entrou para a história da medicina como caso mais famoso de transmissora ‘supercontagiante’ da febre tifoide ao infectar 53 membros da alta sociedade com sorvetes artesanais.
Link:	https://brasil.elpais.com/planeta_futuro/2020-01-30/mary-tifoide-a-mulher-que- matou-tres-pessoas-sem-sair-da-cozinha.html
2ª Reportagem:
'Maria Tifoide', a mulher condenada a viver 26 anos em quarentena por doença assintomática...	-	Veja	mais	em	Link: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2020/03/07/maria-tifoide-a-mulher- condenada-a-viver-26-anos-em-quarentena-por-doenca- assintomatica.htm?cmpid=copiaecola
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2020/03/07/maria-tifoide-a-mulher- condenada-a-viver-26-anos-em-quarentena-por-doenca-assintomatica.htm
3ª) Maria Tifóide - A mulher mais perigosa da América Link: https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=2503
ENDEMIA:
“É a presença constante de um agravo em uma dada população ou área geográfica, ou seja, o agravo apresenta incidência constante de novos casos na área.” (Rouquayrol, 2003, p. 123)
“Qualquer doença espacialmente localizada, temporalmente ilimitada, habitualmente presente entre os membros de uma população e cujo nível de incidência se situe sistematicamente nos limites da faixa endêmica que foi previamente convencionada para população	e	época	determinadas.” http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=xIkfn7hD3KI%3D
Exemplos de Endemias no Brasil: Malária, Leishmaniose, Esquistossomose, Febre amarela, Dengue (depende da região), Doença de Chagas, Hanseníase, Tuberculose, entre outras.
O PROCESSO EPIDÊMICO: considerações iniciais
Em uma apostila preparada pelo Prof. Dr. Luis Antonio Mathias (UNESP, Jaboticabal) ele explica que:
UMA ENFERMIDADE NÃO PODE SER SEPARADA DO ECOSSISTEMA em que
interagem os elementos que concorrem para sua ocorrência. Esses elementos podem ser agrupados em três categorias:
· Agente etiológico
· Hospedeiro
· Ambiente
Esses elementos, que constituem a chamada tríade epidemiológica, podem coexistir em determinado ecossistema, sem que ocorra a enfermidade. Entretanto, qualquer desequilíbrio no estado de algum deles pode desencadear uma série de eventos que podem resultar em doença, como explica a figura abaixo. A essa sucessão de eventos, necessária para que a enfermidade ocorra, denomina-se PROCESSO EPIDÊMICO, e ao estudo das relações entre o agente etiológico e os demais componentes do ecossistema denomina-se HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA.
Para o desencadeamento desse processo, é necessária uma associação entre fatores do AGENTE, DO HOSPEDEIRO E DO AMBIENTE, ou seja, qualquer modificação em algum dos elementos do ecossistema resulta em adaptações dos outros elementos, as quais podem estar relacionadas com o desenvolvimento das enfermidades. (Extraído da Apostilapreparada para uso na disciplina “Epidemiologia Geral”, do 4º semestre do Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária Campus de Jaboticabal,	Unesp.	Fonte: https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/medicinaveterinaria/luisantoniomathias/ap ostila-epidemiologia-geral.pdf
VEREMOS MAIS SOBRE A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA DE LEAVELL E CLARK NA SEMANA DE 8 A 11/09/2020.
VAMOS RETORNAR AO PROCESSO EPIDÊMICO:
De acordo com o GUIA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (1998) do Ministério da Saúde:
Entende-se por estrutura epidemiológica (ou seja, o PROCESSO EPIDÊMICO) de uma doença a forma de interação dos diferentes fatores relativos AO MEIO AMBIENTE, HOSPEDEIRO E AO AGENTE - seja ele químico, físico ou biológico -, que determina o comportamento desse agravo no âmbito de uma população delimitada e num período de tempo estabelecido.
Os caracteres epidemiológicos constituem a resultante da estrutura epidemiológica em cada momento e se expressa pela frequência e distribuição da doença na população em determinado instante, segundo as variáveis tempo, espaço e pessoa.
A estrutura epidemiológica se apresenta de forma dinâmica, modificando-se em cada ponto no tempo e no espaço, definido e redefinido continuamente, o que pode ser entendido como
comportamento normal ou anormal de uma doença numa comunidade, fixado um ponto no tempo e no espaço.
Pode-se portanto, conceituar o comportamento normal ou endêmico de um agravo à sua ocorrência dentro de padrões regulares em agrupamentos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, num determinado período de tempo, permitidas flutuações cíclicas ou sazonais.
Por outro lado, define-se o comportamento epidêmico de um agravo à saúde como a elevação brusca do número de casos caracterizando, de forma clara, um excesso em relação ao normal esperado. O número de casos que indicam a presença de uma epidemia variará de acordo com o agente, tipo e tamanho da população exposta, experiência prévia ou ausência de exposição.
A epidemia não apresenta obrigatoriamente um grande número de casos, mas um claro excesso de casos quando comparada à frequência habitual de uma doença em uma localidade.
Por exemplo, há muitos anos não ocorre um único caso humano de peste bubônica no Município de Santos, pela ausência de roedores infectados. Desse modo, o aparecimento de um caso autóctone representaria uma situação epidêmica decorrente de uma alteração substancial na estrutura epidemiológica do município, no que concerne à peste.
Algumas Características do Comportamento Epidêmico
a) Aumento brusco, pois um aumento gradual representa uma alteração do nível endêmico da doença e não uma epidemia.
b) aumento temporário, havendo um retorno da incidência aos níveis endêmicos previamente observados.
Fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/epidemiologia/Guia%20de%20Vigilanci a%20Epidemiologica.pdf
ENTENDENDO UMA CURVA EPIDÊMICA:
Fonte: Prof. Dr. Eliseu Alves Waldman e Profa Dra. Ana Paula Sayuri Sato https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4454058/mod_resource/content/6/Aula%202%20-
%20Invest_Surto.pdf
Tendo-se o diagrama de controle de um agravo em relação a uma população é possível identificar uma epidemia no momento em que a incidência da doença ultrapassa o limite
superior da faixa endêmica convencionada (também denominado de Limiar Epidêmico). Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18497/material/Aula% 2008.%20Epidemia%20e%20Endemia.pdf
Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. (PUC-Goiás).
Fonte:	http://www.abennacional.org.br/site/wp-content/uploads/2020/04/2020-04-13- Ana%CC%81lise-Te%CC%81rmino-Fase-Aguda-Covid19.pdf.pdf
ASSIM EVOLUI A CURVA DO CORONAVÍRUS NO BRASIL:
Fonte:	http://www.abennacional.org.br/site/wp-content/uploads/2020/04/2020-04-13- Ana%CC%81lise-Te%CC%81rmino-Fase-Aguda-Covid19.pdf.pdf
CORONAVÍRUS - UM GRÁFICO EXPLICA A PANDEMIA
Gráfico elaborado pelo cientista Drew Harris e adaptado pelo biólogo Carl Bergstrom mostra como medidas de prevenção podem retardar o contágio da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde — Foto: Carl Bergstrom e Esther Kim/CC BY 2.0
Fonte: http://www.hemosc.org.br/noticia/530.html ESTUDO DIRIGIDO Nº 3 - CLASSROOM:
Acessar o site https://slideplayer.com.br/slide/3730448/ e assistir a aula de 14 minutos. Após você deverá responder as questões abaixo, de forma manuscrita, no Livro Ata, de acordo com a aula desse site:
1) Definir Endemia.
2) O que é limite superior de incidência?
3) O que é limite inferior de incidência?
4) O que é faixa de incidência normalmente esperada?
5) O que é faixa endêmica?
6) O que é limiar epidêmico?
7) O que é egressão?
8) O que é progressão de uma curva epidêmica?
9) O que é regressão de uma curva epidêmica?
10) O que é uma epidemia
a) explosiva?
b) lenta?
c) progressiva ou propagada?
d) por fonte comum?