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AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II Aula 14: Impostos Municipais CCJ0031 - DIREITO FINANCEIRO e TRIBUTÁRIO II Alexandra Rufino 2020.2 AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II Competência dos Municípios e DF Competência exaustiva – não cabendo competências residuais como no caso da União; •Fundamentação: Art. 156, I a III da CF. Atenção! Competência cumulativa do DF - Art. 147/CF - Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. Impostos Municipais/Distritais AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana • Fundamentação: art. 156, I da CF e arts. 32 a 34 do CTN; • Funções: Fiscal: importante fonte de arrecadação dos municípios. • ATENÇÃO! O art. 182, §4º, II da CF permite a excepcional utilização extrafiscal. • Princípios (submissão): •Legalidade, Anterioridade – sujeição; •Noventena – sujeição (exceto quanto à alteração da base de cálculo do tributo); •Progressividade – o art. 156, §1º, I - O IPTU poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel. • Súmulas STF •Súmula 668. É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. •Súmula 589. É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte. IPTU Acer Realce Acer Realce Acer Realce Acer Nota só tem essa opção extrafiscal no caso de não cumprir a função social. Acer Nota a alteração ou atualização da base de cálculo pirde ser feito pelo executivo e não cumprir o princípio da noventena . Acer Realce Acer Nota Não pode ser cobrado mais caro para quem tem mais imóvel. AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Progressividade Extrafiscal: Art. 182,§4º, II. É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I. parcelamento ou edificação compulsórios; II. imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III. desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. •Objetivo: estimular o cumprimento da função social da propriedade por meio de um agravamento da carga tributária suportada pelo proprietário do solo urbano que não promove o seu adequado aproveitamento; •Parâmetro da progressividade: o passar do tempo sem o adequado aproveitamento do solo urbano. Em Teresina, a progressividade por 5 anos, com alíquota máxima 15% (art. 8º da Lei nº 4.781/2015). IPTU Acer Realce Acer Realce Acer Realce AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Diferenciação de alíquota de acordo com o uso e a localização do imóvel: Art. 156,§1º, II. O IPTU poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. • Nesse caso, o que justifica a diferenciação das alíquotas são situações de fato: a) uso do imóvel (comercial/industrial/residencial); b) localização do imóvel (tabelas diferentes de alíquotas para bairros de classe alta, média e baixa). • Súmula STF 539. É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro. • Fato Gerador: •A propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado da zona urbana do Município (art. 32, CTN). • Imóvel por natureza: o solo com sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. • Imóvel por acessão física: tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, de modo que não possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano. Ex.: a semente lançada à terra, os edifícios e construções. • Definição de área urbana: art. 32, §1º do CTN. IPTU Atenção!!! • STF e STJ - Entendem que estão em vigor o art. 15 do Decreto-lei 57/1966, que determina que o imóvel destinado a exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial se sujeita ao ITR, mesmo que situado em área urbana do Município. Acer Realce Acer Realce Acer Nota ta faltando esse slide AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Base de cálculo: •Art. 33 do CTN: Valor venal do imóvel (não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade – Parágrafo único). • Critério Subjetivo •Sujeito ativo: Município; •Sujeito passivo: Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título (art. 34, CTN). • Proprietário: é quem possui título de domínio devidamente registrado no Cartório de Imóveis; • Titular de domínio útil: é quem recebeu do proprietário o direito de usar, gozar e dispor da propriedade, conservando o domínio direto (enfiteuta ou foreiro); • Possuidor: é todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.196, CC). • ATENÇÃO! STJ entende que é impossível considerar contribuinte de imposto sobre propriedade imobiliária quem exerce a posse sem ânimo definitivo (locação ou comodato). • Lançamento: por ofício. IPTU Súmulas • Súmula STJ 399 – Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. • Súmula STJ 397 – Basta a remessa ao endereço do contribuinte do carnê de pagamento do IPTU para notificá-lo do lançamento tributário. AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II Imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição • Fundamentação: art. 156, II da CF e arts. 35 a 42 do CTN; • Funções: Fiscal: meramente arrecadatório. • ATENÇÃO! Não incide ITBI sobre hipoteca e anticrese e sobre as transmissões originárias (usucapião/desapropriação) ou sobre acessão (art. 1.248, CC). • Definição do Município competente para a cobrança: •Art. 156,§2º, II – O ITBI compete ao Município da situação do bem. • Princípios (Sujeição): •Legalidade/Anterioridade/Noventena. • Súmula STF 656 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel. ITBI Acer Realce AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II ITBI • Imunidade nos eventos societários: Art. 156,§2º, I. O ITBI não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. • Imunidade nas transferências decorrentes de reforma agrária: Art. 184,§5º. São isentas de impostos federais, estaduais e municipais asoperações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. • Contribuinte: Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei (art. 42 do CTN). •Em regra – as leis municipais definem como contribuinte o adquirente do bem ou direito. Acer Realce Acer Realce AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Fato gerador: interpretando o art. 35 do CTN segundo a CF/88, o fato gerador é a transmissão por inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como a cessão de direitos a sua aquisição. •Atenção! Contrato de compromisso de compra e venda submetido a registro não constitui fato gerador do ITBI. • Base de Cálculo: •Art. 38 do CTN. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. •Atenção! Entendimento do STJ – enquanto o cálculo do IPTU considera uma planta genérica de valores, o ITBI é calculado a partir da transação efetivamente realizada (valor venal real do bem), que, por óbvio, apresenta uma avaliação de mercado mais precisa. • Lançamento: por declaração ITBI Acer Realce AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II ISS Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar • Fundamentação: art. 156, III da CF e Leis Complementares nº 161/2003 e 157/2016; • Funções: Fiscal: meramente arrecadatório. • Atenção! O ISS é imposto residual em relação ao ICMS sobre serviço, pois os serviços tributáveis por ICMS estão previstos constitucionalmente e os serviços tributáveis por meio do ISS apenas se estiverem definidos em lei complementar. • Princípios (Sujeição): Legalidade/Anterioridade/Noventena. •Prestação de serviços: o oferecimento de uma utilidade para outrem, a partir de um conjunto de atividades materiais ou imateriais, prestadas com habitualidade e intuito de lucro, podendo estar conjugada ou não com a entrega de bens ao tomador (RE 651.703/PR). • Decidiu-se pela incidência do ISS sobre os serviços de administração de plano de saúde. AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Evolução da jurisprudência: • Prestação de serviço como obrigação de fazer: Súmula Vinculante 31. É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis. • Operações de leasing: ao qualificar os serviços tributáveis pelo município como “de qualquer natureza”, não quis restringir a base econômica de incidência do tributo às típicas obrigações de fazer. • Oferecimento de uma utilidade a outrem. • Regulamentação: Art. 156,§3º. Em relação ao ISS, cabe à lei complementar: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; [...]; III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. • Alíquota máxima 5% e mínima 2% (art. 8º-A, LC nº 116/2003 alterada pela LC nº 157/2016). ISS Acer Realce Acer Realce AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Definição do Município competente para a cobrança: •Regra: O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador (art. 3º, LC nº 116/2003). •Exceções: incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local determinado pela lei. •Art. 4º da LC. Estabelecimento prestador é o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. • Relembrando: •Em relação a serviços: o ISS é residual em relação ao ICMS, ou seja, só incide ISS sobre os serviços não tributados por ICMS; •Serviços fornecidos conjuntamente com mercadorias: a situação se inverte, pois o ICMS passa a ser residual em relação ao ISS, somente é possível tributar os serviços pelo ICMS que não estejam sujeitos à incidência do ISS. ISS Mercadorias fornecidas conjuntamente com serviços Situação legal Incidência Tributária O serviço não está previsto em LC (116/2003 e 157/2016) O ICMS incide sobre o valor total da operação. O serviço está previsto nas LC’s, sem a ressalva de cobrança de ICMS O ISS incide sobre o valor total da operação. O serviço está previsto nas LC’s, com a ressalva de cobrança de ICMS O ISS incide sobre o valor do serviço. O ICMS incide sobre o valor das mercadorias fornecidas. AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II • Regime de concessão de benefícios do ISS: •O ISS não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima de 2%. •Exceção: obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes; reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres; e transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros (subitens 7.02, 7.05 e 16.01). •Novidades da Lei Complementar nº 157/2016: • Inclusão de novos serviços e o aprimoramento da redação da lei anterior para regulamentar melhor os serviços tributáveis, entre eles, o processamento de dados e programação e computadores, e conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto em páginas eletrônicas, exceto no caso de jornais, livros e periódicos; bem como a divulgação de publicidade e propaganda na internet. • Isenção heterônoma nas exportações: art. 156,§3º. [...] II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. ISS AULA 3: EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Direito financeiro e tributário II •Contribuinte: •Art. 5º da LC nº 116/2003: Contribuinte é o prestador do serviço. • Fato gerador: •a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador; •prestações de serviços proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; • serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço. (Art. 1º, Lei Complementar nº 116/2003) • Base de cálculo: •A base de cálculo do imposto é o preço do serviço (Art. 7º, Lei Complementar nº 116/2003). • Lançamento: •Por homologação. ISS Acer Realce Assuntos da próxima aula: AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. PARABÉNS! Você chegou ao fim desta jornada.
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